A Câmara da Figueira da Foz já gastou, até á data, 200 mil euros em advogados no processo Vale do Galante.
Segundo o Sol, António Tavares, vereador socialista, diz não compreender «a real necessidade de a Câmara da Figueira contratar os serviços de advogados externos, quando tem um departamento jurídico e vários avençados».
Tavares frisa as «grandes dificuldades financeiras da Figueira da Foz, que tem um passivo de mais de 60 milhões de euros» para questionar a opção do presidente. «Isto é tanto mais estranho se pensarmos que no processo do Parque de Campismo os custos não ultrapassaram os cinco mil euros e o caso chegou ao Supremo Tribunal», comenta o vereador socialista.
Contactado pelo mesmo jornal, Duarte Silva explica a contratação dos serviços destes advogados de Lisboa com o facto de estarem «em causa serviços jurídicos complexos, de exigente qualidade, de trabalho intenso, feito de muitas diligências e muito estudo».
O autarca social-democrata sublinha que não está em causa a «confiança no departamento jurídico» da Câmara da Figueira – composto por quatro advogados –, mas sim «a complexidade e delicadeza das questões suscitadas» e «a importância do projecto da construção de uma unidade hoteleira de referência» na cidade.
Mas não foi só no processo administrativo que Duarte Silva contou com o apoio jurídico de Rodrigo Esteves de Oliveira. O jurista esteve presente no interrogatório – levado a cabo no DIAP de Coimbra – em que o autarca foi constituído arguido no âmbito de uma investigação relacionada com o Vale do Galante.
«Tanto quanto sei, o Eng. Duarte Silva ainda não tem outro advogado que o represente no processo-crime», admitiu ao SOL Esteves de Oliveira, afirmando não ser «um especialista em direito penal» e ter «apenas acompanhado» o presidente da Figueira Foz durante essa diligência.
Questionado pelo SOL sobre se este «acompanhamento» está ou não incluído nos serviços prestados à Câmara da Figueira, o advogado confessou não saber responder: «Tenho de colocar a questão ao presidente, para saber se ele quer pagar ou se, nos termos da Lei dos Eleitos Locais, prefere que seja a Câmara da Figueira a pagar». O SOL tentou esclarecer esta questão junto da Câmara da Figueira, mas o presidente esteve sempre incontactável.
2 comentários:
Estão contratados, prestam serviços, tem de se lhes pagar. Ou não?
Presidente incontactável? Claro, é fim-de-semana, as pessoas têm direito a não ser incomodadas.
Eu só atendo quem quero. Se todas as vezes que me ligam eu atendesse, não fazia outra vida senão aturar cromos sem mais nada para fazer a não ser importunar.É para jantares, inaugurações e colóquios. Fora os convites para presidir a agremiações.
Então aqui na Terrinha não me largam. Não quero, não vou, não estou, não atendo.
Vão trabalhar, malandros!
Com as devidas e respeitáveis diferenças, isto é Portugal no seu melhor. Em Pinhel, nós por cá é um pouco a mesma coisa. Isto das Câmaras Municipais e das delegações de competências que este e outros governos estão a dar às autarquias é no que está a dar. Depois uns poucos vêm com a conversa de que o Eng. Cravinho não tem razão. Quem paga? Sempre o mesmo, o Povo ou melhor o “Povão” aqueles que muitos chamam de “parvos” porque pagam os seus impostos para esta gente esbanjar desta forma. O que é preciso é outra Revolução.
Visitem, http://pinhelviva.blogspot.com/
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