O escritor e crítico literário Luiz Pacheco, que faleceu sábado, no Montijo, vai ser cremado terça-feira, pelas 19H00, no cemitério do Alto de São João, em Lisboa, disse hoje à Lusa fonte próxima da família.
“No seu tempo, escrevia como poucos, meia-dúzia que também já desapareceu. Neste tempo, ninguém escreve como ele, no seu modo de adiar a literatura, escrever apenas pelo gesto, a estética da escrita.”
Leia aqui a entrevista de Luiz Pacheco à saudosa revista Kapa, publicada em Julho de 92.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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