Santana Lopes, até ao momento, continua a seguir o guião por si próprio anunciado no acto da tomada de posse. O regresso do ensino superior à Figueira é a prioridade. O património - em particular o Mosteiro de Seiça e o Paço de Maiorca - “realidades muito complicadas” -, a “resposta social, com os centros de saúde e o sistema de transporte das pessoas que vivem mais longe do centro do concelho”, são áreas em que o autarca prometeu no dia da tomada de posse “trabalhar mais depressa”. Nesse dia 17 de Outubro p.p. Pedro Santana Lopes assumiu também como prioridades o mar, a erosão costeira e as respostas sociais. Sem esquecer, contudo, "as obras herdadas e em curso". Até ao momento, Santana Lopes está, na generalidade, a seguir o guião. Portanto, certamente que qualquer dia, quando chegar “o devido tempo, serão conhecidos os resultados da auditoria às contas da câmara”.
«O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, definiu a instalação de um polo de ensino superior na cidade como a principal prioridade para 2022.
O
autarca, em declarações ao
DIÁRIO AS BEIRAS, adiantou ainda que suspendeu
as obras na rua Direita
de Quiaios, que “não vão
continuar nos termos em
que estavam previstas”. Por
outro lado, afirmou que
tem dúvidas se deve dar
continuidade à requalificação da frente marítima
de Buarcos e da Baixa figueirense.
Pedro Santana Lopes
acrescentou que o próximo ano deverá ser de
“clarificação” para diversos dossiês que herdou
do anterior executivo,
apontando, por exemplo,
a expansão da Zona Industrial e o areal urbano.
“Há uma série de assuntos… Não gosto de perder
tempo, os mandatos passam muito depressa. Portanto, em 2022, se Deus
quiser, os figueirenses já
verão vários resultados
do trabalho que estamos
a fazer”, adiantou o autarca.
Todavia, Pedro Santana
Lopes destacou um assunto que deverá marcar
a sua gestão autárquica
em 2022. “[É um desiderato] termos uma polo
universitário a funcionar
aqui como deve ser. É difícil, mas vou fazer tudo
para ser possível começar
já no próximo ano letivo”, afiançou. Entretanto,
decorrem conversações
entre o presidente da câmara e a reitoria da Universidade de Coimbra.
Aposta na captação de empresas
Outra das prioridades
do autarca figueirense,
que conquistou a presidência da câmara em
setembro último, pela
segunda vez – a primeira foi 1997, não se tendo
recandidatado – é criar
condições para a instalação de novas empresas
no concelho. A Zona Industrial, situada na margem sul, já não tem lotes
disponíveis.
A solução para aumentar a capacidade de resposta para a instalação de
novas indústrias, anunciou Pedro Santana Lopes, passa por preparar
a futura Zona Industrial
do Pincho, na margem
norte. “E noutros casos,
[há que] clarificar o regime de alguns terrenos do
município, para termos
uma bolsa de terrenos
disponíveis para investidores”, acrescentou.
De 2022, Pedro Santana
Lopes disse esperar “que
a Figueira, Portugal e o
mundo vivam mais tranquilos e sem tanta ansiedade e angústia, como
tanta gente sente”. E “que
o país tenha estabilidade e que se trate a sério
de assuntos sérios. Acho
que precisamos de tino
institucional e respeito;
respeitar quem pensa diferente de nós e os que
estiveram antes de nós; e
que haja mais decência”.
Aqueles são os projetos, processos e desejos
que o autarca espera ver
realizados em 2022. E o
que é que os figueirenses podem esperar dele e
da vereação que lidera?
“Serviço. E servir, servir
e servir. Isto [a atividade
autárquica] é uma missão
(…) e secundariza-se tudo
o resto. É quase como ir
para um convento”, garantiu Pedro Santana Lopes.
“Quero continuar politicamente solteiro ou divorciado”
Aquele será também
o ano em que o PSD vai
a votos na Figueira da
Foz, para eleger novos
dirigentes locais. Será
que o antigo partido do
autarca eleito pelo movimento independente
Figueira A Primeira (FAP)
se aproximará do executivo camarário? Isso
dependerá, sobretudo,
de quem vier a liderar a
Concelhia.
“Acho que é um pouco
anacrónico [na votação
do Orçamento do Município na Assembleia
Municipal] o PSD ter votado contra [como já o
havia feito na reunião de
câmara]. Teve três votos
contra do PSD e um da
CDU. O BE absteve-se e o
PS votou a favor. Espero
que o PSD passe por cima
daquilo que aconteceu
e que haja normalidade. Sou independente,
mas tenho uma ligação
especial a este partido”,
defendeu Pedro Santana
Lopes.
Uma vez que já não tem
a Aliança (partido que
fundou e do qual já se
desvinculou) no dedo,
na impossibilidade de
não poder voltar a casar
com o PSD, pelo menos
enquanto for autarca independente, está disponível para uma união de
facto?
À “provocação”,
Pedro Santana Lopes
respondeu assim: “(Risos) Não, não! Quero
continuar politicamente solteiro ou divorciado
(risos)”.»
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