“Como se justifica haver
tanta formação do IEFP e
das escolas e os patrões
virem dizer que não há
mão de obra qualificada?”, começa por questionar António Baião,
presidente do Sindicato
dos Trabalhadores da
Indústria de Hotelaria,
Turismo, Restaurantes e
Similares do Centro em declarações ao mesmo Diário as Beiras.
E é António Baião que deu as
respostas.
“O primeiro impacto
negativo acontece no estágio, com a atribuição
de funções ao estagiário que nada têm a ver
com a formação que lhe
é dada, como descascar
batatas ou lavar louça”. Por
outro lado, acrescentou
António Baião, “durante
o estágio, os estagiários
não são remunerados e
têm horários superiores
aos permitidos”. E como
“precisam de boas notas
finais, os estagiários acabam por não protestar”.
António Baião acrescentou ainda: regra geral, na
restauração e na hotelaria, “praticam-se salários
baixos e existe desregulação dos horários”. Ora,
sustentou o sindicalista,
isso leva a que muitos
profissionais mudem de
ramo ou emigrem. Mário
Esteves, porém, afiançou
que “a restauração pratica os salários e cumpre as
condições laborais contemplados no acordo coletivo de trabalho”.»
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