PSD Coimbra decidiu requerer a renúncia imediata da Vereadora Paula Pêgo
Em comunicado o PSD diz que “a viabilização política do Plano e Orçamento 2020 da CMC ocorrida ontem, ao arrepio da posição do PSD e das suas Vereadoras Madalena Abreu e Paula Quelhas, é a gota de água num percurso politicamente sinuoso e indecente com votações sucessivas em favor do PS e com claro desrespeito pelos eleitores de Coimbra”.
O PSD esclarece também que não foi informado previamente da posição política da Vereadora nem esta pediu, em nenhum momento, substituição por eventual conflito ético ou de consciência.O PSD denuncia a sobreposição de interesses pessoais sobre a representação política dos eleitores do PSD e o desrespeito consecutivo pelas deliberações democráticas do PSD ou de qualquer das restantes forças políticas – CDS, PPM e MPT – que compunham a coligação “Mais Coimbra”. Todas estas forças políticas manifestaram a sua profunda rejeição por este comportamento ofensivo da Vereadora em questão.
O PSD aponta a aceitação unilateral e extemporânea dos cargos públicos remunerados nas sociedades iParque e Metro Mondego a convite do PS, aceites pela Vereadora a título meramente pessoal, sem qualquer competência específica conhecida nesses âmbitos e e sem qualquer discussão prévia com o PSD, como uma forte condicionante do comportamento político da Vereadora Paula Pêgo.
“À mulher de César não basta parecer” e o PSD não pactua mais com este desvio democrático e político que prejudica Coimbra e os legítimos interesses dos seus munícipes.
O PSD recorda que apresentou 10 propostas de alteração com impacto no Plano e Orçamento 2020 da CMC e que não recolheram a aceitação do PS, nomeadamente na área da Educação – casos dos projectos para as Escolas Eugénio de Castro e José Falcão -, na Saúde – caso do Centro de saúde da Fernão de Magalhães – e em infra-estruturas relevantes como a construção do Anel da Pedrulha ou a requalificação dos Parques empresariais de Eiras, Taveiro e 2ª fase do iParque. Além disso, o PSD quer o reforço orçamental de 10% para as freguesias, conforme deliberação da Assembleia Municipal de Coimbra em 2018.
Ontem, Paula Pego em declarações à agência Lusa, disse que a inviabilização do orçamento impediria o município de aceitar desde já novas competências transferidas da administração central.
“É fundamental começar a exercer em 2020 as competências já descentralizadas da administração central no município de Coimbra, por forma a concretizar mais um passo no aprofundamento do poder local, aproximando as pessoas dos decisores políticos, bem como positivo o reforço das funções sociais, nomeadamente ao nível do transporte público”, sustenta.
A vereadora também esteve em dessintonia com os seus pares de bancada no executivo camarário quando permitiu, votando favoravelmente ou abstendo-se, que a Câmara aprovasse a aceitação de novas competências, no âmbito do processo de descentralização.
Se assim o entender, Paula Pâgo pode continuar na vereação sem o apoio do PSD.
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