Na Figueira, há coisas que, realmente, me fazem uma certa confusão. Ainda não tinha tido oportunidade de olhar devidamente como é, afinal, o programa da descarbonização e a “mobilidade urbana sustentável”.
Até que hoje, via Pedro Silva, tive oportunidade de ler o texto abaixo. Ao que parece, foi o que fiquei a matutar, o programa da descarbonização e a “mobilidade urbana sustentável”, tal como tantas coisas na Figueira, trata-se de uma bela conversa da treta. Portanto, "tudo isto para nada"...
"Fruto de algumas
boas companhias e
de uma “evolução
positiva de racionalidade”,
a minha vida material tem
sofrido cortes assinaláveis.
Desfiz-me de um negócio,
vendi um apartamento,
despachei quase toda a
colecção musical, doei
metade da roupa, despedi-me de livros lidos e
relidos, e transformei num
monte de lixo dezenas
de objectos de aparente
utilidade.
O resultado foi, muito
resumidamente, uma
enorme leveza de espírito.
Têm sido tempos de busca
pelo que é importante.
Consulto a bola de cristal e observo-me num dia distante a viver experiências transcendentais junto de uma comunidade indígena auto-sustentável na Bacia do Congo, ostentando longas barbas brancas e vestindo uma saia de folhas de cedro. Enquanto não chega o dia, vivo hoje a fase em que equaciono periodicamente a presença do automóvel na minha vida. Vejo-o como um empecilho poluente a ocupar demasiado espaço. Encaro-o como um consumidor abusivo de recursos naturais e financeiros. Acuso-o de excesso de protagonismo. Apelido-o de propiciador de dependências.
No entanto, olho para a minha cidade e constato que a “mobilidade urbana sustentável” é apenas um conjunto de palavras bonitas que encaixam de forma aleatória num qualquer programa eleitoral, onde o automóvel é rei e senhor.
A alternativa? Fazer um par de quilómetros num autocarro desconfortável, quase vazio, na presença de um motorista mal encarado. O preço? 1,45 €. De trotineta? Igual ou pior. Em viatura própria? Menos de 50 cêntimos. O diagnóstico? A mobilidade sustentável é uma farsa.
A conclusão? Não vai ser fácil chegar ao Congo."
Até que hoje, via Pedro Silva, tive oportunidade de ler o texto abaixo. Ao que parece, foi o que fiquei a matutar, o programa da descarbonização e a “mobilidade urbana sustentável”, tal como tantas coisas na Figueira, trata-se de uma bela conversa da treta. Portanto, "tudo isto para nada"...
Via Diário as Beiras
"Fruto de algumas
boas companhias e
de uma “evolução
positiva de racionalidade”,
a minha vida material tem
sofrido cortes assinaláveis.
Desfiz-me de um negócio,
vendi um apartamento,
despachei quase toda a
colecção musical, doei
metade da roupa, despedi-me de livros lidos e
relidos, e transformei num
monte de lixo dezenas
de objectos de aparente
utilidade.
O resultado foi, muito
resumidamente, uma
enorme leveza de espírito.
Têm sido tempos de busca
pelo que é importante. Consulto a bola de cristal e observo-me num dia distante a viver experiências transcendentais junto de uma comunidade indígena auto-sustentável na Bacia do Congo, ostentando longas barbas brancas e vestindo uma saia de folhas de cedro. Enquanto não chega o dia, vivo hoje a fase em que equaciono periodicamente a presença do automóvel na minha vida. Vejo-o como um empecilho poluente a ocupar demasiado espaço. Encaro-o como um consumidor abusivo de recursos naturais e financeiros. Acuso-o de excesso de protagonismo. Apelido-o de propiciador de dependências.
No entanto, olho para a minha cidade e constato que a “mobilidade urbana sustentável” é apenas um conjunto de palavras bonitas que encaixam de forma aleatória num qualquer programa eleitoral, onde o automóvel é rei e senhor.
A alternativa? Fazer um par de quilómetros num autocarro desconfortável, quase vazio, na presença de um motorista mal encarado. O preço? 1,45 €. De trotineta? Igual ou pior. Em viatura própria? Menos de 50 cêntimos. O diagnóstico? A mobilidade sustentável é uma farsa.
A conclusão? Não vai ser fácil chegar ao Congo."
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