Por onde anda a ternura?
Que é feito dela?
Nos dias que passam, só a vemos num ou noutro apontamento de alguém mais sensível!
Desapareceu da nossa conviviabilidade.
Tornaram-nos números.
E os números não se compadecem com a ternura...
A ternura, a meu ver, não é um sentimento.
Porém, é uma maneira de estar na vida que fortalece qualquer relação.
A ternura é das coisas mais belas que podem ser vistas por um ser humano.
É, também, das mais fáceis de serem mostradas ao outro, porque é traduzível em actos concretos.
E há tanta forma de demonstrarmos a nossa ternura!
Hoje de manhã, no decorrer do meu passeio matinal, encontrei este casal estrangeiro, calmamente sentado a olhar o mar do meu Cabedelo enquanto iam tomando o pequeno almoço.
Há muito que percebi, que as melhores coisas das nossas vidas não são adquiridas pelo dinheiro.
A ternura e a beleza são duas delas.
Só na Aldeia consigo encontrar momentos como este, de ternura e beleza, em harmonia com a natureza.
Não me roubem a beleza deste olhar, para me darem o contraste, com a feia imagem de mais um muro, daqueles que enxameiam a cidade.
Só uma paisagem destas nos pode fazer sentir a entrega.
A partilha sublime.
A fome de pele.
O desejo anunciado.
Um amor que se exibe.
Um sorriso.
Um amparo que se oferece.
No fundo, o que todos queremos: um assomo de felicidade...
1 comentário:
Somente um apaixonado consegue ter a sensibilidade de observar, com conteúdo, os pormenores que o ladeiam na sua passagem. Essa de fome de pele.............
És um apaixonado e por isso ainda vais sofrer muito.
Sentir de Amigo.
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