Na Figueira, cada vez mais se verifica o afastamento dos cidadãos da vida e da coisa pública.
Aliás, para sermos mais precisos e em abono da verdade, os gestores da coisa pública é que se encarregaram de afastar os cidadãos.
Em nome do pragmatismo, a maioria absoluta conquistada por João Ataíde, em 2013, acreditou no sonho que todos aceitariam a suspensão da democracia, em nome do bem do concelho.
Foi assim: a segunda-feira, dia 4 de novembro de 2013, passou a ser uma data histórica na Figueira da Foz - foi o dia, desde que vivemos em democracia, em que, na nossa cidade, se realizou a primeira reunião da câmara à porta fechada.
Tal, registe-se, ficou a dever-se a uma imposição da maioria absoluta de João Ataíde obtida nas autárquicas do dia 29 de setembro de 2013.
Tamanho desencanto magoa muitos figueirenses - mas, ainda mais do que o desencanto, principalmente a crescente consciência dele...
Mas, se a política, enquadrada nos partidos, desapareceu da vida figueirense, sublinhe-se que toda a revolução começou sempre por ser individual, e está a acontecer no íntimo de muitos de nós, em cada minuto dos dias que passam.
Para as pessoas, as leis e os regulamentos que criam obstáculos à Liberdade, são como o oxigénio. As leis e os regulamentos que criam obstáculos à Liberdade - que foi o que a maioria absoluta de João Ataíde efectivamente fez... - mudam a qualidade e a pureza do oxigénio que permite que as pessoas respirem e vivam...
E as pessoas, nem que seja apenas por uma questão de sobrevivência, hão-de acabar por reagir, pois as pessoas não conseguem respirar com facilidade um oxigénio sem qualidade e altamente poluído.
É pelo pensamento que sempre começa a revolução.
Um dia, os figueirenses, vão acordar.
Quando tal acontecer, não vão aceitar mais a multiplicação de discursos e proclamações de belos e grandes princípios democráticos que redundam, sempre, num profundo imobilismo político.
Os figueirenses, um dia, vão perceber que basta fazer o óbvio – pensar antes de votar.
2 comentários:
Não sei se o Presidente atribuí-o tanto relevo ao vereador Almeida. Honestamente acho que nunca viu nele uma sombra ou uma hipótese de sucessor no cargo.
Explicação deverá ser mais discutida no âmbito da personalidade e da forma de estar/encarar o cargo. O que aconteceu aos “moderados” da sua lista? Apagados. O que aconteceu aos “desalinhados” da sua lista? Apagados. O que aconteceu à Assembleia Municipal? Apagada. O que resta? O Presidente!
E o partido que o apoia queixou-se? Há alguma movimentação de uma alternativa? A lista da próxima vereação, vai ser elaborada por…?
Continuar a afirmar que a Figueira tem sido mal governada pelo centrão? Claro!
Esperar que o eleitor "acorde"? Claro!
Mas, está difícil...
No fundo, Portugal é aquele país em que é 1ª página do jornal mais vendido, é a nova namorada de um presidente de clube de futebol !!!!???
Populismos levam-nos sabemos bem onde.
Depois admiram-se.
Agostinho;
Curiosa a afirmação do teu maior comentador Arte de Furtar: ".....A lista da próxima vereação, vai ser elaborada por…?"
Desculpa a minha santa ignorancia, mas não ia entrar em vigor aquela "cena" do Presidente ser eleito, desconfio que só com o Vice na lista e a Vereação era escolhida por ele?
Essa ideia constava no projeto original quando pensaram acabar com o TiAlberto que levou por efeito dominó o Jaimito Soares e meia dúzia dele mais. Sabes dizer se essa alínea caiu por terra?
Abraço
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