No fundo, no fundo, bem lá no fundo, Portugal tem um
problema que não deveria ser um problema, antes um motivo de orgulho: Portugal
tem demasiadas pessoas boas.
Só assim se
compreende que ninguém queira arriscar chafurdar na pocilga em que se transformou a arena governativa nacional…
Ainda um dia destes aqui referimos o caso da Berta, lá dos Açores, e do “nosso” Miguel…
Hoje, via As Beiras, fiquei a saber que o Barbosa, lá de
Coimbra, também discorda do passadismo.
"O presidente da câmara, Barbosa de Melo, mostrou-se ontem
preocupado com o “aniquilamento” em curso no Hospital dos Covões através da sua
integração no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
Instado a pronunciar-se sobre a possibilidade do serviço de
urgências daquela unidade encerrar ao fim de semana, depois de já terem fechado
entre as 20H00 e as 09H00 – medida que terá sido revelada ao vereador
socialista Carlos Cidade –, o autarca afirmou que uma decisão como esta “não é
aceitável”."
Sinto-me sufocado.
Lá fora, está uma madrugada
agradável.
Abro a janela para refrescar e levo com uma brisa vinda do rio com cheiro
a cravos, o que dá para desanuviar da imagem
deste governo nauseabundo que quer enterrar, de vez, com o que ainda resta do 25
de Abril de 1974.
Pensando bem, sempre deu, pelo menos, para disfarçar o cheiro que caracteriza estas manifestações hipócritas de
pretenso bairrismo destas pessoas boas, que nos entram constantemente pela casa dentro…
Além do mais, este
pretenso bairrismo já não é fresco. É congelado e, pelo cheiro, já está
estragado.
Em tempo.
Atenção bairristas de meia tigela. Isto está a tornar-se perigoso.
«Dá ideia que, agora, uma pessoa até tem medo de criticar o Governo. Começa a criticar o Governo e é chamada para o Governo.»
Em tempo.
Atenção bairristas de meia tigela. Isto está a tornar-se perigoso.
«Dá ideia que, agora, uma pessoa até tem medo de criticar o Governo. Começa a criticar o Governo e é chamada para o Governo.»
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