Uma precipitação invulgar - muita chuva em escasso período de tempo - é a justificação comum das autoridades meteorológicas para a ocorrência de inundações e cheias.
O mau tempo, nesta sexta-feira, causou 232 inundações, o bloqueio de quatro linhas ferroviárias e 28 estradas, 174 quedas de árvores, entre outros danos.
De acordo com o Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil, os distritos de Leiria, Lisboa e Santarém foram os mais afectados.
O nosso concelho também teve problemas. “A forte chuva que esta manhã se abateu sobre a zona da Figueira da Foz, aliada ao pico da maré, provocou diversas inundações na baixa da cidade e nas freguesias de Buarcos e Borda do Campo.”
Que fazer perante esta inevitabilidade cíclica?..
Por mim, só vejo uma forma de solucionar o problema: proibir a chuva em Portugal, em geral, e sobre a Figueira, em particular!..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Sem comentários:
Enviar um comentário