Salvo melhor e mais abalizada opinião, o que esteve tão só em causa, neste caso, quanto a mim, foi a política.
Vou procurar explicar: Buarcos é uma freguesia importante, a vários níveis, nomeadamente em número de votos para o PS, nas contas finais da eleição do próximo executivo camarário.
Os 100% e o PSD sabendo isso, e como as eleições também são importantes para eles, mediante os 750 euritos que estavam em cima da mesa, como proposta, viram ali uma soberba oportunidade de entalar o PS. Oportunistamente não se fizeram rogados, chumbaram os 750 euritos...
A seguir, aconteceu o contra ataque do presidente Ataíde - e o desfecho é o que sabemos: 8 000 euritos pró Quim!...
Neste, como noutros casos, a tão badalada contenção de despesas, foi ultrapassada em nome dos interesses imediatos da políticazinha caseira. Chama-se a isto, navegar à vista...
Nada de novo. É assim que quem quer ser político nesta cidade, seja de que partido for, tem de actuar. O resto é treta.
No fim do ano, quando se fizerem as contas, ficaremos melhor esclarecidos...
Depois, face ao sufoco financeiro camarário, que todos sabemos que é grande, corta-se “às cegas”...
Perceberam, agora, porque é que considero que isto está muito pior do que pensava?..
Mas, isto, claro, devo ser só eu que penso, que não percebo nada de política...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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