Em Abril de 1974, “Portugal era um país anacrónico. Último império colonial do mundo ocidental, travava uma guerra em três frentes africanas solidamente apoiadas pelo Terceiro Mundo e fazia face a sucessivas condenações nas Nações Unidas e à incomodidade dos seus tradicionais aliados.
Para os jovens de hoje será talvez difícil imaginar o que era viver neste Portugal, onde era rara a família que não tinha alguém a combater em África, o serviço militar durava quatro anos, a expressão pública de opiniões contra o regime e contra a guerra era severamente reprimida pelos aparelhos censório e policial, os partidos e movimentos políticos se encontravam proibidos, as prisões políticas cheias, os líderes oposicionistas exilados, os sindicatos fortemente controlados, a greve interdita, o despedimento facilitado, a vida cultural apertadamente vigiada.”
António Reis - Portugal 20 Anos de Democracia
1 comentário:
Desculpa meter-me onde não sou chamado, ou seja, na História. Mas penso que os partidos não eram proibidos. O único que continuou a existir é que foi proibido, ou seja, o PCP. Portanto, o PCP era proibido.
Os outros diluíram-se, ou seja, as classes por eles representadas integraram-se e enquadraram-se facilmente na situação.
A única classe que não se integrou foi a que trabalha.
Viva o 25 de Abril, ou seja, é bem preciso outro.
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