foto sacada daqui
“Muito se tem falado nos últimos tempos da criação de um novo tipo de crime; o crime urbanístico. Este novo tipo de crime, que existe na maioria dos países da Comunidade Europeia, e que tanto tem dado de falar pelos resultados alcançados na vizinha Espanha, tem sido sistematicamente adiado em Portugal. Diga-se, em abono da verdade, que, para além do Ministério Público e dos investigadores criminais, aqueles que mais estão de acordo com esta nova tipologia são os autarcas, porque a esmagadora maioria é honesta e diariamente luta pelo bem das suas comunidades e sistematicamente vê o seu nome colocado em causa, por uma minoria que existirá sempre e que não olha apenas para o interesse dos seus munícipes, mas olha principalmente para a sua conta bancária e para o seu património. O grupo destas pessoas honestas está e sempre esteve completamente de acordo com a existência deste novo tipo de crime, porque isso ajudaria a separar o trigo do joio.”
Ler a crónica completa, aqui.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Sem comentários:
Enviar um comentário