Cito o dr. Luís Melo Biscaia, no Lugar para Todos:
“O que se inventa!
Correu hoje na Figueira que António Cândido Alves tinha aceite o lugar de Provedor Municipal, tendo essa notícia partido de alguém que é candidato na lista do PS.
Afinal isso é absolutamente falso como já me confirmado pelo próprio Engenheiro Alves. Como ele tem marcado posição contra a forma como tudo se tem passado no partido, havia que inventar algo que poderia colocá-lo mal.
Mas o Engenheiro Alves tem dignidade e verticalidade não se deixando comprar!
Mais uma vergonha para quem pôs a correr essa notícia vergonhosa!”
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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