Foto Pedro Cruz
Todos os anos, mais ou menos por esta altura, faz frio a valer...
Mas, “Portugal continua sem estar preparado para dar resposta a fenómenos extremos, como muito frio ou muito calor...”
E as perspectivas, mesmo lá para o Verão, não são as melhores... O “forte crescimento do número de desempregados até já está a alarmar o Governo de José Sócrates”!..
Entretanto, na noite gelada, o frio deixa-me completamente enregelado.
Mesmo assim, não desgosto estes dias frios
Falta é uma lareira para aproveitar da melhor forma este frio gelado.
Que bom que seria: frio gelado, lá fora. Lareira bem quente, cá dentro. E um sofá e um cobertor, suave, para me enroscar e perder no mundo dos sonhos...
Mas nem tudo corre mal. Há pouco, o Benfica deu um pontapé na crise ao ir ganhar a Guimarães. “Foi o regresso às vitórias depois de quatro partidas em vencer.”
Continuando a sonhar...
Portugal, continua uma Terra de “pessoas respeitáveis”.
O “Banco de Portugal, BPN e empresas de auditoria escudaram-se atrás do confortável chapéu do sigilo profissional para se recusarem a prestar a informação solicitada pela comissão parlamentar de inquérito ao BPN. Entre a informação “sigilosa” estavam os secretíssimas relatórios de auditoria e a troca de correspondência entre o Banco de Portugal e o banco de Oliveira e Costa. Uma das auditoras, a Ernst & Young, chegou mesmo ao desplante de dizer que “não tem em arquivo a informação solicitada”.
Em Portugal, só mesmo uma vaga de frio, para acontecerem medidas de emergência!...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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