Penso que esta polémica do pedido de hoje da suspensão de mandato do Eng. Duarte Silva, por parte de António Paredes, não vai dar em nada.
Não creio que o engº. Duarte Silva suspenda o mandato.
E porquê?
Não só, mas também, por uma questão de estratégia.
Ao recusar suspender-se, o engº Duarte Silva vai jogar na aura de impoluto e na pose de ofendido. Ao mesmo tempo, vai dar a imagem de quem permanece de mangas arregaçadas, de quem quer continuar a trabalhar, por e para os seus figueirenses.
Para mais, neste momento, no PSD já não existe nenhum Marques Mendes!..
Por outro lado, o PS/Figueira, apesar de considerar que “todo este executivo, arguidos ou não, votou favoravelmente o processo do Galante e está ferido de legitimidade política, todos são responsáveis, não fica ninguém de fora", recusa, no entanto, “a realização de eventuais eleições antecipadas na autarquia da Figueira da Foz”.
"O PS não vai pedir eleições antecipadas. É desejo nosso que os mandatos se cumpram, com as devidas excepções. Compete ao PSD tirar as devidas ilações e fazer uma leitura política de todo o processo", sustentou António Paredes.
Portanto, isto tudo espremido, é algo com pouca substância.
Paredes, quis mostrar que vamos ter homem no PS.
Duarte Silva, vai querer continuar a mostrar que temos homem no PSD.
A Figueira é uma grande cidade. Temos homens!
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
1 comentário:
Se tivessemos porco no espeto era bem melhor!
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