A propósito deste “Momento simples”, houve um anónimo, disfarçado de laurinda, que remeteu o comentário que transcrevemos parcialmente: “bastava contactar os Bombeiros Voluntários Municipais e eles com as bombas esvaziavam aquilo num instantinho. Depois era só voltar a pôr água nova e placas a dizer proibido vazar lixo e urinar aqui”.
OUTRA MARGEM, sempre com espírito construtivo, para complementar, deixa uma sugestão a quem de direito, para que o velho hábito de urinar na rua possa ter os dias contados naquele espaço de lazer.
Apesar de punido por regulamentos municipais, talvez culturalmente desajustado nos nossos dias, é ainda frequente ver-se pessoas a aliviar a pressão fisiológica da bexiga nos locais mais inconvenientes.
É certo que existe regulamentação, mas o cumprimento dos regulamentos e a correspondente aplicação de coimas, não é fácil para aqueles que o deviam fazer. Revelando uma compreensão profunda, só possível porque manifestada por quem já passou pelas mesmas situações (quem passa por elas é que sabe!..), as autoridades fazem vista grossa ao problema, que acaba por ser aceite na base da tradição.
Mas, estamos a referirmo-nos a um local concreto, nesta época do ano frequentado por muita gente, apesar dos mosquitos e do mau cheiro.
Tudo passaria por este mictório original, de carácter utilitário, que poderia ser instalado no Parque das Merendas, perto dos sintéticos, dada a frequência dos mesmos. Tratando-se de peças escultóricas de valor inquestionável, está apenas em discussão se deverão ficar no interior de uma pequena “guarita” ou ao ar livre.
A originalidade da solução encontrada poderá contribuir para a mudança de hábitos enraizados há muitos anos.
Hábitos muito portugas, diga-se de passagem...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
2 comentários:
Tá tudo muito lindo mas não é preciuso gastar tanto dinheiro. Os Órinóis, estão bem, mas as esculturas deviam ser encarregues ao mesmo artista que fez as outras esculturas das rotundas e dos laguinhso. Ficava tudo em casa e muito mais barato.
Simão, um empreendedor como tu, resolve isso num instante. Trata lá disso rapaz.
Há dias fui á festa de S.Pedro; no largo da capela tinha "trinta bares" e não vi um unico urinol; Resultado migei na RUA.
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