quinta-feira, 1 de março de 2007

Sócrates aprendeu lá




Há dois ou três dias, Luís Arouca, reitor da Universidade Independente demitiu o vice-reitor, Rui Verde, e os restantes membros da direcção, por "gestão "danosa".
Frederico Arouca, filho de Luís Arouca e administrador executivo da Uni, disse ao DN que o vice-reitor foi demitido "por não respeitar os órgãos oficiais e legítimos da instituição", não obedecendo nomeadamente ao Conselho Científico, e que a direcção foi exonerada por haver suspeitas de gestão danosa..
Segundo o jornal 24 horas, do passado dia 28 de Fevereiro, foi lá, na Universidade Independente, que Sócrates aprendeu.
Engenharia, é claro. E foi um aluno brilhante.

10 comentários:

Anónimo disse...

O Bloco Central institucional é hoje uma realidade tão forte que não se percebe porque é que Cavaco não preside ao Conselho de Ministros e Marques Mendes não é superministro da Justiça.
O País está a ser governado em cascata, por Sócrates, Cavaco e Mendes. O governo anuncia novas medidas contra a corrupção. Cavaco vem a seguir e dedica o seu discurso do 5 de Outubro à corrupção. Tudo, naturalmente, articulado entre os dois homens. Não admiraria mesmo que Cavaco tivesse mostrado antecipadamente a Sócrates a sua intervenção.
Marques Mendes pede mais verba para a Polícia Judiciária, a única despesa pública a mais que pede, diz o líder do PSD. No dia seguinte, sabe-se que o OE para 2007 vai contemplar um aumento de dotação de dez por cento para o Ministério Público e a Polícia Judiciária. Tudo, certamente, articulado entre Sócrates e o líder do PSD, no âmbito do pacto da Justiça celebrado entre PS e PSD.
Esta fórmula política arrisca-se a subverter as regras materiais de uma verdadeira democracia, alicerçadas na existência de alternativas para todas as políticas que, num determinado momento, estão a ser executadas por um governo. O que está a acontecer é que o PS cede uma margem nas suas propostas, o PSD cede outra margem e o Presidente da República exerce o seu alto patrocínio que, no caso de Cavaco, face ao seu perfil executivo, não se deve limitar a ser meramente formal, envolvendo propostas de alterações materiais. As medidas depois aprovadas acabam por não ser nem as que o PS ou o PSD verdadeiramente queriam. E pior. Fica sem se saber, assim, se haveria verdadeira alternativa às medidas aplicadas pelo executivo. Para um cidadão e eleitor, o escrutínio exemplar da política governativa por parte de um partido forte da oposição, através da avaliação das suas políticas, é essencial. Para melhor exercer o seu direito ao voto. Ora, Marques Mendes, tem-se demitido de exercer uma oposição consistente. Não basta ter andado os últimos dois anos a acusar o governo de fazer só propaganda.
Se isto é confuso para vocês, que são novos, imaginem a confusão que vai na cabeça duma velha jarreta como eu!...

Anónimo disse...

As universidades privadas lusitanas continuam a produzir guiões para tragicomédias, antecipando muito do que vai suceder nas universidades ditas públicas, dado que, também nestas, continuam edificantes cenas do mesmo género, onde a história continua a ser o género literário mais próximo da ficção.
O que se passa nalgumas universidades privadas é apenas a parte visível de um "iceberg" que alastrou enregeladamente por outros segmentos públicos, onde, às vezes, coincidem as mesmas pessoas. Porque todas as que referimos em abstracção bem real também andaram nas aventuras da Livre, da Lusíada, da Autónoma, da Moderna e da Internacional, bem como no processo das avaliações nas públicas, privadas e concordatárias. Basta que se consultem os "curricula" e o legado de discipulato que reclamam.
Peço desculpa por falar livre, mas já não preciso de fazer mais concursos para o meu "cursus honorum", nem de votos para me candidatar a qualquer lugar
Estejam atentos aos próximos capítulos.

Anónimo disse...

Ora aqui está um dos meus, um dos que sabe o que diz.
Dr. Tromba Rija, é isso mesmo!
Universidades feitas para apanhar papalvos, onde dão cursos a troco de dinheiro e que servem de capa a muita gente e muita coisa, servindo só para aumentar os dados estatísticos no que respeita ao numero de licenciados ou portadores de canudo, é o que essas "instituições" são.
Enfim, mais uma coisa do Chico-Espertismo nacional.

Anónimo disse...

Meus caros o liberalismo ( e todos os neo e pós)quer económico, quer social dá nisto, . Obviamente que sou igualmente contra um estado forte, ou demasiado concentracionário. Apenas desejo um estado mais justo e nada corrupto! Em Portugal a questão já vem de longe, se bem me lembro, desde a Regeneração. Daí que novidade, novidade, não seja. Repete-se apenas. Mudam nomes, mantêm-se as fórmulas. A questão é que Lisboa já está arder, embora não pareça.

Anónimo disse...

Ó minha querida tia da martinha lacerda, mas quantos é que a senhora têm?
Se a sua sobrinha têm 85anos, a senhora então deve ser do tempo do D.Afonso Henriques, secalhar até fez comer para os soldados lusitanos e ainda chegou a brincar com o D.Afonso Henriques, quando ainda os dois eram pequeninos.

E que a senhora dure mais 100anos..

Anónimo disse...

oh meu caro avô do vasco da gama cá na familia as velhotas chegam aos 85 e para o contador!...
obrigado pela sua estima meu caro contemporâneo

Anónimo disse...

A coisa das datas de nascimento da Tia da Martinha mais o avô do Vasco da gama, deu-me o ânimo para trazer até aqui o que se segue:
Sócrates e a Universidade Independente de Lisboa
Vale a pena ler um extenso e bem documentado Post no Blog Portugal Profundo acerca das habilitações académicas de Sócrates. Reproduzimos aqui alguns extratos.

José Sócrates tem um bacharelato em Engenharia Civil pelo ISEC (Instituto Superior de Engenharia de Coimbra).
Todavia, na sua biografia oficial é dito que Sócrates é "Licenciado em Engenharia Civil".José Sócrates terá obtido em 1996 uma licenciatura em Engenharia Civil pela Universidade Independente.
Se compararmos os planos dos dois cursos - o bacharelato do Politécnico de Coimbra e a licenciatura da Universidade Independente -, e as respectivas disciplinas, chegamos à conclusão de que um candidato com o bacharelato do ISEC precisa de fazer 10 cadeiras (existem algumas disciplinas do curso na Universidade Independente que não têm correspondência no curso de Coimbra) e mais uma de Projecto para se licenciar na Universidade Independente de Lisboa.

A Licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente foi criada pela Portaria n.º 496/95 de 24 de Maio de 1995, embora o diploma tenha, retroactivamente, autorizado o funcionamento do curso desde o ano lectivo de 1994/95. Ora, o primeiro governo de António Guterres (o 13.º Governo Constitucional) toma posse em 28 de Outubro de 1995. José Sócrates torna-se em 30 de Outubro de 1995, secretário de Estado Adjunto da Ministra do Ambiente (ressalve-se que Sócrates só se torna Ministro Adjunto do Primeiro Ministro em 25-11-1997). Nessa desgastante função governativa, José Sócrates parece ter encontrado tempo e concentração, na mesma altura em que prepara e participa na campanha eleitoral durante o ano de 1995 e, já no Governo, a partir de Outubro de 1995, é secretário de Estado Adjunto da Ministra do Ambiente para, quinze anos depois do seu bacharelato, realizar as 11 cadeiras que, em princípio, teve de efectuar para obter o título de licenciado em Engenharia Civil em 1996. Deve ter sido muito difícil, um esforço quase sobre-humano.

A primeira fornada de licenciados em Engenharia Civil pela Universidade Independente terá saído em 1999. José Sócrates terá conseguido a sua licenciatura em 1996, quando a primeira fornada frequentava o segundo ano do curso.

Anónimo disse...

Grande crâneo este Socrates. Há que dar os parabéns...
Nem todos os portugueses são burros

Anónimo disse...

Quer-se dizer, ainda não havia curso, já o rapaz tinah o canudo.
Ah ganda socrates.
És como a pescada. antes de o seres já o eras.

Anónimo disse...

Por estas e por outras é que estão muito e verdadeiros licenciados no desemprego, ou penando melhor, em lugares e profissões para a qual tem habilitações a mais. Por essas, e por outras, é que não vale a pena penar para ter uma licenciatura, não daquelas que se tiram a brincar, não, mas daquelas em que não sendo "filhos de algo", nem amigos partidários, presisamos de demonstrar que temos valias para a obter. Porque mesmo essa, só será, ou poderá ser reconhecida se tivermos cartão de cor, ou amigos bem posicionados no velho esquema da Universidade da Cunha, que pelos vistos está à cunha. Ao sermos governados por indigentes, por muito determinados que eles pareçam ser- ainda se está para ver- estamos onde estamos. Até para presidente de camara deviam ser obrigados a possuir o curso dos Centros de Estudos e Formação Autárquica, pois tal possibilita que os seus alunos deixem de fazer as tristes figuras de meros "sacos azuis" nas eleições autárquicas. Pobre País este cheio de meios doutores e de doutores da mula ruça.