O mundo que temos é este em que vivemos. Portanto: «não importa para onde tentamos fugir, as injustiças existem em todo o lado, o melhor é encarar essa realidade de frente e tentar mudar alguma coisa.» Por pouco que seja, sempre há-de contribuir para aliviar...
domingo, 17 de dezembro de 2006
Cem anos de Fernando Lopes Graça
2 comentários:
Anónimo
disse...
Fernando Lopes Graça – pequena biografia de um HOMEM 1906: Nasce a 17 de Dezembro em Tomar, onde inicia os estudos de piano. -1924: Ingressa no Conservatório Nacional de Lisboa. - 1927: É aluno da Classe de Virtuosidade de Viana da Mota. - 1931: Termina o Curso Superior de Composição. É preso e desterrado para Alpiarça. - 1934: Ganha uma bolsa para estudar em França, que lhe é recusada por motivos políticos. -1937: Parte para Paris. Estuda com Koechlin Composição e Orquestração. -1938: A Maison de la Culture de Paris encomenda-lhe uma obra: «La fiévre du temps» (ballet-revue). Harmonizações de canções populares portuguesas. -1940: Ganha o prémio de Composição do Círculo de Cultura Musical com o 1º Concerto para Piano e Orquestra. - 1941: Tomás Borba convida-o para professor na Academia de Amadores de Música. - 1942: Obtém o prémio do Círculo de Cultura Musical com a «História Trágico-Marítima» (poema de Miguel Torga). - 1944: Ganha pela 3ª vez o Prémio de Composição do CCM com a «Sinfonia». - 1945: Faz parte da Comissão Distrital do MUD. - 1949: Faz parte do júri do Concurso Internacional Béla Bartók em Budapeste. - 1952: Novo prémio de composição do Círculo de Cultura Musical com a 3ª Sonata para Piano. - 1961: Edita com Michel Giacometti o 1º volume da Antologia de Música Regional Portuguesa. Início do In Memoriam Béla Bartók (8 suites progressivas para piano) que completa em 1975. - 1969: Rostropovich interpreta o Concerto de Câmara para violoncelo encomendado a Lopes-Graça. - 1973: Início da publicação das «Obras Literárias» (Editora Cosmos) em 18 volumes. - 1974: Assume a presidência da Comissão para a Reforma do Ensino Musical criada pelo Governo Provisório da Revolução de Abril. - 1979: Compõe para grande orquestra, solistas e coro o «Requiem pelas vítimas do fascismo em Portugal». - 1981: Convite do governo húngaro para as Comemorações do Centenário do nascimento de Béla Bartók. - 1993: Audição integral das sonatas e sonatinas para piano (Matosinhos). Homenagem no seu 87º aniversário. - 1994: Morre na noite de 27 Novembro na sua casa na Av. da República, na Parede, junto a Cascais.
Estava eu para aqui a pensar porque é que as velhotas que conbibem comigu aqui no Centro de Recolha de Velhos (com 1 certo capital, claro está!) na nossa Cova-Gala, só gostam de oubir o Tonio Carrera, Marcu Paulino, Os dois ele e ela, a cabra do zé, e essa muxicas e nunca oubiram nada deste senhore tão importante para a múxica purtuguesa? Eu, até lhes digo que a múxica é clássica, quer dizere tem classe, num é? Mas elas querem lá saber, dizem que o que dá na telebisão é que é bum, e isso é música de um indibiduo que até tinha uns problemas cum a policia, por isso não devia ser boa pessoa. Mandei-as logo ir à procura do bacalhau pró natal, aquelas ingratas! Nunca viram uma clave do Sol do tamanho dum prédio de dez andares, e como só gostam de ser elites para ostentar os bisons, os morcegos -benzes e coisas assim, são mais burras que um asno, que esses se forem ensinados até são bem capazes de distinguir um compositor de biolinos de um que nunca tocou para biolinos. Entenderam? Não? Então preguntem a um certo secretário de estado que percebia muito do assunto e muito instruído em música ligeira! Que ele sabe-a toda! Sim, dessa música que soa, aos oubidos das elites incultas... a biolinos! A do Maestro Lopes-Graça é muito cumunista, não presta...num é? Irra que os pobres de espíritu deviam ter uma época para serem caçadus! Olhem tenham um Bom Natal ou lá o que isso é, que cá a ti Hortência já não vai em cantigas!
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Fernando Lopes Graça – pequena biografia de um HOMEM
1906: Nasce a 17 de Dezembro em Tomar, onde inicia os estudos de piano. -1924: Ingressa no Conservatório Nacional de Lisboa. - 1927: É aluno da Classe de Virtuosidade de Viana da Mota. - 1931: Termina o Curso Superior de Composição. É preso e desterrado para Alpiarça. - 1934: Ganha uma bolsa para estudar em França, que lhe é recusada por motivos políticos. -1937: Parte para Paris. Estuda com Koechlin Composição e Orquestração. -1938: A Maison de la Culture de Paris encomenda-lhe uma obra: «La fiévre du temps» (ballet-revue). Harmonizações de canções populares portuguesas. -1940: Ganha o prémio de Composição do Círculo de Cultura Musical com o 1º Concerto para Piano e Orquestra. - 1941: Tomás Borba convida-o para professor na Academia de Amadores de Música. - 1942: Obtém o prémio do Círculo de Cultura Musical com a «História Trágico-Marítima» (poema de Miguel Torga). - 1944: Ganha pela 3ª vez o Prémio de Composição do CCM com a «Sinfonia». - 1945: Faz parte da Comissão Distrital do MUD. - 1949: Faz parte do júri do Concurso Internacional Béla Bartók em Budapeste. - 1952: Novo prémio de composição do Círculo de Cultura Musical com a 3ª Sonata para Piano. - 1961: Edita com Michel Giacometti o 1º volume da Antologia de Música Regional Portuguesa. Início do In Memoriam Béla Bartók (8 suites progressivas para piano) que completa em 1975. - 1969: Rostropovich interpreta o Concerto de Câmara para violoncelo encomendado a Lopes-Graça. - 1973: Início da publicação das «Obras Literárias» (Editora Cosmos) em 18 volumes. - 1974: Assume a presidência da Comissão para a Reforma do Ensino Musical criada pelo Governo Provisório da Revolução de Abril. - 1979: Compõe para grande orquestra, solistas e coro o «Requiem pelas vítimas do fascismo em Portugal». - 1981: Convite do governo húngaro para as Comemorações do Centenário do nascimento de Béla Bartók. - 1993: Audição integral das sonatas e sonatinas para piano (Matosinhos). Homenagem no seu 87º aniversário. - 1994: Morre na noite de 27 Novembro na sua casa na Av. da República, na Parede, junto a Cascais.
Estava eu para aqui a pensar porque é que as velhotas que conbibem comigu aqui no Centro de Recolha de Velhos (com 1 certo capital, claro está!) na nossa Cova-Gala, só gostam de oubir o Tonio Carrera, Marcu Paulino, Os dois ele e ela, a cabra do zé, e essa muxicas e nunca oubiram nada deste senhore tão importante para a múxica purtuguesa? Eu, até lhes digo que a múxica é clássica, quer dizere tem classe, num é? Mas elas querem lá saber, dizem que o que dá na telebisão é que é bum, e isso é música de um indibiduo que até tinha uns problemas cum a policia, por isso não devia ser boa pessoa. Mandei-as logo ir à procura do bacalhau pró natal, aquelas ingratas! Nunca viram uma clave do Sol do tamanho dum prédio de dez andares, e como só gostam de ser elites para ostentar os bisons, os morcegos -benzes e coisas assim, são mais burras que um asno, que esses se forem ensinados até são bem capazes de distinguir um compositor de biolinos de um que nunca tocou para biolinos. Entenderam? Não? Então preguntem a um certo secretário de estado que percebia muito do assunto e muito instruído em música ligeira! Que ele sabe-a toda! Sim, dessa música que soa, aos oubidos das elites incultas... a biolinos! A do Maestro Lopes-Graça é muito cumunista, não presta...num é? Irra que os pobres de espíritu deviam ter uma época para serem caçadus! Olhem tenham um Bom Natal ou lá o que isso é, que cá a ti Hortência já não vai em cantigas!
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