sábado, 24 de abril de 2021

Grândola

«O 25 DE ABRIL ERA A GRANDE OPORTUNIDADE HISTÓRICA DE TRANSFORMARMOS A REALIDADE PORTUGUESA NO SENTIDO DE UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E LIVRE.
ACHO QUE PERDEMOS ESSA OPORTUNIDADE HISTÓRICA» 
Melo Antunes, Abril de 1984

Via Diário as Beiras


Quinto molhe ao final da manhã de hoje...

 Foto António Agostinho




"Região mantém-se moderada apenas com Figueira da Foz e Penela em risco"


 Via Diário de Coimbra

Autárquicas 2021: ponto da situação em 24 de Abril de 2021

CANDIDATURAS ASSUMIDAS À CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ
EM TEMPO:
IMAGEM VIA DIÁRIO AS BEIRAS
Quem não se lembra de um Madeira Rodrigues (talvez pai deste jovem candidato do Chega...), que em 2017 avançou para eleições com uma lista onde incluia ex-dirigentes de Bruno de Carvalho?
E recordam-se o que aconteceu?
Madeira Rodrigues desistiu das eleições do Sporting, ques e realizaram a 8 de Setembro de 2018, para apoiar a lista B de José Maria Ricciardi...
Desse acto eleitoral, por sinal o mais concorrido de sempre no Sporting, o presidente eleito foi Francisco Varandas

A suprema vaidade dos deputados e o caso António Gameiro

Joaquim Emídio
Director Geral de O MIRANTE

"António Gameiro é deputado do PS e foi candidato à Câmara de Ourém durante cinco dias: até estalar mais uma polémica que deriva da sua profissão de advogado. Mais uma vez os dirigentes políticos do Partido Socialista remeteram-se ao silêncio e fingiram que não conhecem o sentimento do povo mesmo depois do espectáculo recente no âmbito da Operação Marquês.

A suprema vaidade de alguns deputados é levarem empresários amigos a almoçar no restaurante da Assembleia da República. Só lá almocei duas vezes em mais de trinta anos de trabalho mas chegou para confirmar o que acabo de escrever; os testemunhos que vou recebendo de outros profissionais e de pessoas amigas confirmam o facto: aquele lugar onde se reúnem algumas figuras públicas é uma espécie de montra para os deputados das negociatas levarem os seus amigos “patos bravos” e facturarem o seu prestígio e as suas influências no meio político.

De tal forma a coisa é feia, e dá nas vistas, que alguns deputados dos partidos do arco do poder sentem-se incomodados: aqueles que não pertencem ao clã dos negócios, e são deputados em exclusividade, condenam este aproveitamento mas nada podem fazer já que os partidos dão rédea larga aos seus representantes no Parlamento e não impõem a ética que exigem noutros sectores da sociedade.

O assunto vem a propósito do deputado de Ourém, António Gameiro, que foi apanhado numa investigação do Ministério Público sobre corrupção que envolve a presidente da Câmara de Vila Real de Santo António.
António Gameiro foi alvo de buscas da PJ em razão de ser advogado num escritório que terá mediado o negócio da venda de um terreno em Monte Gordo. António Gameiro tinha apresentado a sua candidatura à Câmara de Ourém dois dias antes das buscas. Alguém do partido deve ter avisado o deputado que tinha que retirar a candidatura e ele assim o fez. Aproveitou a embalagem e pediu a demissão de presidente da concelhia socialista de Ourém e do Conselho de Fiscalização do Sistema Integrado de Informação Criminal, que funciona junto da Assembleia da República. Ficou por pedir a demissão, ou a suspensão, do cargo de deputado; diz ele, tentando justificar o injustificável, que tem o direito à presunção da inocência. E tem. Então porque não manteve todos os outros cargos? É aqui que a porca torce o rabo: o cargo de deputado é que o mantém na crista da onda. O resto são migalhas.

Os dirigentes do PS e do PSD, perante mais este caso de mistura explosiva entre a actividade política e profissional, ficaram calados que nem ratos. Os bons costumes e os bons exemplos são só para os estadistas; a arraia-miúda, “os biscateiros da democracia”, “os serventes da República”, podem continuar a sua vidinha parlamentar com o mesmo à vontade que praticam as suas profissões de professores universitários, advogados, consultores e o mais que se sabe.

Daqui a umas semanas a pandemia, a campanha eleitoral para as autárquicas, os esquemas que vão aparecendo que nem cogumelos, e que corroem a democracia, fazem com que este assunto seja esquecido e se some a centenas de outros que nos últimos anos são a grande razão para o descrédito do regime. António Costa bem podia dar o exemplo e por ordem na classe política do seu partido. Rui Rio podia aproveitar as vantagens dos comportamentos dos seus colegas deputados e apelar à mudança de regras e de estatutos; podia e devia mobilizar as suas tropas e ajudar a fazer a revolução que o regime precisa. Ficou calado a exemplo do que aconteceu durante três dias depois do espectáculo da leitura das mais de seis mil páginas da decisão instrutória sobre a Operação Marquês: Rui Rio sabe que amanhã será a vez de um dos dele ser apanhado."

sexta-feira, 23 de abril de 2021

A Figueira da Foz continua com valores superiores a 12 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias, revela o relatório de hoje da Direção-Geral da Saúde

Só não acerto no euromilhões...

Domingo, 9 de abril de 2017. Já lá vão mais de 4 anos, escrevi isto. Passo a citar-me.
Longe dos olhares, no silêncio dos gabinetes, o Cabedelo está a ser alvo de um atentado. Se nada mais conseguirmos, não podemos esquecer o julgamento e fazer cair definitivamente a máscara dos mandantes...
Como penso que toda a gente que vem até este meu canto sabe, tenho um fraquinho muito grande e especial pelo Cabedelo.
Desde que me recordo,  olho para o Cabedelo de uma forma cúmplice e agradeço a força e o sorriso que traz, todos os dias, à minha vida.
Como sabemos, a vida custa a todos... Mas, a alguns em especial!
Como acontece em tudo na vida, é preciso estar-se no sítio certo no momento certo. O trabalho e o esforço são determinantes, mas um pouco de sorte ajuda muito. 
E ter a sorte de poder, sempre que o queira, encontrar-me com um local como o Cabedelo, mais do que sorte, na minha vida é uma benção. 
No inverno, tem aquela luz ténue e límpida, própria desta estação do ano. Em dias frios, tenho a sensação que o frio purifica a luminosidade, o que é uma benção, em especial, para os fotógrafos. 
A luz de inverno, no Cabedelo, é calma e fugaz. Os dias são curtos e transmite a necessiade de não desperdiçar um momento que seja, pois os dias de inverno no Cabedelo são lindos, mas têm algo que faz lembrar o efémero. 
A partir da primavera tudo é diferente. A sensação de êxtase dura mais - quase parece permanente. 
Tirando o mês de Agosto, o Cabedelo rodeia-nos de uma atmosfera muito especial. Somos nós e o sol - isto, é a natureza.

Fim de citação.
Passados 4 anos e mais de 5 milhões de euros o Cabedelo está assim...

Praia do Cabedelo, freguesia de São Pedro. Autor: Celso Silva/Digitart. Via Figueira na Hora

Mas todos sabemos como vai acabar

Santana Maia Leonardo, via jornal O MIRANTE

"Esta verdadeira Irmandade da Ganância foi fundada, discretamente, durante o governo do Bloco Central que tomou conta da Administração Pública e pariu os grandes grupos económicos portugueses, que cresceram à sombra do Estado e se confundiram com ele. Quando as leis são feitas precisamente por aqueles que as leis deviam perseguir, a Estratégia contra a Corrupção resume-se sempre em fingir que se combate a corrupção, ao mesmo tempo que se abre a saca para arrecadar os novos fundos.

Devemos ao 25 de Abril a entrada na União Europeia, o que nos garante a Democracia, a Liberdade e uma sociedade de bem-estar a que não teríamos qualquer hipótese de aceder de outra forma, tendo em conta o contexto iliberal, conformista e conservador (no mau sentido) em que os portugueses cresceram e foram educados, mais vocacionado para a pedinchice, a lamúria e a sabujice do que para liderar, agir e fazer. Todas as instituições do Estado Novo chegaram ao dia 25 de Abril totalmente envelhecidas e corrompidas, incapazes de esboçar uma reacção, ainda que ligeira, ao movimento dos capitães.

No entanto, o poder político saído do 25 de Abril, em vez de ter arrancado pela raiz as instituições herdadas do Estado Novo, limitou-se a fazer-lhes a poda, o que levou a que estas voltassem a ganhar raízes e a florescer ainda com maior pujança e carregadas dos seus piores vícios: o centralismo, o caciquismo, o servilismo, o maniqueísmo, a corrupção, a cunha, o compadrio, a subserviência, a inveja, o respeitinho, a censura e a cultura iliberal de rebanho e de funil.

Parafraseando Fernando Pessoa, também podemos dizer que, com o 25 de Abril, "cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez”, mas ainda falta cumprir-se Portugal.

Com efeito, as convulsões do período revolucionário, o saneamento em massa das pessoas mais competentes e qualificadas, o assalto das instituições por gente sem qualificações, nem escrúpulos, e a bancarrota que se lhe seguiu, criaram as condições objectivas para a tomada do poder por uma Associação de Malfeitores, a que eufemisticamente se baptizou de Bloco Central de Interesses, cujo único objectivo era o saque e a pilhagem dos fundos comunitários. Esta verdadeira Irmandade da Ganância foi fundada, discretamente, durante o Governo do Bloco Central que tomou conta da Administração Pública e pariu os grandes grupos económicos portugueses, que cresceram à sombra do Estado e se confundiram com ele.

E, quando as leis são feitas precisamente por aqueles que as leis deviam perseguir, a Estratégia contra a Corrupção resume-se sempre em fingir que se combate a corrupção, ao mesmo tempo que se abre a saca para arrecadar os novos fundos.

Vejamos o caso do processo Marquês. Segundo o juiz de instrução, os crimes de corrupção estão todos prescritos, com base no acórdão n.º90/2019 do Tribunal Constitucional que decidiu fixar o início da contagem do prazo de prescrição na promessa de corrupção e não no final do pagamento do suborno, como seria lógico. E quando saiu este Acórdão? Por coincidência (há cada coincidência!), uma semana após a abertura da instrução?!... Até parece que foi de propósito… E, segundo já li em qualquer lado, isto “Só agora começou”… Basta, aliás, olhar para a cara e para as pernas dos camaradas do animal feroz para constatar isso: as perninhas tremem que nem varas verdes e os rostos revelam uma angústia extrema como se as suas sólidas carreiras políticas estivessem depositadas e a vencer juros na caixa forte do Dono-Disto-Tudo. Cuidado, camaradas! Que isto “Só agora começou…”

Mas a irmandade pode dormir descansada, porque todos sabemos como isto vai acabar… ainda que eu já não esteja cá para ver."

"Homem livre, tu sempre gostarás do mar." *

* - Charles Baudelaire

 Via Diário de Coimbra

Hoje de manhã: aliás, ao final da manhã depois de uma bela caminhada!..

A propósito de uma chuvada forte, mas breve: a eficácia e a prontidão no apuramento das conclusões do levantamento sobre as causas das inundações em Buarcos é impressionante: nem um dia demorou!

Lido hoje no Diário as Beiras. Passo a citar: 
«O presidente da câmara, Carlos Monteiro, solicitou ao Serviço Municipal de Proteção um levantamento sobre as causas das inundações em estabelecimentos comerciais e equipamentos em Buarcos, na quarta-feira.»
Portanto: há dois dias.
«A conclusão, adiantou o autarca ao DIÁRIO AS BEIRAS, foi a de que as inundações se deveram a “um episódio ímpar”
Carlos Monteiro defendeu, por outro lado, que, em circunstâncias normais, o sistema de drenagem de águas pluviais da recentemente requalifi cada frente marítima de Buarcos, “a funcionar há mais de um ano, tem respondido sem problemas”
Não obstante, defendeu Carlos Monteiro: “Numa perspetiva de melhoria contínua, vamos ver se é possível fazer alguma melhoria, tendo em conta situações de exceção [como a de quarta-feira]”

Recorde-se: há dois dias a chuvada foi forte, mas foi breve...
Mais breve ainda, foram as conclusões do levantamento solicitado pelo presidente da Câmara ao Serviço Municipal de Proteção Civil: impressionante - nem um dia demorou!

O PSD/Figueira, os militantes e os figueirenses em geral (como eu)...

O presidente da Concelhia do PSD/Figueira, Ricardo Silva, reage hoje no Diário as Beiras às declarações de Manuel Domingues publicadas ontem no mesmo jornal, nos seguintes termos: “o PSD não está à venda”
O líder da concelhia local confirma que o dirigente do partido demissionário, de facto, o exortou a falar com Santana Lopes, a fim de aferir se este estaria disponível para ser candidato na Figueira da Foz.
“Confirmo que me fizeram essa proposta, inclusive negociar o lugar de vereador e outros cargos, os quais considerei inqualificáveis. Presumo que tinham o beneplácito dos promotores de uma candidatura independente que o agora demissionário apoia e participa em actividades desse grupo”
, afirmou Ricardo Silva. Que acrescenta: “assim sendo, obviamente nem respondi”. E a seguir, igualmente via Diário as Beiras, Ricardo Silva justifica porque não respondeu à proposta: “porque só poderiam vir de quem está no partido à busca de tachos”, afirmando que não é o seu caso “e nunca foi”. "Estar no partido, é lutar pelos ideais do mesmo, nunca por recompensas pessoais”
A terminar e continuando a citar o Diário as Beiras, o presidente da concelhia afirmou: “O PSD da Figueira da Foz não está à venda, nunca esteve e nunca estará. Repudiamos esse tipo de posicionamentos”.

Para certas pessoas, nomeadamente o actual vereador Carlos Tenreiro, esta questão concreta deveria interessar sobretudo a militantes do PSD. Coisa que que eu não sou. 
Para desgosto e desconforto de quem pensa assim, a meu ver, os problemas que o caso revela dizem respeito aos cidadãos figueirenses em geral, como eu.
O que está em causa é a qualidade da democracia na Figueira, que passa pelo interior dos partidos. O declínio ou a elevação da vida política e da autenticidade cívica no quadro do sistema partidário, é por aí que passa. Como é também por aí que passa o desenvolvimento do nosso concelho e a melhoria da nossa qualidade de vida.
Numa democracia formal, os partidos são essenciais, enquanto instrumentos de preparação e concretização das grandes escolhas pela vontade popular. Por isso, é fundamental estarem à altura da responsabilidade democrática. Isso implica, não degradar a democracia pelas práticas que adoptam. 
Os partidos são essenciais, mas não são os únicos donos da democracia. Os cidadãos que não têm estofo para a militância partidária, também têm direito a ter as suas opiniões e a exprimi-las livremente.
Uma das lacunas dos democratas figueirenses, quando instalados no poder, é passarem a ter apenas capacidade e receptividade para o que gostam de ouvir. Quem ousar questionar e ter opinião fora do "rebanho" à boa maneira socialista, mas não só, "leva"... 

A distância entre políticos e cidadãos existe...


 

Sinto-me um priviligeado: viver 47 anos em democracia é um marco histórico na vida de um português.  
25 de Abril, Sempre!, pois é uma data histórica e um marco glorioso que nos devolveu a liberdade, as eleições livres e os direitos dos cidadãos. 
Embora ainda persistam  desigualdades, pós 25 de Abril de 1974 a pobreza recuou acentuadamente, o analfabetismo diminuiu consideravelmente, assim como a taxa de mortalidade infantil. 
As conquistas de Abril contribuíram para o progresso. Sem o 25 de Abril não teria havido o SNS e a melhoria do sistema de protecção social. 
Nunca nos podemos esquecer disto.
Há muita coisa a aperfeiçoar? Há.
Festejar Abril com dignidade e alegria é um dever cívico de qualquer cidadão.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Criticam os críticos em vez de estudarem os assuntos e depois não passam no teste...

Imagem via Diário as Beiras
Lido ontem no Diário as Beiras. 

"Carlos Tenreiro não se limitou a elogiar a ação do executivo camarário socialista, também deixou uma crítica velada a quem tem criticado o atraso das obras e contestado a realização de algumas delas. “Neste momento, há uma série de gente sem falar, porque não têm assunto. Pessoas que aparecem para dizer mal”, disse o vereador da oposição." 

Será verdade, ou são os críticos que sonharam, para terem assunto para falar?
Parece que na tarde de ontem cairam uns pingos de chuva duranre cerca de 20 minutos houve inundações, num local recentemente alvo de obras de regeneração! 
Em tempo:

OUTRA MARGEM É UM ESPAÇO INCÓMODO PARA AS ELITES... TEMOS PENA.

Esta manhã, partindo da leitura de uma notícia no jornal Diário as Beiras, publiquei uma postagem sobre a situação vivida na Figueira nesta pré-campanha para as autárquicas de Outubro p.f.
Tudo o que escrevi, foi baseado em notícias publicadas nos últimos meses em jornais regionais e nacionais. Qualquer pessoa, mediante uma busca rápida na internet, pode comprovar o facto. Aliás, a postagem no OUTRA MARGEM tem todos os links.
Na minha página pessoal do facebook publiquei uma chamada de atenção para a postagem no blog. Tal bastou-me para ter sido mimoseado de forma completamente despropositada, precipitada e desnecessária pelo Doutor Carlos Tenreiro.
Não encaro este despropósito do Doutor Carlos Tenreiro como nada de pessoal. Entendo isto como algo mais abrangente, politicamente falando. O Doutor Carlos Tenreiro por ter sido candidato pelo PSD, julga-se num patamar superior e com um estatuto mais elevado ao de um eleitor da CDU.
O PSD é a elite. A CDU é o Povo. Ele, candidato do PSD, pode falar e escrever o que lhe apetecer sobre a CDU, OUTRA MARGEM, ou sobre o António Agostinho. Eu, como eleitor CDU, no entender do Doutor Carlos Tenreiro, não deveria poder escrever sobre o PSD, sobre o vereador Carlos Tenreiro ou sobre a petanca.

“Aqueles que pretendem entender o passado e moldar o futuro devem prestar muita atenção não apenas às suas práticas, mas também à estrutura doutrinária que as sustenta”. - Noam Chomsky.

Há mais de 260 anos, David Hume, ao abordar a problemática da obediência civil, chegou à conclusão que o governo de uma nação se baseia no controlo da opinião pública, princípio que abarca todos os governos, as ditaduras civis, as ditaduras militares, os nepotismos e até, as democracias. 
Na prática, de acordo com a gestão das democracias ocidentais, a população pode ser “espectadora”, mas não “participante”, salvo quando de longe em longe coloca o voto na urna no acto eleitoral. Ou seja, na ocasional escolha de líderes partidários. Porém, onde se definem os verdadeiros rumos da política, é no campo económico, área de onde a população em geral deve de ser excluída. 

Desta forma, existem doutrinas concebidas para impor o novo “espírito” da “democracia” segundo os moldes neoliberais. Para os teóricos do controlo das massas, a manipulação consciente e inteligente dos hábitos e opiniões organizadas das massas constituem importantes componentes das sociedades ditas democráticas. 

As minorias elitistas e informadas para atingirem os seus objectivos, fazem uso contínuo e sistemático da propaganda. Se conseguirem entender os processos mentais e os padrões sociais das massas, controlam com relativa facilidade a opinião pública.
A malta (o Povo) tem de aceitar a propaganda sem sentido crítico.

A Figueira, tem uma população maioritariamente apática e passiva. Neste âmbito, a minoria informada assume-se como uma “classe especializada”.
Os responsáveis pela definição das políticas de governo da autarquia entendem que o povo, leia-se pessoas “ignorantes e intrometidas, alheias ao processo”, deve ser “colocado no seu devido lugar”, “aprender”  a estar no seu lugar, manter-se distanciado e, sobretudo, calado.
OUTRA MARGEM, daqui a três dias, vai entar no décimo sexto ano de publicação consecutiva. Se tiver vida e saúde prometo mais 16 anos. 

A ser verdade o que Manuel Domingues diz na edição de hoje do Diário as Beiras a concelhia do PSD/Figueira é fortíssima!..

Citação do jornal Diário as Beiras: 
“Quando o doutor Santana Lopes se demitiu do Aliança, já era um entendimento com o doutor Rui Rio para ser candidato à Câmara da Figueira da Foz”. 

Recorde-se, por exemplo, o que aconteceu em Coimbra: «a concelhia e a distrital social-democratas tinham escolhido o nome do ex-deputado Nuno Freitas, candidato que a comissão autárquica considerou não ter "condições objetivas" para derrotar o PS, tendo optado pelo ex-bastonário dos médicos. "[A comissão nacional] interveio directamente por estar convencida de que esta é a melhor solução"», frisou Rui Rio.

Das duas uma: 
1. ou a concelhia do PSD/Figueira é mais poderosa que o PSD nacional!..;
2. ou o PSD nacional não liga a Santana...

NEM TODAS AS CRISES TERMINAM BEM

«A crise ecológica e climática global corre o risco de arrastar a própria civilização humana, pela primeira vez a uma escala igual à do próprio planeta, para um abismo ontológico.»
Viriao Soromenho-Marques