quinta-feira, 25 de julho de 2019
quarta-feira, 24 de julho de 2019
Livro para as suas férias
«A verdadeira glória dos sonhos reside na sua atmosfera de liberdade ilimitada. Não é a liberdade do ditador, que impõe a sua vontade ao mundo, mas a liberdade do artista, que não tem poder, que é virgem de poder.»
Karen Blixen, África Minha (1937)
Dado que arranjei um pouco de tempo, recordemos a contratação via prestação de serviços
Para ver melhor, clicar nas imagens sacadas daqui |
É a maneira de contornarem a lei, pagar o que querem, evitar concursos e resolver tudo de forma rápida. O expediente está generalizado.
A contratação desta forma evita a disponibilidade de vagas e a realização de um concurso. Recorrendo ao expediente da prestação de serviços pode até ser inventada uma falsa tarefa.
Por outro lado, os outros cidadãos do concelho que pagam as taxas, os impostos e as multas ficam impedidos de concorrer ao contrato de que beneficiou amigos, familiares e afilhados políticos. A diferença entre o “eleito” e o cidadão comum, é que o primeiro conta com o acesso aos esquemas autárquicos e o segundo não tem quaisquer direitos.
Este esquema tem outras vantagens para os tais amigos, familiares e afilhados políticos, para além do exercício de falsos cargos públicos para os quais não estão habilitados, pagos segundo uma tabela por vezes quase pornográfica e arregimentados segundo a vontade e decisão pessoal de autarcas que confundem dinheiros públicos com o seu dinheiro. Estes artistas não têm funções, não têm horário e raramente prestam contas do que fazem.
Se uma autarquia compra um determinado bem este é recepcionado, entra na contabilidade, é registado em termos patrimoniais. Este esquema de contratações de serviços não deixa rasto, é difícil de controlar e não há relatórios. Se alguém questionar a sua autarquia sobre a maioria dos contratos que foram feitos no passado recente, será difícil haver um relatório a provar que o serviço foi prestado, se é que esse serviço alguma vez existiu.
Oito meses depois, na despedida de Pedro Silva do Diário as Beiras...
Aliás, passados estes oito meses, fiquei a gostar ainda mais.
Agora, às quartas, não vou ter o gosto de o poder ler na coluna de opinião que iniciou no passado dia 21 de Novembro de 2018 no DIÁRIO AS BEIRAS.
A sua opinião crítica, na minha opinião, além de bem humorada e quase sempre acerada, vai fazer falta ao jornal.
Não é fácil laborar no caldo escorregadio que os cronistas do exercício opinativo têm de funcionar no contexto que para Pedro Silva acabou.
Tal como previa, de um momento para o outro, podem ver o chão a fugir-lhe debaixo dos pés.
Foi o que aconteceu...
O que não deixou de ser um desafio interessante, para mais para quem dispunha apenas de 1400 caracteres, incluindo o título.
O Diário as Beiras ainda não tem um Ferreira Fernandes, mas, para já, suspendeu a colaboração do Pedro Silva, um cronista que, veio trazer beleza estilística na forma de fazer opinião na Figueira.
Sem desprimor para todos os que têm tido a coragem de emitir opinião numa cidade pequenina como a Figueira, permitam-me esta saudação ao Pedro Silva.
Muito bem Pedro Silva e obrigado. Fico a aguardar mais.
ISTO É QUE É UM DESTINO TURÍSTICO DE EXCELÊNCIA?..
Imagem via Ana Machado. Para ver melhor, clicar na imagem. |
Quem manda na Câmara Municipal não hesita em destruir a imagem da Figueira como destino turístico de excelência: obras intermináveis, porventura por falta de dinheiro, planeamento e eficácia. Lixo, sujidade, taxas de estacionamento, tudo contribui para espantar quem procura um destino turístico de qualidade. E é esse turista, o que tem dinheiro, que interessava à Figueira da Foz.
Os boys, muitos parasitas e alguns seguidores acéfalos, poderão continuar a apoiá-los, mas de pouco lhes servirá porque uma autarquia que expõe os seus espaços públicos ao que de mais rasca existe, e sem regras, é porque está à beira do colapso.
Que planos existem na autarquia figueirense para o Turismo? Alguém sabe?
Cito Teo Cavaco: "a Figueira tem um plano para o turismo? Está a crescer mais ou menos do que outros locais turísticos? Tem um turismo sustentado? As pessoas que nos estão a visitar estão a ser recebidas de forma que voltem? Estão efectivamente a deixar riqueza? Temos um produto turístico na Figueira? O turismo na Figueira dura quantos dias por ano? O que está a ser feito para alterar a sazonalidade? Ou isto são fantasias delirantes? Quem estiver satisfeito continue assim!"
Por mim, é para o lado que me viro melhor... "Viva a Figueira".
terça-feira, 23 de julho de 2019
segunda-feira, 22 de julho de 2019
140
"Procurei nesta coluna, conforme prometi logo no início, “a colaboração humilde, mas determinada, na construção de uma sociedade na qual a valorização da Ideia seja o respaldo na edificação da Obra”.
Esta é a prosa 140, a última, porque o Diário As Beiras vai mudar.
Grato pela oportunidade, desejo as maiores felicidades à equipa!"
Via Teo Cavaco
Esta é a prosa 140, a última, porque o Diário As Beiras vai mudar.
Grato pela oportunidade, desejo as maiores felicidades à equipa!"
Via Teo Cavaco
sexta-feira, 19 de julho de 2019
Até já
Aliança queixa-se à CNE e à ERC de tratamento noticioso "desigual"...
Santana estava mal habituado? É a vida...Entretanto, porque existe vida (leia-se "passeata breve") além deste blogue, este encerrará por uns 4 dias para descanso do pessoal.
Volto já!
Espero que apareça também...
Anedota (qualquer semelhança com a realidade, é pura coincidência)...
Pergunta - Qual a diferença entre Deus e um juiz?
Resposta - Deus sabe que não é um juiz.
Atenção: Isto, não é uma anedota: é, apenas, anedota.
Passo a explicar:
1. porque não faz rir;
2. porque é uma verdade que origina muitas injustiças;
3. porque o que se espera de um juiz, não é que ele se ache um deus, mas sim um servidor da Lei e do Direito, que aplica a justiça em nome do Povo e não contra o Povo.
A vida exige que sejamos fortes. Aliás, muito fortes e decididos.
Ser forte, porém, para mim, com o passar dos anos, transformou-se em tempo de serenidade e sinónimo de calma. Sem descurar a perscrutação comparativa. Isto é: a necessidade premente de apuramento dos factos.
Sabendo que nada acontece por acaso, coloco questões a mim mesmo, até que se faça luz e a claridade rompa em todo o seu esplendor.
O que acaba sempre por acontecer. Mais cedo, ou mais tarde.
Resposta - Deus sabe que não é um juiz.
Atenção: Isto, não é uma anedota: é, apenas, anedota.
Passo a explicar:
1. porque não faz rir;
2. porque é uma verdade que origina muitas injustiças;
3. porque o que se espera de um juiz, não é que ele se ache um deus, mas sim um servidor da Lei e do Direito, que aplica a justiça em nome do Povo e não contra o Povo.
A vida exige que sejamos fortes. Aliás, muito fortes e decididos.
Ser forte, porém, para mim, com o passar dos anos, transformou-se em tempo de serenidade e sinónimo de calma. Sem descurar a perscrutação comparativa. Isto é: a necessidade premente de apuramento dos factos.
Sabendo que nada acontece por acaso, coloco questões a mim mesmo, até que se faça luz e a claridade rompa em todo o seu esplendor.
O que acaba sempre por acontecer. Mais cedo, ou mais tarde.
quinta-feira, 18 de julho de 2019
Viva quem canta...
José Mário Branco,
“Os homens pequenos
quando são demais
não fazem por menos
tornam-se fatais
Vão por mim, que o vivi”
(“Eram mais de cem”, in “Resistir é vencer” – 2004)
Porque o tema é a maior preocupação deste blogue ao longo de mais de 13 anos que leva de existência...
"Figueira da Foz. Erosão costeira, um problema, três dimensões diferentes"
"Desde o prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto comercial,
um investimento de 14,6 milhões de euros, inaugurado em 2011, a erosão
nas praias a sul acentuou-se, com destruição da duna de protecção
costeira em vários locais, com especial ênfase na praia da Cova, alvo de
duas intervenções de emergência nos últimos anos, a última concluída
este verão.
Em junho, o Governo anunciou a transferência,
por dragagem, de três milhões de metros cúbicos (m3) de areia, de uma
zona no mar a norte do molhe norte do porto da Figueira da Foz para
combater a erosão das praias a sul e garantir a navegabilidade na barra
do rio. O projecto, orçado em 19 milhões de euros, deverá começar em 2020
e o presidente da Câmara, Carlos Monteiro, aplaude a iniciativa.
“A areia que está a mais no canal, que está a mais na entrada do porto, é colocada para abastecer as praias a sul. Todos ganhamos e resolvemos aqui um problema que foi causado pelo porto, mas que foi causado porque a actividade portuária na nossa cidade também é extremamente importante”, disse à agência Lusa Carlos Monteiro.
O autarca enfatizou que o projecto a iniciar em
2020 “é um trabalho a quatro, cinco anos”, já que três milhões de
metros cúbicos de areia representam um valor entre os cinco e os sete
milhões de toneladas (a densidade da areia molhada situa-se entre os
1.700 e os 2.300 quilos por m3), o que equivale a uma fila compacta de
camiões com cerca de 1.500 quilómetros.
“Mas é um trabalho para a vida, vai ter de ser
um trabalho constante”, assinalou Carlos Monteiro, dizendo acreditar
que, “no mínimo”, com a decisão governamental e a articulação entre
ministérios, autarquia e administração portuária, “foi dado um passo
incontornável para resolver um problema que se resolve da maneira mais
eficiente”.
“Já ninguém permite que se usem mal os
dinheiros públicos. E esta é uma situação em que ele é bem aplicado, é
bem gerido”, afirmou.
O movimento SOS Cabedelo leva cerca de uma
década de intervenção cívica relacionada com a questão das areias e os
seus impactes, quer na erosão a sul do Mondego, quer na acumulação a
norte do rio, por acção da «barreira» do molhe norte. A praia da Figueira
da Foz é o maior areal urbano da Europa, continua a crescer e a afastar
o mar da cidade, está “completamente soterrada” e é um “desastre
ecológico” que não se resolve com a medida governamental, argumenta
Miguel Figueira.
O SOS Cabedelo defende a instalação de um
sistema de transferência mecânica de areias entre as margens do Mondego,
conhecido por ‘bypass’, porque, de acordo com Miguel Figueira, esta
solução “ataca os três problemas”: a erosão a sul, a acumulação a norte e
a navegabilidade na barra do rio, por onde se faz o acesso ao porto
comercial e ao porto de pesca.
Desde 2011 que o movimento pugna pela
realização de um estudo económico do ‘bypass’ – recomendação ao Governo
aprovada no Parlamento em 2017 -, tendo este ano sido lançado um
concurso público para uma análise custo/benefício daquele sistema face a
outros, como as dragagens, orçado em cerca de 300 mil euros.
Apesar de o concurso estar lançado, Miguel
Figueira não deixa de criticar o anúncio do investimento de 19 milhões
de euros na transferência de três milhões de metros cúbicos de areia,
que, defende, “não garante sustentabilidade absolutamente nenhuma” a
longo prazo, clamando que “é duas vezes má despesa”.
“Estamos a pagar uma análise de custo/beneficio depois de fazer o investimento. E depois de fazer o investimento, se calhar já não há dinheiro para por em prática as conclusões do estudo. Mais uma vez, adiámos por um ou dois anos um problema e neste adiamento esgotámos a verba que nos permitiria garantir a sustentabilidade a longo prazo”, argumentou.
O extenso areal urbano localizado entre o
molhe norte e a vila piscatória de Buarcos tem 110 hectares (o
equivalente a 154 relvados de futebol), o que significa que metade da
cidade caberia na praia.
A quantidade de areia ali depositada nunca foi
medida – a praia tem vários metros de altura a nascente e a sul, mas
essa altura não é uniforme ao longo do areal – sabendo-se, apenas, que a
distância da avenida ao mar ultrapassa os 700 metros no seu ponto mais
largo e continua a aumentar.
O surfista e elemento do SOS Cabedelo, Eurico
Gonçalves, olha para o extenso areal e diz acreditar que “o maior
tesouro, o tesouro do surf, está soterrado na Figueira da Foz”,
escondido pela areia e que é uma “inevitabilidade” que reapareça.
O tesouro, explica o surfista, é a onda que
“quebrava” na praia antes da implementação dos molhes portuários, na
década de 1960 e que terá sido surfada, vinte anos antes, por um
figueirense, Nunes Fernandes, construtor da primeira prancha de surf na
Europa, de acordo com os registos existentes.
“Acreditamos mesmo que é uma inevitabilidade
retirar toda aquela areia, [da praia], temos de usar aqueles sedimentos
na protecção da orla costeira”, defendeu Eurico Gonçalves.
Via Diário as Beiras
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