foto António Agostinho |
A actual falta de perspectivas na Aldeia, ultimamente, tem-me roubado alguma energia, o combustível que me alimenta e que me empurra para a frente quando quase me sinto extenuado.
A Aldeia já me proporcionou desgostos e dores várias, algumas delas profundas, que me deixaram cicatrizes.
Contudo, a mentira em que se vive neste momento na Aldeia, ultrapassa tudo.
Há dores, que com o passar do tempo, ainda doem mais.
Quem sabe da dor, sabe da vida.
À medida que o tempo passa, tenho cada vez mais a sensação de estar a ver a Aldeia, que conheci, partir lentamente à minha frente.
Resta-me a memória - a minha -, a que me empurra para o presente, a tal que me ajuda a reviver episódios e acontecimentos passados na Aldeia.
A mesma memória – a minha – que me permite recordar a reminiscência do que a Aldeia foi.
Sobretudo, a memória do rio da minha Aldeia, visto da janela da casa que foi dos meus avós, agora é da minha mãe, onde nasci e vivi a maior parte da minha existência, parece estar imóvel, inerte e sem respirar.
O rio é o mesmo, mas a paisagem está diferente: a margem foi substituída pela variante à 109...
Eram raros, mas aconteciam, esses dias do “rio-chão"... Felizmente, pois gosto muito mais do rio da minha Aldeia quando tem ondulação e vida –, para mim, sempre o preferido “rio-cão”.
3 comentários:
Toma um xanax que isso passa-te.
ABRAÇO
Embora correndo o risco de este ainda vir a ser nomeado de lugar de cobardes anónimos, não resisto a publicar um comentário que me divertiu.
Que querem: não sou egoísta e o comentário tem piada, pronto.
Depois, se não assinam o nome próprio é porque não querem.
Não vou sequer perorar sobre se o anónimo percebeu o verdadeiro alcance do que escreveu, mas não posso deixar de registar a candura implícita nas suas palavras.
É claro que existe um problema de competência e competências...
O cerne da questão, contudo, está em conseguir que as pessoas – mesmo os anónimos - sejam cometentes e empenhadas, não só para si, naquilo que lhes diz directamente respeito, mas também com e para com os outros, para a comunidade.
Portanto, por mim, para a próxima vez, pode assinar. Isso, sim além de cometente e empenhado, era de Homem. ABRAÇO RETRIBUÍDO
É triste verificar a falta de carácter em alguns seres, no meu tempo O ANONIMO, era a criatura que não tinha pai, nem mãe, ou seja um abandonado.
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