segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
“música pimba”
Fernando Ruivo, sociólogo, respondeu assim à seguinte pergunta do Campeão das Províncias:
Pergunta: "segundo o presidente da ANMP, Fernando Ruas, há 30 anos os portugueses viviam numa apagada atitude de não participação cívica no seu destino colectivo, mas hoje já têm todas as instituições para a sua realização individual em favor da comunidade. Concorda?"
Resposta: "Não! Discursivamente é muito bonito, mas, como todos os outros políticos portugueses, os autarcas, salvo honrosas excepções, não gostam nada da participação. Os autarcas não gostam que as pessoas façam manifestações. Não gostam que as pessoas recorram aos jornais — ai dos jornais que publiquem determinadas coisas, que logo perdem subsídios. Não gostam que se mexa publicamente com os problemas. Os autarcas estão muitas vezes rodeados por um círculo íntimo e gostam de ser abordados privadamente."
Mas, se os políticos não gostam que os portugueses recorram aos meios de comunicação para dar conta dos seus problemas e aspirações, não há político que se preze que não goste de sair no jornal.
Sem nada acrescentar ao que já se sabia, o presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, lá deu mais uma entrevista. Desta vez, foi ao Correio da Figueira.
Todavia, para que ninguém fique ostracizado, OUTRA MARGEM – passe a imodéstia – o meio de comunicação com maior audiência na Cova, Gala, Cabedelo e Morraceira, e ainda com relevante difusão nos núcleos de emigração de covagalenses espalhados pelo mundo, respiga, com a devida vénia, excertos da entrevista concedida pelo político covagalense ao semanário figueirense, e que veio a lume na edição de 1 de Fevereiro passado.
Aí vai:
(“O momento é de contenção e nós estamos com a Câmara e com o país...”)
(“... ainda bem que fez esta pergunta já era tempo de termos aqui um hotel com todo o conforto e serviços de apoio, piscina e todos os serviços de manutenção...”)
(“... estamos dispostos a colaborar com possíveis investidores...”)
(“... a freguesia de São Pedro à 20 anos era uma desgraça ...)
Nota: (bem sabemos que falta o h, mas é para respeitar o original...)
(“ ... Gosto das pessoas que habitam os povoados da Cova-Gala, hoje a nossa terra não envergonha ninguém, e em 14 anos penso que se deu o salto dos 8 para os 80, mas eu não sou um mega homem...”)
(... não gostaria de sair da junta, sem dar aos habitantes da minha terra uma boa piscina coberta, um bom campo de futebol, um hotel, campo de ténis, lar de 3º. idade, acabar o saneamento e tratar a rede viária como deve de ser.”)
Esta entrevista, a este Correio da Figueira, está um autêntico mimo. Poderíamos fazer mais citações, como, por exemplo, esta pérola: “as nossas Colectividades estão todas em plena actividade com uma criatividade fora do normal”.
Isto, tem um nome: São Pedro, é a freguesia do faz de conta.
Só que os políticos podem viver no reino da fantasia, mas os covagalenses e sócios das Colectividades, não. E sabem bem qual é a realidade.
Adiante. Duas a perguntas a terminar:
1 – Será que teremos de aguentar este presidente de junta até ao décimo mandato?
2 – Será que todos os habitantes de São Pedro merecem que este político “continue a dar-nos música pimba”?
Nota explicativa (para não accionar susceptibilidades mais primárias ou emotivas...):
“Música pimba” – tipo de música onde não há a preocupação de fazer diferente, explorar novos caminhos, ou pesquisar. Isto é: repete a mesma fórmula até à exaustão.
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6 comentários:
Eu li a notícia e concordo com algumas coisas e também discordo de outras.
Fazendo referência, por exemplo, ao bairro social, ficou claro para todos nessa entrevista que, o bairro, está exagerado na sua capacidade, logo, acho que é preocupante como se "projecta a desigualdade social"... Em relação ás colectividades, o "fora do normal" a meu ver é contraditório, todos sabemos como é dificil gerir uma colectividade ainda que com a poios, mas estará o Sr. Presidente da Junta a protagonizar esses mesmos apoios? Quererá estar a dizer que as colectividades são pouco auto-suficientes?
E por último, o aclamado hotel, que sim até podem investir num hotel, não sem antes se ecclarecer os municípes da actual situação do hospital, da segurança nas ruas que é inexistente, do estado lastimoso em que estão alguns arruamentos da freguesia e de um assunto camuflado, nessa entrevista como escola c+s, que é a construção de um Polidesportivo, não precisamos de mais cafés, mas sim de uma mentalidade saudável, sem fumos e sem alcoól para esta povoação que está a aumentar de dia para dia.
Já que os jornais não me entrevistam, não tenho blog, a rádio e televisão ignoram-me, lá tenho de ser eu a escrever sobre mim
Pensando bem, se não escrevesse sobre mim, então ia escrever sobre quem?
Para ser sincero (coisa que até fica bem, mas muitas vezes “sabe” mal), nunca liguei um xixarol a egocentrismos; mas acho que mais tarde ou mais cedo, todos temos os nossos momentos de egomaníacos. Uns mais que outros, evidentemente.
Por isto aqui ou por aquilo, mitas vezes até pelo que já não nos lembramos, sejam ilusões ou desilusões, pelas coisas mais ou menos estúpidas e por mais uma série de razões que posso ou não escrever aqui, há alturas em que pensamos que o mundo gira à nossa volta…
Não sei se será normal viver nessa ilusão muito tempo, mas até chegar à conclusão que afinal a nossa importância é diminutamente nula, continuamos a acreditar nisso.
Ora valha-nos São Barrabás!...
Nós não somos o topo do mundo: tudo o que acontece de bom no raio deste mundo foi para nós ou por causa de nós?...
Alguém acredita nisso?
Ora bolas senhor presidente!...
Aliás, eu só estou aqui porque sou quem sou!
Oh presidente, no máximo dos máximos conseguimos chegar ao ponto de pensar que somos mais importante do que realmente somos.
Mas o raio do mundo (e os seus habitantes), a mim não me deixaram sonhar por muito tempo…
Os meus agradecimentos!
Senhor presidente essa musica já eu sei toda.!!
Ainda bem que ouço mal então ver nem se fala...
Ai se soubesse o que sei hoje aonde estava.
1º terminava a 4º classe para ser presidente a Republica.
2º em vez de ser eu a atirar-me do cata-vento era o senhor que voava...
Olhe amigo fui e sou pobre apesar de tudo fiz algo de bem na vida corria como ninguém.
Agora o senhor o que faz?
Gaba-se a si próprio, julga-se o maior da cantareira...
Olhe canta canta mas não me alegra...
Mais se fosse mais novo, talvez ainda fosse condecorado agora que sou velho e cego ao menos podia me usar para a próxima candidatura para os mais novos saberem o verdadeiro valor do atleta Inácio.
Ou então que guarde um lugarzito no hotel ...
Atleta Inácio
Grande inácio pá.
Olhe amigo vou consigo para o hotel...
cuidadoi que este pópó é o da treta.
respeitinho, o PÓPÓ verdadeiro é o do rádio ao ombro, sou eu, nada de mistruas.
PÓPÓ
cada maluco com a sua panca, não percebo o que é a panca, será que vem de pancada, será que cada panca não tem um maluco também, será que não há malucos sem pancas, será que não há pancas sem malucos.
como dizem os brasileiros
òh mínino, vá crescer, vá!
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