quarta-feira, 21 de agosto de 2019

IC1 (EN 109), a Sul da Figueira da Foz...

"... é um assunto que se arrasta há quase 10 anos.

Uma estrada onde continuam a ocorrer acidentes nos cruzamentos da Costa de Lavos e Marinha das Ondas sendo um atentado à segurança rodoviária, é vergonhoso ter-se deixado chegar ao ponto em que se encontra!

Em 2016, a Câmara Municipal emitiu um comunicado e divulgação nas redes sociais que a empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) anunciava o investimento de 3,25 milhões de euros para as obras da sua requalificação, valor que seria distribuído em dois anos, sendo 1,2 milhões em 2016 e 2,05 milhões em 2017.

Passaram dois anos, nada foi feito....

No passado mês de Junho, a Deputada do PSD, Ana Oliveira, questionou novamente o Governo, na pessoa do Ministro das Infraestruturas e da Habitação, sobre a prometida requalificação do troço da Estrada Nacional 109 (IC1) que passa o concelho da Figueira da Foz de norte a sul e, mais uma vez ficou sem resposta.

É lamentável que as Infraestruturas de Portugal em 2018 tenham requalificado o IC1 ( EN109) no Distrito de Leiria, estando também agora a decorrer os trabalhos no Distrito de Aveiro (entre Vagos e Aveiro).

É inadmissível, que o troço IC1 (EN109) a sul da Figueira da Foz, tenha uma vez mais ficado na gaveta.

O PSD, enquanto governou a Câmara Municipal, com uma relação correta e permanente com o poder central, concretizou as acessibilidades há anos anunciadas, como o alargamento da entrada principal da cidade, A14 ligação ao IP3, A17, IC8, Ponte dos Arcos, o Portinho da Gala... A variante de Tavarede, etc....

O Dr. Carlos Monteiro nestes 10 anos não conseguiu articular e concretizar com o poder central a requalificação da EN 109....

Venho requerer, toda a troca de correspondência entre o Município, o Ministério da tutela e, as Infraestruturas de Portugal."

Um requerimento do Vereador PSDRicardo Silva

Acrescentar o quê?

Via Diário as Beiras
PSD da Figueira da Foz, já disse tudo em Maio de 2018
"esta obra é exemplificativa da forma como é dirigido o concelho.
Sem estratégia, sem auscultação das populações, sem a preocupação de melhorar o nível de vida das populações, sem criar atractivos para os empresários instalados ou que se queiram instalar com vista à criação de emprego, o qual tanta falta faz aos nossos jovens, não promovendo também a consequente fixação de mais população no nosso concelho."

Este pérfido sentido de humor figueirense...

Imagem via Diário as Beiras


É de um pérfido sentido de humor que  "a câmara tenha proposto ao movimento ambientalista Parque Verde que indicasse uma solução para o problema do freixo, do largo de Santo António, a árvore mais antiga do concelho, cujos custos serão suportados pelo município".
É de um pérfido sentido de humor, porque - fica a pergunta - como é que se cede alguém que se diz amar?
É de um pérfido sentido de humor, Carlos Monteiro rejeitar as críticas de quem acusa a câmara de abater árvores, afirmando "que nunca foi abatida uma árvore sem uma causa devidamente fundamentada".
Basta lembrar o que se passou em Buarcos...

Cabedelo preocupa SOS...

Via Notícias de Coimbra 

Foto António Agostinho
«O SOS Cabedelo, movimento cívico da Figueira da Foz, denunciou um potencial perigo para os banhistas da praia do Cabedelo, por acção do mar, com a construção de um muro de protecção, incluído numa obra hoje aprovada.

Miguel Figueira, dirigente do movimento SOS Cabedelo, arquitecto e surfista, avisou ontem durante a reunião do executivo camarário, que a obra projectada para a zona marítima da praia do Cabedelo – que a câmara diz ser de requalificação, contrapondo os críticos que é obra nova e, como tal, deveria ser sujeita a estudo de impacte ambiental – vai criar novas correntes e vórtices (redemoinhos) que põem em causa a segurança de banhistas e surfistas.

O SOS Cabedelo afirma que a obra de protecção costeira, constituída por um enrocamento de pedra, vai avançar para dentro de água cerca de seis metros, “criando um desfasamento” com o molhe ali existente e provocando uma “armadilha letal”.

“O novo enrocamento terá de seguir o alinhamento e a geometria do enrocamento existente. Esta sempre foi a nossa posição para que não estivéssemos a criar ali alguma acção que pudesse impactar contra o funcionamento das ondas ou a segurança naquela zona da praia”, frisou Miguel Figueira.

O dirigente explicou que as preocupações com a segurança dos banhistas derivam de existir, junto ao molhe sul do porto da Figueira da Foz, adjacente ao qual se situa o areal do Cabedelo, “um dos maiores, senão o maior agueiro” da costa, uma corrente inversa à direcção da ondulação, que os surfistas usam como “uma estrada para ir para as ondas” afastadas da praia e a que chamam “o canal”.

Esse agueiro, que “não se move, é permanente” e desde as obras de prolongamento do molhe norte em 2010 “tem ganho imensa força”, constitui um problema acrescido de segurança para os banhistas, “porque a zona afunda muito rapidamente as pessoas perdem pé e são arrastadas”.

Miguel Figueira explicou que com a construção do enrocamento irá surgir “um pequeno ou grande vórtice, dependendo da intensidade do mar” no referido canal, na zona de articulação entre o molhe existente e a nova estrutura de protecção, uma situação que preocupa o SOS Cabedelo.

Recentemente, um instrutor de surf (Miguel Guedes) e um seu aluno, Santiago, de apenas 8 anos, salvaram duas pessoas no local, tendo sido alvo de um voto de louvor por parte do município. Miguel Figueira enfatizou que ambos, perante a situação que teme vir a verificar-se no futuro, “não teriam conseguido sair e teriam lá ficado”, sem conseguirem salvar os banhistas e pondo em risco a sua própria vida.

“Esta é uma questão de uma seriedade que impõe da nossa parte um alerta muito claro e muito inequívoco”, afirmou o arquitecto, que adiantou ter pedido por três vezes uma reunião ao presidente da câmara sobre o tema e ter sido “ignorado”, decidindo-se pela inscrição no período reservado ao público para que o alerta fique em acta.

“Estou aqui também para vos esclarecer em tudo o que quiserem, com ou sem desenhos, para que não possam invocar no futuro, perante uma eventual calamidade [que não sabiam], porque este projecto, que hoje vai a votação com o voto de cada um de vós [foi aprovado por com quatro votos a favor do PS e três contra do PSD], tem responsabilidades”, avisou.

O dirigente referiu ainda que, no futuro, “se porventura esta armadilha letal que estiverem a viabilizar vier a trazer outras consequências”, se não se conseguir impedir que esta obra vá para a frente, “esta acta servirá para fazer o cabal apuramento das responsabilidades”.

“Se quiserem insistir neste disparate, porque o que está em causa é a minha segurança e a dos meus filhos e a dos banhistas, iremos usar dos recursos legais e com todas as nossas competências para que esta obra, nesta forma, não avance”, garantiu Miguel Figueira.»

Segundo o Diário as Beiras de hoje, «o  presidente da câmara, Carlos Monteiro, prometeu que a autarquia vai debruçar-se sobre o assunto.
Por outro lado, frisou que o projecto poderá ser sujeito a alterações durante a obra.
A segunda fase da Área de Reabilitação Urbana do Cabedelo, destinada à protecção e reabilitação costeira e dunar, foi aprovada ontem com os votos a favor do PS e os votos contra do PSD. 

Entretanto, decorrem as obras da primeira fase, destinando-se à infraestruturação daquela zona de praia da Freguesia de São Pedro.»

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Depois da reunião de Câmara de hoje...

Terminou a reunião camarária que havia começado cerca das 15 horas. 
A Figueira, a avaliar pelo que pude assistir, durante parte da tarde de 20 de Agosto de 2019, está um concelho politicamente triste e, ao mesmo tempo, pouco tranquilo e zangado. Politicamente saturado e, ao mesmo tempo, nervoso. Cheio de festas e eventos desportivos e, ao mesmo tempo, politicamente ignorante. Tem uma classe política convencida e egoísta, mas notoriamente incomodada... Presumo que com o seu egoísmo e, ao mesmo tempo, com a má consciência.

Jerónimo de Sousa amanhã em Vila Verde

A CDU vai realizar uma sessão pública amanhã, quarta-feira, 21 de Agosto, pelas 21h30, no Grupo Recreativo Vilaverdense, em Vila Verde, Figueira da Foz. A iniciativa contará a presença de candidatos da CDU por Coimbra e com as intervenções de:
António Moreira, Mandatário Distrital da CDU;
Paulo Coelho, do PEV, Candidato da CDU por Coimbra;
Manuel Rocha, 1º Candidato da CDU por Coimbra 
e Jerónimo de Sousa, Secretário Geral do PCP.

Começa a ser tempo de pensar o futuro...

Via Diário de Coimbra: "Obras não têm os melhores resultados"

"As obras que a autarquia está a efectuar de requalificação da zona histórica da cidade preocupam a direcção da ACIFF (Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz), que, apesar de representar cerca de um milhar de empresários, não foi consultada, tendo “apenas” assistido à apresentação pública do projecto (que entretanto sofreu alterações). Todavia, o presidente da instituição assegura que essas preocupações têm sido transmitidas à autarquia, «por escrito e verbalmente» e que o presidente Carlos Monteiro se tem mostrado «colaborativo e disponível»."

Como se nota pelas declarações de Carlos Moita, presidente da ACIF, apesar de preocupado com o "impacto negativo" que as obras estão a ter no comércio tradicional, mostrou ser um cidadão avisado. E fez bem.
Do meu ponto vista, Carlos Monteiro não tem qualidades para ser presidente de câmara, mesmo duma cidade como a Figueira da Foz.
Igualmente do meu ponto de vista, há muito que muitos figueirenses perceberam, que é incapaz de ter qualquer espécie de empatia para com o que lhe causa incómodo  –  leia-se, os críticos.

Daí todos os cuidados serem sempre poucos para lidar com o actual presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, Doutor Carlos Monteiro. 
E Carlos Moita, que domina a arte da cartomancia e é perspicaz, sabe isso muito melhor do que muitos, incluindo eu...

No tempo em que não havia redes sociais, era assim que as pessoas comuns escreviam no espaço consignado aos leitores dos jornais...

Exmo Senhor Director

Deixe-me começar  esta humilíssima epístola por felicitar o jornal que V. Exa. superiormente  dirige. 
Que Deus lhe dê muitos e bons anos nessa hercúlea  e gloriosa tarefa.
O assunto que me leva a incomodar V. Exa.,  e a partilhá-lo com os seus leitores, é o seguinte : 

"Venho informar que, ao contrário do que foi anunciado, o projecto de Remodelação do Jardim Municipal (o tal que tem um custo de 800.000,00€) não consta da ordem de trabalhos da reunião de câmara de dia 20 de Agosto, Terça Feira, a realizar pelas 15h nos Paços do Concelho.
Esta reunião é pública."

Agradeço, penhorado, a atenção de V. Exa.

"Os governos não ganham greves por 3-0"

“O governo não ganhou 3-0 à greve porque, se quisermos ir pela analogia futebolística, era árbitro e não equipa no terreno. O seu papel era o de impedir que o direito à greve não colidisse com a satisfação de necessidades fundamentais e a sua alegria por tê-lo conseguido deveria ficar contida a ter sido um árbitro eficaz” escreve, num blogue que vale a pena visitar, Paulo Pedroso.
"O governo não ganhou 3-0 à greve porque, se quisermos ir pela analogia futebolística, era árbitro e não equipa no terreno. O  seu papel era o de impedir que o direito à greve não colidisse com a satisfação de necessidades fundamentais e a sua alegria por tê-lo conseguido deveria ficar contida a ter sido um árbitro eficaz.
A escolha de um agradecimento aos militares pelo seu contributo na redução dos efeitos da greve para início de périplo aos que diminuíram os efeitos da greve, sendo provavelmente merecida, é também um erro de perspectiva de um Primeiro-Ministro de esquerda. Os primeiros a quem há que agradecer é aos trabalhadores que acataram os serviços mínimos - e parecem ter sido bastantes - senão a requisição civil não seria tão limitada e circunscrita.
Quando um Primeiro-Ministro agradece antes de mais e primeiro que a todos os outros aos militares o seu papel na limitação dos efeitos de uma greve, desculpem, mas a minha  alma de esquerda fica dorida."

Promover o quê senhor autarca socialista?.. Romarias fascistas, não!..


segunda-feira, 19 de agosto de 2019

PUBLICIDADE INSTITUCIONAL (à borla...)

Qualquer notícia serve para colocar
 a imagem de Carlos Monteiro...
Realiza-se amanhã, terça-feira, a Reunião de Câmara do mês de agosto, no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho. Os trabalhos iniciam-se às 15h00.
A agenda relativa aos pontos a serem discutidos e votados em reunião, pode ser consultada na página do município.

Para assistir à reunião online:
https://www.veedeeo.me/veedeeoBroadcast?vn=722846

Agora falta esperar pela reunião de terça-feira...

Fim da greve

«No sétimo dia, "Deus" já havia terminado a obra que determinara; nesse dia descansou de todo o trabalho que havia realizado.» (Génesis 2:2)
(Substitua "Deus" por aquilo que entender.)

Motoristas de todas as substâncias perigosas, uni-vos!

«A greve não é um direito consagrado pela lei? Os trabalhadores não têm o direito de lutar por melhores condições de trabalho? Os motoristas não são trabalhadores de pleno direito?
Então ide foder-vos todos: os que estão contra os trabalhadores, os patrões, os que defendem os patrões, os sindicatos que gostam de greves fofinhas que não prejudiquem ninguém e que estão controlados pelos Partidos, a Justiça comprada e a Comunicação Social vendida.
E os Partidos políticos da Direita à Esquerda (o PCP e o Bloco deviam ter especial vergonha). E este Governo totalitário que, entre os patrões e os trabalhadores, é tão isento como a dupla Hugo Miguel/Luís Godinho a arbitrar os jogos do Benfica. Sim, este Governo totalitário, presidido por alguém que tem a traição no sangue e que fez toda a sua carreira política a apunhalar os colegas de Partido. Faz o que faz em minoria, dêem-lhe a maioria absoluta. Dêem.
Ah, e o estacionador em lugares de deficientes também pode ir.»

Ajustes directos: questionar despesa pública é discutir as regras segundo as quais se rege a relação entre o Estado e os privados... (continuação)

Em 2017, foram 17 096,48 € para montar e desmontar palcos.

Em 2019, para o mesmo efeito, foram 10 982,56 €... Isto é poupança em 2019, ou gestão larga em 2017?.. Será que uma câmara com tantos funcionários não pode disponibilizar 2 para montar e desmontar palcos?..

Ajustes directos: questionar despesa pública é discutir as regras segundo as quais se rege a relação entre o Estado e os privados...

domingo, 18 de agosto de 2019

Que grande domingo

Foto António Agostinho
... finalmente, em Agosto, um dia a meu gosto.
Por aqui, o verão foi na quinta-feira...

António Fernandes Aleixo, poeta popular portugês

Alexandre Soares dos Santos

Se Alexandre Soares dos Santos o afirmou, quem sou eu para duvidar!..

Não me agrada a exaltação tão magnânima sobre a morte de Alexandre Soares dos Santos,  ex-patrão do Pingo Doce, ao que dizem, o segundo homem mais rico de Portugal.
Transformar um empresário em herói da pátria não me parece boa ideia...
Todavia, isso não significa que se menospreze quem tão bem soube vender iogurtes de pedaços, lâminas para a barba, bacalhau demolhado da Noruega, gel de banho, champôs anticaspa, couves, fruta, esfregonas, detergentes, carnes, conservas, etc., etc. etc.. Um retalhista também pode ser detentor de habilitações culturais e políticas fora do comum. 
Fica este pensamento sublime: "cada companhia deve pagar de acordo com o que pode", disse um dia o empresário em Carcavelos, Cascais na apresentação da nova School of Business and Economics, que vai contar com o apoio da Jerónimo Martins. 
O melhor e mais rico retalhista que alguma vez teve Portugal,  tem muitíssima razão. 
Somos um povo MISERÁVEL.Temos um governo MISERÁVEL. Temos uma média salarial MISERÁVEL. Temos uma classe política MISERÁVEL. Temos uma classe empresarial MISERÁVEL. 
Resumindo e concluindo: somos todos uns MISERÁVEIS, pois aguentamos tudo impávidos e serenos... Como dizia o outro: o MISERÁVEL povo aguenta, ai aguenta, aguenta... 
E aguentou. Até os insultos de um retalhista, podre de rico, à custa de muitos benefícios que só um país como Portugal lhe proporcionaria - nomeadamente, à custa da destruição do comércio tradicional e do emprego que gerava, a desertificação dos centros das cidades, benefícios fiscais, exploração de mão de obra barata...  
Recorde-se que já há vários anos a família Soares dos Santos, principal accionista (56,14%) da rede de supermercados Pingo Doce e Recheio, transferiu o seu capital para a Holanda. Dito de outro modo: deixou de pagar impostos em Portugal. 

GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ:

"O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão."