"Os oradores foram unânimes em realçar o vanguardismo ideológico do irredutível defensor da liberdade, inscrito na carta constitucional, documento que consagrava as liberdades, direitos e garantias dos portugueses...
Manuel Fernandes Thomaz morreu pobre, não tendo sequer deixado dinheiro para o seu próprio funeral, porque preconizava que os políticos deviam servir o Estado e não servir-se dele".
Nota de rodapé.
Ao vivo, escutei, olhei e registei.
Agora, ao ver a notícia no jornal, volto a escutar, a olhar e a registar.
Poderia dizer muita coisa.
Mas, hoje, não me apetece usar muitas palavras.
Fica o registo, apenas.
Hoje, deu-me para esta atitude púdica de voyeur...
Tento interpretar, sabendo que a realidade é difícil de definir.
Eu sei que irritar pessoas, mesmo políticos com altas responsabilidades no concelho, não é difícil.
Porém, tal como um presidente, por exemplo, se irrita, também há políticos que me irritam.
Sobretudo, quando dizem coisas que, do meu ponto de vista, não batem a bota com a perdigota...
Mais uma vez, cumpriu-se a tradição.
Fiquemos assim.
O que conclui de tudo isto, é a minha verdade.
Até que me provem que ando completamente enganado...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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3 comentários:
Ainda hoje li que faleceu um combatente anti fascista,Silas Cerqueira,um exemplo de solidariedade entre os povos. E noticia de rodapé.
Que discursos da treta mum país que demorou tantos anos a reconhecer um dos heróis de Abril:Salgueiro Maia.
Que país da treta que não teve uma oposição forte,corajosa,abnegada e que movimentasse o povo contra a suspensão do feriado do 5 de Outubro,feita pelos reaccionários Paf's.
Que treta de país em que o único homem que teve coragem de afrontar os Paf's foi Ribeiro e Castro,quando suspenderam o feriado do 1Dezembro.
Sem memória,não há futuro!
Maçonaria a mais ....e Democracia a menos...
Ressuscita Manuel Fernandes Tomás !!
Uma maçada e um frete para alguns.
V.Borges
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