quarta-feira, 5 de abril de 2023

Obras do Porto da Figueira estão "enguiçadas"...

Em 30 de Julho de 2020, o então  presidente da concelhia do PSD da Figueira da Foz, Ricardo Silva, exigiu a demissão imediata da administração portuária local, acusando-a de incompetência e irresponsabilidade no processo das obras estruturais previstas, que foram adiadas para 2021, nestes termos:  “a administração do Porto da Figueira da Foz tem de ser imediatamente demitida. Ficámos a saber que a obra do porto não avançou porque não incluíram a avaliação de impacte ambiental. Isto é de uma total irresponsabilidade e incompetência que prejudica a cidade e a região”.
Recorde-se: a candidatura da obra de aprofundamento da barra, canal de acesso e bacia de manobras do Porto da Figueira da Foz, promovida pela administração portuária (APFF), não cumpriu as condições de acesso aos fundos europeus, nomeadamente a documentação obrigatória a nível ambiental, impedindo a sua aprovação, revelou o programa Compete2020.

Na altura - finais de Julho de 2020 - citando o Diário de Coimbra, «a agência Lusa consultou os documentos disponíveis no portal Participa em sede de consulta pública do EIA e constatou que a mesma esteve aberta até 14 de maio e, desde essa data, mantém-se "em análise", não estando ainda encerrada.
Confrontada com esse dado, Fátima Alves revelou que a APFF recebeu a 23 de junho da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) uma proposta de Declaração de Impacte Ambiental, "com parecer favorável condicionado, que está a ser avaliada""São condicionantes muito ligadas ao património arqueológico subaquático", precisou.»

Quase 3 anos depois, a 5 de Abril de 2023 (citando o Diário as Beiras) "uma barcaça com valor arqueológico encontrada na foz do Rio Mondego está a impedir o lançamento do concurso público para as obras de beneficiação do Porto Comercial da Figueira da Foz, orçadas em 23 milhões de euros – 4,5 milhões de euros assegurados por privados – e consideradas urgentes e relevantes para o desenvolvimento económico da região."
Com os sucessivos adiamentos do início da obra, o que está comprometida é a intervenção de aprofundamento da barra, canal de acesso e bacia de manobras do Porto da Figueira da Foz, para passar a permitir o acesso de navios mercantes com maior calado e de maior dimensão face aos actuais. Que o mesmo é dizer: o desenvolvimento do concelho da Figueira da Foz e de boa parte da Região Centro.
Quem sou eu para pedir a demissão de alguém, mas deixo a pergunta: isto é normal? 

João Pimenta Alves, deputado europeu do PCP no concelho da Figueira

Ontem, de manhã, no Porto de Pesca da Figueira da Foz e no Portinho da Gala, em contacto com a FIGPESCA e com os pescadores da pesca de pequena escala, costeira e artesanal, o deputado João Pimenta Lopes constatou a degradação e as condições desadequadas do porto de desembarque para este sector. Um cais flutuante é, há muito, uma necessidade para facilitar o desembarque às pequenas embarcações. O deputado europeu do PCP ficou a saber que continuam os problemas do assoreamento da barra (impondo riscos à entrada e saída da barra e restrições aos dias úteis de pesca) e do Portinho da Gala, local de partem as pequenas embarcações que pescam no rio o sável e a lampreia. As restrições de defeso do sável e de área de apanha de berbigão foram dificuldades também referidas pelos pescadores.

Da parte da tarde o eudeputado visitou o Alqueidão. Vários agricultores juntaram-se à visita que o eurodeputado do PCP João Pimenta Lopes realizou às comportas. No encontro, também participaram o coordenador da Associação Distrital de Agricultores de Coimbra, Isménio Oliveira, e a presidente da Junta do Alqueidão, Clarisse Oliveira. 

João Pimenta Lopes garantiu que irá questionar a Comissão Europeia sobre se há fundos para a reparação das comportas ou se já foram disponibilizados e o Governo português ainda não os aplicou.

Fontes: CDU Coimbra e Diário as Beiras

terça-feira, 4 de abril de 2023

Belga ABEE assina investimento de 72 milhões e 2.000 empregos na Figueira da Foz

"A Figueira da Foz foi escolhida pela belga Avesta Battery & Energy Engineering (ABEE) para a instalação de um centro de I&D de células de bateria de estado sólido, com uma capacidade de 0,5 – 1 GWh, a construir num terreno de 17 mil metros quadrados na área de expansão da zona industrial situada na margem sul do concelho."
Noshin Omar, CEO da ABEE, assinou esta semana um memorando de entendimento com a autarquia liderada por Santana Lopes.

Nuno Santos tem tantas hipóteses de chegar a secretário-geral do PS, como uma lampreia apanhada no estuário do Mondego e depois cozinhada em cabidela de arrroz, de desovar...

Imagem: montagem a partir do Observador e do Público

Estórias do jornalismo da web...

 Via Expresso

O que será um "homem não branco"?

"O Museu do Teatro viria acrescentar uma oferta cultural, turística e educativa muito interessante para o nosso concelho e importante para Tavarede"

 Via Diário as Beiras

Cuidados continuados: tirando a ficção dos políticos ficamos com a realidade...

 Via Diário as Beiras

Perguntado acerca do número de camas a atribuir ao Baixo Mondego e em particular à Figueira da Foz, Manuel Oliveira, responsável pela Equipa Coordenadora Regional da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados da ARSC, ressalvou: “Neste momento, não temos condições para dizer o que está previsto. Temos o plano feito, que pode sofrer alguma alteração”. Todavia, frisou, “o distrito de Coimbra tem uma oferta muito grande, em termos de cobertura”.
Mas, aquele responsável acrescentou ainda: “O planeamento, nacional e regional, obedeceu a um conjunto de rácios em função de um conjunto de variáveis [que envolvem a população acima dos 65 anos]. Por isso, no distrito de Coimbra, não teremos uma grande oferta, em termos daquilo que está previsto”.

URBANO TAVARES RODRIGUES: celebração do seu Centenário

Urbano Tavares Rodigues faleceu em 9 de Agosto de 2013, com 89 anos de idade. O último livro publicado pelo escritor foi “Escutando o rumor da vida seguido de solidão em brasa”.
AMANHÃ, QUARTA-FEIRA, 5 de ABRIL, às 18.30, no PALÁCIO GALVEIAS, CAMPO PEQUENO, LISBOA, a Associação Portuguesa de Escritores leva a cabo, na Biblioteca Palácio Galveias, uma homenagem ao antigo Presidente da sua Direcção, por ocasião do centenário do seu nascimento.

Serão oradores o Professor Vítor Viçoso, grande personalidade dos estudos literário entre nós, António Pedro Pita e José Manuel Mendes, ambos dirigentes associativos, bem como a escritora Sofia Fraga, neta do Autor evocado. Seguir-se-á leituras de fragmentos da obra de Urbano Tavares Rodrigues por quantos o pretenderem. s trabalhos terão início às 18h00.

Primeira reunião de câmara de Abril realiza-se amanhã


A primeira reunião ordinária de câmara do mês de Abril de 2023 realiza-se amanhã, pelas 10H00.
A Ordem de Trabalhos pode ser consultada clicando aqui.
A reunião é transmitida na página do município na internet (Link para assistir à reunião de Câmara ON-Line).

Eurodeputado do PCP no concelho da Figueira da Foz

João Pimenta Lopes, eurodeputado do PCP, da parte da manhã, estará na Lota, onde pelas 10 horas terá um encontro com pequenos armadores da Figueira da Foz.
Também hoje, pelas 15 horas, visita a freguesia do Alqueidão. Terá um contacto com orizicultores do Vale do Pranto, na Junta de Freguesia do Alqueidão, seguindo-se uma visita aos campos de cultura de arroz carolino para se  inteirar dos problemas que afectam os arrozais. 
Naquela região do Sul do concelho da Figueira da Foz, a água salgada junta-se à água doce, por alegada falta de manutenção dos diques, o que tem criaddo problemas à produção de arroz e gerado o protesto dos orizicultores do Vale do Pranto.

segunda-feira, 3 de abril de 2023

"Por altura dos Santos Populares a sardinha assada pingará gordura no pão"...

"A safra da sardinha, que deveria começar este mês, foi adiada para o início de maio. 
O adiamento, que reuniu consenso, deve-se à falta de gordura da espécie. "

Marques Mendes, o grande comentador televisisvo depois da retirada de Marcelo, a partir do minuto 22:28...


..."e depois também esta parte de que menos se fala, três crianças que são os filhos deste assassino. Ele é um assassino mas as crianças não têm culpa, são afegãs mas são crianças"...

50 anos depois, o silenciamento na comunicação social do arranque das comemorações do 3º. Congresso da Oposição Democrática realizado em Aveiro em abril de 1973...

Entre os dias 4 e 8 os abril de 1973, realizou-se em Aveiro, o 3º Congresso da Oposição Democrática. 
Nele colaboraram oposicionistas de diferentes gerações e tendências, incluindo militares que um ano depois viriam a participar na Revolução dos Cravos. 
O 3º Congresso da Oposição Democrática, realizado em Aveiro entre 4 e 8 de Abril de 1973, com a participação de 4 000 antifascistas, contribuiu para a queda do regime fascista e colonialista que, durante 48 anos, governou Portugal e foi um factor de consciencialização para os oficiais das Forças Armadas.

Citando Manuel Loff, historiador e professor universitário, actual deputado pelo PCP, no passado dia 30 Março 2023, na Assembleia da República: "Nem a democracia cai do céu - e a portuguesa não caiu mesmo do céu -, nem as ditaduras caem por vontade própria em elegantes processos de desistência e omissão. Toda a história está feita de luta por direitos, de resistência à opressão e à exploração e a todas as formas de violência com as quais se pretende impor uma e outra. Foi essa resistência que retirou todo o espaço de sobrevivência à ditadura salazarista na sua versão marcelista, foi a resistência que, ao combater ativamente as injustiças sociais, a discriminação sem pudor das mulheres, ao combater a opressão política, ao denunciar a violência exercida sobre o povo português, mas especialmente sobre os povos africanos e asiáticos submetidos à dominação colonial, criou as condições para que um movimento militar democrático, o MFA, pudesse fazer cair praticamente sem resistência a ditadura.
Se há democracia em Portugal desde 1974, ela deve-se a quem resistiu e a quem resiste. Sempre. De forma permanente. Sem desistir. E aqui, srs e sras deputadas, não posso, não podemos, deixar de sublinhar o papel central que a História reconhece ao PCP e à sua persistência e resistência à repressão na luta contra a ditadura e pela democracia cujas portas o 25 de Abril abriu e que a Constituição de 1976 veio a consagrar e institucionalizar. Não foi só ele – longe disso – que resistiu e ajudou a resistir. Mas nenhum outro movimento político que lutou pela democracia se manteve ativo, e pagou com o corpo dos seus militantes o preço da repressão, como o PCP se manteve.
Mário Sacramento, o antifascista batalhador que os congressistas de Aveiro 1973 quiseram homenagear, deixara escrito em 1967, numa espécie de testamento político, o apelo a que “Aprendam[os] com os erros do passado. (…) Façam o mundo melhor, ouviram? Não me obriguem a voltar cá!”, escreveu. 
Não o obriguemos a voltar."

No passado sábado, dia 1 de Abril de 2023, meio século depois, foi comemorado em Aveiro o 3º Congresso da Oposição Democrática de 1973. 50 anos depois do 3º Congresso da Oposição Democratica, a cidade de Aveiro recebeu  muitos democratas para, numa comemoração de âmbito nacional, assinalarem o 50º aniversário da efeméride.
Esta foi a primeira iniciativa da URAP, das muitas que com outras associações, instituições e os portugueses em geral vai realizar, até 2024, para comemorar os 50 anos da Revolução de Abril. 
A sessão evocativa, teve lugar no Auditório do Centro de Cultura e Congressos de Aveiro.
Os oradores foram: Jaime Machado, do núcleo de Aveiro e do Conselho Nacional da URAP; Carla Sousa, jovem trabalhadora e sindicalista; José Pedro Soares, coordenador da URAP e ex-preso político; Vítor Dias, congressista em 1973 e do Conselho Nacional da URAP; Alberto Arons de Carvalho, congressista em 1973; Ana Sofia Ferreira, historiadora, professora na Faculdade de Letras do Porto; Comandante Simões Teles, militar de Abril. 
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Deram conta de alguma notícia destas comemorações nas televisões ou noutros órgãos de informação?

sábado, 1 de abril de 2023

Embora hoje seja 1 de Abril esta não é uma notícia falsa....

 Cada vez mais famílias entregam a casa ao banco...

Travessia do Mondego...

Recentemente na Figueira, a "palavra dada não foi palavra honrada"Em 27 e 28 do corrente mês a ponte Edgar Cardoso encerrou totalmente sem cumprimento da promessa governamental de portagens gratuitas. Contudo, quando acontecer o próximo encerramento da ponte Edgar Cardoso, "a partir de 25 de Abril próximo, o sistema estará a funcionar em contínuo e em permanência".
Não vai haver helicóptero nem teleférico, porém as ligações fluviais entre as Freguesias de S. Pedro e Buarcos e São Julião, separadas pelo estuário do maior rio nascido em Portugal, sofrem alterações: a partir de amanhã vai sulcar as águas do Mondego um barco com capacidade para transportar cerca de 221 passageiros, 40 automóveis e 68 veículos de duas rodas, em cada viagem, a fim de reforçar a oferta já conhecida...
Como todos sabemos, a Ponte Edgar Cardoso esteve totalmente encerrada ao trânsito nas noites de 27 para 28 e de 28 para 29 deste mês (de segunda para terça-feira e de terça para quarta-feira), entre as 20h30 e as 6h30, o que causou enormes  transtornos no quotidiano das pessoas do concelho e não só. 
A interdição, segundo a Infraestruturas de Portugal (IP), decorreu de trabalhos de reabilitação e reforço da estrutura.
"O Governo tinha garantido que as obras da Ponte Edgar Cardoso não começariam sem a alternativa da portagem gratuita estar a funcionar". O que, no entanto, não aconteceu.
Com a "falta de cumprimento da palavra dada pelas autoridades de Lisboa", o barco eléctrico que está a fazer a travessia do Mondego, desde o passado dia 25 de Março, e o autocarro camarário que a partir do cais sul distribuiu os trabalhadores pelas empresas, foi a resposta encontrada para as necessidades.

Perante este cenário, porque a partir de 25 de Abril próximo vão ocorrer outros encerramentos totais, teve que ser tomada uma medida de fundo. A solução está econtrada: na foto, nas costas do responsável pelo OUTRA MARGEM, pode ver-se no leito do rio o navio (em manobras de habituação ao meio ambiente), que a partir de amanhã vai operar no estuário do Mondego, para facilitar, ainda mais, a ligação entre as duas margens. 
"Esta nova solução é uma mais valia na oferta das alternativas à Ponte da Figueira.  A freguesia de S. Pedro é muito grande, tem vários equipamentos fundamentais para todo o concelho", disse ao OUTRA MARGEM a Dona Joaquina Timótea, uma conhecida figueirense, manifestamente entusiasmada com a solução encontrada. 
Contudo, "embora compreendendo a necessidade das obras, não aceita de bom grado o incomodo que vai demorar anos." Todavia, ficou mais aliviada quando lhe demos a novidade, pois "o incomodo vai ser fortemente atenuado por esta alternativa".

Esta nova possibilidade de atravessamento do Mondego, que visa descongestionar o trânsito na Ponte Edgar Cardoso, fica a dever-se a um empresário visionário que, aproveitando fundos do PRR, lobrigou uma oportunidade de negócio, ao ver o enorme potencial que foram as viagens experimentais do "Carlos Simão", que se realizaram no sábado, dia 25, e no domingo, dia 26, ainda no decorrer do mês de Fevereio do corrente ano.
Segundo  o que conseguimos apurar junto do investidor (que, para já, solicitou anonimato), a travessia por barco contempla automóveis, motos, bicicletas, trotinetes, skates, patins com rodas e de gelo, pranchas de surf e outros veículos, nomeadamente carroças e carros de bois, "apresenta um mercado potencial de 10500 veículos", dos quais pode vir a ser possível captar, "ao dia útil, entre 0,8% e 3,75%"
Feitas as contas, na pior das hipóteses, serão milhares de veículos anuais.
Importante ainda referir, que o cliente, no decorrer da travessia entre São Julião e São Pedro, ou vice-versa, dispõe de seviço de bar, sauna, manicure, barbeiro e cabeleireiro, quiosque, cinema (exibição de curtas-metragens) e wifi, pois o barco encontra-se dotado de todas estas mais valias.
À hora em que falámos com o mais que ousado e visionário empreendedor, ainda estavam em estudo os preços a praticar em cada viagem.

Não conseguimos apurar com toda a certeza, no entanto, esta inovadora solução para a travessia do Mondego poderá, eventualmente, ter o dedo do Presidente da Câmara da Figueira da Foz na sua génese. Todos nos lembramos do golpe de asa, que foi o difícil processo de construção do Túnel do Marquês, uma revolucionária ideia de Santana Lopes, inaugurado em 25 de Abril de 2007, hoje um "património quase colectivo", uma daquelas "obras que fizeram bem a Lisboa e fizeram bem às pessoas, que é para isso que a política serve".
A importância da obra é, agora, "um dado adquirido""As pessoas já não se lembram", mas "se não houvesse o túnel, hoje em dia, todas as manhãs, o trânsito, que já passava na altura as portagens de Carcavelos, já devia ir no Estoril ou em Cascais".