segunda-feira, 22 de junho de 2020

Bem pregam Freis Costa, Marcelo e Monteiro...

Terminal Rodoviário

"O antigo Terminal Rodoviário, junto à Igreja de Santo António, precisa de um projeto moderno e inovador. A cidade necessita de espaços abertos, onde surja algo de novo mas ligado à envolvente. Este é um espaço central e precisa de ser vivenciado. Poderá ser um espaço onde as pessoas “regressem à terra”, por exemplo, “jardins sensoriais” capazes de recriar o “campo na cidade”, sendo este espaço uma peça num puzzle de sensibilização e mitigação para as alterações climáticas e a procura de equilíbrio natural.
A cidade deverá estimular os sentidos, procurando formas de entrar em contato com o ambiente que nos rodeia e que podemos moldar, plantando flores e arbustos, sem entrar em soluções mortas e desgarradas do tempo em que vivemos.
Convocar artistas e gente criativa para transformar aquele espaço do terminal é a minha sugestão. Transformar também a envolvente, melhorando aquela zona da cidade que está bastante desprezada, os passeios são maus, os poucos espaços verdes são mal cuidados e acima de tudo faltam intervenções globais de qualidade.
Precisamos também de mais “simplicidade”, fugindo a investimentos de milhões de euros que muitas vezes são inúteis, porque os espaços continuam a não ser utilizados pelas pessoas. E aqui reside o segredo, o “novo”, a ocupação do território precisa de pessoas, e a sua vivência é sempre uma medida do sucesso da intervenção urbanística. Isso é visível na via pedonal/ciclovia construída na praia da Figueira, tanto peões como ciclistas apropriaram-se de um espaço abandonado.
Aquela paisagem, apesar de pouco cuidada (poder-se-ia fazer muito mais e melhor, mas na Figueira da Foz descuramos sistematicamente a manutenção urbana e os detalhes…) já faz parte do quotidiano de centenas de pessoas. Portanto, foi uma intervenção bem conseguida. Precisamos que o antigo Terminal passe para o seculo XXI, ago virado para 2050 e não para 1980, um espaço sustentável, criativo e acima de tudo vivenciado diariamente."

Via Diário as Beiras

O espírito desta gente que abancou no pote (como diria Passos Coelho): só manda quem pode. A obediência é para quem deve...

“Não é o dinheiro que nos move”.
«Os cerca de 20 médicos a recibos verdes ao serviço do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) que há uma semana recusam fazer Urgências à noite voltaram a rejeitar um aumento de cinco euros por hora, proposto pela administração, mantendo como reivindicação a reativação do acordo que garante dois elementos por turno, em vez de um.
Entretanto, afirmam os médicos em protesto, o número de doentes aumentou, para uma média de 20, mas apenas um clínico continua na escala de serviço.»
“O que está em causa é os médicos quererem dois [elementos por turno da noite]".
«A administração do HDFF garante que a média de pacientes atendidos no turno da noite não ultrapassa os seis.»

É só para lembrar o senhor presidente da Câmara que já estamos no "próximo verão" e até agora nada...

Nota: imagens sacadas daqui e daqui.

A vida é como ela é ...

...e "as coisas como elas são"

«O grande mérito de Passos Coelho, há que reconhece-lo, à boleia da troika, durante os anos da troika, foi desconfinar os fascistas, disfarçados de liberais, neo-liberais, Estado a mais, menos Estado, aliviar o peso do Estado na economia, as gorduras do Estado, fazer mais com menos, o mesmo receituário do Tea Party nos States e que havia de desaguar em Trump e no triunfo da imbecilidade. Ensaiado André Ventura como candidato autárquico num subúrbio urbano da capital, seguiu o seu caminho ascendente e o CDS, reduzido à sua insignificância, perdeu para o Chega os fascistas que albergava, envergonhados, malgrado o 25 de Novembro de 1975. É melhor assim, estão todos às claras, sabemos ao que vão, sabemos ao que vamos.»

Acerca dos políticos e dos eleitores figueirenses pouco há a escrever: têm estado bem uns para os outros

Ontem, li o pensamento abaixo do José Augusto Marques que me fez reflectir sobre algo que tem a ver com o estado a que a Figueira chegou: a qualidade dos políticos locais.

Daqui a um ano a pequena Figueira política estará em polvorosa. Teremos eleições para escolher quem governará a câmara municipal nos 4 anos seguintes.
A escolha para preencher os 9 lugares do executivo, caso não haja nenhuma surpresa, far-se-á entre listas de nomes que serão apontados pelos directórios locais dos dois habituais partidos  do chamado arco do poder.

Há muito que se discute a qualidade dos  políticos  figueirenses. Já se tornou um lugar comum, dizer que a Figueira tem tido, ultimamente, um azar tremendo com os políticos.
A excelência política, porém,desde que me lembro, nunca foi regra na Figueira.
Vivemos tempos de tristeza, aflição e egoísmo.  O político que ocupa o cargo de presidente da câmara acredita que a maioria do eleitorado acredita que este é o momento de cada um por si e que pessoas que pensam como José Augusto Marques (nas quais eu me incluo) são a minoria.

Uma escolha em política, não é só avaliar a prestação passada, mas também o que se consegue ver do que perspectiva o desempenho futuro. Numa altura de medo generalizado, devido à incerteza  económica, social e laboral, muitos eleitores, apesar do registo desolador do estado do concelho, vão apostar no partido que lhes pareça poder oferecer maior protecção no curto prazo.

O PS, é o partido nacional com mais simpatizantes na Figueira. Tal como os outros, ficou com o que sobrou: uma classe política isolada e mal seleccionada composta na generalidade por  políticos “mediocrizados”,  que apresentam como currículo profissional lugares ganhos por influências de vária ordem, nomeadamente políticas.
Isto, acaba por ser nocivo, pois é factor de isolamento e de selecção negativa. 
De isolamento, pois a classe política vive entregue a si mesma, nas suas conversas e encontros, na segurança e conforto da sua "redoma", perdendo pouco a pouco a noção da realidade vivida pelo cidadão figueirense comum, que utiliza os transportes colectivos, anda pela rua, frequenta regularmente um local de trabalho ou um mercado. 
Selecção negativa, pois os melhores incompatibilizaram-se com a política -  a política na Figueira sempre foi um misto de golpes baixos, confusões e intrigas... 

Ficaram os piores.  As consequências reflectem-se na falta de diálogo que existe entre os políticos que ocupam lugares de destaque no partido, resultantes de invejas, questões e rivalidades  meramente pessoais.
A mediocracia política (expressão criada por Balzac para designar “nova classe política burguesa”) existente na Figueira, é hoje pior que nunca: é uma casta social profissinalizada, não ao serviço da polis e do povo, mas das máquinas partidárias e dos interesses de grupo e próprios.

“Declaradamente, é daquelas situações em que a emoção se sobrepôs à razão”, Carlos Monteiro actual presidente da Câmara Municipal...

Via Notícias de Coimbra
"Uma homenagem ao ex-presidente da autarquia da Figueira da Foz João Ataíde, que morreu em fevereiro, realizada hoje junto à praia do Cabedelo, reuniu 80 pessoas entre familiares e políticos, em violação das regras de distanciamento social."

domingo, 21 de junho de 2020

Muros da Figueira; afinal há outros.... (2)

imagem via DIÁRIO DE COIMBRA
Há mais muros na Figueira!
Mas, quem é que não tinha não reparado na beleza do muro da foto, lá para os lados de Buarcos, que tem merecido ampla divulgação nos jornais e  televisão, a propósito de tudo e de nada...
«Não é fácil, andar a pintar de “cócoras”»... 

ESTALEIROS NAVAIS DO MONDEGO, SARL....

A sociedade do plástico descartável é isto. E existe na vida real, não só nas tvs...

Nuno Santos, director de programas da TVI, em homenagem a Pedro Lima
"O Pedro Lima partiu. Uma partida inesperada e brutal. É um dia chocante que abre uma tormenta de emoções e deixa um pesar enorme entre todos. Todos, sem exceção [...] O Pedro era um dos mais versáteis actores da sua geração". 

Paulo Dentinho, jornalista e primo de Pedro Lima:
"A tua empresa estava desejosa de te descartar. Agora falam em pesar"...
" O Lourenço Lucena, que é um desses tantos teus amigos que ficaram destroçados, diz aquilo que muitos sabemos, que a tua empresa estava desejosa de te descartar. Devias tê-los mandado a todos para o sítio mais ordinário que existe no planeta. É nesta altura que entras em cena - conheço-te tão bem! - e é para os defenderes, para dizeres que não é bem assim, que até os compreendes, e para me alertares para os meus estados de alma, porque “já te lixaram por causa disso, e tu sabes bem!” Mas não, hoje não é sobre mim, é sobre ti, Pedro! E pergunto-te então quantas vezes lhes telefonaste nestes últimos dias sem que ninguém atendesse? Sabes, depois escrevem coisas maravilhosas sobre seres um dos actores mais versáteis da tua geração. E falam em pesar e mais uma série de palavras de plástico. Como num reclame. É o país, e país mudou pouco desde o Eça, Pedro, continua pacóvio, provinciano e cheio de gente infame. Sim, sim, já sei, queres que me cale. Queres que não diga que usam as pessoas como copos de plástico não reciclado. Mas descansa, não é só na tua empresa. Está bem, eu calo-me. Porque também tenho contas a acertar comigo, porque também eu não consegui agarrar-te. E tu, tu também não deixaste que te agarrassem! Não ouviste os teus amigos e a tua família a dizer que tudo se resolve? Mas estavas demasiado fechado em exigir de ti, em te responsabilizares e a sentires em crescendo que estavas a falhar. Deixaste-te envolver em pensamentos sombrios e fomos todos derrotados".

Pedro Lima, pai de cinco filhos...

Pedro Lima era actor: tinha 49 anos e uma carreira recheada de sucessos no deporto, na moda, no teatro, no cinema e na televisão. Isso valeu-lhe um contracto de exclusividade com a TVI. Ao que li nos jornais, "ganhava 6 mil euros por mês, mas o contracto estava em risco: o vínculo aproximava-se do fim e suspeitava que não seria renovado."
Era pai de cinco filhos.
Com diz o Povo: "da vida no convento, só sabe dela quem lá vive dentro".
O que existe no interior, por detrás de um rosto sorridente, só o dono desse rosto sorridente sabe a verdade. Só cada um de nós sabe o que é, realmente. Só cada um de nós mede o que permite tornar visível para os outros.
Pedro Lima foi encontrado morto na manhã de ontem na praia do Abano, em Cascais.
Além de actor, foi surfista, modelo e nadador olímpico, em representação de Angola.
E pai de cinco filhos.

Abertura da época balnear na Figueira, foi feita "com poucos banhistas mas em segurança"...

Uma reportagem publicada pela Revista Sábado, dá conta do optimismo do presidente da câmara e do realismo dos concessionários de praia...
Fica um resumo do trabalho, em 5 capítulos.
Foto: Paulo Novais/LUSA

1. O presidente Carlos Monteiro continua a  achar que o vírus é uma mais valia para o turismo da Figueira da Foz: "tudo está na normalidade. "As pessoas estão a cumprir as regras de distanciamento. Felizmente a Figueira da Foz tem este espaço todo [o areal que se estende no molhe norte do rio Mondego até Buarcos, o maior urbano da Europa, com mais de dois quilómetros de comprimento e algumas centenas de metros de largura, possui uma capacidade estimada de cerca de 25 mil pessoas], mas o apelo que faço é que frequentem praias com Bandeira Azul [há nove no concelho] ou galardão dourado porque têm excelente qualidade de água e praias vigiadas".
"Estas situações de pandemia não terminam, repetem-se, será uma situação para continuar e que nos permite reforçar a capacidade e identidade turística da Figueira da Foz", afirmou ainda  o presidente.
2. Depois, o presidente destaca o investimento público feito nas praias vigiadas, "com 70 nadadores-salvadores ao longo de 30 quilómetros de costa".
3. Só que a seguir, continuando a ler a reportagem, o privado vem dizer que é ele que os paga...
«O optimismo de Carlos Monteiro face ao verão e às condições dos areais da Figueira da Foz, não parece, no entanto, encontrar eco junto dos concessionários de praia, para quem o panorama, quer face à pandemia de covid-19, quer ao tamanho do areal, afigura-se mais complicado de gerir.
Pedro Vieira, proprietário do bar Spasso, localizado no passeio da avenida marginal, um negócio direccionado a uma clientela média-alta, assume igualmente a concessão da Tamargueira mas os custos têm, em alguns dias, ficado aquém das receitas.
"Já é um desastre não termos o dinheiro dos turistas estrangeiros, vamos lá ver se teremos o dinheiro hipotético dos portugueses, os que vêm de fora, os emigrantes e os que cá estão. Se eu quiser fazer um balanço destes primeiros 20 dias de junho, a facturação que tenho tido é verdadeiramente desastrosa", revelou, situando-a em 50% face a anos anteriores.
"É desastroso porque temos responsabilidades que outros sectores da economia não têm, desde logo o pagamento de nadadores-salvadores, no meu caso são 10 mil euros a época. Eu para pagar 10 mil euros tenho de faturar 25 mil, isto é uma corrida de dois meses e eu não vendo armas nem droga, vendo é café", ironizou.»
4. Quanto ao movimento Carlos Vieira afirma que, "nesta altura, estamos a fazer um turismo de marmita. As pessoas continuam cá, mas outra coisa é se têm capacidade financeira para gastar e, aqueles que a têm, se querem gastar. Um cliente que gastava 20 euros em dois gins, hoje bebe dois cafés ou dois finos".
5. Na praia do Relógio, «o concessionário, Bruno Ribeiro, olha para o seu apoio de praia - o bar Bote - localizado "a 400 metros da avenida e a 500 da linha de água" e constata a diminuição de banhistas, ano após ano, face ao aumento do areal, que continua a crescer em largura, devido à acumulação de areias junto ao molhe norte do rio.
"Gradualmente as pessoas vão-se afastando, há ainda alguns resistentes, famílias que insistem em vir. Mas na realidade, as pessoas que conseguem vir têm de ter capacidade e vontade para fazer quase dois quilómetros [ida e volta] só para irem molhar os pés", lamentou.»

sábado, 20 de junho de 2020

A mentira nunca dá bom resultado

1528 mortos oficiais em Portugal. Há quem afirme que existem "mais de 4 mil encapotados"
"E ainda por saber o que está debaixo do tapete do Covid. No dia em que o país começou a arder, mais uma tentativa de desviar as atenções com os sem-abrigo. E para justificar um falhanço presidencial. Só falta Tancos..."
Em Espanha, Sanchez escondeu 1.177 mortes nos últimos 12 dias.
"O Ministério da Saúde de Espanha actualizou, esta sexta-feira, o número de mortes associadas ao coronavírus com um acréscimo de 1.177 óbitos. O valor total de vítimas mortais de covid-19 no país, que permanecia inalterado há 12 dias, é agora de 28.313, registados desde o início da pandemia.
Recorde-se que o número oficial de mortos mantinha-se inalterado há quase duas semanas, depois de os métodos de contagem de casos e de mortes terem sido alterados no final de maio.
A mudança de critério que levou à aparente estagnação do número de mortes em Espanha, foi vista pela oposição do Governo de Pedro Sanchez como uma tentativa de ocultar o impacto real da epidemia no país."
O verão está a chegar...é normal.
Vivemos na cidade com o maior areal urbano da Europa, desesperadamente à espera turistas...


Em Espanha, andaram a dizer que o vírus tinha uma quebra milagrosa...

Afinal não houve milagre...
Quem quiser acreditar em milagres, que continue a acreditar...

Gestão do património de todos nós...(7)

"E se de repente surgisse a ideia de vender a alma? É a pergunta que surge nos meus pensamentos quando me deparo com notícias como as que surgiram sobre o possível estado de venda de dois edifícios com história e identidade do nosso concelho.
Existe falta de dinheiro, o património está muito degradado ou precisa de uma grande manutenção, por isso uma solução “obvia”, vender! Mas perante esta estratégia muito mal desenhada, podemos aumentar o espólio para venda e dou alguns exemplos de grandes candidatos a tal feito.
Ora vejamos: se olharmos para a figueira de norte a sul, são vários os sítios, espaços, equipamentos e edifícios que se encontram degradados, abandonados e pouco cuidados. Estradas em péssimo estado (já agora, as obras na nacional 109/IC1 começam quando?), passeios por cuidar, espaços verdes descuidados, praias por limpar, passadiços de madeira destruídos ou praias com falta de condições de acesso, lagoas desprezadas. Não conseguem cuidar, vendam!
E uma ideia à medida da estratégia de quem manda, porque não colocar à venda o Edifício dos Paços do Concelho, o Edifício do Urbanismo, o Paço de Tavarede, os Núcleos Museológicos, o Museu/Biblioteca e o CAE?
As despesas de manutenção e utilização devem ser elevadíssimas. Vendam e proponham aos privados que adquirirem este património pagarem uma renda. É tudo uma questão de preço, não é essa a vossa lógica?
E porque não a venda do Relógio de Sol? Finalmente reparado e mais bonito, fica bastante “apetecível” a compradores, ou a Estátua do Pescador? que tem sido uma “pedra no sapato” na grande reabilitação de Buarcos. Mas não se esqueçam de falar com os autores das obras em questão.
Já para não falar que podiam desfazer-se da piscina do mar, que “só mete água” e dinheiro nada e além do mais a piscina oceânica pode deixar de ser um sonho. São só umas ideias, ainda por cima têm sempre o apoio de alguns Presidentes de Junta.
Em relação ao tema, em forma de pergunta, desta semana só tenho uma resposta: não concordo com a venda de património, ainda por cima com legado histórico. Vender a história é vender parte daquilo que nos define!"

Gestão do património de todos nós...(6)

"Quem tem a felicidade de passear por Split, pelo Palácio de Diocleciano, uma fortaleza romana do século IV, encontra dentro, sob e sobre as suas construções milenares, um grande número de lojas, cafés e hotéis.
Se viajarmos até ao Vale do Loire, podemos visitar muitos dos seus famosos castelos de propriedade totalmente privada. Em Espanha, vemos inúmeras Plazas Mayor habitadas, com comércio e serviços, inalteradas e conservadas, mantendo a aparência que tinham há centenas de anos.
Infelizmente em Portugal, continua a faltar sensibilidade da maioria da população para a conservação do património. Passo os meus dias a tentar convencer os proprietários a manter as cantarias antigas, os azulejos, as janelas de guilhotina ou os tradicionais telhados portugueses.
Não deveria ser assim. Tal acontece porque, ao contrário do que se passa na maioria dos países europeus, continuamos a não valorizar e a não ter orgulho no que é antigo, genuíno e característico, considerando-o apenas velho e sem graça e um empecilho ao desenvolvimento. Sem perceber que, na realidade, o maior valor económico de um edifício, de uma rua ou de um lugar são precisamente esses detalhes que lhes dão a sua singularidade.
Contudo, vai havendo algumas mudanças, temos o exemplo das Pousadas de Portugal que hoje têm uma exploração privada. E, de facto, existem inúmeros mecanismos legais que protegem o património de valor cultural. Adicionalmente, todos os cidadãos têm responsabilidade na sua defesa e preservação. Pelo que os investidores privados, explorando quer o seu património pessoal quer o público, têm obrigações legais indiscutíveis e semelhantes a qualquer entidade pública.
Portanto, havendo 2 edifícios municipais que estão devolutos, pois necessitam de obras de recuperação e de uma exploração ativa, e existindo potencial financiamento público ou interesse de potenciais investidores, considero que, salvaguardando o seu valor patrimonial e visitação, o Paço de Maiorca possa ser cedido para uma exploração privada. O Mosteiro de Seiça, após a tão esperada obra para a sua consolidação e sendo um monumento nacional, deverá ter uma utilização essencialmente pública, mantendo-se propriedade do município."
Via Diário as Beiras

Muros da Figueira; afinal há outros....

A cidadã, Isabel Maria Coimbra, via a sua página no facebbok ,  tem andado ultimamente a fazer um importante trabalho de reportagem, que nos mostra, com veracidade,  recantos da Figueira menos visíveis.

Quem é que tinha repardo na beleza do muro da foto (mais fotografias aqui), ainda por cima um "projecto executado pelo grupo de Artes da Secundária Joaquim de Carvalho", que deve ter ficado prticamente de borla ao bolso do contribuinte.
Creio que nem um por cento dos que deram conta de um muro lá para os lados de Buarcos, que tem merecido ampla divulgação nos jornais e  televisão a propósito de tudo e de nada. 

Um dos trabalhos mais importantes dos jornalistas deveria ser verificar a veracidade do que divulgam...
Com expliquei um dia destes, o que move o executivo figueirense não é o governo do concelho. O verdadeiro propósito, também, não é a boa governação do concelho. O único objectivo que motiva o presidente Carlos Monteiro, é a gestão da recepção que a maioria dos figueirenses têm do que se faz. Isto é: a percepção. Quem está minimamente atento percebe facilmente que, para isso, vale tudo: mentiras, meias-verdades, omissões e de vez em quando, mesmo muito de vez em quando, até a realidade. 
Assim, como é possível votar em consciência? Aliás, na Figueira, são cada vez são menos a fazê-lo. E o voto em consciência, se se olhar bem para o cerne do problema, ao fim e ao cabo, acaba por ser nulo. 
Votar em consciência, na Figueira, acaba por ser frustante: quando chegam os resultados eleitorais, há dezenas de anos que votar em consciência não tem servido para nada. O que resta: votar num partido do arco do poder? 
O que incomoda, na Figueira, não é  votar: é saber em quem votar. Tem de se escolher um. E, esssa, é a dificuldade maior! Votar em consciência., não tem adiantado nada. 
Mas, pensando bem: consciência, até dava um bom para um partido.
Já imaginaram, a malta, mesmo junto às mesas de voto a dizer: "chega, tem de se votar em consciência”
A  Comissão Nacional de Eleições podia fazer alguma coisa? 

Convento de Seiça, "um monumento a preservar e não a alienar.:"

Será desta, que a  autarquia avança com a candidatura para a recuperação das ruínas, no montente de três milhões de euros?
Segundo o DIÁRIO AS BEIRAS, edição de ontem, o Mosteiro de Seiça, finalmente, "foi classificado como monumento nacional".
Cito  Maria Isabel Sousa, autora do livro "O Mosteiro de Seiça e a fábrica de descasque de Arroz. Do silêncio dos arrozais ao ruído fabril"2018, (que vai na segunda edição), editado pela Associação dos Amigos do Convento de Seiça):
 "...existe um lindo mosteiro cisterciense, num vale encantado, no Concelho da Figueira da Foz, que há muitos anos clama por socorro e não tem sido ouvido.
A sua história, que se perde nos primórdios da nossa nacionalidade, está em risco de derrocada e de se perder todo o valor inestimável desta jóia arquitetónica.
Os pedidos de socorro têm saído de muitos quadrantes e personalidades, em especial da Associação dos Amigos do Convento de Seiça (SMS), a quem reconhecemos um papel crucial na defesa desta causa.
Não há tempo a perder!
Se não se consegue restaurar o edifício, que se estabilize a ruína, se limpe a envolvente, se cuide do que existe, porque todo o conjunto também conta uma história, que não queremos esquecer."
Ainda Maria Isabel Sousa: "o Mosteiro de Seiça é um monumento único, misto de arquitetura religiosa quinhentista e de arqueologia industrial (devido à implantação de uma fábrica de descasque de arroz no seu interior a partir de 1917).
Um monumento a preservar e não alienar.
Premonitoriamente o ofício, datado de 13 de junho de 1997, enviado pelo Instituto Português do Património Arquitetónico, dava conta dos trâmites com vista à classificação do Mosteiro de Seiça como “Imóvel de Interesse Público” e deixava claro que “ (…) Sendo assim o imóvel fica sujeito às disposições legais em vigor (…), pelo que não poderá ser demolido, alienado, expropriado, restaurado, ou transformado sem autorização expressa deste instituto. (…)”.
“(…) Admite-se que o conjunto em causa reveste-se de uma característica sui generis. Peça notável da arquitectura quinhentista da ordem de Cister, posteriormente remodelada, foi ali implantada uma fábrica de descasque de arroz, facto que, aparentemente desvirtua o espaço original, por outro lado, pese embora as obliterações sofridas, lhe concede uma segunda e original mais-valia patrimonial, neste caso no âmbito da arqueologia (ou património) industrial (…). Esta dupla valência do imóvel, em vez de lhe reduzir o interesse como que reforçou a sua aura e o seu caráter insólito, constituindo-se como duplo desafio em termos de tipologia patrimonial e da respetiva salvaguarda que se impõe”. Ofício do Instituto Português do Património (IPPAR). Conselho Consultivo. Lisboa, 19 de junho de 1998."

Eleições no PSD Figueira: nada de novo...

Ricardo Silva e Carlos Rabadão vão a votos no próximo dia 27 para discutir a liderança da Concelhia do PSD Figueira. Segundo o Diários as Beiras, edição de hoje, até ontem, estas eram as duas candidaturas conhecidas, não se prevendo que surjam mais nestas eleições.
Ricardo Silva, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS: “Num partido democrático, é bom que apareçam ideias sem qualquer cunho pessoal. Todas as ideias são para aceitar e discutir. Nada me move contra ninguém do PSD”O recandidato acrescentou que o seu objectivo “é derrotar o poder do PS, que é inapto e arrogante, como qualquer poder ignorante e de visão paroquial”. E concluiu: “Sou a única pessoa que tem feito oposição na Figueira da Foz”.
Por sua vez, Carlos Rabadão disse ao mesmo jornal: “Tivemos um conjunto de apelos e entendemos que é necessário unir o partido. Assistimos a alguns desentendimentos entre vereadores e a comissão política… Sentimos que é necessário unir o partido. O partido está fragmentado. Esta é também a opinião de muita gente que me tem contactado. As pessoas estão insatisfeitas com o estado do partido na Figueira da Foz. Isso levou-me a avançar”.
Com as autárquicas no horizonte, Ricardo Silva tem como apoiantes os ex-presidentes de junta do PSD São Pedro Almeida, José Figueiras, Euclides Frade, Jorge Oliveira, Maria Simão, Álvaro Soares e José Canas. O recandidato não divulgou o nome do candidato à mesa da assembleia. Para este cargo, Carlos Rabadão avança com a ex- vereadora Teresa Machado, que já ocupou o lugar em 2010, de que aliás se demitiu. Carlos Rabadão conta também com o apoio do presidente da JSD, Bruno Pais Menezes.
Quem vencer estas eleições irá liderar o processo das eleições autárquicas de 2021. Continuando a citar o Diário as Beiras,  "Ricardo Silva gostava de apresentar o presidente do Turismo Centro de Portugal, o montemorense Pedro Machado, como candidato à câmara". Carlos Rabadão, por sua vez, "afirmou que ainda não escolheu o candidato, defendendo e que este é um assunto para ser tratado depois do ato eleitoral interno."