quinta-feira, 23 de abril de 2020

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Comemorar o 25 de Abril em 2020...

Na minha Aldeia, uma das concretas Conquistas de Abril, passou por as crianças e os jovens  ganharem o direito à prática do desporto.
Parece irrelevante, mas o direito à prática desportiva, dos Portugueses em geral, e dos jovens da minha Aldeia, em particular, foi uma conquista de Abril.
As condiçoes ainda não são as melhores, mas a melhora ainda vai acabar por ser uma realidade na AldeiaIsto vai, amigos, isto vai:

É isto, em tempo de pandemia, um vereador da Câmara Municipal da Figueira da Foz?

DR. CARLOS TENREIRO, V. Exa. é um brincalhão e um porreirinho do catano, mas como político é um falhanço completo: nem a Junta de Buarcos e S. Julião conseguiu ganhar ao meu Primo!..
Na actualidade, toda a gente já percebeu o óbvio -  V. Exa. virou porta voz DO PODER... E sem necessidade de megafone, pois está por dentro... 

Nada contra. Nem a favor. Não votei em si, nem na sua lista. Portanto, não me traiu a mim, nem traiu o meu voto. A quem isso aconteceu, que lhe peça contas. Constato, é que desde Abril do ano passado, V. Exa. é um seguidor acrítico, cego e surdo, mas  não mudo,  do "discurso oficial" do actual poder  socialista local.  E que, mais do que sintonizado, V. Exa. está totalmente engajado. E é (mais um) porta voz. Mas, isso,  continua a ser problema seu. Se daí tirar dividendos, que lhe façam bom proveito.

Face ao que se passou na última reunião da Câmara Municipal, poderia perguntar-lhe era o que estava a fazer há 30 anos e tal anos: não o faço nem precisa de me responder: eu sei.
Aproveito é este escrito na minha casa, para esclarecer onde eu estava.
A trabalhar, como administrativo, na EDP, depois de sem cunhas ou ajudas familiares, ter ido a um "casting": um concurso externo com mais de 7 600 (sete mil e seiscentos) concorrentes e ter ficado colocado em 3º. (terceiro) lugar.
E, por essa altura, era secretário do executivo da Junta de Freguesia de S. Pedro, depois de ter derrotado, nas urnas, o todo poderoso PS figueirense de 1985/1986. Era, também, membro dos corpos gerentes do Grupo Desportivo Cova-Gala (onde tenho uma "carreira" de mais de 25 anos) - fui vogal,  vice-presidente da Direcção, secretário (da Direcção e da Assembleia Geral), presidente do Conselho Fiscal, presidente da Assembleia Geral. Andei, como membro dos corpos gerentes, a partir dos 16 anos pelo Desportivo Clube Marítimo da Gala. Passei pelo Clube Mocidade Covense. Fiz parte de uma Comissão de Moradores na Cova e Gala, a seguir ao 25 de Abril de 1974. Nos tempos difíceis, fui festeiro (sim, fui festeiro), isto é, fiz parte de uma equipa que organizou e realizou a Festa de S. Pedro na Cova e Gala. Já neste século, fui secretário da Direcção do Centro Social da Cova e Gala durante 8 anos. Fiz parte da Direcção do Sindicato dos Empregados de Escritório do Distrito de Coimbra. E fui jornalista. E fui empregado de escritório. E trabalhei no projecto do Baixo Mondego. E andei nas obras. E fui tasqueiro. E andei à pesca da lampreia e do sável. Sei bem a dureza desta pesca em noites gélidas de janeiro e fevereiro. E apanhei toneladas de berbigão no rio Mondego... E sei bem o que é estudar à noite - e ter de me deslocar de bicicleta, no inverno, para frequentar as aulas na Bernardino Machado, depois de um dia de trabalho.

Tenho 66 anos. Não tive um Pai rico (mas tive um rico Pai, apesar de ter morrido muito novo). Não tive ajudas do sogro (apesar de ter sido um grande seu Amigo). Enfim, desde muito novo que estou habituado a contar comigo próprio...
Nunca fui empregado político, nem "avençado". Conheço - e bons proveitos disso deve ter tido - quem foi "avençado" de 3 presidentes de câmara: Aguiar de Carvalho, Santana Lopes e Duarte Silva. Nem nunca pedi favores profissionais a ninguém. E, até hoje, nunca deixei de comer...

"Que solução propõe para a requalificação do Cabo Mondego?" (3)

"Nenhum sítio parece mais indicado para merecer uma autêntica requalificação, que preserve a história e deixe às gerações futuras um apreciável espólio e uma herança soberba, quanto o nosso Cabo Mondego. Esclareço que quando me refiro ao Cabo incluo toda a sua envolvente. Vivemos dias escuros e admito que embora já tardia, uma intervenção de fundo no local pode não ser a prioridade, numa lógica de estratégia política e económica que terá de ser cirurgicamente observada no futuro próximo. Com este reparo não digo que se deixe para as calendas o que já devia ter sido feito no Cabo, orgulho do concelho e um dos seus mais estimados ex-libris. Começando: depois da massiva exploração industrial de inertes nas encostas da Serra da Boa Viagem, deverá ser tentada a reposição do coberto vegetal, obrigação devidamente suportada pela lei enquadradora. Não será tarefa fácil, mas tal não pode assumir-se como desculpa para nada se fazer em prol da recuperação do aspecto mais próximo possível da paisagem original. Entretanto: este é o sítio por excelência para um grande polo museológico e centro interpretativo da sua história, começando há muitos milhões de anos quando o Jurássico Superior aqui deixou marcas indeléveis da evolução do planeta que nos foi dado habitar. Muitos dos contramoldes das pegadas dos grandes sauros foram retirados e levados para o Museu de História Natural, havendo algumas ainda visíveis. Mas nada impede que regressem onde sempre pertenceram. Antes referi a implantação do Museu do Mar também aqui e como seria bem-vindo. Falta falar de outro importante aspecto do Cabo: a actividade mineira aqui mantida desde o século XVIII até 1967, quando cessou a actividade. A extracção do carvão está inscrita na história da população, nomeadamente dos Vais, estórias de luta árdua por difícil sobrevivência, sacrifícios terríveis, muitos lutos a assombrar famílias. Isto não pode continuar “encoberto”. Exigem-no o respeito pelo local e a manifestação de apreço por todos os que ali laboraram. Guarde-se, pois, a memória única deste sítio único."

Não sabe o que é a Quinta do Sal?

Para já, não passa de mais uma candidatura, segundo a vice-presidente da câmara da Figueira da Foz,  avançada pela Autarquia. O Diário as Beiras, na sua edição de hoje, explica o resto.
Resumindo.
"Trata-se é um projecto pedagógico inovador, com componente científica, do Centro Ciência Viva aplicado ao processo de produção do sal e ao empreendedorismo.
O projecto, além da autarquia figueirense e do Centro Ciência Viva, envolve a Universidade de Coimbra, o laboratório Marefoz, a Incubadora de Empresas da Figueira da Foz e associação de produtores de sal local.
Os países associados da União Europeia Noruega, Islândia e Liechtenstein contribuem até 75 por cento do investimento elegível (750 mil euros), caso a candidatura seja aprovada."

Perguntar sobre os efeitos que a pandemia COVD-19 pode vir a ter na situação económica do concelho ofende?

Como sabemos "a partir de hoje a Navigator reduz produção de papel em 15%."
Na reunião de Câmara realizada na passada segunda-feira, de harmonia com o que li na edição de hoje do Diário de Coimbra, Ricardo "Silva questionou se o orçamento municipal, «pode vir a ter uma quebra de receira». A resposta ("à pergunta não muito bem recebida pelo Presidente"), pode ser lida abaixo, via Diário de Coimbra, edição de hoje.
Para ler melhor, clicar na imagem

Covid-19: Águas do Centro Litoral entrega a famílias hotspots de acesso à internet

Via jornal Terras de Sicó
«A Águas do Centro Litoral (AdCL) vai disponibilizar hotspots, com acesso ilimitado à internet, a 132 famílias de seis municípios da área de intervenção da empresa, visando apoiar os alunos no ensino à distância implementado no terceiro período lectivo, devido à pandemia de covid-19.
Também nesse sentido, “a Águas do Centro Litoral e as câmaras municipais estão a mobilizar esforços para criar oportunidades para todos e fornecer às famílias mais carenciadas as condições necessárias para que as crianças consigam assistir às aulas online ou aceder a recursos educativos de apoio”

Covid-19: Penacova apoia famílias e instituições com verbas de eventos suspensos

Via Diário as Beiras
"A Câmara de Penacova vai criar um fundo de emergência para apoiar famílias, empresas, bombeiros e IPSS, com as verbas alocadas a eventos que, por causa da covid-19, foram suspensas."

Soure avança com campanha de recolha de equipamento informático

Via jornal Terras de Sicó
"O Conselho Municipal de Juventude do Concelho de Soure, com o apoio do Município, está a levar a cabo uma campanha de recolha de equipamento informático que já não esteja a ser usado. A iniciativa destina-se a angariar material que possa ser reaproveitado para utilização no âmbito do ensino à distância por alunos que não possuam meios digitais."

Navigator reduz produção de papel em 15% a partir de hoje

Via Jornal Económico

"A Navigator vai reduzir a produção de papel para impressão e escrita (UWF) em 15%, a partir desta quarta-feira, devido à “queda significativa de encomendas” após ser decretado o estado de emergência em Portugal devido à pandemia de covid-19.
“Esta suspensão terá lugar a partir do dia 22 de abril por um período por agora estimado de 30 dias. No imediato, será afetada 15% da capacidade de produção de papel de impressão e escrita (UWF)”, lê-se no comunicado emitido pelo grupo empresarial, que concluiu 2019 com um volume de negócios de 1,68 mil milhões de euros.

A Navigator confirmou ainda que a redução da produção, inédita “na sua história”, vai ser concretizada com a suspensão gradual de algumas das máquinas de papel, de forma a equilibrar a oferta de papel à procura existente dos 120 mercados onde “regularmente opera”.

Apesar da “redução da actividade económica”, visível “com o fecho de comércio, escolas, universidades e escritórios”, a empresa prometeu manter os rendimentos dos seus trabalhadores, que são mais de 3.000, segundo a informação que consta no seu sítio oficial na internet."

“Podas radicais”, responsáveis pelas podridões e fissuras

Via jornal Público
"Podas inadequadas ditam o abate de 130 árvores em Braga...
É uma decisão política suportada por um relatório pedido à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Abate de espécies como tílias, carvalhos, choupos e plátanos decorre até ao final do ano, em sete espaços urbanos da cidade. Diagnóstico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro relata podridões e fissuras nos exemplares que vão ser removidos. Em resposta, a Câmara de Braga espera plantar 400 árvores.
Para encontrar os exemplares que requerem abate, a equipa da UTAD estudou as árvores individualmente, medindo as suas dimensões e avaliando os riscos para a segurança, esclarece o coordenador do relatório, Luís Martins. 
O professor do Departamento de Ciências Florestais e Arquitectura Paisagista reconheceu que as árvores identificadas exibem “cancros, cavidades e podridões” como resultado de “podas muito intensas”, denominadas rolagens. Apesar de uma árvore “sem situações de risco” poder viver em contexto urbano por mais de 100 anos, as tílias destinadas ao abate têm entre 50 e 70 e os plátanos do Campo das Carvalheiras entre 30 e 40, revela ainda.
O abate, reitera o vereador da maioria PSD/CDS-PP que governa o município bracarense, é uma decisão política suportada por um relatório pedido à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Essa avaliação, finalizada no início deste ano, mostra as árvores que constituem um risco para “a integridade física e para os bens dos cidadãos”, após terem sido alvo de “podas radicais”, responsáveis pelas podridões e fissuras que exigem. Altino Bessa alega que o município já abandonou há cinco anos as podas que visavam apenas “minimizar o trabalho com cada árvore”, negligenciando as “feridas” que causavam – houve, porém, uma excepção a essa política, num salgueiro podado sem pomada cicatrizante junto ao rio Este, em Janeiro de 2020. “Teoricamente, uma árvore deve crescer sem podas. Se se podar uma árvore como uma vinha, ela ganha feridas que têm tendência a apodrecer. Os ramos que daí rebentam não têm consistência. Por isso, a árvore começa a constituir um risco”.
foto António Agostinho

Lembro um texto da bióloga da Universidade de Aveiro Rosa Pinho que deixa o alerta contra “as podas radicais a que as árvores são sujeitas, que lhes tiram a beleza e reduzem drasticamente as suas funções ecológicas”. Um cenário frequente que a responsável pelo herbário da academia de Aveiro quer ver alterado: "as nossas árvores continuam à mercê das vontades e não do conhecimento”.

Para João Vaz "o mesmo vai acontecer na Figueira.
Centenas de árvores na malha urbana estão em péssimo estado e vão ter que ser abatidas. As podas mal executadas são a causa.
Há ainda a recusa da Câmara Municipal em fazer uma avaliação do estado das árvores. Porque teme sair descredibilizada e não quer destapar o véu da má gestão do património arboreo."

terça-feira, 21 de abril de 2020

"Que solução propõe para a requalificação do Cabo Mondego?" (2)

"Não me parece possível apresentar o que defendo para o cabo Mondego sem considerar três notas de contexto, de forma muito breve mas quanto a mim decisivas: 1. tem de ser reconhecido o inexcedível valor geológico, pedagógico e didático da área e a sua notável qualidade paisagística (é Monumento Natural desde 2007); 2. a exploração económica dos seus múltiplos recursos naturais, desde a época pombalina (carvão, fabrico de cerâmica, de vidro, de cal, e por fim, a partir da década de 1950, do cimento), agrilhoou toda a envolvente, palco de múltiplos e sucessivos atropelos de jurisdição e de posse, que ainda hoje se mantêm e que objetivamente diminuem as opções de futuro; 3. qualquer escolha a fazer deve estar ancorada num desígnio para a cidade/concelho, e não resultado de vontade de intervenção avulsa e/ou conjuntural.
É também necessário distinguir se queremos uma Requalificação urbana (alteração funcional de edifícios ou espaços, dando-lhes um uso diferente daquele para que haviam sido concebidos), ou de Renovação urbana (demolição total ou parcial de edifícios e estruturas numa determinada área que é reocupada com novas funções e por uma classe social mais favorecida).
Defendo que a intervenção numa área como o cabo Mondego (à semelhança do que estamos, infeliz e tristemente, a assistir em relação ao Cabedelo) não pode ser entendida como Obra de um qualquer agente/grupo político-partidário, e portanto deixada unicamente à sua vontade e opções, ainda que globalmente sufragada democraticamente porque constante no respetivo Programa eleitoral, que muito poucos leem…
Assim, o que defendo para o cabo Mondego passa pela convocação da comunidade científica, técnica, empresarial e política do concelho, as quais definam as ações a empreender obedecendo aos seguintes requisitos: preservação e valorização do património natural; optimização da ligação Figueira/Buarcos-Serra/Quiaios; exploração económica sustentável; articulação com o (ainda inexistente, de facto) Plano Estratégico do concelho – mas com um cronograma responsabilizador, porque de anúncios estamos fartos!"
Via Diário as Beiras

"Abril, Liberdade e Democracia"

Via 
"A liberdade partidária, grande parte das vezes, esgota-se, de facto, num “Yes” cego e acrítico.

Não se deve contrariar a orientação do partido pois isso é pecado capital…

SE OUSARES CRITICAR, NÃO TERÁS O TEU LUGAR ALI OU ACOLÁ, PORTANTO, SER BEM COMPORTADO É, NESTA LÓGICA, UM IMPERATIVO DE SOBREVIVÊNCIA.

Muito mal vai a nossa democracia e sobretudo, há uma enorme falta de educação psicológica para aceitar a opinião divergente.

Por vezes, sobretudo nos meios mais pequenos, instala-se um clima de medo que faz lembrar a longa noite do Estado Novo. Que ninguém ouse questionar ou beliscar a decisão do chefe."

Luís Pena