"Ainda a propósito das obras da praia cujas irregularidades já foram devidamente identificadas e divulgadas pela Comissão Politica dos PSD da Figueira da Foz, há no entanto que ter em consideração o seguinte: Foi notória a falta de cuidado com a segurança dos munícipes nas zonas mais críticas da obra, particularmente com a segurança das crianças e jovens. Foi ainda evidente a deficiente calendarização da obra tendo em conta a época balnear, verificando-se á data em que o PSD chamou a atenção para esta situação em que em plena época balnear a praia se apresentava como um enorme estaleiro com obras in concluídas por todo o lado. Trata-se no primeiro caso de uma grave falta de cuidado com a segurança dos munícipes e dos que nos visitam, e no segundo de uma falta de cuidado com os impactos que a deficiente calendarização da obra tem nos operadores turísticos e de uma forma mais geral em toda a economia figueirense, quer no ano em curso, quer nos anos seguintes, na medida em que a imagem que levam aqueles que nos visitam não é particularmente motivadora de um potencial regresso.
Após a visita e chamada de atenção desta Comissão verificou a mesma que o Executivo Camarário procedeu de imediato á regularização de algumas situações mais prementes em matéria de segurança, e fez um esforço para concluir de forma mais célere as obras em curso, dando á praia um aspecto mais condizente com a imagem que todos os figueirenses certamente desejam. Congratulamo-nos com tal tomada de posição do Executivo e reiteramos o nosso empenho em ser agentes activos na detecção e proposta de resolução dos problemas que se colocam aos figueirenses.
Na verdade esta situação na praia da Figueira/Buarcos é apenas o lado mais visível de algum descuido com que a Câmara Municipal tem tratado o potencial gerador de riqueza para o Concelho, que são as suas praias. De facto também no caso da praia do Cabedelo ou da praia de Quiaios, por exemplo, é manifesto o descuido com os passadiços de acesso estragados e cobertos de areia em plena época balnear. Nestes caso nem se trata de fazer obras novas caras, mas tão somente de fazer a manutenção mínima aos equipamentos já existentes.
O que está em causa no caso da praia da Figueira/Buarcos, é a falta de reflexão e estudo sobre todos os condicionantes da obra; já no caso das outras praias o que está em causa é a inexistência de planos de manutenção dos equipamentos que deveriam existir desde que se instala o equipamento e que pelos vistos se existem, é só no papel.
Quer num caso quer no outro, o Executivo Camarário e nomeadamente o seu Presidente demonstram a falta de projecto e cuidado como gerem o concelho."
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Este texto é das "Produções Fictícias"?
Este texto é do Bruno Nogueira?
Ainda bem que "fui eu que tive a ideia"!!!
Ganda PPD!
Obrigado por zelares pelo meu bem estar. Mas vocês já não estiveram no poder?
Ainda me lembro do Oásis...
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