quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Expansão do corredor verde do Vale das Abadias e preço da água...

"Figueira da Foz prepara expansão do corredor verde do Vale das Abadias. 

Estudo prévio foi apresentado hoje em sessão de Câmara...

"Figueira da Foz estuda construção de aeródromo para alavancar actividade económica".

Festival Pirata de Buarcos com novidades

 Via Diário as Beiras

Figueirenses (3)

Via Diário as Beiras

Obras

 Via Diário as Beiras

terça-feira, 30 de agosto de 2022

Figueirenses (2)

 Via Diário as Beiras

Notícias de Tavarede...

 Via Diário as Beiras

"... por entender que deixou de ter condições para se manter no cargo"...

"Ordens & Sindicatos", devem estar muito felizes...

Dívida: passados 11 anos, Portugal entra na liga do rating “A”

«Onze anos depois, Portugal volta a ter rating A. Agência canadiana diz que "as vulnerabilidades de crédito a Portugal associadas a choques externos estão a diminuir". Medina garante contas certas

AS SANÇÕES CONTRA A RÚSSIA QUE SUICIDAM A EUROPA: EM FRENTE CAMARADAS, O ABISMO É NOSSO

Via Meditação na Pastelaria, "uma análise assinada pela jornalista suíça de origem egípcia Myret Zaki. Alguns excertos traduzidos.

«... No final de Junho, o rublo tornou-se na moeda com melhor desempenho no mundo, atingindo o seu nível mais elevado em relação ao dólar em 7 anos. O PIB [russo] diminuirá em 6% em 2022, de acordo com o FMI, mas não 15% como fora previsto em Março. Analistas de Wall Street tinham previsto um colapso da Rússia.

Em Março, lembra-nos o “Business Insider”, a JP Morgan previra que o PIB russo cairia 35% no 2º trimestre. Para a Goldman Sachs, a economia do país experimentaria a sua maior contracção desde a implosão da URSS. Mas de Janeiro a Junho, o declínio foi de apenas 4% em relação ao ano anterior, graças a exportações acima do esperado, principalmente para a Índia. (...)

A estratégia [das sanções] estava extremamente bem montada. Excepto num "pormenor": a maioria dos países devia entrar no jogo e foi aí que a porca torceu o rabo. "A maior fraqueza das sanções, observa "The Economist", é que mais de uma centena de países, o que  representa 40% do PIB mundial, não seguiram os Estados Unidos e a Europa, e não impõem nenhum embargo (parcial ou total ) à Rússia […] A maioria dos países não deseja implementar a política ocidental.”

(...) Países tão importantes como a China, Índia, Brasil, Arábia Saudita estão a fazer exactamente o contrário, continuando a sua cooperação com a Rússia. Do Dubai, pode-se voar sete vezes por dia para Moscovo. A dura realidade reside na influência insuficiente que as democracias ocidentais tiveram sobre o resto do mundo. 

(...)

Mas a observação mais dolorosa é o preço exorbitante que o Ocidente é obrigado a pagar para punir os seus inimigos. É difícil escapar à sensação de autopunição face ao custo desproporcionado suportado pela Europa, onde uma crise energética sem precedentes se aproxima, falhas de energia eléctrica são anunciadas para este Inverno, picos de preços e recessão económica.

(...) a premissa básica estava errada. Em vez de serem indolores para o Ocidente e fatais para a Rússia, como originalmente se esperava, as sanções estão a mostrar-se pelo menos igualmente punitivas para a Europa. A assimetria é até invertida. “A Rússia poderia dar-se ao luxo de interromper todas as exportações de gás para a Europa por um ano sem grandes consequências para sua economia”, escreve Liam Peach, analista da Capital Economics, em nota citada pelo “Bloomberg” a 25 de Agosto. (...).

Inflação, escassez, insegurança são elementos que podem colocar as populações ocidentais contra os seus governos, quando o objectivo inicial das sanções era que os russos se voltassem contra o Kremlin.

(...)

Para “The Economist”, a conclusão é que o Ocidente será forçado a regressar às estratégias de “hard power”, ou seja, o poder militar, com um rearmamento maciço dos membros da NATO. Sem dúvida porque é nessa área que o Ocidente ainda tem uma vantagem muito clara.

Mas face a potências nucleares, poderemos manter esse tipo de raciocínio, ou ele é totalmente imprudente? Quando autoridades de Washington viajam repetidamente para Taiwan para dar palestras sobre a China, que resultado pode ser previsto de tal estratégia? Já antecipámos as consequências desta vez? (...)»

ARTIGO NA ÍNTEGRA EM FRANCÊS AQUI

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Prémio JN já arrancou

 Foto Pedro Agostinho Cruz

«O 31.º Grande Prémio JN arrancou hoje na Figueira da Foz com um contra-relógio individual de 11,3 quilómetros com início na Praia de Quiaios.»

Santana voltou a sair a meio de um debate televisivo

Imagem via Samuel Quedas

Mais uma vez, teve-os no sítio.

Nota de rodapé.
Privacidade dos políticos: o debate entre Santana Lopes, Helena Ferro Gouveia e Mafalda Anjos na íntegra. Para ver, clicar aqui.

Figueirenses...

 Via Diário as Beiras

Desculpem a minha ignorância, mas alguém me consegue explicar o que é isto tem a ver com a minha saúde no futuro?

 Via Diário as Beiras

Angola é nossa?

«Diz o take da Lusa que o filho de Baltazar Rebelo de Sousa recusa comentar as eleições em Angola, não por ser um Estado independente e soberano, mas por o processo eleitoral ainda estar a decorrer. Depois tudo o que é jornal, rádio e televisão, repete o take da Lusa, e tornam a repetir o take da Lusa, de microfone estendido à roda de Marcelo, já em território angolano à saída do aeroporto em Luanda. E Marcelo repete o take da Lusa e recusa comentar o processo eleitoral que ainda decorre. E o tabu dura quarenta e oito longas horas até alguém com sentido de Estado se ter lembrado de chamar o Presidente da falta de noção à razão, e jornalista não foi de certeza, tal a vertigem mediática para o espectáculo circense. Estas coisas deviam deixar-nos profundamente envergonhados ou, no mínimo, embaraçados, mas a seguir o artista sai aos beijinhos, de telemóvel em punho para a selfie, e toda a gente encolhe os ombros "tadinho, é assim mas não é má pessoa, o que é que se há-de fazer?"

Daqui

Preparem-se para o que ai vem...

«O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que o bloco está a enfrentar desafios significativos devido às sanções que impôs à Federação Russa.»

Banda de Santana - Sociedade Musical Santanense, vai comemorar 128 de vida retomando as tradicionais celebrações

Parabéns à Banda de Santana - Sociedade Musical Santanense

domingo, 28 de agosto de 2022

Fernandes Tomás, 200 anos depois da sua morte, e a importância do seu exemplo na explicação do que é a liberdade e a democracia aos jovens

Manuel Fernandes Tomás
 nas Cortes Constituintes,
 em quadro de 
Veloso Salgado.
FERNANDES TOMÁS, PATRIARCA DA LIBERDADE, talvez o mais ilustre de todos os figueirenses, nasceu a 31 de Julho de 1771, ano em que a então Aldeia foi elevada a Vila, na Rua dos Tropeções, mais tarde Rua do Quebra-Costas (hoje rua 31 de Julho).
"Morreu a 19 de Novembro de 1822, pelas 11 horas da noite" por "inflamação intestinal crónica" ou "desordem crónica das vísceras"
Morreu em "quase miséria" tendo sido criada, 10 dias antes do seu falecimento, uma comissão de beneficência para angariar fundos para a sua família.
"Não enlevava os ouvidos, nem arrastava os ânimos com as torrentes da eloquência. Persuadia ou desarreigava! A frase quase nua e correcta, toda luz e força, partia directo ao alvo e feria-o no centro. Revelando todo o pensamento detestava as ampliações retóricas e os artifícios supérfluos. Não ornava a verdade: dizia-a".(Rebelo da Silva)
(Nota: Expressões entre aspas retiradas do livro de José Luís Cardoso, “Manuel Fernandes Tomás, Ensaio Histórico- Biográfico”, cadernos Municipais, 1983)

Quanto mais distantes estamos do passado, mais a memória colectiva tem tendência a ir desvanecendo. 
Como podemos salvaguardar, ou até mesmo fortalecer, a memória e «os últimos instantes de um homem grande, para que os presentes e os vindouros aprendam o modo heróico de afrontar a morte»
Na "oração fúnebre", lida a 27 de de novembro de 1822, em sessão extraordinária da Sociedade Literária Patriótica, Almeida Garret considera Fernandes Tomás "o patriarca da regeração portuguesa".
"E quem choramos nós: quem lamentam os portugueses? Um cidadão extremado; um homem único; um benemérito da Pátria, um libertador dum povo escravo".

Vivemos tempos complicados: andam por aí uns líderes populistas, generosos nos ódios, mas parcimoniosos em políticas específicas, que usam a política de esquerda e direita, muitas vezes em simultâneo, para nos quererem fazer crer que a sociedade está dividida entre dois grupos: "a população pura" e a "elite corrupta".
O público-alvo dos populistas, é quem se sente economicamente ameaçado pela globalização, quem teme que os imigrantes roubem os empregos.
Na visão hipócrita e pretensamente moralista do novo populismo, o "povo" justo está a lutar contra as "elites" malvadas. Mas não é claro quem pertence a que grupo, já que a linguagem populista é emotiva e imprecisa. As pessoas são a "maioria silenciosa", os "portugueses bons", "o povo humilde" e os jovens?
A política populista de hoje, com a pretensão de deter o monopólio da verdade, é profundamente antidemocrática. O apelo do populismo aumenta quando sistemas políticos e económicos parecem falhar. O passado explica e alerta para os perigos que vivemos em 2022: a ascensão dos jacobinos nos estágios iniciais da Revolução Francesa, os que "Nada Sabiam" na América do século XIX, os fascistas na Itália de Mussolini, os nazis na Alemanha de Hitler, ou o Salazarismo, que é o nome que se dá para o Estado Novo português, período ditatorial que foi iniciado em 1933, em Portugal, e finalizado em 1974 por meio da Revolução dos Cravos.
Todos esses grupos reivindicavam possuir pureza moral e prometeram varrer o antigo sistema corrupto em nome do "povo".
No presente, na Hungria, na Polónia e na Turquia, podemos ver que quando os populistas ganham poder usam as ferramentas que têm à mão, incluindo o Estado, para destruir as instituições democráticas.

Em 2022, quase 200 anos depois da morte de Fernandes Tomás, "um homem que honrou a natureza e como cidadão a Pátria", qual o olhar dos jovens sobre "o libertador dos Portugueses, que salvou a Pátria e morreu pobre"?
Quanto mais distantes estamos do passado, mais a memória colectiva tem tendência a ir desvanecendo. 
Em 2022, 200 anos depois da morte de Fernandes Tomás e 48 depois do 25 de Abril de 1974, não é uma tarefa fácil e, muito menos, um desafio menor tentar explicar o que é o exercício da cidadania, a democracia e a liberdade a quem, felizmente, só conheceu um Portugal livre.