Via Diário as Beiras
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
terça-feira, 17 de novembro de 2020
Também no PSD é sempre carnaval!..
"Ainda a propósito do acordo PSD-Chega. Há momentos em que o choque é tão intenso e gera uma repulsa tão grande que, evitando dar margem a qualquer impulsividade, deixamos passar umas horas ou dias na vã esperança de que boas justificações possam ser, entretanto, aportadas.
Cabedo (faz parte da Figueira) antigo...
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
E assim se destrói a protecção de uma duna primária: a vegetação...
Dunas...
A duna mais junto ao mar adquire o seu perfil de equilíbrio, que embora variando ao longo do ano face à proximidade da rebentação e como tal à disponibilidade de areia na praia, mantêm-se também mais ou menos constante num dado local e permitindo assim o início da sua fixação pelas plantas.
Neste sistema dunar assim criado, à duna mais próxima ao mar chama-se “duna primária”.
Com os conhecimentos existentes sobre a criação das dunas, da sua relação dinâmica com o vento e a fragilidade das plantas estabelecidas dadas as difíceis condições de sobrevivência das mesmas nas dunas, podemos estruturar o uso potencial dos sistemas dunares fixos da seguinte forma:
• Praia – tolerante ao recreio
• Duna primária – muito sensível; intolerante ao recreio, à construção e as passagens só podem ser pedonais e se intensas sobrelevadas
• Espaço interdunar – sensível, mas tolerante a certos usos recreativos e instalação de construções leves
• Duna secundária – muito sensível; intolerante ao recreio, à construção e as passagens só podem ser pedonais e se intensas sobrelevadas
• Zona pós-dunar – tolerante ao recreio e construção, tendo em conta as capacidades de carga, níveis freáticos e outros parâmetros biofísicos.
Esta é a distribuição natural das ocupações em função do valor e sensibilidade do sistema dunar. Qualquer outra situação implica sempre impactes significativos ao nível da utilização do património colectivo que esses sistemas constituem.
É preciso não esquecer a importância, cada vez maior, que as dunas, principalmente as dunas primárias, têm como “tampão natural” à violência das ondas, criando com elas um equilíbrio dinâmico – recebendo, armazenando e largando areia - que protege os usos do solo a sotavento e que implica sempre a sua conservação, bem como da duna secundária associada.
Sem este sistema e em situações de litoral “agressivo” e níveis de subida médios do mar inquestionáveis, a preservação das dunas ganha dimensões tanto estratégicas na defesa de pessoas e bens como ecológicas de defesa de um sistema sensível ás alterações que o Homem faz.
Como é que os sistemas dunares são destruídos?
As dunas são sistemas instáveis, mesmo quando estabilizadas pela vegetação, pois essa estabilização constitui um “fio-de-navalha”, que qualquer perturbação altera.
A destruição da vegetação - e é isso que está a acontecer com a intervenção desta máquina - transforma uma duna fixa numa duna móvel.
O desfecho traduz-se, quase sempre, na destruição da duna com riscos de recuo da linha de costa significativos.
Mas, como alguém já disse, estes pormenores têm a ver com quem de direito - Junta de Freguesia de S. Pedro e Câmara Municipal da Figueira - e não com um cidadão que se preocupa e está atento aos atentados ambientais.
Portanto, os "quens" de direito que actuem como é seu dever e obrigação.
O alerta está feito.
Nota de rodapé.
Esta postagem foi feita com a ajuda do que foi lido aqui.
domingo, 15 de novembro de 2020
Um vídeo esclarecedor sobre o que é um snob convencido...
Este cavalheiro, snob e convencido, mostra sempre um ar superior, que me causa repulsa e faz-me fazer zapping, quando aparece na pantalha televisisva. Os chamados "medias" precisam, à direita, destes "enterteiners" comediantes de feira e politiqueiros...
Comissão Nacional de Protecção de Dados já recebeu algumas queixas sobre violação de dados de saúde, tendo aberto pelo menos um processo
sábado, 14 de novembro de 2020
sexta-feira, 13 de novembro de 2020
Cais comercial a sul? Como ficaria feliz...
As razões são óbvias: basta verificar qual será a função principal do porto comercial.
Fácil de responder: proporcionar o escoamento a mercadorias da zona centro do país, em especial das empresas sediadas na zona industrial da Figueira da Foz e das celuloses.
Sendo a Figueira, como sabemos, um porto problemático a vários níveis, nomeadamente por sofrer a influência das marés, enferma de um erro estratégico de fundo: a localização. A teimosia, ou a falta de visão, em manter o porto na margem norte é um condicionante para as condições de funcionalidade da estrutura portuária.
Duas razões simples:
1ª. Se estivesse na margem sul estaria mais perto das fábricas, o que pouparia as vias de comunicação que dão acesso ao porto comercial e evitaria a sobrecarga no tabuleiro na ponte da Figueira.
2ª. Principalmente no inverno, os navios atracados no cais comercial têm frequentes problemas de segurança, ao ponto de, por vezes, ser necessária a sua deslocação para a zona abrigada do porto de pesca com as demoras e despesas daí resultantes, o que torna mais onerosa e menos operacional a vinda de navios à barra da Figueira.
Tempo é dinheiro no competitivo mercado dos transportes marítimos. O mal, está feito, mas não pode ser escamoteado, até porque a vinda para a margem sul do porto de pesca não foi inocente. Era poluente...