António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
terça-feira, 24 de novembro de 2009
"POLÍTICA A SÉRIO"
Diário as Beiras, dia 24 de Novembro de 2009, página 4:
“PAULA TOVIM escreveu uma carta aberta a António João Paredes.
A mulher de Luís Tovim não poupa o presidente da Concelhia da Figueira da Foz do PS, começando por justificar o meio para atingir o fim: “como não atende o telemóvel, não aparece e foge quando vê o Luís (acho que se chama cobardia...), também não vejo outra possibilidade de lhe dizer algumas palavras”. Escreveu muitas palavras, aliás, através das quais transfere para o líder socialista o ónus da derrota de Luís Tovim na assembleia municipal e a situação do PS, que, segundo a autora da missiva, encontra-se nas ruas da amargura.
Recorde-se que o candidato independente ganhou, sem maioria absoluta, as eleições autárquicas com o voto popular.
“Mas o Paredes e meia dúzia de “amigos” preferiram, contra a vontade da população, eleger um presidente da assembleia municipal do PSD (Victor Pais)”, afirma Paula Tovim.
Afiança ainda: “custa-lhe admitir, porque não tem inteligência para tal, que duas pessoas completamente independentes e bem-intencionadas (João Ataíde e Luís Tovim), em menos de três meses, ganhassem as eleições para a câmara e para a assembleia: fizeram mais em três meses do que você e os seus apoiantes em 12 anos!”.
Demolidora, Paula Tovim conclui afirmando: “Quero assistir à sua morte política, o mais breve possível. O Luís, com a sua família e os seus verdadeiros amigos, já ultrapassou esta traição, mas você irá ficar com este peso na consciência (se a tiver...) para o resto da sua vida”. O DIÁRIO AS BEIRAS tentou obter declarações de António João Paredes. Porém, até ao fecho desta edição, as tentativas não foram bem sucedidas.”
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3 comentários:
Como diria o outro, não havia necessidade. Esta carta aberta é um disparate e um desbaratar do capital de simpatia que Luís Tovim tinha ganho. O ódio e a raiva nunca são bons conselheiros.
como a senhora diz não tem inteligência, s´assim se entende tanto disparate, olhe minha senhora se não tem que fazer vá ler a lei 169/99, de 18 de setembro e suas alerações, pode assim na próxima vez que queira protagonismo não mostrar tanto analfabetismo politico, já agora também a const. da república portuguesa
Disparate é não haver solidariedade na vida...
Pelo menos o Luis Tovim(8)tem essa solidariedade logo a partir de casa,e olhe que há muitos que nem a começar por aí a têm...
De entre tantos e tão diferentes,
por entre muitos que são isso mesmo
muitos e nada mais do que isso...
São como o que são para nós,
são como o que fazem por nós,
os amigos de verdade...
C.N.C.
É isso,...a Paula Tóvim é mais do que mulher,mais do que companheira dedicada a Luis Tóvim...
Acima de tudo é uma "amiga de verdade"...e por isso fez muito bem em defender quem efectivamente gosta e passa agora por momentos delicados...
A minha admiração sincera por si Paula Tóvim...
Nunca se arrependa de deixar o seu coração colocar-se ao lado das injustiças de quem efectivamente gosta...
O Comendador
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