segunda-feira, 31 de março de 2014

O regabofe em ajustes directos

3,5 milhões de euros. Aqui vai uma adivinha: qual era o partido que, entre 2005 e 2011, demonizou os ajustes directos?

daqui

Ainda o caso dum Hospital colocado dentro de um parque de estacionamento pago

Na reunião de câmara da passada segunda-feira, o parecer que, há mais de um mês, havia sido solicitado ao responsável da Protecção Civil, a propósito do parque de estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz, mais especificamente no que diz respeito à entrada de viaturas em situações de emergência, foi entregue à oposição no  decurso da sessão.
Por esse motivo, não foi discutido na oportunidade. 
Entretanto, já deverá ter sido analisado, apreciado e reflectido pela oposição.
Para além de,  certamente, ir ser alvo de discussão política numa próxima sessão camarária (a próxima é óptima, pois é à porta fechada...), vai ser tema de uma conferência de imprensa a realizar em breve – segundo o que acabei de ouvir no programa Câmara Oculta, do Foz do Mondego Rádio, pela voz do “vereador” Teo Cavaco...  
Mais uma vez, este executivo camarário deixou-se ultrapassar, politicamente falando.
Não sei se, apenas, por inabilidade política, incompetência ou azelhice pura, esqueceu, mais uma vez, uma coisa básica...
A política e a culinária devem respeitar o mesmo princípio: precisam de ingredientes certos, mas é na sua correcta aplicação que está a arte. 

Memórias reprimidas

A descolonização portuguesa foi feita "à pressa" em Angola, país que ficou entregue a partidos armados que faziam guerra em vez de política, afirmou  o médico António Passos Coelho, que há 40 anos vivia em Luanda.
A Revolução de Abril apanhou o médico pneumologista em Luanda, onde residia com a mulher e os quatro filhos, entre eles o actual primeiro-ministro, e ocupava o cargo de director de hospital e chefe do serviço de combate à tuberculose.

O primeiro-ministro português admitiu não saber se a história o absolverá das opções que tomou como governante, e assumiu que "a maioria dos portugueses", incluindo ele próprio, "não gostou das medidas difíceis" do seu governo.

Resistir é preciso e é urgente

BAPTISTA BASTOS
Com o ar grave e a voz timbrada que se lhe conhecem, o dr. Pedro Passos Coelho foi às televisões e disse: "Vou tomar medidas para erradicar a fome no nosso país." 
Além do tropeção no idioma (que lhe é comum), esclareço que quem "toma medidas" são os alfaiates e as costureiras; ele, Passos, como governante "toma decisões." Depois, há uma insultuosa falta de pudor, quando assevera que irá "erradicar a fome no nosso país." 
Não foi ele que proclamou o "empobrecimento" dos portugueses como estratégia necessária ao equilíbrio das finanças?

Passatempo Fotográfico “ O Mar Da Figueira ”

A partir de amanhã, dia 1 de abril, estão abertas as inscrições para o passatempo fotográfico "O mar da Figueira".
O desafio é lançado pelo Núcleo Museológico do Mar, em parceria com o Arquivo Fotográfico Municipal da Figueira da Foz.
O passatempo fotográfico “O Mar da Figueira”, inteiramente realizado online, tem como objectivo selecionar 20 fotografias inéditas, para uma exposição denominada “10 + 10 olhares sobre o mar (da Figueira)” que se realizará no Núcleo Museológico do Mar, nos meses de agosto a dezembro de 2014.
As fotografias devem ser enviadas para o endereço eletrónico divulgacao.cultura@ cm-figfoz.pt até ao dia 27 de junho.
As normas de participação podem ser consultadas no sítio www.figueiradigital.com.

Durão Barroso, o ainda Presidente da Comissão Europeia

De vez em quando, alguém da área da actual maioria, tira mais uma carta da manga.
Desta vez foi Durão Barroso:  em entrevista ao Expresso, preconiza que a bem do consenso, para além de “os principais partidos estarem condenados a governar em conjunto”, o próximo Presidente devia ter o apoio de PS, PSD e CDS.
Mais um pouquinho e chegava ao partido único!..
Convenhamos, porém: se calhar, Durão, deve estar fora do contexto nacional e  um bocadinho baralhado.
O  próximo Presidente da República, independentemente do seu partido, após a eleição, não deveria apoiar, igualmente, o PS, o PSD, o CDS e, já agora, os restantes partidos?..
Barroso,  o "tal que fugiu para Bruxelas...diga ele o que disser", está a preparar o retorno!..

domingo, 30 de março de 2014

Grupo Desportivo Cova-Gala 0/Académica/Sub23 0

"Hoje, tenho a certeza que fiz uma foto que nunca mais vou esquecer. Estou satisfeito! Nem sempre é fácil na fotografia de desporto conciliar o momento com o equilíbrio da imagem, ou seja, composição. Acho que consegui." - Pedro Agostinho Cruz, fotógrafo. 

A amizade é uma coisa tão bonita não é?..

"Ex-presidente da câmara da capital algarvia pelo PS diz que ficou com crédito de Aprígio Santos por um valor simbólico. Não revela a verba que despendeu e diz que o fez por amizade."

Em tempo.
Certamente, que na nossa cidade há quem não veja mal algum nisto.
E se lhe perguntarem,  até garanta que quem o vê é...falso moralista!
Ou ignorante... 

Declaração de interesses.
O autor desta postagem esclarece que os assuntos que afectam o dia-a-dia da cidade em que nos inserimos interessam-lhe. 
Contudo, o autor desta postagem desconhece, por ignorância real,  que assuntos realmente afectam o dia-a-dia do poder da cidade em que nos inserimos, uma vez que  tirando o trânsito, o autor não se recorda de outro assunto que afecte o dia-a-dia do poder da cidade em que nos inserimos.
Os únicos temas que certo poder gostaria de ver tratado nos jornais e nos blogues deveriam focar, ou dizer respeito a cultura, poesia ou flores, entendendo o autor desta postagem que evita esses temas, pois  pouco ou nada acrescentaria àquilo que por aí­ se tem dito e escrito com relação a estes mesmos temas.

Hora de verão

Não esqueça, é uma hora. Adiante o relógio 60 minutos!..

sábado, 29 de março de 2014

FUSING Culture Experience

Para saber tudo sobre este evento, aceda à página do facebook FUSING Culture Experience.

Só porque hoje é sábado...

... fica uma crónica publicada pelo advogado Joaquim Gil no jornal AS BEIRAS

“Porque hoje é sábado  e que outro melhor motivo poderia eu ter? – , lembrei-me de recomendar daqui a revisitação de um texto de 1969 de Cristina Torres em resposta ao inquérito do “Mar Alto”, “Da situação actual da cultura na Figueira” (Coord. de A. Augusto Menano, Cação Biscaia e Alberto Garrido), de que deixo aqui extractos bem actuais.
“A cultura é educação consciente do Homem em todos os sentidos: é o aproveitamento de tudo o que é nobre e elevado, feito pelo Homem para ser um elemento construtivo da sociedade em que tem de viver, agir e ser útil”.
 “Numa cidade onde há um liceu, escolas técnicas, colégios secundários e primários, grupos isolados da cultura, uma boa biblioteca onde se realizam conferências que bem merecem pelos assuntos que versam, e pelos nomes dos conferentes, outra aceitação. (Nestas conferências, diga-se a verdade, não é muito numerosa a concorrência)”.
“Onde estão afinal os representantes da actual cultura figueirense? Às vezes dá vontade de gritar aos mortos as palavras de Jesus a Lázaro: “levanta-te e caminha”. 
Não fora o texto do ano de 1969 e arriscaria dizer que era de hoje, tal a actualidade da crítica e o sentido do texto que fere certeiro uma certa soberba (dita) cultural que por aí se pavoneia. Mas eu só me lembrei do texto porque hoje é sábado…”

No país do faz de conta *...

Emanuel e Suzy avançam com queixa-crime na PJ!..
O autor e a intérprete do tema vencedor do Festival da Canção anunciaram em conferência de imprensa que querem ver "responsabilizados civil e criminalmente" os autores das "ameaças e injúrias" de que foram alvo.
... * perde-se tempo demais com notícias estéreis sobre matérias desfocadas, inexistentes ou que não permitem chegar a nenhuma acção correctora dos problemas que são identificados. 

Portinho da Gala: em 3 anos foram roubados 11 motores, incluindo os 4 que ontem "voaram"...

foto Pedro Agostinho Cruz
“Durante quinta-feira ou a madrugada de ontem, sexta, foram roubados os motores de quatro embarcações amarradas no Portinho da Gala, Figueira da Foz, aumentando para 11 o número de motores furtados nesta infraestrutura de pesca artesanal, no espaço de três anos.
Entretanto, na manhã de ontem, foram detidos, na fronteira de Vilar de Formoso, dois indivíduos do Leste europeu quando pretendiam viajar para Espanha transportando quatro motores de embarcações na viatura em que seguiam.
Ao meio da tarde, a Capitania do Porto da Figueira da Foz mantinha-se em contacto com as autoridades fronteiriças, para trocar informações sobre os motores apreendidos e furtados.
Saliente-se que este porto de pesca, situado na freguesia de S. Pedro, na margem Sul do estuário do Rio Mondego, é gerido pela Câmara da Figueira da Foz. O presidente da câmara João Ataíde, através do gabinete da presidência,  «lamenta o sucedido».”
Via AS BEIRAS

Promessas cumpridas

«O descrédito social da política contemporânea passa, e muito, pela noção cada vez mais disseminada de que só as promessas de regressão são sérias e de que todas as promessas de transformação que acrescentam dignidade e direitos às nossas vidas são demagogia irresponsável. Quando rigor só pode rimar com sofrimento e melhoria de condições passou a ser uma questão de fé e não uma possibilidade efectiva, a política só pode ser repudiada. O Governo prometeu empenhar-se em fazer o País "sair desta situação, empobrecendo". Cumpriu uma parte: a do empobrecimento. Os dados esta semana publicados pelo INE relativos a 2012 mostram, de facto, como o Governo honrou a promessa de empobrecer a grande maioria dos portugueses. " 
Para continuar a ler clique aqui.

CAE, 21H30...


“Contracanto” é um projeto musical e teatral que atravessa o universo musical e alegórico do cantor-autor José Afonso, com ilustrações encenadas da sua intemporalidade.
Com encenação de António Leal, este projeto conta, ao vivo, com sete músicos e seis cantores-atores que vão interpretando a música e o universo alegórico de José Afonso, personificando, assim, o próprio eco da sua obra. Pedro é a personagem transversal da narrativa. Através dele, o público revisita momentaneamente o final dos anos 60 e testemunha o seu desencantamento atual. Ricardo, seu filho adulto, vive agora algumas das mesmas angústias experimentadas pelo pai. Nos corredores laterais desta narrativa, os jovens, os cidadãos e as crianças abrem levemente outras portas: negligência, abandono, tecnocracia, sangue-frio, sangue-quente e, claro está, esperança. Um Portugal que canta a poesia de José Afonso e respira… ainda.

daqui

Para que serve um vice-presidente de câmara?..

João Ataíde, o independente reeleito numa lista do PS,  tomou posse em 19 de outubro passado. Leva, portanto, cerca de meio ano deste segundo mandato – o primeiro com maioria absoluta.
Na tomada de posse, o presidente da Câmara da Figueira da Foz afirmou ter como intenção, nos próximos quatro anos,  “prosseguir a consolidação financeira, manter a eficiência, rapidez e transparência dos serviços municipais, intervir no espaço público e nos equipamentos, melhorar a qualidade de vida no concelho e incrementar o desenvolvimento”.
Começou mal, porém, este segundo mandato do dr. João Ataíde: uma das duas reuniões mensais passou a ser realizada à porta fechada; depois, surgiu o caso do estacionamento pago no Hospital da Figueira da Foz;  a seguir, a polémica no CAE que envolveu directamente o seu vereador de confiança e agora vice-presidente  – o dr. António Tavares. Outras polémicas estão em cima da mesa. Uma,  que envolve  também directamente o seu vereador de confiança  - o dr. António Tavares, pois começou com uma frase do vereador PS no jornal AS BEIRAS:  "...  não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."; a outra, que vai ter novos capítulos, em breve, tem a ver com o facto de “a Câmara da Figueira da Foz ter chamado a si a gestão do EstádioMunicipal José Bento Pessoa, que era gerido há várias décadas pela Naval 1.º de Maio, no âmbito de um protocolo assinado com o clube”.
Presumo que um  vice-presidente de câmara, sirva talvez para  substituir o presidente, quando este está ausente, e usar a sua magnífica cultura, inteligência e lata visão e experiência política para tentar prevenir e evitar “tiros nos pés”, que causam sempre danos políticos para os protagonistas, como certamente o futuro nos irá demonstrar...
É estranho, ou talvez não, que quem quer dar a imagem que  tudo faz e faz e fará para proteger os cidadãos figueirenses tenha  assistido  e continue a assistir a tudo isto  caladinho, fazendo manobras de diversão no jornal, direccionadas para alvos que nada têm a ver com a forma como é gerida a autarquia figueirense, como, por exemplo, o autor deste blogue e outras pessoas que ousam divergir da maneira como esta maioria absoluta está a governar os destinos do nosso concelho.
Seja como for – e oxalá isso não aconteça - arrisca-se a que um destes dias o presidente, para voltar a mostrar quem manda (as pessoas esquecem-se com frequência), o despromova de vice para vereador  dos cemitérios.
Depois do prometedor salto qualitativo que, como político desta política, deu em meados do ano passado, seria muito mais condizente com a actuação que tem tido nos últimos meses.

Ontem, foi mais um dia de governo à beira de um ataque de nervos

O governo desmente-se a si próprio, o que não é uma técnica de gestão recomendável.
Persiste um enigma: foi Montenegro que driblou as Finanças ou estas que desautorizaram o chefe do grupo parlamentar?
O leitor em breve o saberá, mesmo que o governo não nos brinde com o desmentido do desmentido do desmentido. É claro, porém, que o PSD  está dividido sobre as vantagens do suicídio português maquilhado de política de austeridade.
Hoje, no jornal i pode ler-se:
“O secretário de Estado da Administração Pública revelou a jornalistas matéria sensível sobre pensões. 
A Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), que atinge os reformados com pensões acima dos 1350 euros é provisória, mas o governo está à procura de uma medida de igual valor que mantenha os cortes nas pensões que até aqui a CES tem garantido.
O que o governo assegurou ontem, através do ministro da Presidência, é que para além dessa medida - relativamente à qual negou existir uma formulação definitiva, uma vez que não há conclusões do grupo de trabalho - "não haverá reduções adicionais de rendimento dos reformados em Portugal".
A  polémica sobre o novo desenho nos cortes das reformas rebentou ontem depois de vários diários trazerem na primeira página pormenores sobre a possibilidade de manter os cortes aos pensionistas perante a necessidade de acabar com a Contribuição Extraordinária de Solidariedade. A informação revelada era resultado de um briefing convocado pelo Ministério das Finanças, mas apanhou de surpresa o primeiro-ministro e o ministro responsável pela coordenação política, Poiares Maduro, que desconheciam que as Finanças tinham decidido revelar à comunicação social pormenores do que estava em cima da mesa. Em visita oficial a Moçambique, Passos Coelho apressou-se a classificar as notícias dos cortes permanentes nas pensões como fruto da "especulação", mas não deixou de mostrar claramente o seu desagrado com a decisão das Finanças de divulgar peças do processo aos jornalistas: "Por vezes assisto ao debate público sobre estas matérias e penso que ele podia ser mais sereno e mais informado do que é e espero que os membros do governo contribuam também para isso", disse o primeiro-ministro.
Quanto à notícia concreta, tanto primeiro-ministro como ministro da Presidência remeteram-na para o domínio da "especulação". "Não faz sentido estar a especular, será decidido no governo, não será decidido sem a minha participação", disse Passos Coelho. Com a ministra das Finanças ausente de viagem a Washington, coube ao secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins, a condução do encontro com jornalistas que apanhou o núcleo duro do governo de surpresa. A reunião era um briefing - em que o secretário de Estado aceitou que as informações fossem atribuídas a "fonte oficial das Finanças".
O problema é que a divulgação não estava coordenada ao mais alto nível e rapidamente tanto o primeiro-ministro como o ministro da Presidência se apressaram numa operação de "controle de danos".
Luís Marques Guedes culpou directamente os jornalistas presentes por, alegadamente, terem transformado uma "conversa em off" em notícia. "Acho que as interpretações feitas pela comunicação social de conversas tidas com alguns membros do governo ou com um membro de um governo - não sei quem tenha sido - é exagerada para não dizer abusiva. Uma coisa é fazer um ponto da situação sobre os trabalhos que estão a decorrer, outra coisa é tirar daí conclusões. Se os jornalistas pretenderam transformar uma conversa em off num ponto de situação num dado adquirido, não chamaria a isso uma fuga de informação, chamaria a isso uma manipulação de informação". Mas a verdade é que não se tratava de uma "conversa em off". Secretário de Estado e jornalistas combinaram - à boa moda dos briefings - o que podia ser atribuído a "fonte oficial das Finanças" e o que não podia. Mas decididamente neste governo um briefing é uma actividade maldita.”

Notícias de Lavos

As Festas da Comunidade Lavoense para 2014,  vão ter  sete iniciativas que se realizam em lugares diferentes da freguesia.
O  programa tem início em Abril, com o “Cantar das Almas Santas”  (há mais de 55 anos que não se realiza), e vai acontecer nos dias 2, 3, 4 e 5 só nos lugares de Outeiro e Franco. No dia 5 será celebrada na Igreja Matriz, pelas 18h00, uma missa por intenção das Almas falecidas e para entrega de eventuais donativos.
A Corrida de Carretas será no Bizorreiro, a 27 de Abril, integrada nas Festas de S. Jorge.
A 27 de Julho, nos Carvalhais, integrado nas festas da Senhora da Luz, vai realizar-se o “Roteiro das Fontes e Lavadouros” (Fonte do Barroco, Largo do Poço, Fonte dos Telheiros, Fonte das Ruas e Fonte da Lagoa), fazendo-se em cada uma um quadro vivo tradicional, que finalizará com um almoço convívio (cada um leva o seu farnel).
O Dia da Cultura Lavoense está agendado para 3 de Agosto, em Santa Luzia, no Sport Clube de Lavos, a partir das 15h00 e está aberto a todos os grupos da freguesia que queiram associar-se. Inclui um desfile e atuação dos mesmos.
Entre 8 e 16 de Novembro, nos Armazéns de Lavos, realiza-se o 7.º Festival das Enguias, que vai contar com muita animação (Folclore, Concertinas, Grupos de Cantares, bombos, gaiteiros, fados, baile e algumas surpresas), tudo com o objetivo de valorizar este certame gastronómico.
O último evento está marcado para Dezembro, em data a anunciar, vai ter lugar na Casa do Povo de Lavos, com a representação da comédia “A birra do morto”, a representar por um grupo formado com “prata da casa”
Segundo explicou José Elísio, estas festas estão orçadas em 17.300 euros, e prometem “continuar a unir os lavoenses por uma freguesia ainda melhor”.

A Junta de Lavos  lançou um desafio às empresas:  solicitar apoios para as colectividades da freguesia.
O anúncio foi feito pelo presidente da junta, José Elísio, no início desta semana, durante a apresentação da Festa da Comunidade Lavoense.
O primeiro donativo já foi conseguido e destina-se à Sociedade Artística e Musical Carvalhense.
A Aviliz, uma empresa vocacionada para a actividade agropecuária, “assumiu um compromisso com dois mil euros anuais”, explicou José Elísio. A empresa compromete-se, assim, a suportar as despesas com a escola de música da filarmónica da SAMC.
Neste sentido, no dia 5 de abril, pelas 21H30, será assinado um protocolo, na sede da associação, sita em Carvalhais. Os pedidos de apoio vão continuar, até porque a freguesia de Lavos tem várias colectividades, para além dos grupos de escuteiros e de jovens lavoenses.

Por outro lado, a junta de freguesia realiza já amanhã, a primeira sessão de esclarecimento “para discutir o presente e o futuro de Lavos”. A iniciativa ter lugar  pelas 21H30, no Sport Club de Lavos.
No dia seguinte, à mesma hora, realiza-se uma nova sessão, na Casa do Povo de Lavos. 
Em abril, a ação é dirigida à população de Carvalhais e decorre, no dia 12, no Centro Recreativo e Cultural Carvalhense. A colectividade de Oucofra é a que se segue (dia 13). No mesmo dia, nova sessão, mas na Sociedade Artística e Musical Carvalhense.
Segundo José Elísio,  as sessões pretendem tão-somente “dar voz à população” sobre projectos, iniciativas e preocupações relacionadas com a freguesia.

Em tempo.
Informação recolhida no Blog dos Carvalhais e no jornal AS BEIRAS, edição papel.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Abertura das XXXVII Jornadas de Teatro Amador

imagem sacada daqui
No âmbito da celebração do Dia Mundial do Teatro, o Lions Clube da Figueira da Foz, com a colaboração da Câmara Municipal, realiza hoje, pelas 21h30, no Centro de Artes e Espectáculos, a abertura das XXXVII Jornadas de Teatro Amador, com a peça “Povoação vende-se”, pelo CITEC. 
Esta edição das Jornadas de Teatro Amador vai proporcionar 14 espectáculos em seis freguesias, com 12 das representações a cargo de grupos e colectividades do concelho da Figueira da Foz. 
O encerramento das Jornadas será também no CAE, no dia 01 de Junho, a partir das 15h00, com o Teatrão a apresentar a peça infantil “As extraordinárias aventuras do urso polar e da raposa do deserto”
A peça de hoje, pelo CITEC de Montemor-o-Velho, tem texto de Andrés Lizarraga, dramaturgia, encenação e espaço cénico de Deolindo L. Pessoa e é interpretada por Fernando Campos, Rui Couceiro, F. Capinha Lopes, Quim Zé Carraco, José V. Couceiro (Zé Zé), Andreia Teixeira, Carlos A. Cunha, Maria São José e Judite Maranha.

Não tem pais ricos nem ganhou a lotaria e quer passar a andar de Audi?..

Não desanime: tem (mais) um  “presente envenenado” ...
As nossas vidas, nas mãos deste Governo, são cada vez mais uma lotaria...
Agora, até dependem das bolinhas do sorteio! 

Para quem não ainda não sabe o que é ser um politico de sucesso em Portugal, ser um político de sucesso em Portugal é isto...

"Os impostos indirectos tratam todos pela mesma medida, tanto pobres como ricos, razão porque são, nesse aspecto, mais injustos. É essa, aliás, a razão porque eu nunca concordei em taxar cada vez mais os impostos indirectos, nomeadamente o IVA. Ele vale 20% para quem tem muito como para quem tem pouco".
Pedro Passos Coelho, no livro "Mudar", editado em 2010.

"Se ainda vier a ser necessário algum ajustamento, a minha garantia é de que seria canalizado para os impostos sobre o consumo, e não para impostos sobre o rendimento das pessoas".
Pedro Passos Coelho,  em Bruxelas em 24 de março de 2011.

Passos Coelho e o IVA em 2010 e em 2011

Será que somos um país de bufos e chibos?

foto Pedro Agostinho Cruz
Cândida Almeida, ex-directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal e actual procuradora geral adjunta do Supremo Tribunal de Justiça ao falar sobre o papel económico e social da justiça nos últimos 40 anos, nas conferências Utopias XXI, do Casino Figueira e do Instituto Superior de Contabilidade e Administração (ISCAC) - Business School, na noite de terça-feira passada – e cito o jornal AS BEIRAS – afirmou o seguinte: “Não há inocentes na violação do segredo de justiça”.

Em tempo.
A fuga de informação,  constitui um dos  tais problemas de que toda a gente fala e ninguém resolve neste País.
Será que estamos condenados a ser  um país de bufos e chibos?
Ainda os arguidos não foram notificados da Acusação e já alguém se chibou à imprensa do teor desta...
«Lamento imenso e acho uma vergonha, o que se passa com as buscas em Portugal, as buscas são divulgadas, os jornalistas já lá estão todos prontos, ou alguns, as pessoas têm direito à intimidade da vida privada. Aí os arguidos passam a vítimas e as pessoas condenam-nos», era o que já dizia o antigo Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro.

Portugal, anos setenta do século XX

«Portugal, anos 70 do Século XX, não gostaria de voltar a este País, mas infelizmente estamos cada vez mais perto..»

Em tempo.
Palavras e fotografia de Alfredo Cunha,  via Ana Maria Godinho Costa.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Gala Figueira Tv

"Resultados das votações com as percentagens de todos (incluindo os que não ganharam)..."Fernando Gonçalves, aqui.

Será?..

Paulo Macedo: “O problema é as pessoas estarem a consumir medicamentos a mais”...

Deixemos as flores e voltemos às demolições (II)

Ontem, por causa da publicação desta postagem,  recebi na caixa de comentários do Outra Margem o seguinte comentário:

“António disse...
Acabe-se com esta demagogia verborreica de uma vez por todas! O meu caro Agostinho conhece o plano de pormenor do Bairro Novo? já ouviu falar? sabe o que são direitos adquiridos? sabe em que situações, de acordo com a lei, é possível dar ordem de demolição de um imóvel? Sabe quanto é que a Câmara teria que indemnizar o privado se quisesse demolir o prédio? Sabe qual o valor do prédio no imobilizado da empresa? Conhece os pareceres jurídicos sobre o assunto? sabe que a Açoreana apresentou um projecto de requalificação do imóvel que foi aprovado e a que não deu seguimento? Sabe que a Açoreana por duas vezes teve que intervencionar o prédio por ordem da Cãmara fazendo aquilo que era possível à edilidade obrigar. Sabe que, de acordo com os juristas, um processo judicial arrastar-se-ia anos e anos e a situação ainda era pior, porque a Câmara perderia de certeza? Sabe de todas as démarches e as entidades contatadas para resolver este problema? Sabe os técnicos e horas que foram investidas na busca de uma solução? Pois é, o problema é falar sem saber. E a sua ignorância nesta matéria é que compara duas situações que, simplesmente, não são comparáveis. Caro Agostinho: escreve do que sabes e o que não souberes pergunta (estou disponível se souber responder) e estuda. Cumprimentos. António Tavares
25 Março, 2014 15:09”

De imediato, teve a seguinte resposta do autor deste blogue:

“Antonio Agostinho disse...
Então, aproveitando a sua boa vontade, ficam algumas perguntas, creio que do interesse de quase todos os figueirenses:
Quanto é que a Câmara, neste caso concreto, teria que indemnizar o privado se quisesse demolir o prédio?
Qual é o impedimento pra o cumprimento da lei, do valor do prédio no imobilizado da empresa?
O que dizem os pareceres jurídicos sobre o assunto?
Porque é que a Açoreana apresentou um projecto de requalificação do imóvel que foi aprovado e não deu seguimento?
Não era obrigação da Câmara zelar pelo cumprimento dos seguimento do projecto?
Porque é as situações não são comparáveis?
A Câmara do Porto tem mais poderes legislativos ou mais competências legais que a Câmara da Figueira?
Porque é que a Câmara perderia de certeza um processo judicial?
Seguindo o seu raciocínio estamos num país sem lei - os tribunais não funcionam?

Sobre a minha ignorância - que é real.
A culpa não será da Câmara que não disponibiliza a informação aos habitantes do concelho?
Será com reuniões à porta fechada - para os munícipes e para os jornalistas - que se incentiva à participação na vida colectiva do nosso concelho?
Cumprimentos
25 Março, 2014 16:50”

Como não obtive resposta, não vou perder mais tempo com a pseudo-exegese do António   Tavares.
Não vou, por uma razão muito simples - por muito que tenha escrito, faltou-lhe a humildade de se reconhecer também, a ele, como parte do problema.
O cerne da questão, como António Tavares muito bem sabe, é outro, bem mais complicado.
É o medo.
Na Figueira  não há a Câmara e os privados.
Na Figueira,  há apenas e só quem tenha relacionamento com e com a Câmara - omnisciente e omnipresente - isto é, de uma forma ou de outra toda a gente depende da Câmara, ponto.
No fundo, no fundo os “democratas”, como se intitulam, não querem o debate, preferem como a pseudo-exegese  demonstra,  atirar-se  às pernas.
Por outras palavras, preferem tentar  matar o mensageiro a discutir a mensagem...
Tivesse António Tavares,  que não é arguido ou suspeito no seu percurso camarário do cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade, uma réstia de dignidade, uma réstia de moralidade, e seria o primeiro a condenar este tipo de comportamento, que também conheceu e foi vítima, quando estava do outro lado.
Mas não. António Tavares acha-se uma vítima, a única vítima.
E no PS, neste PS,  de que se tornou militante nas circunstâncias e no período temporal conhecido, as vítimas reagem sempre da única forma que conhecem - à canelada.

Os meus melhores cumprimentos senhor vereador.

Assim a vida passa vagarosa: O presente, a aspirar sempre ao futuro: O futuro, uma sombra mentirosa.

“Das coisas mais difíceis que há na vida é prever o futuro, dizia Miguel Torga em 1948 no “Diário”. A afirmação é evidente. Serve para qualquer um de nós - para a cidade ou país onde vivemos ou até este planeta onde partilhamos este mundo globalizado que criámos.
Embora “nem possa ter a certeza dos processos nem a verificação dos fins”, como refere Pessoa, no “Livro do desassossego”, posso ao menos definir objectivos para, caminhando, para eles ir criando o caminho.
O que não posso nem devo, enquanto responsável político, é limitar-me a gerir a res pública de uma forma avulsa, condicionado à obrigação de tratar o lixo, limpar a cidade e pouco mais. Ou condicionar-me a actos avulsos de celebração cultural, mais popular ou mais erudita, permitindo carnavais sem identidade ou satisfazer-me com iniciativas sem enquadramento num plano de futuro.
A Figueira, cuja actividade portuária foi importantíssima nos séculos XVII e XVIII, que teve uma incomparável actividade turística dos finais do século XIX e até meados do século XX, adormecida por tão notáveis êxitos, acabou por não definir novos objectivos, terminados os anos de ouro. Se “o caminho se faz caminhando”, não é menos verdade que não chegaremos onde não sabemos para onde ir.
Talvez que o facto de termos agora um responsável regional possa ajudar a definir objectivos através das sinergias que potenciem todos e cada um dos concelhos da nova CIM. E que, na falta de recursos, ao menos se consagre no planeamento regional e local os objectivos que verdadeiramente merecem a região e o concelho.”

Em tempo.
O texto é do Eng. Daniel Santos, e foi sacado à edição impressa do jornal AS BEIRAS.
O título é do Poeta Antero de Quental (“Sonetos” 1860-62) e é uma escolha do autor do Outra Margem.

O porquê da centralização da fiscalização bancária na Europa

A figura da semana:
“Anda tudo para aí muito satisfeito com o facto de a União Europeia ir finalmente concentrar no BCE os mecanismos de fiscalização bancária, algo que há muito já deveria ter sido feito, dizem.
De facto, deveria; mas não foi, e não é por acaso que não foi; e agora é, e não é por as instituições e os deputados europeus terem finalmente feito o que já deveriam ter feito.
O que acontece é que a crise financeira vai chegar agora aos grandes bancos europeus.
A crise financeira (que não tem nada a ver com a crise das dívidas soberanas, que é a consequência directa do Tratado de Lisboa) resulta de o enriquecimento bancário se ter feito através de processos especulativos que estoiraram quando as pessoas, por efeito desses mesmos processos que aumentaram a desigualdade, começaram a empobrecer - a especulação alimenta-se do enriquecimento das vítimas, se estas empobrecem, morre. Os bancos pequenos não tinham como fugir às consequências da crise e estoiraram; mas os bancos grandes estão exactamente na mesma situação, ou pior, porque a sua capacidade especulativa é muito maior.
Eu já escrevi há anos que o Deutsche Bank deve ter um buraco tão grande que a Lua cabe lá dentro; até agora, têm conseguido esconder esse buraco, mas isso não vai durar muito mais; e quando ele estoirar, quem o vai assumir? A Alemanha vai fazer o mesmo que Portugal fez?
Claro que não! A Alemanha vai chutar o problema para a Europa, para o BCE, para nós!!!
Nós ainda vamos ter de contribuir para tapar o buraco do banco da Alemanha. Já estamos a contribuir, este processo das dívidas soberanos está a ser usado para tapar esse buraco à nossa custa; mas não chega, é preciso mais, muito mais.
Portanto, já sabem: o processo em curso, o trabalho apresentado pela Elisa Ferreira, não é o resultado da acção dos deputados em defesa da Europa, é o resultado da acção das instituições europeias ao serviço da Alemanha.”

terça-feira, 25 de março de 2014

Para mais tarde recordar

foto Paulo Pimenta
Luís Montenegro, líder da bancada do PSD: "Quero deixar aqui de uma forma clara. Vamos todos jogar limpo. Não é verdade que venham aí cortes de salários mais e pensões, mais cortes de rendimentos".

Um blogger acima das possibilidades...


Em tempo.
Pouco tenho a dizer. Apenas, como sempre,  aquilo que penso... E  estou a pensar nos políticos em geral.
Que está a chegar ao limite da dignidade a capacidade de ser um moço de recados alheios.
Que se está  a  prescindir da própria consciência e dignidade para conseguir ser, não eleito do povo, mas mandarete teórico de alguns milhares de militantes partidários controlados pela máquina partidária.
Que se está a agravar aquilo que  vejo há  muito estar a acontecer: as minorias partidárias falseiam  o resultado das eleições, impedindo  o contacto do eleito com os eleitores (que não são, claro, as bases partidárias).
Que está a crescer entre  o povo o sentimento de  que os eleitos não são seus representantes.
Que cada vez percebo melhor, por que se recusam os partidos a dialogar entre si: querem o poder todo. 

QUEM É IGUAL A QUEM? OU A RESISTÊNCIA HERÓICA DAS MULHERES DA COVA/GALA

Adelino Tavares da Silva, o autor deste inédito, foi meu Amigo e um grande jornalista deste País, tendo chegado a ser Director do extinto «O Século», a seguir ao 25 de Abril de 1974. 
Quando morreu pertencia ao quadro de jornalistas do também já extinto «O Diário»
Adelino Tavares da Silva tinha raízes familiares no nosso concelho, pois o seu Pai – o Comandante Rainho – era da Gala.
Como dizia Adelino Tavares da Silva, «é a contar estórias que a gente se entende».
Tinha tomado conhecimento deste evento há uns dias numa conversa onde dei conta do entusiasmo com os que os trabalhos estão a decorrer.
Francisco Sanchez, é o Encenador.
Portanto, no dia 5 de abril todos ao CLUBE MOCIDADE COVENSE!

Este "é um problema estritamente da administração do Hospital?..

foto António Agostinho
Solicitado pela bancada do Movimento Somos Figueira, o parecer da Protecção Civil sobre o novo parque de estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz já foi entregue ao executivo, mas os vereadores da oposição só foram informados há minutos, no decorrer da própria reunião, pelo que o assunto só será discutido numa próxima reunião. Ainda assim, numa breve apreciação, João Ataíde, presidente da autarquia, admitiu que o relatório da Protecção Civil "levanta algumas questões e não é favorável à solução ali implementada", havendo "melhorias a efectuar na sequência das críticas". O edil sublinha, no entanto, que este "é um problema estritamente da administração do Hospital". (Via Foz Do Mondego Rádio)

Deixemos as flores e voltemos às demolições

Avenida 12 de Julho, Gala. Foto de António Agostinho sacada daqui
Ontem no Porto começou a ser  demolida uma antiga fábrica que era um foco de tráfico e consumo de droga.
De acordo com a autarquia, o processo de tomada de posse administrativa do terreno, com “cerca de 130 metros de comprimento por 95 de largura”, foi iniciado “apenas 2 semanas” depois de Rui Moreira ter sido empossado presidente da Câmara, tendo em conta “problema social gravíssimo” do espaço.
As demolições começaram,  segunda-feira, porque terminaram na sexta-feira “os trâmites legais e o prazo dado em edital para que os proprietários tomassem medidas”, justifica o site do município portuense.
Pela Figueira é o que sabemos.
António Tavares, vereador PS, no poder há quase 5 anos.
“...  não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e degrande fluxo de turistas e locais..."
A Figueira é mesmo uma cidade que não se leva a sério...

Das flores

“Obviamente, queriam-me calado. Conheço-lhes os dotes censórios quando tinham poder para tal e deles fui vítima, sem rebuço nem decoro. Incomodam-se com a poesia, com a simples poesia ou com a descrição de factos, de meros factos. Vitupério!
Gritam as bruxas. Preferem o silêncio e a omissão e rejubilam no ruído cáustico das suas macabras danças.”  
(António Tavares, vereador PS, no jornal AS BEIRAS)

Em tempo.
Aos cinquenta e tal anos,  será que o vereador queria, finalmente, ter encontrado alguém carinhoso, atencioso, que lhe faça as vontadinhas todas e que, mesmo passados 5 anos, continue a oferecer-te flores?..
Não será, talvez, ingenuidade a mais?
Como escreveu Mao Tse Tung: “deixai que cem flores desabrochem e que floresçam as discussões”.
Entre as cem flores, algumas sempre resistem ao tempo e à secura. 
Entre as begónias e gladíolos, pode ser que permaneça alguma rara. 
Por exemplo, uma gardénia ou uma centáurea...

segunda-feira, 24 de março de 2014

O programa de empobrecimento está a ser um êxito!..

Com uma invejável determinação e coragem o Governo tem conseguido transformar milhões de portugueses em pobres,  os chamados  novos pobres, pelo que o nosso índice de felicidade tem vindo a subir sustentada e estruturalmente.
É verdade que existe uma pequena minoria que tem sido  discriminada, mas...

“Autarquia assume gestão do complexo desportivo do Estádio Municipal José Bento Pessoa”, uma questão que interessa a todos os Clubes do nosso Concelho que vai ser discutida e votada amanhã em reunião de Câmara

Texto hoje publicado no jornal AS BEIRAS:
A Câmara da Figueira da Foz chamou a si a gestão do Estádio Municipal José Bento Pessoa, que era gerido há várias décadas pela Naval 1.º de Maio, no âmbito de um protocolo assinado com o clube. A denúncia do acordo acontece na sequência da expiração da validade do documento, no dia 14 de fevereiro último. Deste modo, a autarquia evita pagar indemnizações ao coletivo navalista.
Todavia, o novo regulamento da utilização do complexo desportivo não agrada a ninguém, incluído a Naval.
Por sua vez, o Ginásio Clube Figueirense, que recuperou a secção de futebol ao abrigo de um protocolo com a empresa privada Academia 94, manifestou o seu descontentamento através de carta enviada ao executivo camarário, a que o DIÁRIO AS BEIRAS teve acesso.
Na extensa missiva, o Ginásio alude a “anos e anos de sistemáticos incumprimentos e violações flagrantes do protocolo de concessão das instalações desportivas do estádio municipal”. Mais à frente acrescenta que o novo regulamento viola alguns princípios que regem a gestão pública, advogando a sua “clara nulidade”.
A direção ginasista invoca a “violação dos princípios da igualdade e da livre concorrência” e critica a “atribuição de uma condição preferencial a uma entidade [Naval]”.
Por outro lado, adverte que, “caso a salvaguarda dos referidos princípios não seja assegurada pelo regulamento”, recorrerá aos meios legais a seu dispor.

O peso da história
A proposta de regulamento do executivo municipal que vai amanhã a votos na reunião de câmara dá preferência à Naval na utilização dos campos sintéticos. A autarquia baseia-se no histórico dos clubes e associações que utilizam ou pretendam utilizar o equipamento desportivo, o que coloca os navalistas no topo da lista de utilizadores.
Recorde-se que o protocolo celebrado entre a autarquia e a Naval que vigorava desde 2009 foi alterado em 2011.
Entre outras cláusulas, previa um apoio mensal de 10 mil euros para a secção de formação do clube e em caso de denúncia unilateral do documento pela autarquia esta teria de pagar as obras realizada pela Naval no estádio municipal desde 1989.
Este segundo artigo caiu com a revisão do documento e o apoio desceu para 7.500 euros.
O pagamento da água, eletricidade e gás pela câmara também foi anulado, passando a despesa para a Naval.
Porém, como a autarquia nunca pagou os 7.500 euros e os contadores mantiveram-se em seu nome, o clube remetia a fatura dos três serviços para a autarquia. De resto, neste encontro de contas, a Naval é credora.

Impedido  de utilizar os sintéticos
A Naval exige ao Grupo Desportivo da Chã  uma verba mensal pelo consumo de água, eletricidade e gás. Como ainda não houve acordo, este clube amador de Tavarede que utiliza os campos de treinos do estádio municipal há mais de 30 anos está impedido de utilizar os relvados sintéticos, desde há duas semanas. Fátima Trigo, presidente do GDC, afiança que, sem o apoio da câmara, as verbas agora exigidas pela Naval (300 euros por mês) “são incomportáveis”. Por outro lado, exige igualdade de condições na utilização dos equipamentos municipais.
A União Desportiva da Gândara tem o seu próprio campo com relva artificial, o primeiro dos dois de que o concelho dispõe. O clube não necessita, portanto, do estádio municipal. Contudo, o presidente, Antonino Oliveira, mostra-se “solidário com os clubes que contestam o direito de preferência” que a autarquia concede à Naval. O dirigente gandarês aproveita para exortar a câmara a municipalizar o campo de Bom Sucesso, “para poder servir os clubes do norte do concelho”.

O executivo municipal recusou-se a falar sobre o assunto antes da reunião de câmara de amanhã. E, apesar das tentativas, não foi possível recolher declarações da Naval 1.º de Maio.”

“louvor e simplificação de José Penicheiro”

Zé Penicheiro faleceu no passado dia 15.
Na altura Fernando Campos escreveu o seguinte:
E como o prometido é devido cá está o "depoimento que foi um pouco para além da ditirâmbica palermice circunstancial" do Fernando Campos (pode ser lido na íntegra, clicando aqui).
Termina assim.
“Quando o conheci, em 1981, trabalhei com ele em publicidade. Aprendi imenso (a relevância do seu contributo para a linguagem desta arte de comunicação dava para escrever um tratado, um capítulo à parte na sua vasta obra criativa (só semelhante ao de outro figueirense, Cândido Costa Pinto. Este até com obra teórica publicada sobre o assunto, embora nunca tenha exercido actividade na região). Mas em 84 (ou 85), quando trabalhei para ele - na impressão serigráfica dos seus trabalhos – já ele se dedicava finalmente, em exclusivo, à sua paixão de toda a vida, a pintura. Tinha mais de sessenta anos.

Numa idade em que a maior parte dos homens calça as pantufas e se senta ao borralho a olhar para ontem, Penicheiro preparava-se para começar outra vida. Criativa. E para consumar a sua obra – uma obra que teria, contudo, um carácter sempre reminiscente, também a olhar para ontem, numa espécie de interminável “Amarcord”.
Todavia, ao contrário de Fellini, não existe em Penicheiro o conflito, o pormenor, o improviso, a blasfémia, o humor (ou o sarcasmo), a revolta, a gargalhada, a obscenidade, a subversão, o grito.
Não há rostos, nem olhares, nem expressões na sua obra. Nem se vêem das mãos as linhas da vida, ou as unhas negras e as calosidades. Apenas vultos. Os homens, de chapéu; as mulheres, de lenço na cabeça, sempre curvada. Tudo sob um manto intrincado de manchas opacas, numa densa bruma esquartejada de harmoniosas decomposições tonais atenuadas. E uma indelével impressão de nostálgica e solene mansidão resignada.
Penicheiro não pinta o que vê, pinta o que viu. Ou melhor, a impressão com que ficou.

Foi esta visão sentimental, silenciosa e velada pela distância do tempo que talvez tenha tranquilizado os novos (e até os velhos) burgueses. A-do-ra-ram. Penicheiro tornou-se mesmo o artista mais premiado e homenageado  pelos “clubes de serviço”.  Arrematavam tudo, em alegres e selectas jantaradas. À peça ou à molhada.
A consagração popular veio depois, naturalmente. O povo, como é sabido, aplaude sempre os vencedores.


Porém, a coroa de glória de Zé Penicheiro, a verdadeira consagração, surgiu já quase no fim da sua vida (e carreira, que os artistas trabalham sempre até ao fim), em 2004: a encomenda de um mural monumental pela Universidade de Aveiro, para comemoração dos seus trinta anos.
Nada mal. Para um homem que se tinha feito a si próprio, que se gabava de nunca ter ido à escola e de toda-a-vida ter nutrido um sincero desprezo pelo conhecimento académico.”