quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Rendeiro...

No dia 22 de Setembro, os advogados do BPP avisaram a Justiça portuguesa para o perigo de fuga de João Rendeiro. Hoje, o Conselho Superior de Magistratura (órgão que fiscaliza os magistrados) concorda com a juíza titular do processo (Tânia Loureiro Gomes) que considerou que «nada fazia prever que havia perigo de fuga».
A passividade e o manto de silêncio sobre a fuga de João Rendeiro, ao mais alto nível institucional, remetem os protagonistas para a sarjeta política em que estão tão habituados a chafurdar que já nem dão conta da porcaria que os cidadãos vêem. Uns com os olhos no chão, outros a fazerem graças nervosas e ainda uns quantos a meterem o princípio da responsabilidade política no bolso e até a invocarem a presunção de inocência.
Entretanto, a manobra de diversão para abafar a fuga de João Rendeiro à custa das Forças Armadas. 
O fait divers que serviu para desviar as atenções da fuga de João Rendeiro ficou "esclarecido".  Agora, resta esperar – boa sorte! – pela palavra presidencial sobre mais um escândalo na Justiça que faria cair o governo em qualquer país digno de um Estado de Direito.

"Para alguns sectores social-democratas locais, a aproximação a Pedro Santana Lopes é encarada como vital para a reabilitação do partido..."

Perante este cenário, e tendo em conta o que aconteceu na campanha eleitoral, o que resta ao PSD Figueira fazer com Ricardo Silva, ainda presidente da concelhia? 
Ao que transpirou para a opinião pública, o clima anda muito crispado e há muita contestação pelos lados da Rua da Liberdade à metodologia utilizado pelo presidente da concelhia.
Segundo o que conseguimos apurar junto de fontes ligadas à concelhia do PSD Figueira, este comunicado não saiu de nenhuma tomada de posição colectiva desta estrutura dirigente do partido. Nomeadamente, existe grande descontentamento pelo facto do presidente da concelhia ainda não ter apresentado a demissão e continuar, ainda que ligado às máquinas, a tentar manter o poder a todo o custo.

Via Diário as Beiras

Na despedida, a obra para o futuro: “O MAR QUE NOS UNE” ...

 Via Paulo Pinto

"Os Municípios da Figueira da Foz, Cantanhede e Mira representados em “O mar que nos une” uniram-se, para um projeto cultural focado no mar, a realizar simultaneamente nestes três concelhos.

A candidatura orçada num valor de cerca de quase 300 mil euros, para a Programação Cultural em Rede 2021, foi aprovada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). Financiamento a 100%.

O projecto, com direcção artística de André Varandas, visa integrar, capacitar e revitalizar os agentes culturais e artísticos oriundos dos territórios dos três municípios, que constituem, seguramente, um dos sectores mais afectados por esta situação pandémica.

A Programação em Rede “O Mar que nos Une” inclui 120 associações e artistas locais, com 208 eventos a apresentar em 57 locais dos três concelhos que se uniram nesta iniciativa.

Os eventos serão criados em 24 “oficinas”.

O Mar é o elemento unificador das características das populações dos concelhos de Figueira da Foz, de Cantanhede e de Mira e é uma iniciativa para a revitalização do sector, que está fragilizado devido à situação pandémica provocada pela covid-19, sendo a iniciativa um apoio aos artistas e colectivos artísticos, culturais e recreativos, que há muito se encontram em situação de imposta estagnação e suspensão da sua normal actuação.

Nota: Obra no Cabo Mondego
Imagem de uma “Amonite”, constituem um grupo extinto de moluscos que existiu há milhares de anos na zona do Cabo Mondego.

Obra de - Bordalo II, o artista ecológico."

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

À ATENÇÃO DOS GRANDES ESTRATEGAS QUE QUISERAM IMPEDIR SANTANA LOPES DE IR A ELEIÇÕES...

Não conseguiram que Santana Lopes deixasse de ir a votos para a Câmara Municipal da Figueira da Foz, mas conseguiram que a FAP fosse impedida de ir a eleições em Lavos e no Alqueidão.
Sabem o que aconteceu em Lavos e no Alqueidão? 
Duas maiorias absolutas do PS. 
O objectivo da candidatura de Pedro Machado era dar uma maioria absoluta ao PS e termos Carlos Monteiro como presidente de câmara da Figueira até 2033?
Em tempo.
Resultados eleitorais via site da CNE.

Haja um minimo de decência...

É certo que a Figueira política nunca foi um concelho muito normal em termos de práticas éticas...
Contudo, o decoro e a decência recomendam que estas notícias sejam recebidas com algum sentimento de preocupação. Isto vai continuar a correr mal para o PSD Figueira...
Via Diário as Beiras

 

O PCP está a suicidar-se?


Uma crónica publicada no Diário de Notícias pelo militante do PCP e jornalista Pedro Tadeu.
Para ler clicar aqui.

Para quem ainda não percebeu a derrota de Carlos Monteiro

Como escrevemos ontem neste blogue.
"O eleitorado figueirense não podia ser mais claro e objectivo: estava fartinho de Carlos Monteiro." 
O afastamento de Carlos Monteiro da presidência da Câmara da Figueira da Foz, se outras razões não houvesse - e existem - passaram por aqui: ter desfigurado Buarcos, a baixa da cidade, o jardim municipal e o Cabedelo, continuando aliás, a obra do seu antecessor.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Em declarações hoje publicadas no Diário de Coimbra, o presidente da Comissão Política Concelhia do PSD Figueira, escusou pronunciar-se sobre os resultados eleitorais e nem adiantou se continua a liderar o partido na Figueira. 
Numa curta declaração, salientou que respeitavam os resultados eleitorais, “mas conscientes que fizeram uma candidatura credível, com propostas, com apoios nas elites locais e nacionais”.
O presidente da concelhia do PSD, a meu ver, já deveria ter apresentado a demissão. “A vontade do eleitor foi soberana”
Não o fez, ainda, mas isso vai ser inevitável. Quem, em devido tempo, não faz o que devia, acaba a fazer o que não queria. 
O povo, o eleitor maioritário, na Figueira, divide-se em dois. O rural, velho e desconfiado, e o suburbano, pobre e remediado. Foi ignorado, como a curta declaração acentua (“fizeram uma candidatura credível, com propostas, com apoios nas elites locais e nacionais”) e pagou na mesma moeda à candidatura Pedro Machado – Figueira do Futuro. 
As elites, o eleitor minoritário, entre uma olhadela à Caras e ao lixo televisivo, ligaram mais à candidatura de Santana. 
As outras elites, as "intelectuais", entretidas que estão "na busca de um mundo melhor", apesar de no arranque terem marcado notória presença na candidatura de Pedro Machado-Figueira do Futuro, acabaram ligadas ao BE.
Ninguém, em seu perfeito juízo, conta com elas. O “seu” mundo, é o seu umbigo. 
Os jornalistas, os de Lisboa, entenda-se (que os da província ocupam-se da necrologia e da propaganda ao poder (seja ele qual for), estavam virados para outro lado. Assim sendo, ou o PSD local sai do armário – e há animação – ou isto vai continuar com cadáveres adiados que andam a fingir-se de mortos há muitos anos lá pela Rua da Liberdade. Querem ver que a salvação do PSD Figueira ainda vai passar pelo homem do nevoeiro!.. 

E a agravar o problema, lá mais para o inverno – em Dezembro (passe a publicidade) – até sem sede vão ficar. 
Uma desgraça, nunca vem só.

Dez de Agosto alvo de ação de despejo das instalações onde está desde 1883 (com um interregno de 5 anos, entre 1950 e 1955)

Via Diário as Beiras
"A Sociedade Filarmónica Dez de Agosto (SFDA) está a contestar no tribunal uma ação de despejo, acionada pelo senhorio. 
Ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, este ano, por dificuldades de tesouraria, a centenária coletividade pagou rendas com atrasos de alguns dias e numa ocasião atrasou-se um mês, pagando duas de uma vez. Neste momento, não tem rendas em atraso. 

A ação de despejo da Dez de Agosto foi um dos temas abordados na última sessão da Assembleia Municipal do mandato, por iniciativa da CDU, que indagou o executivo camarário sobre o assunto. Deste, obteve a resposta de que estavam a decorrer conversações com a direção da SFDA, para se “tentar encontrar soluções”

Contactada pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a direção da coletividade, liderada por Sansão Coelho, adiantou que o processo está a decorrer em tribunal e que aguarda pelo resultado. No entanto, os dirigentes da SFDA mostram-se otimistas em relação ao desfecho do contencioso. O presidente da “Teimosa” espera, por outro lado, “que o novo executivo camarário (que será presidido por Pedo Santana Lopes) se envolva numa solução para este problema”
Fundada a 10 de agosto de 1880, a SFDA é uma das mais emblemáticas coletividades do concelho da Figueira da Foz. 
 Alcunhada de “Teimosa”, a associação tem entre os seus nomes históricos a atriz Maria Olguim (1898-1984), que ali iniciou a sua longa e bem-sucedida carreira na arte de representar. A Dez de Agosto desistiu da banda filarmónica no início do corrente século."

O eleitorado figueirense não podia ser mais claro e objectivo: estava fartinho de Carlos Monteiro

O sinal dado pelo eleitorado figueirense foi claríssimo: estava saturado de Carlos Monteiro.
Deu a vitória ao PS e a José Duarte na votação para a Assembleia Municipal. Deu a vitória ao PS em 11 das 14 catorze freguesias que o concelho tem. Derrotou Carlos Monteiro e uma  equipa de vereadores testada em 2 mandatos anteriores com maioria absoluta.
A autarquia figueirense era do PS há 12 anos. A derrota de Carlos Monteiro abre espaço à oposição interna no PS Figueira. A meu ver, Carlos Monteiro foi derrotado pelos do PS que não votaram no candidato do seu partido para a Câmara, por estarem fartos e desiludidos da sua prestação nestes dois últimos anos, depois que assumiu o cargo de presidente de câmara, em consequência da ida do falecido Dr. João Ataíde para o governo.

Contudo, as coisas não estão fáceis para a governação do concelho. 
Em muitas freguesias não existem maiorias. Pedro Santana Lopes, na Câmara, vai precisar de entendimentos com o PS ou com o PSD para governar.
A Figueira anda de novo nas bocas do mundo. E isso parece bastar, por agora, aos figueirenses. Mas não vai ser sempre assim.

As sondagens não falharam só em Lisboa. Também naquela que Santana Lopes prometeu que ia  transformar em “capital do mar”  falharam. 
As últimas apontavam mesmo uma maioria absoluta para o líder do movimento independente Figueira A Primeira (FAP). Contudo, foi preciso contar até aos últimos votos: Pedro Santana Lopes ganhou a câmara por  619 votos.
Santana ganhou, em 2021, a câmara da Figueira porque o candidato do PS derrotado foi Carlos Monteiro.

20 depois, a realidade é a realidade. O eleitorado figueirense foi claro e objectivo.
Deu a vitória na Assembleia Municipal e em 11 das 14 freguesias ao PS, mas para a Câmara proporcionou a  Santana Lopes cometer "uma proeza sem igual" ao ganhar a Carlos Monteiro e à sua equipa de vereadores que vinham de 2 maiorias absolutas. Santana Lopes está na Figueira. Por quantos anos: quatro, oito ou doze?

Crónica na ÓBVIA - EDIÇÃO Nº. 1

A ficção da realidade política figueirense em Setembro de 2021...

Na Figueira, em Setembro de 2021, a realidade conseguiu ultrapassar a ficção. 
A 17 dias da realização do acto eleitoral, a 9 de Setembro, havia duas candidaturas que ainda se debatiam com uma dúvida, certamente pertinente e preocupante para elas: vamos, ou não, a votos?
A candidatura "Figueira a Primeira" à Câmara da Figueira da Foz, liderada por Santana Lopes, foi validada pelo Tribunal Constitucional, que negou provimento ao recurso do PSD, nesse dia 9 de Setembro de 2021, a 17 dias da realização do acto eleitoral do próximo dia 26.
No mesmo acórdão, o TC julgou improcedente o recurso do partido Chega, que assim não conseguiu candidatar-se, na sequência de uma decisão do Tribunal da Figueira da Foz, conhecida em 24 de agosto.
Claro que não há termo de comparação entre estas duas candidaturas: a de Santana estava na corrida e havia a intenção de colocá-la fora; a do Chega estava fora, desde 24 de Agosto, e havia a intenção de colocá-la dentro da corrida.

Nesta crónica de ficção, imaginemos, entretanto, que já estamos a 27 de Setembro de 2021, no rescaldo das autárquicas.  A candidatura PSD, de Pedro Machado, levou uma sova, ou perde por pouco. 
A previsão sobre o que vai acontecer é fácil de decifrar: o presidente da concelhia do PSD Figueira fica em apuros. Provavelmente, surge o senhor que segue para tentar fazer renascer o PSD das cinzas, na Figueira. 
Deixo um palpite sobre um putativo nome: quiçá, o engenheiro António Albuquerque.
Como estamos num cenário de ficção, continuemos.  A candidatura PSD, de Pedro Machado ganha. As facas contra o presidente da concelhia permanecem afiadas, mas a aguardar a próxima oportunidade.
O que vale para o PSD, vale para o PS. Com uma nuance: os protagonistas serão outros. 
Em vez de Ricardo Silva e António Albuquerque, teremos Carlos Monteiro e, quiçá, João Portugal.

Nesta viagem ficcionada no tempo, recuemos a 10 de Setembro de 2021 (o último dia que a direcção da ÓBVIA me deu para apresentar a crónica). 
Constata-se o  renascer do mito Santana na Figueira. Quanto mais tentaram obstaculizar a sua ida às urnas, mais o "povo" o apoia. O "povo" não quer saber da dívida: fala é na "obra". Quem anda na rua e pelas aldeias do concelho vê a realidade. O "povo" diz "que a Figueira desde o Santana morreu e que ele tem de  continuar o seu «bom trabalho»"...
Blá, blá, blá, blá, blá, blá?.. Claro! E o resto, não são cantigas?..
O "povo" figueirense não deixa de ser uma amostra do "povo" português. Esse “povo” que, se for preciso, à frente de um microfone e de uma câmara, defende a pena de morte, a expulsão dos imigrantes ou a justiça popular. O mesmo “povo” que diz mal dos políticos mas que, logo a seguir, é capaz de se humilhar só para receber uma esferográfica desses políticos. O mesmo “povo” que critica o Estado e que, por tudo e por nada, se encosta ao poder. O mesmo “povo” que, quando espicaçado pela comunicação social, injuria “os poderosos” para, no dia seguinte, rastejar para receber uma qualquer migalha do prato do “Sr. Doutor” ou do “Sr. Engenheiro”.
Confesso: é deste “povo” que eu tenho medo...

O que esperar, pois, em 20 de Setembro de 2021, data em que se comemoram os 139 anos da passagem da Figueira da Foz a cidade, com uma eleição autárquica à porta?
Desde há décadas, que o bom "povo" figueirense prefere a ficção à realidade. 
Não vai ser diferente no dia 26 de Setembro de 2021.
Como está provado, nada resolve. 
O "povo" prefere continuar a acreditar na história da carochinha. 
Para quê, portanto, em 2021, acordar e estragar o "sonho"? 
(OBVIAmente, qualquer semelhança que esta crónica possa vir a ter com a realidade figueirense a partir de 26 de Setembro próximo, será apenas mera coincidência.) 

Dr. Santana Lopes: parabéns pela vitória e venha lá o cumprimento da primeira promessa...

“É a vida”, disse Santana no entusiasmo da vitória. Mas, não só. 
Nestas eleições também aconteceram ajudas. Primeiro foi o PSD. Quase a terminar a campanha autárquicas 2021, foi o PS. Pelo meio, o BE deu uma ajuda...
Dr. Santana Lopes não pode ser ingrato: a estratégia seguida para atacar a sua candidatura, nas autárquicas 2021 na Figueira, serviu os seus interesses eleitorais.
Dr. Santana Lopes: sem lhe tentar retirar sequer uma milésima do mérito pessoal que teve nesta vitória, toda esta atenção que lhe foi "oferecida" pelo PSD, PS e BE, teve o efeito de o tornar numa vítima e num candidato credível e vencedor!..
Isto, sem falar claro, dessa figura menor da política que é o presidente da câmara derrotado. 

O PS ganhou a votação para Assembleia Municipal e em 11 das 14 catorze  freguesias e Carlos Monteiro (e a sua equipa de vereadores) perdeu o concelho da Figueira da Foz.
Que me lembre, nunca um presidente de câmara desiludiu tão depressa. Carlos Monteiro, em Abril de 2019, surgiu como presidente de Câmara, como um produto do acaso. 
Carlos Monteiro, em 2021,  representa na política figueirense a primeira figura  que tutelava a não política, as não posições definidas e objectivas, a demagogia e o explorar das emoções mais básicas do pequeno mundo do PS Figueira e do eleitorado concelhio. 
Mas, como promover  a discussão séria, consequente e frontal de ideias e projectos para a Figueira, se os políticos em exercício de 2017 a 2021, salvo raríssimas excepções, nem oposição tinham feito?..

Santana Lopes regressa 24 anos depois. Agora, venha de lá o cumprimento da primeira promessa“A primeira coisa que, se for eleito, vou fazer é uma auditoria ao processo da dívida da câmara, com a participação da oposição. Aliás, até a deste mandato, que está a acabar, que vai ser interessante”.
Uma “proeza sem igual”. Foi assim que Pedro Santana Lopes reagiu à vitória na Figueira da Foz. Reconquistou a Câmara, em 2021, levando a melhor sobre os adversários, com destaque para Carlos Monteiro, do PS, que detinha a Autarquia, e Pedro Machado, que concorreu pelo PSD, o seu anterior partido. 
Santana Lopes, que se candidatou pelo movimento “Figueira A Primeira”, conseguiu ganhar “contra todas as tropelias, armadilhas, impugnações e contra os partidos grandes”Foi “uma proeza sem igual”, disse, à chegada ao hotel Sweet. Na “vida da Figueira, estamos a fazer história e a contribuir para fortalecer a democracia”, referiu ainda, explicando que já esteve nos “três lados: partido grande, partido pequeno e movimento” e “tudo faz falta à democracia. Hoje em dia sei, como nunca soube, o que os partidos grandes instalados fazem aos pequenos e independentes. É muito difícil concorrer sendo independente”. 
Os resultados, acrescentou ainda, mostram que “muitos PSD preferiam que fosse eu o candidato”
Quando chegar à Câmara, Santana Lopes irá visitar o porto, autoridades marítimas e bombeiros sapadores. Depois realizará uma “auditoria”, como medida de “funcionamento dos serviços” e com a “participação da Oposição”, “não como um instrumento para atirar à cara seja de quem for”.

Presidente da Comissão Política do CDS - Partido Popular da Figueira da Foz apresentou demissão

COMUNICADO de Miguel Mattos Chaves
"Em primeiro lugar os meus Parabéns ao Dr. Santana Lopes pela sua Vitória nas Eleições de hoje. 
Em segundo lugar quero agradecer aos dirigentes Concelhios do CDS da Figueira da Foz e a todos aqueles que em nós votaram. 
Por último, anuncio que hoje mesmo pedirei a minha Demissão de Presidente da Comissão Política do CDS - Partido Popular da Figueira da Foz. 
Apesar de viver em Lisboa, foi para mim uma honra ter aceite há 4 anos o desafio dos militantes do meu partido, da Figueira da Foz, para trabalhar politicamente para bem do Concelho e da sua população. Mas os resultados foram o que foram e tenho que tirar daí as devidas consequências políticas. 
A Todos os que gostam da Figueira da Foz, desejo as maiores felicidades."

domingo, 26 de setembro de 2021

OUTRA MARGEM SÓ TRABALHA COM EMPRESAS DE SONDAGENS INFALÍVEIS: CARLOS MONTEIRO FOI O «BREVE»...

SANTANA LOPES É O PRÓXIMO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ...
Foto: PEDRO AGOSTINHO CRUZ
CARLOS MONTEIRO, «O BREVE», É UM PERDEDOR NATO: NUNCA CONSEGUIU GANHAR UMA ELEIÇÃO AUTÁRQUICA COMO "CABEÇA-DE-LISTA". "liderança acidental" da câmara da Figueira, foi uma oportunidade que caiu no regaço de Carlos Monteiro em Abril de 2019. 
Em 2021, quem decidiu o futuro político de Carlos Monteiro foi o patrão: o povo. 
Foto de PEDRO AGOSTINHO CRUZ

Vamos aguardar o futuro. Santana, perante a realidade destas autárquicas 2021, na Figueira, pode ter acabado por ter sido o "mal menor".  Santana já não é o mesmo de 1997. Está mais experiente, mas, também, mais maduro e menos jovem. Vamos ver no que isto vai dar nos próximos 4 anos...

"Contra os “superpoderes” dos presidentes das câmaras, falta cidadania"

António Cândido de Oliveira Especialista em poder local defende que se deveriam aproveitar os próximos quatro anos para fazer uma “quase-revolução” e melhorar a participação dos cidadãos no poder local. 
Numa entrevista hoje publicada pelo jornal Público, afirma que  “a vivência da democracia local começa no dia a seguir ao das eleições. A democracia local só o é quando for uma relação viva e permanente entre eleitores e eleitos. Se não percebermos que a democracia local é o poder dos eleitores e não de um poder que se esgota no dia das eleições, não temos a percepção do que é a democracia local. Temos agora um tempo óptimo para fazer uma quase-revolução a nível local, que seria levar os cidadãos a interessarem-se mesmo pela vida do seu município e da sua freguesia. O que eu mais desejava era que, neste período entre 2021-2025, se fizesse essa revolução com vista à consciencialização da democracia local e as alterações legislativas necessárias. Há tanta coisa a fazer no aprofundamento da democracia!

Hoje, é dia de eleições

O verdadeiro programa eleitoral destas autárquicas 2021, na Figueira, chama-se «A Magnífica Ilusão».
Está lá tudo que explica o que se passa na Figueira: o diagnóstico; as causas; e a falta das soluções.

sábado, 25 de setembro de 2021

A falta de mais casas banho nas habitações e a sua relação com o problema demográfico na Figueira

Hoje, estamos em período reflexão. 
Confesso, com toda a humildade, que não conheço muito bem as disposições legais sobre esta coisa espantosa a que alguém deu o nome de período de reflexão.
Por conseguinte, no dia de hoje, todo o cuidado é pouco.
Vamos lá ver se os dedos neste escrito não violam nenhuma disposição legal. 
Ainda que a medo, avancemos.

A demografia é um tema que preocupa muita gente. 
E com razão. Porém, como estamos em período de reflexão, não vou, sequer,  referir a falta que uma maternidade faz na Figueira desde que o bloco de partos do Hospital Distrital encerrou a partir das 00h00 do dia 4 de Novembro de 2006.  Penso, portanto, não violar nenhuma disposição legal, se escrever sobre o drama das famílias numerosas com uma única casa de banho na habitação.

É certo que famílias numerosas cada vez há menos. 
Daí, termos um problema demográfico no nosso concelho.
Em casas com uma só casa de banho, bastam 3 pessoas para parecer uma multidão quando há pressa! 
As necessidades de uma higiene mais apurada têm aumentado com o rodar dos anos. 
Embora espaços com meia dúzia de assoalhadas e uma única casa de banho, já não tenham permissão para construção - a lei não o permitiria -, o problema existe: um T2 obriga apenas a uma casa de banho. 

Acredito que para famílias que desejam ter mais filhos na Figueira, pior do que o problema da falta da maternidade, a impossibilidade de ter outra casa de banho, a meu ver, constitui, esse sim, o factor de grande inibição. 
E sem referir, pois hoje estamos em período de reflexão, a quantidade de divórcios que a falta de mais uma casa de banho numa casa, já deve ter originado.
Sem ir muito longe, nem ser muito profundo na reflexão, pois, volto a confessar com toda a humildade, que não conheço muito bem as disposições legais sobre esta coisa espantosa a que alguém deu o nome de período de reflexão (portanto, neste dia temos de ter cuidado com o que escrevemos...), vinco que o problema da falta de casas de banho suficientes nas habitações é um dos “dramas” do nosso tempo.
Mais: está na base de algumas questões pertinentes da nossa sociedade, nomeadamente, o elevado número de divórcios e a problemática da perda de habitantes no nosso concelho. 
No fundo, a higiene tem a ver com tudo...
Mas, hoje, como não é dia para falar de política, ficamos por aqui nesta reflexão. 
Hoje, é o dia a que alguém se lembrou de denominar de "dia de reflexão".
Mas, silenciosa e introspectiva.

Em dia de reflexão, porque não refletir?

 
A todos aqueles que não nasceram sob o signo de Saturno, mas, no mínimo circunstancialmente o desejariam, acreditem: a astrologia mais do que um logro é uma intrujice.
Não sendo, como não sou, muito versado em nada, muito menos nessa coisa dos signos, sei que a posição de Saturno no mapa astral, para quem acredita, é um indicador de como pode enfrentar as dificuldades, encontrar soluções para problemas que surgem e, ainda, como lidar com as frustrações e com os deveres. 
Saturno é o planeta que constrói o que é durável, que nos faz crescer através das experiências, que nos testa e nos faz mais fortes e resilientes. 
Com Saturno, aprendemos a conhecer limites, a cultivar a disciplina, acolher a realidade e a confiar na sabedoria do tempo. 
Como não acredito na peta da astrologia, acredito que o homem não nasce arrogante: faz-se. 
Aliás, como se pode tornar, estúpido, burro ou sorumbático. 
Eventualmente, pode nascer tímido. 
Nasce é feio. 
Contudo, é o isolamento a que o condenam esses e outros defeitos que o adestram à solidão e lhe temperam a alma. 
Assim como na Natureza não existe o vácuo absoluto, apenas a rarefacção extrema, nenhum ser humano deseja absolutamente a solidão. A par de qualquer fantasia solitária está sempre alguém dentro de nós. 
A essa sociabilidade, digamos assim, residual, corresponde a porção mínima de companhia que cabe até aos que não a procuram. 
E se, ainda assim, dessa convivência excrescer algum desengano, tornamos à solidão e escavamos um lago num dia para ocupar o corpo até calar a alma.
E o que resta?
Uma cicatriz que não temos medo de mostrar: foi uma ferida que não nos matou. 
E o que não nos mata, torna-nos mais fortes e resilientes.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Deem utilidade ao dia de reflexão

Os figueirenses têm o dia de amanhã para no recato das suas vidinhas pensarem.
Se se confirmarem as sondagens, 50%, ou mais, não vão votar.
Portanto, o vencedor está encontrado: a abstenção.
Foto: Pedro Agostinho Cruz via Dez & 10

A maioria irá justificar a sua apatia com a falta de crédito dos políticos! 
Durante as campanhas eleitorais as promessas são o prato forte dos programas eleitorais.
Alcançado o poder, ficam na gaveta resguardadas da luz do dia, porque todos sabem que não serão postas em prática. 
Alguns irão acreditar que votar é um dever!
E vão votar contra aquilo que acham negativo na sociedade figueirense e a forma de o mostrar é votar. Porque existem votos para esse fim, é só exercer esse direito.

Amanhã é dia de reflexão! Para todos os indecisos, que estão a pensar o sentido do voto.

Amanhã é dia de reflexão! Mesmo para aqueles que persistirem a dar o seu voto ao partido do costume.
Sabem que o partido continua a ter o seu voto de confiança. E como tal irão oferecer o voto. É só um! Mas com um se ganha, sem um se perde.

Amanhã é dia de reflexão! Para todos aqueles que irão mudar a tendência do seu voto.
Muitos irão faze-lo pela primeira vez. Outros irão retornar ao partido de há quatro anos. Porque as expectativas, com a mudança na busca de uma política mais virada para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses saíram defraudadas.

Amanhã é dia reflexão! Uma reflexão já com um só sentido. O sentido da penalização deste executivo. 

OUTRA MARGEM SÓ TRABALHA COM EMPRESAS DE SONDAGENS QUE NUNCA ERRAM... QUE O MESMO É DIZER: INFALÍVEIS.

"Na próxima segunda-feira, logo pela manhã, OUTRA MARGEM garante  que publica a única sondagem cuja margem de erro será de ZERO POR CENTO."

Na postagem desta manhã, por lapso, ficou por saber a empresa de sondagens, que nunca erra e nunca tem dúvidas.

Ei-la.  


Santana agradece...

Passaram a campanha focados na candidatura de Santana Lopes.
Primeiro foi o PSD. Agora, como podemos ver pela notícia publicada pelo Diário as Beiras, a terminar a campanha autárquicas 2021, é o PS. Pelo meio, o BE deu uma ajuda...
Domingo, ao princípio da noite, vamos ver se a estratégia seguida para atacar a candidatura de Santana Lopes, nas autárquicas 2021 na Figueira, não serviu os seus interesses eleitorais.
Vamos ver se Santana, no rescaldo, não vai não ficar com um sorriso de orelha a orelha.
Como diz o povo: "quem ri no fim, é quem ri melhor".

Autárquicas 2021 na Figueira: sondagens

Via Expresso:
"A avaliar pelas sondagens, na Figueira da Foz, o PS pode perder para Santana Lopes, agora como independente".

Na próxima segunda-feira, logo pela manhã, OUTRA MARGEM garante  que publica a única sondagem cuja margem de erro será de ZERO POR CENTO.

Notícias falsas, que acabam por ter influência junto do eleitorado

 Via Jornal Público

Como é sabido nas autárquicas 2021, na Figueira, não são três, mas SEIS as forças políticas que disputam o acto eleitoral.
A saber: PS, PSD, Figueira a Primeira, CDS, BE e CDU.

Manuel António Pina, um autor “singular”

"O mínimo que nos é exigível é o máximo que somos capazes de fazer".

Manuel António Pina, um dos mais destacados poetas, cronistas e autor de livros ‘chamados’ de literatura infanto-juvenil das últimas décadas, Prémio Camões em 2011. 

A biografia do escritor, “Uma vida de palavras” vai estar disponível em breve. 

Via Jornal de Letras

Autárquicas 2021 na Figueira: a virtude do debate de ontem à noite

Antes do mais, um ponto prévio. Anda por aí muita gente "zangada comigo". Nada que já não soubesse. Temos pena, mas este estado de coisas está para durar. Como escreveu Paulo Francis.
Vamos ao debate realizado ontem à noite no Casino Figueira.
Não tendo sido nada de particularmente entusiasmante, foi oportuno e esclarecedor.
Sobretudo, deu par colocar em primeiro plano a crise figueirense.
Mais e melhor ainda: deixou a nu a complexidade da crise e do momento e ponto político em que se encontra o concelho, mostrando que a Figueira vai "continuar a definhar" e que este estado  de anomia vai ser demorado e, portanto, perigoso. 
Enquanto os “optimistas profissionais” não entenderem algumas coisas, nada vai mudar. A meu ver, entre muitas outras coisas, o seguinte:
1. que o mal não é o pessimismo, mas a estagnação e o atraso; 
2. que o mal não é a desconfiança, mas os embustes criados por ficções políticas constantes e continuadas; 
3. que o mal não é a descrença, mas a incompetência já amplamente demonstrada por quem tem governado a autarquia figueirense; 
4. que o mal não é a falta de desenvolvimento, mas a permanência no poder de quem o tem bloqueado; 
5. que o mal não são os problemas do mundo ou de Portugal, mas a incapacidade figueirense para lutar para vencer os nossos próprios problemas -  e são muitos.
6. Só começaremos a dar a volta a isto, quando os figueirenses tomarem consciência do estado a que a Figueira chegou.
7. Para isso é preciso coragem. Desde logo, dizer a verdade e não propagandear histórias de ficção.

A crise da Figueira, em 2021, é, antes de tudo, anímica e política. 
O concelho vive há quase 5 décadas dominado por um clientelismo que tudo tem triturado e devorado. O objectivo é a “ocupação” do poder autárquico. 
Numa cidade e num concelho com falta de saídas profissionais para os jovens - o problema demográfico existente é elucidativo -  praticamente só a ocupação do poder autárquico permite o acesso a tantos empregos, a tantas oportunidades de conseguir "tachos" e tantos jogos de influência. 
Tirando os 12 anos de hegemonia do PSD - de 1997 a 2009 -, na Figueira o PS tem governado e repartido os lugares pela sua clientela.
Nestas eleições, no fundamental, é isso que está em causa para este PS de Carlos Monteiro.
Os outros partidos - tirando os tais 12 anos de PSD, que fez o mesmo que o PS tem feito desde a década de 80 do século passado  -  sem horizontes próximos de assunção de responsabilidades, limitam-se a constatar por parte do poder autárquico, aquilo que com a minha conhecida bonomia classificaria como  a inexistência de  capacidade  para realizar  (ou para dar para a realizar) obra, o que demonstra uma confrangedora e ingénua incompetência e um latente equívoco sobre as prioridades. 

Por isso mesmo, o debate de ontem à noite, foi oportuno e esclarecedor. Em 2021, na Figueira, a poucos dias de umas eleições autárquicas, fora do arrivismo, da fantasia ou do sofisma, vai-se reduzindo perigosamente o espaço para a verdade e para a acção política séria. Citando Séneca: "Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável."
A democracia, assim, é um engano e em breve teremos mais uma terrível desilusão. Há quase 50 anos que temos para usar a "arma do povo" - O VOTO - e não saímos disto: o clientelismo partidário encontra um aliado decisivo no “partido do poder”. Sem "poder", não há votos suficientes. Sem votos não há “ocupação do poder”. Sem "ocupação do poder" não há distribuição de benesses. 
Como sair disto em 2021: com Santana Lopes?
Na minha opinião - mas é só a minha opinião e vale o que vale - tenho dúvidas.
E, como diria o outro: "raramente me engano".

Para quem pretenda ver, ou rever, o vídeo com a devida vénia aos seus promotores fica aqui. Também, para memória futura.

Autárquicas 2021 na Figueira: coisas realmente importantes para os figueirenses, que têm andado desaparecidas da campanha...

"O tarifário da água no concelho da Figueira da Foz"

 ... esta, é uma série que já vem longe...

Mas que, curiosamente, tem andado arredada da campanha autárquicas 2021.
Hoje, via As Beiras, que cita declarações prestadas à agência Lusa por Bernardo Reis,  a CDU Figueira traz o assunto à colacção.
Os figueirenses ficaram a perder com a privatização da água.
Registe-se: "Foi o Partido Socialista quem privatizou os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento." Todavia, recorde-se, é também "verdade que o contrato de concessão foi assinado em 29 Março de 1999, já na gestão do PSD", já no consulado de Santana Lopes.
Os protagonistas principais têm sido mais ou menos os mesmos ao longo do tempo. Só que, quando estão no poder têm uma opinião. Quando estão na oposição, mudam de opinião. Recuemos a 2005. Na altura, o "protesto contra o preço da água na Figueira da Foz começou com pouca adesão"A coisa foi crescendo e uns dias depois o protesto engrossou. O PCP, entendia que a "água é um bem que não deve ser tratado unicamente como fonte de lucro" e que a autarquia da Figueira "está a prejudicar os interesses dos cidadãos ao entregar este tipo de serviços lucrativos a clientelas"Em declarações ao PÚBLICO, o vereador com o pelouro das Águas e Saneamento, Ricardo Silva, defendia que a autarquia da Figueira "explicou tudo o que tinha a explicar na devida altura", não compreendendo, por isso, a "oportunidade" dos protestos. Na petição, dirigida ao presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Duarte Silva, os subscritores exigem esclarecimentos sobre a renegociação dos preços da água acordados, em Dezembro de 2004, entre a autarquia e a empresa municipal Águas da Figueira. "Em reunião de câmara, foi aprovado um aumento de sete por cento, mas os aumentos nas facturas situam-se entre os 26 e os 44 por cento", referiu Carlos Monteiro, um dos promotores da iniciativa, em declarações à agência Lusa. O vereador Ricardo Silva argumenta que o executivo camarário "aprovou, de facto, aumentos de sete por cento, mas apenas no preço da água", não estando incluído nesse valor a tarifa de disponibilidade que entrou em vigor juntamente com os novos preços da água, e que encareceu ainda mais a factura dos consumidores.
Segundo informações cedidas pela empresa Águas da Figueira, a tarifa de disponibilidade é uma taxa fixa paga pelos utilizadores, independentemente do seu consumo, que "substitui o aluguer do contador", além de permitir "repartir de forma equilibrada os custos de investimento e manutenção das redes de abastecimento e saneamento". O movimento cívico que apresentou a petição tem argumentado que a tarifa de disponibilidade não é mais do que "um consumo mínimo encapotado", defendendo, por isso, a sua ilegalidade.
No texto da petição, os subscritores invocam ainda o direito de saber "quais as razões que presidiram à eventual renegociação", e ainda se estão previstos mais aumentos para os próximos anos e em que percentagens para os vários tarifários. O vereador Ricardo Silva "não compreende estas dúvidas", afirmando que a Câmara Municipal da Figueira "já justificou os aumentos com a necessidade de proceder à modernização das estruturas de abastecimento de água e saneamento", confirmando ainda que estão previstos novos aumentos para 2007 e 2010.
Durante a entrega da petição, Carlos Monteiro considerou os preços de água na Figueira da Foz como "escandalosos", adiantando que, legalmente, o presidente da autarquia, Duarte Silva, tem um prazo de dez dias úteis para responder à petição.
Desde que os preços da água aumentaram, em Janeiro de 2005, as acções de protesto não têm parado. O mesmo movimento que entregou ontem a petição, avançou, no início deste mês, com uma providência cautelar entregue no Tribunal da Figueira, com o intuito de suspender os aumentos dos preços da água. Sensivelmente na mesma altura, três blogs na Internet começaram a apelar aos consumidores para remeterem a Duarte Silva a cópia da última factura paga à Águas da Figueira."
Nota: em 2005 ainda não existia o blogue OUTRA MARGEM (foi fundado a 25 de Abril de 2006).

Nas últimas eleições autárquicas, que se realizaram em Outubro de 2017, a água foi tema de campanha eleitoral... Numa reunião realizada nas Águas da Figueira S.A., no dia 31 de Agosto de 2017, o Dr. Carlos Tenreiro, na companhia do Dr.Miguel Babo, foram amavelmente recebidos pelo Eng. João Damasceno. 
Na altura, para continuar "as rondas de negociação e o estudo e preparação do plano para a redução do tarifário da água."
Na altura, estávamos em campanha eleitoral... 
A ronda de negociações teve resultados?

Ricardo Silva, número dois na lista de Pedro Machado nestas autárquicas, numa conferência de imprensa, realizada no dia 21 de Novembro de 2018, foi explícito: “a Águas da Figueira não está a cumprir o serviço público”. 
Registe-se: "Foi o Partido Socialista quem privatizou os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento." Todavia, recorde-se, é também "verdade que o contrato de concessão foi assinado em 29 Março de 1999, já na gestão do PSD", já no consulado de Santana Lopes.
A desculpa foi a seguinte: "porque se entendeu que se devia dar preferência aos investimentos no saneamento, em prejuízo da renovação da rede de abastecimento de água, para mais rapidamente poder levar, nomeadamente às freguesias rurais, o saneamento básico que estas não tinham!"

Segundo o PSD/Figueira, "no período compreendido entre 1999 e 2004 foram investidos cerca de 30 milhões de euros!
No mesmo período, foram construídas 9 Etar´s, 70 estações elevatórias, cerca de 200 km de redes de emissários e colectores!"

Ou seja, "o dobro do que existia até 1999!".

Recorde-se, em abono da verdade. A revisão do contrato de 2012 teve o voto favorável dos vereadores do PSD, do PS e dos 100%. Mais uma vez, o centrão funcionou no seu pior... 

Fazer coincidir o anúncio da medida por se estar a meia dúzia de dias do acto eleitoral!.. Mas alguém iria pensar isso?..

Via Diário as Beiras 
«O líder do executivo camarário - e candidato do PS à presidência câmara - rejeitou que tivesse feito coincidir o anúncio do acordo com a campanha eleitoral. 
“Este é um processo que anda a decorrer há mais de um ano, que foi iniciado por nós e eu achava da maior justiça ser encerrado por nós”, defendeu Carlos Monteiro.»

Autárquicas 2021 na Figueira, virou conto de fadas?..

Via Carlos Monteiro - Figueira, mais qualidade de vida

- Travessia de barco elétrico entre a Figueira e o Cabedelo – Barco em construção

Chegados aqui, justifica-se uma reflexão serena. Campanha sem promessas não dá votos, costuma dizer-se.

A verdade, porém, é que outros compromissos feitos em campanhas eleitorais, não se cumpriram. Lembram-se da Aldeia do Mar? Quem nessa altura fez promessas sabia muito bem que assim ia acontecer. Perante esta realidade, parece que o mais importante é reflectir sobre o que se promete e o seu interesse para o conjunto da comunidade.

De quem se propõe governar, espera-se sempre e muito legitimamente, um testemunho de sensatez, de verdade, de respeito pelo eleitorado e pelos outros candidatos.

Uma campanha eleitoral é, normalmente, um espectáculo desagradável e nada edificante, pelo que se diz e pelo que se promete. Contados os votos, lá vêm palavras de felicitação com sorrisos de circunstância, mas, para trás, ficaram feridas difíceis de curar e lama difícil de limpar.

Vêm, depois, as promessas para cumprir. E o povo? Pelo que vamos vendo, conta pouco, ou conta cada vez menos. O que realmente conta é o "arrebanhar" do seu voto.