sexta-feira, 31 de julho de 2015

As perguntas são sempre mais importantes do que as respostas

foto PAC . Ponto de Acesso à Cultura
As pessoas que têm muitas certezas estão sempre a tentar mudar os outros, enquanto que as que não têm tantas certezas, procuram transformar-se a si mesmas.
Mera coincidência ou talvez não. Ontem à noite PAC (Ponto de acesso à cultura) e PAC (Pedro Agostinho Cruz) falaram sobre arte.
O fotojornalista Pedro Agostinho Cruz foi o convidado de mais uma edição do «PAC», espaço tertuliano que pretende, até 15 de agosto, “agitar o pulsar cultural figueirense”.
Sete meses, sete imagens. Foi este o convite prontamente respondido por muitos que quiseram partilhar a conversa que surgiu de forma natural e informal. Momentos captados em Lisboa, Nazaré e Figueira da Foz figuram entre as sete imagens ali apresentadas.
Aconteceu no Hotel Wellington, ontem à noite, a revelação do segredo do fotógrafo Pedro Agostinho Cruz: “Pensar, ver e sentir”.
176,98 € foi a verba apurada com os donativos do «Alerta Costeiro», o que permitirá levar por diante as intenções do fotojornalista figueirense.
Em estreita ligação com o Núcleo Regional de Coimbra da QUERCUS, a plantação dos pinheiros deverá realizar-se a 23 de novembro próximo (Dia da Floresta).
Em tempo.
No decorrer da Tertúlia de ontem à noite, houve apenas uma pergunta que ficou por responder por parte do Pedro Agostinho Cruz.
Foi a seguinte e foi colocada por mim: com tanta coisa interessante para fazer na vida porque que é que um jovem decidiu cerca dos 20 anos que a sua vida seria a fotografia?
O Pedro pensou e respondeu simplesmente: “não sei”
Penso que acabei de encontrar a resposta.
Sendo um grande e já reconhecido profissional na arte, o Pedro continua o que sempre foi: um fotógrafo amador.
Isto é: continua a fotografar por prazer e amor à arte.
Tenho o privilégio de conhecer esta sua faceta há bastante tempo…

Destruídos 210 mil empregos em 4 anos de legislatura

Foram destruídos 210,4 mil empregos em precisamente quatro anos de legislatura PSD-CDS, indicam as séries longas do Instituto Nacional de Estatística divulgadas esta quinta-feira.

Esta quinta-feira, o porta-voz do PSD, Marco António Costa, quase pintou um quadro idílico ao tentar fazer um diagnóstico de fim de legislatura em relação ao mercado de trabalho em Portugal. 
Citado pela Lusa, o ex-governante, entretanto remodelado por Passos Coelho, acenou que "a verdade dos factos comprova que, face a junho de 2011, primeiro mês de governação do actual Governo da maioria", houve "uma redução efectiva do número absoluto de desempregados em Portugal". E relevou que "face aos 661 mil existentes em junho de 2011, temos hoje em junho de 2015 636 mil. Isto é, temos uma redução superior a 20 mil desempregados".
Via Jornal de Notícias
Em tempo.
A fronteira esbatida entre desemprego e precariedade serve apenas para lançar um manto de nevoeiro sobre a verdadeira dimensão da realidade laboral no nosso País.
Passos Coelho, Marco António Costa, Mota Soares, Paulo Portas, etc.,  fazem, há muito, da demagogia e da mentira a sua acção quase exclusiva no dia a dia.
Pode-se descer sempre um pouco mais baixo, mas o processo nunca consegue chegar para defender o indefensável.
Entretanto, a realidade cifra-se em milhões de vidas num limbo entre o desemprego de longa duração e os contratos precários mal pagos e de curto prazo.
Como interpretá-lo varia muito: podemos contabilizar, além dos desempregados “oficiais”, os inactivos desencorajados e os activos migrantes, introduzindo, a dimensão de uma emigração histórica, resultado das políticas catastróficas do Governo, e chegamos a uma taxa de cerca de  25% de desemprego real.
Aquilo que nós sabemos é que a realidade duplica os números oficiais do desemprego em Portugal.
A confusão lançada na discussão sobre quais os números reais do desemprego não consegue  esconder a realidade por mais demagogia e mentira que se atirem aos olhos dos portugueses: quem é precário, só tem desemprego pela frente; e quem está desempregado pode esperar, no máximo, uma das múltiplas formas de precariedade.
A realidade fala por si: mais de 2 milhões e meio de pessoas são precárias ou desempregadas, metade da população activa.
Quem leu o Capital de Karl Marx sabe o que isto quer dizer: para a sobrevivência do capitalismo é necessário um enorme exército de desempregados para baixar o preço de custo do trabalho.

Futebol distrital

Para ficar a saber o calendário do futebol sénior do GRUPO DESPORTIVO COVA-GALA para 2015/2016 basta clicar aqui.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

"25 de Abril, sempre, fascismo nunca mais!.."


Passos reivindica herança de Abril no programa da coligação para o Estado Social. 
Pisca o olho à maioria absoluta e puxa pelo discurso do medo: 
“As empresas de rating estão à espera do resultado das eleições”.

Em tempo.
De pé, ó vitimas da fome!... 
O PSD também é dos pobres!..
Daqueles que gostam de ficar cada vez mais pobres...

O voto em Liberdade e Democracia

Portugal, final de julho de 2015: em 4 de Outubro próximo os portugueses vão travar mais um combate político em democracia.
A campanha eleitoral em curso vai ser suja e descarada. 
Quando o que precisamos é de confrontar ideias - dispensamos a demagogia e a propaganda - reparem no cartaz. Não passa de um truque retórico fácil de desmontar: um avô,  a quem cortaram na pensão; os netos, a quem comprometeram o futuro. Todos com caras de felicidade!
Isto vai aquecer. E a ventoinha vai continuar a trabalhar…
Fica, desde já, este alerta para se abrigarem: na página 35 do programa da coligação PSD-CDS consta a proposta de privatização da Segurança Social.

Em Portugal, durante 48 anos, vigorou uma ditadura.
Sejamos claros e concisos. Em 24 de Abril de 1974, o governo de Marcelo Caetano não autorizava a existência de partidos políticos, muito menos opiniões discordantes da ditadura em que Portugal vivia e que Salazar baptizou de Estado Novo.
Havia censura: os jornais, os livros, o cinema e o teatro eram visados por censores que proibiam as palavras que não agradavam ao regime. Muitos escritores, jornalistas, cantores e músicos eram proibidos de divulgar as suas obras. 
Havia PIDE, a Polícia Internacional de Defesa do Estado: existia para perseguir, vigiar, prender e torturar todas as pessoas que tinham opiniões diferentes das do governo. Muitos antifascistas foram assassinados pela PIDE. 
Havia as prisões da ditadura: os opositores ao Estado Novo eram presos em prisões como as de Peniche e Caxias, onde permaneciam em péssimas condições e eram torturados, só pelo facto de não concordarem com o regime. 
Havia o exílio: muitos portugueses foram obrigados a emigrar para não serem presos ou por recusarem ir combater na injusta guerra colonial. Nos países de exílio, continuaram a sua luta contra a ditadura. 
Havia a Mocidade Portuguesa: os jovens, a partir dos sete anos, eram obrigados a pertencer a esta organização militarista de juventude, que exigia que andassem fardados, marchassem como soldados e fizessem uma saudação muito parecida com a nazi. 
Havia a guerra colonial: os territórios de Angola, Guiné e Moçambique, para alcançarem a sua liberdade, foram obrigados a fazer guerra a Portugal. Em consequência, morreram milhares de africanos e portugueses em África. 
Havia o poder autoritário: quem nomeava os presidentes das Câmaras Municipais e das Juntas de Freguesia eram os governantes, que não ouviam a opinião das populações nem tinham que cumprir um programa de acção. 

Durante 48 anos, algumas gerações de portugueses foram enganados por simulacros de eleições.
Contudo, sempre houve Resistência: como estavam proibidos os partidos políticos, lutava-se na clandestinidade pela liberdade. 
A Oposição Democrática participou em eleições, mas os resultados foram falseados e os candidatos presos. 
Apenas a seguir ao 25 de Abril de 1974 se realizaram eleições livres e democráticas. Registe-se, que mesmo na primeira República o sufrágio universal em pleno havia sido limitado - por exemplo, no acesso ao voto pelas mulheres.
O voto, em Liberdade e Democracia, só tem sentido no respeito sagrado pelo sentido do voto de todos e de cada um.
Votar é, antes do mais, uma enorme responsabilidade de cada um de nós.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

PAC . Ponto de Acesso à Cultura‎ - TERTÚLIA COM PEDRO AGOSTINHO CRUZ

Quinta Feira, 30 de julho, o fotógrafo  Pedro Agostinho Cruz vai estar no Hotel Wellington, às 21.30 numa conversa informal que o festival artístico, PAC - Ponto de Acesso à Cultura, chama de Tertúlia. 
Vai falar um bocadinho do seu trabalho, motivações, projectos, entre outras coisas (que até podem ser novidades)
A tertúlia será aquilo que vocês quiserem!.. O artista conta com a vossa presença. E promete responder a perguntas difíceis!.. 
Sintam-se convidados.

Para formar opinião é preciso informação…

Sabia que a produtividade por trabalhador nacional passou de 28% da média europeia em 1986 para 64% em 2013? 
E que desde 2001/02, enquanto o número médio de filhos por mulher em idade fértil subiu quase 10% na UE, em Portugal caiu mais de 10%? 
E ainda que a crise económica e financeira inverteu a tendência de Portugal na aproximação ao mais reduzido horário de trabalho europeu? 
Se em 2009 os trabalhadores portugueses trabalhavam em média mais uma hora que os seus congéneres europeus, em 2013 essa diferença já era superior a duas horas. 
Estas e outras revelações encontram-se trabalhadas
e publicadas no livro coordenado por Augusto Mateus “Três décadas de Portugal europeu – balanços e perspectivas” publicado este mês pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, disponível gratuitamente na internet.

Em tempo.
Via eng. Daniel Santos, na crónica Curiosidades, hoje publicada no jornal AS BEIRAS.

Ricos e pobres...

Os ricos têm angústias, os pobres inquietações.
Um cidadão vulgar, na situação de Ricardo Salgado estaria em prisão domiciliária.
Para o Conselho Superior da Magistratura  Ricardo Salgado não está em prisão domiciliária,  está “confinado à sua residência e respectivos logradouros”.
O azar dos gregos, foi terem Tsipras como primeiro-ministro e este não pertencer à"raça de homens que paga o que deve", como, por exemplo,  o "nosso" primeiro. Evidentemente, salvo um ou outro “lapso”...
Os ricos sabem que podem comprar quase tudo com dinheiro. Os pobres pensam que dinheiro compra tudo. E, assim, o dinheiro vai mandando…
A única coisa que os pobres continuam a ter em Portugal,  é a razão: "é cada vez maior o fosso entre os mais ricos e os mais pobres em Portugal. Há cinco anos que não pára de aumentar a desigualdade na distribuição dos rendimentos."

O Povo Culto

Agostinho da Silva
Os povos serão cultos na medida em que entre eles crescer o número dos que se negam a aceitar qualquer benefício dos que podem; dos que se mantêm sempre vigilantes em defesa dos oprimidos não porque tenham este ou aquele credo político, mas por isso mesmo, porque são oprimidos e neles se quebram as leis da Humanidade e da razão; dos que se levantam, sinceros e corajosos, ante as ordens injustas, não também porque saem de um dos campos em luta, mas por serem injustas; dos que acima de tudo defendem o direito de pensar e de ser digno.

Apesar de tudo, ser da elite cultural figueirense não é a mesma coisa que ser da elite cultural lisboeta...

"Se mesmo em Lisboa e no Porto é difícil fazer com que a comunicação social divulgue o que se faz na área da cultura, imagine-se nas restantes cidades do país. Por isso, compreenda-se o nosso desalento ao percebermos que produzimos eventos dignos de relevo, mas que não passam as fronteiras do “nosso quintal”. Foi o que se passou com a vinda de Fernando Arrabal à Figueira ou com a exposição das esculturas de Laranjeira Santos, só para dar dois exemplos. 
A macrocefalia de Lisboa continua a afogar o país e a tentar fazer crer que o resto são umas pracetas onde se levam os cantores pimba para fazer programas de entretenimento de gosto e interesse duvidoso; e onde acontecem, de vez em quando, algumas desgraças."

Areia para os olhos...

"Não vou fazer nenhuma reacção porque a questão que tem que ver com o chamado enriquecimento ilícito não resultou de uma iniciativa do Governo, resultou de uma iniciativa dos deputados da maioria no parlamento e tenho a certeza que os partidos através dos grupos parlamentares não deixarão de fazer uma reacção a essa decisão" – disse Passos Coelho nos Açores.
E andámos nós – aquela minoria, muito minoritária, que acompanha minimamente as sessões do Parlamento – a levar com Luís Montenegro e Nuno Magalhães durante 4 anos, auxiliados por Telmo Correia, nos debates parlamentares a “mandar” deixas para o Governo maquilhadas de interpelações e depois os grupos parlamentares têm vida própria e autónoma e até produzem projectos de lei, invariavelmente inconstitucionais!..
E, assim, a maioria PSD/CDS chegou ao fim da legislatura sem que o enriquecimento injustificado tenha sido criminalizado.
Essa é que é essa, como diria o Eça…

Em tempo.

"Portugal é o paraíso dos corruptos".
"Um estudo da OCDE diz que se Portugal não tivesse corrupção teria um nível de desenvolvimento semelhante à Dinamarca".

Despesas com o sorteio atingiram 6,8 milhões de euros em 2014…

“Factura da Sorte. Governo desviou dinheiro do IVA para pagar os Audi", diz o Tribunal de Contas… 
Uma classe média que precisa de apoio do estado, já não é classe média. 
Hoje, depois de quase 4 anos do senhor Coelho no poder, passou a ser  uma ficção a caminho de engrossar as listas de pobres. 
O senhor não tem culpa. 
Culpa tem de quem o elegeu com maioria e não exigiu a sua imediata demissão quando começou a quebrar os compromissos eleitorais.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Um desafio ao respeito que temos por nós próprios, com resultados a conhecer lá para 4 de Outubro!..

Em tempo.
Se clicar aqui, esta ferramenta gera parágrafos potencialmente úteis para relatórios, teses, templates, bem como discursos que não servem outro propósito que não o de encher chouriços.

Que mal é que a Cova e Gala fizeram aos políticos?..

Isto, passou-se a 28 de Dezembro de 2009.
Carlos Simão, na altura presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro há 16 anos, disse no decorrer da Assembleia de Freguesia, realizada nesse dia, esta coisa absolutamente extraordinária: “Cova Gala é um nome interno, ou seja, não existe em lado nenhum. O que existe é Freguesia de S. Pedro da Figueira da Foz."
Relativamente à ascensão da Freguesia de S. Pedro a Vila, Carlos Simão foi curto e claro: "fui eu e o Sr. Domingos Laureano que fornecemos informações ao deputado Miguel de Almeida com o intuito de fundamentar o pedido da ascensão da nossa Freguesia a Vila de S. Pedro da Figueira da Foz”.
Carlos Simão, na oportunidade, foi mais longe e afirmou.
“Oficialmente nunca irei representar a Cova Gala.”
Na altura, o então presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, sublinhou o seu ponto de vista sobre a aceitação dos covagalenses em relação ao nome da Vila: “aquilo que eu sei, é que há pessoas que gostam mais de Vila de S. Pedro do que Vila da Cova e Gala."

Perante isto, quem não conheça o nosso passado, ao entrar agora pela porta grande na Aldeia, fica por saber que está na Cova e Gala.
Isto é grave - mexe com os sentimentos mais profundos dos descendentes dos ílhavos que ainda cá moram.
Embora real, porque existe, vive e pulsa, Cova Gala parece não ter tido passado, nem presente para quem foi o mentor da elevação a Vila de S. Pedro e não Cova e Gala - como deveria ter sido, por respeito ao passado e ao sentir dos descendentes dos ílhavos que fundaram, primeiro a Cova e, cerca de 40 anos depois, a Gala. 
Contudo, para mim e certamente para muito mais gente, a Cova Gala não está morta - apesar de não ter monumentos edificados com o nosso dinheiro em sítios privilegiados e estratégicos - e muito menos poderemos permitir que se possa assim, tão facilmente, ignorar.
Muito embora sem nome no mapa, nem monumentos, a Gala está bem situada. Fica do lado sul da foz do Mondego. E, como as terras que seguem um rio até ao mar, é um prolongamento do Cabedelo – ou seja, aquele cabo de areia que se forma à barra dos rios. O lugar, chama-se Gala. É uma aldeia de pescadores. Ao fundo e antes das dunas, que a separam do grande areal da praia, junta-se intimamente – quer dizer: sem uma nítida separação – a um lugar que tem o nome de Cova. Os dois lugares estão ao mesmo nível – o das águas do mar - e formam a Aldeia.
Do lado norte, há uma cidade e essa, sim, vem registada nos mapas de terra e nas cartas de mar – chama-se Figueira da Foz. 
Embora queiram apagar a Cova e Gala - a nossa raiz - como demonstrei em 7 de Dezembro de 2009, o que não existe é a Vila de S. Pedro.

Cova Gala é uma Terra com história e memória. Não nasceu em 1993.
A Cova e a Gala, têm origem na fixação de pescadores, oriundos de Ílhavo, nas dunas da praia da Cova, por volta 1750/1770. De acordo com alguns documentos, estudados pelo único Homem que realizou verdadeira pesquisa histórica sobre as origens da Cova e Gala, o Capitão João Pereira Mano, tempos houve em que pescadores naturais de Ílhavo, desceram a costa portuguesa à procura de peixe e água potável que lhes permitisse a sobrevivência. Sediaram-se na cova de uma duna, um local a que passaram a chamar de Cova. A Gala, é uma povoação mais recente, nasceu cerca de 40 anos depois, quando alguns dos pescadores se deslocaram para nascente e ergueram pequenas barracas ribeirinhas, para recolha de redes e apetrechos de pesca. Apesar do passado de cerca de 250 anos destas duas povoações, a Freguesia de S. Pedro é recente, foi criada em 1985.
A Aldeia, não pode ser uma Terra onde não se saiba de nada, a não ser o que é filtrado pelo poder.
Os covagalenses têm o direito a saber mais do que o que mais convém aos políticos.
Nem tudo pode ser eliminado. É também para isso que mantemos este espaço há quase 10 anos, onde a luta pela reposição da verdade histórica vai, naturalmente, continuar.

Cova e Gala vão continuar a ter corpo e alma.
Um Povo que não consiga preservar o seu passado e as suas raízes não tem futuro. E a Cova e a Gala são detentoras de um passado de que todos nos devemos orgulhar e que temos de saber preservar, com rigor e com verdade, e não ao sabor conjuntural dos interesses politiqueiros, seja de quem for.
A Cova e Gala de hoje está diferente - e nem tudo foi para melhor. Lembrar o passado sem nostalgias é a melhor forma de preservar as raízes.
A preservação da memória da Cova Gala está em risco.
A incultura, sempre que potenciada pela arrogância, leva a resultados desastrosos. Os danos já estão à vista.
A história mostra que políticos sem ideias constituem um verdadeiro perigo...

Passos já escolheu cabeça de lista por Coimbra

Segundo o Diário de Coimbra, edição desta segunda-feira, "a vice-reitora da Universidade de Coimbra (UC), Margarida Mano, foi a escolhida por Pedro Passos Coelho para liderar a lista da Coligação PSD/CDS pelo distrito de Coimbra."
O anúncio deverá acontecer ainda durante o dia de hoje.

Tarde de verão no Cabedelo

foto António Agostinho
É tão bom ir ver o nosso Cabedelo em processo de renaturalização, apanhar sol, ver pessoas, ver o mar e mergulhar o olhar no horizonte azul num domingo no pico da época alta.

Um peixe que andava fora de água?..

O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, vai abandonar a política no final da legislatura e regressar à carreira académica no estrangeiro.

Eu, totó me confesso…

foto sacada daqui
Hoje, fui almoçar com Amigos.
Depois, passámos pela Costa de Lavos, para um café.
Lá encontrei outro Amigo dos velhos tempos.
Como é natural, em conversas de café, navegamos por muitos sítios, até pela política…
“Ninguém sai da política de mãos vazias”, disse a  determinado ponto um dos Amigos. E, acrescentou: “e, se alguém admitir isso é considerado totó…”  .
Esta conversa levar-nos-ia muito longe, pois os grandes proveitos da política, são ilegais, logo não sujeitos a declarações de rendimentos. Isto, do meu ponto de vista, tem nome: tem sido saque puro e duro.
Afinal de contas, o que fez esta gente pelo país e pelas Aldeias para que os seus rendimentos crescessem?..

No país do respeitinho

Ricardo Salgado está em prisão domiciliária, mas pode sair de casa com autorização do juiz
Junta-se assim a 1 milhão e meio de desempregados, que não roubaram ninguém, mas foram despedidos para Salgado “sair da crise”
Espíritos Santos em casa não fazem milagres – enquanto os activos não forem confiscados, e as dívidas continuarem a ser nacionalizadas, os desempregados vão continuar em prisão domiciliária, tendo milhares deles de se apresentar para termo de identidade, residência e humilhação de 15 em 15 dias no centro de (des)emprego. 
 Supomos que Salgado não será obrigado a frequentar um curso de “empreendedorismo”, “barman” ou “inglês” - são os cursos que o IEPF, sempre a cuidar de um futuro sólido, costuma oferecer a trabalhadores despedidos aos 50 anos de idade. 
A realidade neste país é sempre mais dinâmica do que a imaginação.

sábado, 25 de julho de 2015

Uma coisa que vai continuar na lista de “coisas para fazer” dos políticos...

Pires de Lima.
"É importante neste momento que os políticos sejam verdadeiros".

Em tempo.
O programa em curso, há décadas, visando o embrutecimento dos portugueses, foi transversal a diferentes governos e partidos e parece ser o único em curso que  está a ser  bem concretizado.
Curiosamente, porém, foi o único programa nunca anunciado em campanha eleitoral como capital de esperança para a o país e para os portugueses.
O actual governo, igualmente bem sucedido na área do embrutecimento dos portugueses, como temos visto com grande visibilidade nos últimos dias, continua a ter como prioridade tornar-nos irremediavelmente broncos.
Enquanto povo, continuamos  o que sempre fomos. Imbecis, ladrões e aldrabões que transformaram meros actos de pilhagem e saque de bens alheios, na sua maior e única glória, obrigados pela ancestral miséria irmã, a fazermo-nos ao mar para fugir à fome.
Chamámos a tal tragédia, uma epopeia de glórias e descobrimentos de novos mundos.
Daí para cá, nada mudámos e não mudaremos.
Continuamos iguais a nós próprios.
Os governantes sabem isso  melhor do que ninguém e foram-se aproveitando. Os modelos e programas escolares são bem elucidativos. É verdade que o acesso à escola é hoje universal mas não é menos verdade que as escolas produzem hoje licenciados que mal sabem escrever o próprio nome. O resultado está aí, materializado em tarefeiros licenciados, empregados precários de call centers, a trabalharem à tarefa, e pagos à comissão, auferindo rendimentos mensais entre os 400 e 500 €.
Acham que os políticos são parvos ao ponto de promoverem a cultura da verdade neste desgraçado país que é Portugal?
Isso, para eles, seria matar a galinha dos ovos de ouro!..

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Atentem bem nesta jogada política …

O PSD sugere que devolução da sobretaxa de IRS, que era para terminar em 2015 no dia da saída da troika, pode ser perdida em 2016, com mudança de Governo.
Questionado se estava a sugerir que uma mudança de Governo pode pôr em causa a eventual devolução de parte da sobretaxa de IRS, Duarte Pacheco confirmou: "As previsões para alguns países eram de crescimento económico, alteraram o Governo, houve muitas hesitações e voltaram à recessão. É isto que não pode acontecer em Portugal".
Contudo, não quis dar por "garantida" a devolução agora anunciada em caso de vitória da coligação PSD/CDS-PP nas legislativas: "Garantidas há muito poucas coisas na vida", afirmou.

Segundo o Governo os contribuintes poderão vir a receber em 2016 quase 20% do que pagaram este ano de sobretaxa de IRS. O Portal das Finanças já tem um simulador que permite acompanhar a evolução da receita do IVA e do IRS e o crédito fiscal da sobretaxa.
A ministra das Finanças nega que este anúncio tenha a ver com eleitoralismo. 
Passos e Cavaco lembram que estas contas são provisórias!..
Atenção ao que disse um dia destes Cavaco Silva«jogadas políticas não acrescentam um cêntimo, nem criam emprego».

António Menano sobre Luís de Melo Biscaia: "a eternidade também é termos vivido de acordo com a nossa consciência."

"A memória é planície alongando-se para longe, nela vamos plantando, ao longo dos anos, árvores cujas raízes também são as nossas. Igualmente, toda a memória repousa no sangue como modificação sensível. 
Somos feitos pelos anos vividos, actos, acções, modificações, sensações, sinestesias, recordações, a preencherem-nos a vida, de bons e menos bons momentos. 
Luís de Melo Biscaia abriu a porta do seu escritório, para reuniões que fizemos, nas quais meia dúzia de democratas, nem sempre os mesmos, se iam juntando de noite, para recordar uma data, prepararmos uma acção contra quem nos oprimia, para conversarmos, apenas. 
Para além do vínculo que nos unia, o amor pela democracia, foi-se cimentando ao longo dos anos uma amizade entre quem pensava serem mais importantes a dignidade e a honra, do que as honrarias e as benesses. 
Neste breve e apressado texto desejo, apenas, dizer ao meu Amigo Luís de Melo Biscaia que a amizade vive sempre no coração e a eternidade também é termos vivido de acordo com a nossa consciência."

Em tempo.
Como escrevi aqui, “venho do tempo em que os valores tinham valor."
Estamos perante uma curva bastante apertada que é preciso abordar com cuidado. A primeira coisa, porém,  é não desesperar.
É bem verdade que atravessamos uma época trágica para o Povo. Contudo, não podemos  confundir o trágico com o desespero.
“O trágico, dizia Lawrence, «deveria ser uma espécie de grande pontapé dado na infelicidade». 
Eis um pensamento saudável e de aplicação imediata. Hoje em dia, há muitas coisas que merecem esse pontapé.” (in "Núpcias")
Está na hora de dar esse pontapé. Da cena política internacional à pequena Aldeia, existe gente honrada e competente, que luta por causas nas quais acredita,  imune ao canto de sereia do dinheiro fácil ou do populismo, seja qual for a sua escola.

Há um tipo que conheço na minha rua, tão artista a falar, que cada vez que abre a boca sobra uma mentira exposta...

"Fico com a consciência tranquila de que fiz tudo o que estava ao meu alcance para evitar esta situação, fechar esta página negra da nossa história e para o país ganhar o direito de voltar a sonhar nos próximos anos."

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Ancoradouro

Homens e Navios do Bacalhau. 
Arquivo digital de fichas de marítimos que se matricularam para campanhas bacalhoeiras desde o início do século XX.
José Pereira Agostinho - o meu Pai, as minhas raízes.

O povo é povo porque não tem memória e não percebe uma série de coisas. Ainda bem para Carlos Beja e para o PS - também na Figueira…

As ondas de choque do “chumbo” de Mafalda Azenha para a lista de candidatos a deputados, pela Distrital de Coimbra, contra a vontade dos militantes figueirenses, ainda agitam as águas socialistas locais.
Carlos Beja, que se candidatou pelo PS à câmara em 1997, inspirou-se na temporada tauromáquica para espetar farpas no executivo camarário do seu partido. O antigo deputado abriu as hostilidades com o genérico “Sol e sombra da política figueirense”, tendo como alvos os vereadores Carlos Monteiro e António Tavares e o presidente João Ataíde.
O histórico socialista apodou Carlos Monteiro de “dona Constança, por não haver festa nem festança” em que não esteja presenta.
Pelo contrário, dá António Tavares como “desaparecido”.
No entender de Carlos Beja, o primeiro está a ter mais visibilidade para a eventualidade do PS ganhar as eleições legislativas e João Ataíde ser chamado a ocupar um cargo público de relevo nacional. Saliente-se que, embora António Tavares seja vice-presidente, é Carlos Monteiro o n.º 2 da lista. Ou seja, seria chamado a assumir a presidência do município.
Para o presidente, cuja candidatura para o primeiro mandato apoiou, Carlos Beja deixou críticas relacionadas com o convite que fez a António Costa para o “Sunset”. Sustentou que o autarca e anfitrião não devia ter convidado o candidato a primeiro-ministro do PS num evento dedicado à juventude.
No universo socialista, porém, os reparos sobre o convite ao líder e candidato socialista não se circunscrevem a Carlos Beja -  o único que os assumiu publicamente.
Questionado pelo DIÁRIO AS BEIRAS sobre o assunto, antes das críticas do comentador socialista Carlos Beja num programa da Figueira TV, João Ataíde respondeu desta forma: “Convidei o líder da oposição a visitar a cidade [no fim de semana do “Sunset”] porque quero que ele ganhe as eleições, porque sou seu amigo e porque queria que ele visitasse o evento”
Nada de mais, senhor presidente, nada de mais e nada contra: "a coisa até resultou nice, fixe, cool!.. António Costa não foi de andor, mas todos se prestaram a que evitasse a multidão à entrada, furando, assim, tipo, literalmente, as grades de protecção, que, minutos antes, estavam lá bem sossegadinhas, até uns diligentes funcionários as removerem..." 
Carlos Monteiro, por sua vez, reagiu da seguinte maneira. 
“Fico satisfeito pelo reconhecimento que Carlos Beja está a ter pelo empenho que temos ao participarmos nas actividades do concelho”. “Provavelmente”, acrescentou, “poderá ser também a estima que ele tem por mim”, tendo  concluído assim: “é evidente que tento ir aos eventos para que sou convidado, partindo do pressuposto que quando as pessoas nos convidam é porque querem a nossa presença…”.
António Tavares não quis prestar declarações.

A opção (ou a incompetência) foi clara: não se candidatam ao que tínhamos direito, mas não se pouparam a tirar a camisa aos portugueses (incluindo aos desempregados - sei do que falo…)

Inicialmente, o Fundo Europeu de Apoio à Globalização foi criado para apoiar trabalhadores que ficassem desempregados na sequência da deslocalização dos seus postos de trabalho. Contudo, e tendo em conta a crise económica que assolou o mundo a partir de 2008, foi feita uma alteração aos seus estatutos para que pudesse abranger os desempregados resultantes da crise. "A mobilização do Fundo só é possível através do pedido do Estado-membro, já que são as autoridades nacionais que decidem se querem ou não candidatar-se ao cofinanciamento", explica ao Negócios fonte oficial da Comissão Europeia. 
O Jornal de Negócios questionou o Ministério do Emprego e Solidariedade Social, mas não obteve, para já, qualquer resposta.

Em tempo.
E porque é que haveria de candidatar?
Cito PAULA FERREIRA, EDITORA-EXECUTIVA-ADJUNTA DO JN.
"Alguém que está desempregado algum problema deve ter, senão teria conservado o seu emprego". Esta visão cultural prejudica quem vai a uma entrevista de emprego, disse o primeiro-ministro. A intenção de Pedro Passos Coelho até pode ter sido bondosa. Vamos acreditar. O primeiro-ministro não partilha da perigosa visão cultural do desemprego, mas verbalizá-la numa entrevista em horário nobre é, no mínimo, de uma enorme falta de sensibilidade social. De tamanha inabilidade, que Clara de Sousa, a entrevistadora, sem deixar passar em claro o deslize, desafiou Passos a colocar-se no papel do desempregado que em casa o estaria a ver e ouvir. O primeiro-ministro acredita que o desempregado, sem posto de trabalho quem sabe se por incompetência de algum gestor - esse quase sempre inocentado -, o compreenderá. Afinal, falamos do mesmo primeiro-ministro que considerou o desemprego uma oportunidade para mudar de vida (disso não restam dúvidas), do mesmo primeiro-ministro que nos convidou a emigrar. Tudo generosas intenções de um homem que apenas e só pretende incentivar, em cada português, a faceta adormecida de empreendedor."

Onde ficou o respeito pela história da Cova e Gala e pela memória da homenagem aos pescadores da faina maior?..

Sexta-feira, 10 de julho de 2009. Nesse dia, pelas 16 horas, no Clube Mocidade Covense, com a abertura da Exposição alusiva à pesca do Bacalhau, teve início a homenagem aos marítimos covagalenses promovida pela Junta de Freguesia de São Pedro.
Igualmente nesse dia, em continuação do programa, decorreu na mesma Colectividade, uma palestra sobre a temática da pesca do bacalhau, proferida pelo dr. Alfredo Pinheiro Marques, Director do Centro de Estudos do Mar.
No dia seguinte, sábado, também no Clube Mocidade Covense, prosseguiu a Exposição e houve passagem de filmes.
Finalmente, no domingo, dia 12, o evento teve o seu último dia, com o seguinte programa: Missa na Capela de São Pedro, pelas 11 horas, por alma dos marítimos covagaleneses já falecidos. Seguiu-se a inauguração do monumento do pescador do bacalhau, na rotunda da entrada norte da freguesia e um almoço volante, aberto a toda a população, no Largo da Borda do Rio.
Foi este o programa. 10, 11 e 12 de Julho de 2009, foram os dias, o mês e o ano escolhidos pela Junta de freguesia de São Pedro para a realização da homenagem aos marítimos covagalenses.
Sou filho, neto e bisneto de pescadores - alguns do bacalhau. Sei o que foi a pesca do bacalhau: uma autêntica escravatura. 
"Maus tratos, má comida, má dormida... Trabalhavam vinte horas, com quatro horas de descanso e isto, durante seis meses. A fragilidade das embarcações ameaçava a vida dos tripulantes". 
A iniciativa não corrigiu a injustiça. Mas fez-se uma coisa bela e digna na Aldeia. Portanto, o mínimo que se esperava era que o monumento a  recordar estes heróis fosse preservado e alvo de respeito por quem de direito.
Foi o que não aconteceu.

Em tempo.
Como demonstrei aqui, em 7 de Dezembro de 2009, a Vila de S. Pedro não existe.
A Vila de São Pedro, criada em 5 de Junho de 2009, é a “a povoação de São Pedro ( uma coisa que não existe!..), no concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, elevada à categoria de Vila”
Se duvidam disto, leiam o Diário da República nº. 150, 1ª. Série, Lei nº. 58/2009. 
O projecto de lei que foi aparente e alegadamente redigido, e seguramente assinado, pelo então deputado Miguel Almeida, foi um oportunismo político.
Faltavam 6 meses para eleições legislativas e estavam a começar por aquela altura as jogadas e as influências para a constituição das listas de candidatos a deputados. Era necessário para o então senhor deputado Miguel Almeida mostrar serviço – fosse o que fosse - para ver se conseguia um lugarzito nas listas.
Compreende-se – a vida custa a todos -  mas não pode ficar sem registo a demagogia e o provincianismo ridículo da iniciativa.
A freguesia de S. Pedro faz parte da cidade e da malha urbana da cidade da Figueira da Foz
Da cidade da Figueira da Foz fazem igualmente parte as freguesias de Buarcos, de S. Julião, de Tavarede. Tal qual como a cidade de Lisboa contem as freguesias da Madragoa, de Alvalade ou de Belém.
Alguém está a ver o presidente da freguesia de Belém a reivindicar que Belém passasse a ser vila, porque está nela a Torre, o museu dos coches ou a pastelaria dos pastéis de Belém. Ou até, porque, vejam lá, tem Presidente da República?..
Recorde-se: a freguesia de S. Pedro passou a vila, porque tem uma pizzaria, uma farmácia, não sei quantas cabeleireiras, uns tantos restaurantes, porto de pesca, boas praias, zona industrial, Hospital...
E se alguém se lembrasse de propor a despromoção da cidade da Figueira?
Acham utópico?...  
Não tem Hospital, está  à beira mar, mas não tem porto de pesca,  nem tem indústria, tem areal, mas não tem praia...
Passados todos estes anos, a  única consequência que  resultou para S. Pedro com a condecoração de vila, foi  o enorme gozo que o então presidente da junta certamente teve ao inaugurar a rotunda “Vila de S. Pedro” num sítio um tanto ou quanto fora dos circuitos rodoviários mais intensos da freguesia.
Palavra que estava a esperar que à entrada da freguesia de S. Pedro, ali logo à saída da ponte dos arcos, houvesse algo  a indicar que estávamos na  “Vila de S. Pedro”.
Tardou. Mas, como sei do que a casa gasta sabia que não falhariam. E não falharam.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Um político cada vez mais a leste do paraíso…

Cavaco marca legislativas para 4 de outubro e exige governo“estável e duradouro”.
Este é o conceito de democracia do Presidente da República de Portugal?
Até ao último momento -registe-se o facto - vai tentar fazer o que sempre tentou fazer: procurar influenciar o sentido de liberdade de voto dos Portugueses!..
Simplesmente lamentável, pois deveria  ser o último a tentá-lo, quanto mais a fazê-lo…

Em tempo.
Recusar alívio da dívida grega por causa das eleições? 
"É confusão" de Juncker", diz Passos. E Cavaco saíu em defesa do governo.
Sentido de estado é isto!
Ponto final. 

“O homem que gostava de pessoas”

Reunir a Liberdade e a Justiça é, talvez, a maior utopia: isso, seria conseguir o encontro fraterno do revolucionário com o revoltado.

Dessa utopia, a meu ver estarão muito mais próximos os movimentos libertários e colectivos que têm na raiz a exigência da justiça, do que a sociedade de liberdade formal, classista, decadente, podre e condenada, em que vivemos.
Aliás, os dias que passam não poderiam ser  mais demonstrativos disto mesmo.

O Dr. Luís  Melo Biscaia, foi o Homem em quem consegui ver melhor o que era, na realidade, a ânsia de Liberdade e de Justiça.

Como muito bem resumiu Fernando Campos, “era, no sentido literal, um aristocrata. Um homem deferente, elevado, solícito, generoso. E não por formação ou por educação, mas por verdadeira convicção, porque gostava mesmo das pessoas - incluindo das que não pensavam como ele.”

E a lista PS ficou assim…

António Costa conseguiu incluir vários "ausentes" das propostas iniciais
A saga  pelos vistos  está encerrada.
Entraram João Galamba, Mário Ruivo e Elza Pais; saíram Rui Duarte, António Paredes e Eduardo Barata.
Depois, foi só baralhar e dar de novo e a lista de  candidatos efectivos do PS pelo circulo eleitoral de Coimbra ficou assim: Helena Freitas em numero 1, seguida por Pedro Coimbra,  João Galamba, Elza Pais, João Gouveia, Mário Ruivo,  Cristina Jesus, Rosa Isabel e  André Gomes.
Um nota: João Saldanha de Azevedo Galamba que vai em numero 3,  tem 39 anos. Nas últimas eleições foi eleito pelo círculo eleitoral de Santarém.
Ao que li aqui, terá ligações afectivas e familiares (por parte dos Galamba Marques) à Figueira da Foz, onde é conhecido nos circuitos do surf, desporto que até praticou no estrangeiro.
E pronto, problema resolvido. 
Conhaque é conhaque e a política quase sempre é cinema de ficção!..

Luís de Melo Biscaia - um Cidadão de corpo inteiro, que vai fazer falta para o combate democrático que temos de continuar a travar

Provavelmente não haverá figueirenses a quem o nome de Luís de Melo Biscaia não transmita um sentimento de verticalidade, de entrega às causas políticas e sociais, de humanidade. Outros, melhor do que eu, estarão em condições de traçar o perfil do Homem solidário, do político, do pedagogo, no sentido em que toda a comunidade beneficiou do seu comportamento, do seu exemplo. E também do advogado, verdadeiramente ao serviço das pessoas. Não posso deixar de manifestar o meu profundo respeito e admiração pelo Homem com quem me cruzei várias vezes por razões profissionais e de serviço público. Dizia sempre o que pensava. A Constituição da República Portuguesa deve-lhe a sua participação. Não foi aliás a única tarefa nacional que desempenhou. Foi também membro do governo de Maria de Lurdes Pintassilgo. Foi um Homem do país, mas foi sobretudo um homem da Figueira, tendo passado pela Câmara Municipal e por diversas instituições de natureza social, desportiva e de serviço. Devotado à causa pública, mantinha até há bem pouco tempo um blogue, nunca se furtando a opinar sobre assuntos de natureza pública, criticando ou aplaudindo e, sobretudo, praticando um sentido de pedagogia que influenciou o comportamento da sociedade. Este Homem, a quem a Figueira tanto deve, enfileira já no virtual “panteão municipal” e faz parte daqueles que “da lei da morte se libertaram”.

Em tempo.
A crónica do eng. Daniel Santos, hoje publicada no jornal AS BEIRAS, constitui uma bela homenagem ao dr. Luís de Melo Biascaia, um dia depois do funeral de uma das ultimas figuras de referência na luta pela Democracia na Figueira que marcaram a minha geração.
Venho do tempo em que  a maioria dos governantes não eram profissionais da política.
Entenda-se: venho do tempo em que os políticos viviam na vida real junto ao Povo.
A Democracia portuguesa  tem que se reformar a sério.
Neste momento, mais do que difícil, tal desiderato assume-se praticamente como utópico!
Venho do tempo em que os valores tinham valor.
Este assunto  – a falta de verdadeiros valores com valor em que vive a sociedade – é sério.
Se não formos capazes, enquanto comunidade democrática e livre, de encontrar modelos de gestão eficazes e honrados dos recursos que são de todos e deveriam estar ao serviço de todos, não nos admiremos que ressurjam os mais desvairados populismos que, em última análise, tenderão a pôr em causa o próprio regime democrático.  
Da cena política internacional à pequena Aldeia, existe gente honrada e competente, que luta por causas nas quais acredita,  imune ao canto de sereia do dinheiro fácil ou do populismo, seja qual for a sua escola.
Esses cidadãos, mesmo que mais não consigam fazer,  não podem deixar de se manter vigilantes e activos, sem confundir o mal com a caramunha, olhando mais longe e presando os valores essenciais de uma sociedade democrática, que resultou do 25 de Abril em Portugal - com Liberdade e Justiça! Paz e Fraternidade! Cooperação e Solidariedade!
Foi este lado do combate democrático que ontem ficou ainda mais fragilizado com o desaparecimento físico do Cidadão Figueirense Luís Fernando Argel de Melo e Silva Biscaia.