Na Aldeia a vida está cada vez mais difícil para a pesca tradicional

Os problemas para estes pescadores existem há anos.
«Há muita água estagnada, o rio cheio de jacintos, os arrozais com químicos, os lixos das pocilgas a escorrer, contaminam tudo. Sem poluição tínhamos aqui uma riqueza», dizem os pescadores. O «portinho assoreado» é outro problema, pois «as embarcações espetam na lama», e a falta de portões também. «A parte da pesca devia ser isolada e assim, não havia abusos». 
A tudo isto, que já vem de trás, junta-se este ano a falta de compradores provocada pela pandemia.

Autárquicas 2021: ponto da situação em 31 de Março de 2021

 Candidatos assumidos na Figueira:

Candidato do PSD:
"CHEGA VAI TER CANDIDATA PRÓPRIA".

terça-feira, 30 de março de 2021

A erosão costeira no Quinto Molhe continua "impressionante"...

 Foto Pedro Agostinho Cruz, hoje por volta das 17 horas

Tal como escrevemos em 11 de dezembro de 2006, já lá vão mais de 14 anos, o processo de erosão costeira da orla costeira da freguesia de S. Pedro, a sul do quinto molhe, a nosso ver, era já então uma prioridade. 
Continua a ser... 
Tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul  da foz do Mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
A pesca está a definhar, o turismo está à beira da falência - tudo nos está a ser levado...
Era de esperar que, ao menos, perante a realidade, fosse compreendido o porquê das coisas...
Nem isso, até agora, aconteceu. Nem, pelo andar da carruagem, vai acontecer.

Autárquicas 2021: da série, inovações...

Via Diário as Beiras:
"apoio ao candidato Machado" e "à lista do grupo de cidadãos que está a incentivar um cidadão a candidatar-se à autarquia que presidiu de 1997 a 2001"...

Liberdade

"Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir". 

segunda-feira, 29 de março de 2021

Já que estamos em ano de eleições, fique a saber quanto ganha o presidente de junta da sua freguesia de freguesia...

Via Diário de Coimbra

O vencimento do Presidente da República, é o valor de referência para os salários de todos os autarcas e presidentes de Junta do país. 
Em cada um desses degraus da escada que termina com o vencimento do PR, muitas são as nuances que fazem emagrecer e engordar os salários dos responsáveis. 
Das mais de três milhares de juntas de freguesia espalhadas por todo o território lusitano, pouco mais de 13% reúnem efetivamente as características certas para verem os seus líderes remunerados pelo Orçamento do Estado. Como dita o velho ditado, receber um salário à custa de ocupar tal cargo não é para quem quer… É para quem tem nas mãos uma freguesia com as condições certas. Para começar, só podem assumir essa posição a tempo inteiro, os políticos que liderem freguesias com mais de 10 mil eleitores ou com sete mil eleitores numa área de 100 quilómetros quadrados. Ou seja, apenas 224 das 3.091 freguesias nacionais podem ter presidentes em permanência, garante o Portal Autárquico. Destes políticos, aqueles que têm controlo das rédeas de freguesias com mais de 10 mil eleitores, mas menos de 20 mil recebem, no final do mês, o equivalente a 22% do vencimento de Marcelo Rebelo de Sousa. Já aqueles que lideram freguesias com mais de 20 mil eleitores ganham 25% do salário referido. A estes rendimentos somam-se despesas de representação - correspondentes a 30% das respetivas remunerações - dois subsídios extraordinários anuais iguais à remuneração (em junho e novembro), segurança social e subsídio de refeição. Por outro lado, caso a freguesia tenha pelo menos cinco mil eleitores e menos de 10 mil ou 3.500 numa área de 50 quilómetros quadrados, fica em cima da mesa a possibilidade do político eleito assumir o cargo em questão a tempo parcial. Nessas situações, as remunerações são obviamente mais baixas: o equivalente a 10% do vencimento do PR é concedido, mensalmente, aos presidentes de Junta com mais de cinco mil eleitores mas menos de 20 mil. Aqueles que comandam freguesias com mais de duas dezenas de milhares de votantes recebem, por sua vez, 12% do rendimento referido.
Os presidentes de Junta auferem uma remuneração que está distribuída por um maior número de “escalões”: se a freguesia não ultrapassar os cinco mil eleitores, a remuneração mensal do autarca que exerça a tempo inteiro é de 1.224,52 euros (16 por cento do salário do PR). 
Se a freguesia tiver entre cinco e dez mil cidadãos recenseados o salário sobe para 1.454,11 euros (19 por cento do salário do Presidente da República) e se o número de eleitores se situar entre 10 e 20 mil o valor passa para 1.683,71 euros (22 por cento da remuneração do PR). Já nas freguesias com 20 mil eleitores ou mais o presidente da Junta recebe um salário corresponde a 1.913,31 euros. Quando os mandatos são exercidos em regime de meio-tempo – o que acontece na maioria dos casos –, a lei estabelece que a remuneração corresponde a metade das remunerações e subsídios fixados para os respetivos cargos em regime de tempo inteiro. 
Relativamente às despesas de representação, os presidentes de Junta recebem 367,35 euros, no caso de representarem menos de cinco mil eleitores, 436,23 euros (entre cinco e dez mil eleitores), 505,11 euros (entre dez e vinte mil) e 573,99 euros (mais de vinte mil eleitores). Isto, em caso do mandato ser cumprido em regime de exclusividade. 
Se for a meio tempo os valores são de 183,68 euros (até cinco mil eleitores), 218,12 euros (de cinco a dez mil), 252,56 euros (de dez a vinte cidadãos recenseados) e de 287 euros, caso o universo seja superior a vinte mil eleitores

Via Portal Autárquico ficam os abonos dos eleitos locais - 2020.

domingo, 28 de março de 2021

Os figueirenses só têm problemas porque querem....

O professor Oumar tem soluções para tudo. Responde às angústias e incertezas dos figueirenses e das figueirenses. Qual professor Karamba, qual carapuça!.. 

Do not disturb: falemos de futebol...

Há jogadores assim...
Recordam-se do Ricardo Carvalho?
Do Ricardo Carvalho já em fim de linha e nas suas últimas épocas de jogador da bola?
Não sabia jogar mal. Mesmo quando já lhe escasseava pujança física, foi sempre um jogador fabuloso. Na parte final da carreira, com a pouca energia que já lhe restava na abordagem das jogadas, conseguia antecipar o local onde a bola ia ter - que era quase sempre ao sítio onde estava o Ricardo Carvalho.
Toda a gente a gastar imensa energia a correr para o sítio onde pensa que o bola iria parar e o Ricardo Carvalho, com dois ou três passos, conseguia estar no local onde a bola chegava.
O genial  jogador que foi Ricardo Carvalho, resolvia as situações mais difíceis e embaraçosas com dois toques, aparentemente simples, mas só ao alcance dos eleitos... 

sábado, 27 de março de 2021

"Assembleia de Freguesia de Lavos participa suspeita de falsificação de documentos ao Ministério Público"...

Via Diário as Beiras
«A Assembleia de Freguesia de Lavos, na Figueira da Foz, reuniu-se, ontem, para deliberar sobre a alegada falsificação de documentos pela secretária e pelo tesoureiro da junta, Susana Carreira e José Coelho. O processo será enviado ao Ministério Público.
A Assembleia de Freguesia aprovou enviar uma queixa para o Ministério Público devido a eventuais ilegalidades e irregularidades de alguns elementos do executivo da junta”, esclareceu o presidente do órgão autárquico, Rui Jordão, ao DIÁRIO AS BEIRAS. O autarca acabaria por adiantar que os suspeitos das alegadas práticas são a secretária e o tesoureiro da Junta de Lavos.
O presidente da Assembleia de Freguesia adiantou, ainda, que “algumas das coisas têm a ver com passagem de declarações falsas [enviadas ao Instituto de Emprego e Formação Profissional] e, também, assinatura de e-mail pelo tesoureiro como sendo presidente da junta”.  Por outro lado, Rui Jordão frisou que a assembleia entendeu que “há matéria grave para enviar para o Ministério Público.
Apesar das tentativas, não foi possível recolher declarações de Susana Carreira e José Coelho, nem da presidente da junta, Lucília Cunha.»

Novidades do lar: "correu tudo mal e estou sem água desde ontem à noite"...

Paguei a conta, mas tenho o abastecimento de água cortado...

Imagem António Agostinho
«Aviso à população | Interrupção no abastecimento de água...

O Município da Figueira da Foz informa que, devido a uma rutura na conduta de abastecimento de água na zona sul, o fornecimento de água está interrompido.


Previsão de restabelecimento entre as 21h00 e as 22h00.

Mais se informa que se encontram dois veículos tanque a fornecer água junto ao Largo da Igreja de São Pedro e ao Estacionamento da Praia da Cova."

«A margem sul da Figueira da Foz ficou, na sexta-feira, às 21H00, sem fornecimento de água devido a uma dupla rotura na rede. Entretanto, foram utilizados os reservatários, o que permitiu repor o serviço às populações situadas a sul de Armazéns de Lavos, mas a Zona Industrial e a Freguesia de São Pedro terão de esperar pela reparação da avaria, que deverá acontecer até ao final deste sábado.

A concessionária de água e saneamento, Águas da Figueira, está, desde as primeiras horas do dia, a trabalhar na reparação da rotura. Ao início da tarde, o diretor-geral da empresa, João Damasceno, adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que se trata de uma avaria que demora a reparar, sustentando, no entanto, que o problema ficará resolvido hoje.

Para assegurar o fornecimento de água ao hospital, lares e outros equipamentos sociais sensíveis, foram mobilizados autotanques dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz. Por outro lado, foi acionada a Estação de Tratamento de Água de Lavos, fornecida por furos da concessionária e com o apoio de água fornecida pelas unidades industriais  do setor do papel Celbi e The Navigator Company.

“Correu tudo mal, porque houve uma dupla rotura, na conduta principal e na conduta de reserva. Não é normal, mas aconteceu”, esclareceu o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, ao DIÁRIO AS BEIRAS.

A rotura de uma adutora instalada na zona portuária, na margem norte da cidade, conjeturou, o autarca, “poderá ter sido provocada pelo comboio a passar [na linha do porto comercial]”.»

Leituras: "Quando Portugal Ardeu"

Este livro de Miguel Carvalho, grande repórter da VISÃO, é uma investigação jornalística que questiona as “memórias consensuais” do período que se seguiu ao 25 de Abril.

Via Jornal de Negócios.
"Entre meados de 1975 e Abril de 1977, o país assistiu a quase 600 atentados e acções violentas da extrema-direita. Operacionais do Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), liderado por António de Spínola, fizeram ir pelos ares automóveis, casas e escritórios de quem era conotado com a esquerda. Multiplicavam-se os ataques a sedes do PCP num país profundamente dividido, à beira da guerra civil.

Ramiro Moreira chegou a ter o número sete no cartão de militante do Partido Popular Democrático - que mais tarde passaria a PSD -, mas as suas actividades desagradavam a Francisco Sá Carneiro. "Uma coisa era fazer segurança aos dirigentes e envolver-se em escaramuças. Mas colocar bombas, participar em atentados e manter-se ligado ao PPD tornava a militância insustentável e reprovável" para o fundador do partido, relata Miguel Carvalho. Num dia de Novembro de 1975, chamou o operacional a sua casa e disse-lhe: "Ou sais do partido ou expulso-te."

Sá Carneiro, sublinha o jornalista, "viu mais além do que a simples táctica" e percebeu que, "tanto quanto ele pudesse, o partido tinha de entrar numa linha que não resvalasse para caminhos que ele condenava". Um exemplo, diz o autor de "Quando Portugal Ardeu", que o PS podia ter seguido. Mas os socialistas, aponta, "lançaram fósforos em fogueiras que já ardiam".

Fotografia de 1974, em que numa mesa e em pose formal, aparecem, da esquerda para a direita, Jorge Terroso, Francisco Sá Carneiro e Ramiro Moreira, quando era dirigente e segurança do PPD no Porto.
Fotografia de 1974, em que numa mesa e em pose formal, aparecem, da esquerda para a direita, Jorge Terroso, Francisco Sá Carneiro e Ramiro Moreira, quando era dirigente e segurança do PPD no Porto.Arquivo Pessoal do Coronel Ferreira da Silva

"O PS teve um grau de envolvimento muito grande com a rede bombista e com os seus objectivos. Achou, a determinada altura, que valia tudo para combater o PCP e isso significou, em certo momento, uma cumplicidade com o radicalismo de direita", afirma Miguel Carvalho, explicando que essa foi uma das grandes surpresas da sua investigação.

Num dos seus raides da Póvoa para o Porto, Ramiro Moreira tinha colocado uma série de bombas debaixo de carros de militantes de esquerda, mas uma não explodiu. Intrigado, pois como operacional orgulhoso que era não admitia que uma bomba sua não rebentasse, pegou no engenho e continuou o seu caminho. Perto da saída para a Maia, abriu o vidro e disse: "Ora vamos ver se esta merda rebenta ou não" e atirou a bomba, fazendo explodir um barracão do PPD.

O episódio com o mais activo operacional da rede bombista, que na altura desconcertou a Polícia Judiciária (PJ) porque "só poderia ser da autoria dos comunistas", é uma das histórias da violência política do pós-25 de Abril, relatada pelo jornalista Miguel Carvalho no livro  "Quando Portugal Ardeu".

Citação


"Quem acha que tem muito poder, muito dinheiro, e não tem empatia com o próximo, um dia escorrega no chão da vida e percebe que não era nada." 

Tony Ramos, Actor, Lux, 24/3

"Enforca Cães" e Zona Industrial vão entrar em obras...

"A câmara municipal está prestes a lançar concursos públicos para a ampliação da Zona Industrial e a requalificação da estrada panorâmica do Cabo Mondego (“Enforca Cães”). 
O procedimento para a via de comunicação será executado na próxima semana.
O das obras no parque empresarial terá de ser submetido a votos na reunião de câmara e na Assembleia Municipal.
A requalificação da estrada, que liga a Murtinheira a Buarcos, custa 680 mil euros e tem um prazo de execução de nove meses. 
A ampliação da Zoa Industrial, por seu lado, será feita ao abrigo de duas candidaturas, uma, de cinco milhões de euros (com comparticipação de fundos europeus de 85 por cento), ao Portugal 2020, e outra, de três milhões, ao Plano de Recuperação e Resiliência (com financiamento de fundos europeus de 100 por cento)."

Via Diário as Beiras

Para que na Figueira os blogues passem a declamar poesia...

Embora com atraso de alguns, poucos, dias - porque é a 21 de março que se comemora a poesia - fica um poema de Lawrence Ferlinghetti, que celebra o gosto perigoso em viver. 
Trata-se de um poema sobre ocupantes, amantes e demais revolucionários. 
Este poema também pode ser uma celebração das maravilhosas praias portuguesas. Lawrence Ferlinghetti, mestre da poesia do quotidiano, social e de uma simplicidade desarmante. 
A ler, muito actual. 


Ocupamos a praia do amor 
entre bandolins de Picasso repletos de areia
e patas de esfinge semi-enterradas
e papéis de piquenique
patas de caranguejos mortos 
e marcas de estrelas do mar 

Ocupamos a praia do amor 
entre sereias encalhadas 
com seus bebés berrando e maridos calvos
e bichinhos de madeira feitos em casa 
com colheres de gelados a fazer de pés 
que não podem amar ou andar excepto para comer 

Ocupamos a orla do amor 
seguros como só os ocupantes sabem ser 
entre poças remanescentes 
de maré salgada de sexo 
e os suaves regatos de sémen 
e balões flácidos enterrados 
na carne macia da areia 

E ainda rimos 
e ainda corremos 
e ainda nos deitamos 
nos botões do amor 
mas é mais profundo 
e mais tarde que pensamos 
e tudo se gasta 
e todas as nossas boias d’amor falham 
E bebemos e afogamo-nos

sexta-feira, 26 de março de 2021

Santana: Menino Guerreiro...

Aqui havia uma fotografia sacada daqui.

Para quem ainda não sabe, OUTRA MARGEM está em condições de confirmar que Santana Lopes esteve ontem na Figueira da Foz.
Chegou cerca das 21 horas e trinta minutos. Havia quem estivesse à espera dele desde as 11 horas da manhã! Teve pouco mais de meia dúzia de pessoas a aguardá-lo! 
Não me perguntem o que veio ele cá fazer, pois isso não sei: quiçá, transmitir a mensagem de que vai ser candidato à Figueira da Foz e de que vai dar uma abada, pois vai vencer por maioria absoluta!... 

Agora a sério: 24 anos passaram a voar. Tudo o que se acreditava ser infinitamente interminável acaba um dia. 
Acaba mesmo. 
Os dogmas e crenças do passado, ficaram lá. No passado. Que pode ser o luar da maior areal urbano da Europa. Onde a lua por se sentir traída o amaldiçoou. 
Santana, não é mais guardador dos sonhos da maioria dos figueirenses. É apenas uma lição de vida. Os corações já não batem desordenadamente quando ouvem o seu nome. 
Está tudo velho. Até as santanetes. 
A sua voz já não encanta. Pior que tudo isto, porém, é o vazio, de uma desilusão fantasiosa. Um dia, já lá vão 24 anos, fez parte de um conto de fadas figueirinhas. 
Mas, passaram 24 anos. Isso é passado. Agora, é mais um ser errante que passou na vida dos figueirinas. 
Espero que tenham aprendido a lição. Creio - e espero não estar enganado - que hoje não passa de uma página de um livro arrumado na prateleira da vida figueirinhas. 
Todavia, aceito que ainda haja uns poucos com saudades do menino guerreiro...

O enredo da narrativa da candidatura de Santana à Figueira está a mudar. Porém, é possível caminhar pelo ínvio?..

Se bem percebi, o enredo inicial da narrativa passava por atemorizar Pedro Machado, para ele desistir e ficar o Santana como candidato do PSD... 
Agora, que passou a ser visível para os apoiantes santanistas que, isso é, como sempre foi pelo que veio a público, uma impossibilidade, o enredo da narrativa passou a ser o Santana chegar-se ao Chega/ou vice-versa? 
Neste novo enredo da narrativa, modéstia à parte, só grandes malabaristas políticos podem lobrigar motivos para pensar numa nova narrativa com enredo a partir deste segundo pressuposto.
É possível circular pelo ínvio?
Afinal, quem são os apoiantes de Santana na Figueira?
São os mesmos que, até há pouco, juravam a pés juntos que o Santana era candidato do PSD, pois o Pedro Machado não iria aguentar a pressão e desistia?
Ou os que o queriam como candidato do PSD, são os mesmos que agora o querem chegar ao Chega?
Imagem via Diário as Beiras

Novidades na Aldeia: António Salgueiro não será candidato em S. Pedro

Imagem: daqui

O presidente da Junta de São Pedro, António Salgueiro, desistiu da candidatura ao terceiro e último mandato por motivos de saúde. Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o autarca, cujo nome havia sido aprovado no passado sábado pela Concelhia do PS, afirmou que decidiu desistir “por indicação do médico”
Contudo,  cumprirá o actual mandato. Segundo o DIÁRIO AS BEIRAS, integrará a lista concorrente à Assembleia de Freguesia, que terá como cabeça de lista Jorge Aniceto (actual tesoureiro do executivo da Junta de São Pedro).

quinta-feira, 25 de março de 2021

Não consigo esquecer esta minha costela que me obriga a olhar par os fracos e desprotegidos...

Desde a escola primária, que não consigo, por mais que tente, deixar de tomar o partido dos mais fraquinhos e daqueles que nos pátios das escolas sempre levaram no focinho dos poderosos...
Imagem via Campeão das Provínciais:

De tão voluntarioso que sou, até posso colaborar na escolha do mandatário. Fica a sugestão...

Afinal, tá tudo a correr bem...

... esquecendo, é claro, os anitos de atraso...
26 de Maio de 2018«Na opinião do o PSD da Figueira da Foz,  esta obra é exemplificativa da forma como é dirigido o concelho: "sem estratégia, sem auscultação das populações, sem a preocupação de melhorar o nível de vida das populações, sem criar atrativos para os empresários instalados ou que se queiram instalar com vista à criação de emprego, o qual tanta falta faz aos nossos jovens, não promovendo também a consequente fixação de mais população no nosso concelho."
Imagem via Diário as Beiras

Uma sessão de câmara, é uma sesssão de câmara....

Lido hoje no Diário as Beiras:

Recorde-se, que no passado dia 18 do corrente, através de comunicado, a Comissão Política do PSD da Figueira da Foz «veio denunciar o "clima” de intimidação e de pressão inadmissível que o PS e o Sr. Dr. Carlos Monteiro, na sua dupla qualidade de Presidente da Câmara e do Partido Socialista da Figueira da Foz, têm vindo a exercer, na sequência da onda de entusiasmo que a candidatura do Dr. Pedro Machado vem despertando na sociedade Figueirense e até no todo Nacional.»

No dia seguinte, Carlos Monteiro reagiu: "O que está (no comunicado do PSD) é uma vergonha absoluta e uma mentira total!”.  “Aquilo que tem acontecido com algumas pessoas que subscreveram a lista (de apoiantes de Pedro Machado) é dizerem-se que não o pretendiam fazer. Não exerci pressão, não falei com ninguém, nem pretendo falar”

"Indagado pelo DIÁRIO AS BEIRAS sobre se, na reunião de câmara, vai apresentar as provas que sustentem as afirmações do comunicado que subscreveu, Ricardo Silva, líder da Concelhia e vereador do PSD, não respondeu à pergunta."
Afinal o que é que havia a responder?
A sensação que a leitura do comunicado do PSD deixa de que alguém está a tentar amordaçar a democracia na Figueira, quase 47 anos depois do 25 de Abril?
 
A meu ver, não se deve encarar este episódio como um mero conflito entre facções do PSD e do PS. Em política nem só os factos contam. O contexto em que eles se desenvolvem empresta-lhes muitas vezes significados diversos.
No jogo do vale tudo da politiquice figueirense ganha quem tem mais força? Se a política tivesse moral esta seria a imoralidade desta história?
Embora do meu ponto de vista da maneira errada, fazem bem em trazer à colação este assunto Carlos Tenreiro e Miguel Babo. Os vereadores Tenreiro e Babo, ao confundirem um tribunal com uma sessão de câmara, deixam no ar o perfume de uma mensagem de solidariedade entre correligionários. Uma mensagem, dou o beneficio da dúvida - errada e injusta. 
Contudo, há sempre quem tenha a percepção que em política, o que parece, é mesmo. 
De uma reunião da Câmara Municipal da Figueira da Foz, na qualidade de espectador assíduo e atento, espero que sejam discutidas e aprovadas as medidas que levem à resolução das funções mais básicas de uma autarquia. Nomedamente, a higiene e a salubridade públicas, a base da saúde pública. Confesso, que não sou espectador assíduo e atento das reuniões de câmara, à espera de poder ter acesso a reality shows, tipo big brotter figueirinhas

Exorcismo


Os habitantes da minha aldeia dizem que sou um homem desprezível e perigoso. 
E não andam muito enganados. 
Desprezível e perigoso. 
Isso, fizeram de mim a poesia e o amor. 
Senhores habitantes: tranquilos, que só a mim costumo causar dano.

Raúl Gómez Jattin

Autárquicas 2021: ponto de reflexão...

Imagem via Pedro Agostinho Cruz
Os partidos tornaram-se organizações opacas e nebulosas. Consequentemente, a desclassificação da democracia representativa agravou-se. 
Pluralismo, no interior dos partidos, não passa de uma palavra: não tem consequência prática.

O voto que conta, o voto que decide é o dos interesses.
Com o desaparecimento da ideologia da vida política, o objectivo dos actores políticos é o alcançar um cargo que lhes permita conseguir comissões e tachos.

Como a passagem dos anos não perdoa, muitos dos velhos caciques estão a desaparecer. 
Os novos jotas estão a vislumbrar janelas de oportunidade. Aspiram a ser eles os  caciques que se seguem.
Com uma particularidade: são ainda mais ambiciosos, portanto, mais agressivos, mais ferozes e mais desonestos do que os anteriores.  

A ética desaparaceu. De vulgares servis (assessores, chefes de gabinete, peões de brega...) alguns já se julgam os novos senhores do poder partidário. Calculistas, frios e  cruéis, nada é obstáculo para as suas aspirações. Se necessário for, opta-se, sem qualquer limite,  pela crueldade de procedimentos.

Sem formação académica, uns, outros com diplomas manhosos, sem competências técnicas ou profissionais, escolheram no final da adolescência a via mais fácil: a preguiça do gabinete para conspirar e promover a intriga pessoal e política (aproveitando a muleta das novas tecnologias) e o tráfico de votos nas eleições internas.
A justificação para a existência deste sub-mundo sórdido na vida política é a da defesa da tribo. Uma tribo sem moral. 

As eleições internas são viciadas pelos jotas aspirantes a novos caciques. Isso pode passar pela inscrição de militantes, podendo ir até às chamadas chapeladas, quando não é possível alcançar o poder partidário de outro modo.

No país político, o financiamento partidário é um disfarce dos negócios menos claros, de luvas interessantes e comissões que acabam, umas nos sacos azuis, outras em gavetas de casas luxuosas ou cofres de banco discretos.
É nas câmaras e nas juntas que se fixa e cimenta o poder partidário. 

O sistema é um só. Em Lisboa, na Figueira ou na Aldeia. Jamais aceitará a transição para um regime de democracia direta, com eleições primárias auditadas e prestação de contas pelos eleitos. 
Alguém acredita na regeneração interna dos partidos e na moralização da vida política?
Sem formação cidadã, ética, sentido de servir e não servir-se, argamassa ideológica, o que vai continuar a mobilizar os aspirantes a políticos é o combate pelo tacho, as mordomias e o dinheiro.
 
Não é de hoje este estado de coisas. 
À minha geração, a decisão limpa e honrada que restou à maioria, foi virar costas aos partidos. 
Uns, calaram-se definitivamente. Outros, armados em D. Quixotes, optaram pelo serviço público, que consiste, por exemplo, em andar por aqui a tentar alertar a consciência colectiva.

O sucesso, porém, é pouco. 
A sociedade é o que é: se tiver de escolher, prefere um qualquer D. Juan em detrimento do romântico D. Quixote.
Para mudar isto, a luta passa pelo combate cultural e pela valorização da ética. 
E, claro, por uma nova escola e por outros e novos meios de comunicação.

A felicidade não é uma coisa fácil...

"Ser estúpido, egoísta e ter boa saúde, são três requisitos para a felicidade.
Porém, se o primeiro faltar está tudo perdido..."

terça-feira, 23 de março de 2021

Autárquicas 2021: Santana definitivamente "fora de jogo"?..

Rio esclarece que Santana Lopes não será candidato pelo PSD... 
Imagem via Pedro Agostinho Cruz
«O presidente do PSD, Rui Rio, esclareceu hoje que o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes não será candidato pelos sociais-democratas nas próximas eleições autárquicas.
Sobre se essa opção foi do PSD ou do próprio Santana Lopes, o presidente social-democrata respondeu: "é preciso encontrar o concelho certo em que o PSD quisesse, ele também quisesse, o PSD local e o PSD nacional e onde ele próprio tivesse alguma coisa a ver com o concelho, etc, etc, etc e não me parece que vá acontecer isso"

Santana Lopes, é um manipulador. Sempre o foi.
E, como bom manipulador que efectivamente é, recorreu, com perícia, à duplicidade. Andou a vender a imagem que podia concorrer onde quisesse: na Figueira, em Coimbra, em Sintra, em Torres Vedras, no Seixal, em Almada...
Não é nunca ele quem ofende. Pelo contrário, ele é afinal o "grande ofendido". Não é ele quem introduz maliciosamente a "farpa", são sempre os outros que no fim lha espetam. Assim aconteceu... Foi este calvário manhoso e dúplice, inteiramente pessoal e intransmissível, que conduziu Santana Lopes até aqui. Aparentemente, o triste fim de linha.

O que vale é que deve continuar a haver rennie disponível nas farmácias...

Há coisas que só quem pertence aos aparelhos partidários consegue perceber.

Por exemplo, a exigência da distrital do PS de Coimbra no dia 6 do corrente mês de Março: "demissão imediata” do presidente da Turismo do Centro, Pedro Machado, por ter assumido a candidatura do PSD à Câmara da Figueira da Foz

Contudo: os presidentes de câmara, também titulares de cargos públicos abandonam a presidência da edlidade para serem candidatos?

Em tempo: imagens via Diário as Beiras e Diário de Coimbra

Autarcas 2021: a coisa em Lisboa promete magia...

Um disse que quer dar um abanão a Lisboa (e passados uns dias a natureza tratou disso). O outro continua entretido no papel de paineleiro na TVI e cicerone do PR e agora temos o Carlos Moedas a usar a actual pandemia para fazer um número eleitoral. 
Já só falta entrarem os cuspidores de fogo e os domadores de tigres. É que os malabaristas já estão a jogo.
O candidato Carlos Moedas afirmou que se ganhar as eleições em Lisboa vai criar um “Plano de Contingência para responder a futuras pandemias em Lisboa”. 
Nas suas doutas palavras:
“Não podemos voltar a ser surpreendidos. A cidade de Lisboa precisa de ter ao dispor dos lisboetas um plano de contingência sobre futuras pandemias que dê alguma previsibilidade, segurança e confiança social e económica”.

... da série, legislação para preservar o arvoredo urbano

Em memoria dos tempos em que o concelho da Figueira, sem dar por ela,  caminhava determinado em direcção ao abate indiscriminado das árvores...
fotos daqui

Como vimos aqui, além do PS, também o «PSD apresentou um Projeto de Lei para proteger as árvores em meios urbanos».

Legislação para preservar o arvoredo urbano

Foto Ines Contis
Raquel Ferreira
, deputada do PS, no Diário as Beiras
"As árvores constituem um património natural valioso, têm um papel relevante na mitigação das alterações climáticas e contribuem para a transição energética e qualidade do ar. 
Neste âmbito, em nome do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, defendi na reunião da Comissão do Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, a pertinência de legislar sobre o arvoredo urbano. 
Exige-se uma atuação de promoção de iniciativas que disseminem os espaços de lazer e de usufruto público, a recuperação e a criação de novas áreas verdes com funções especificas. A ideia da importância que se deve atribuir ao arvoredo e o seu papel na mitigação das alterações climáticas é reforçada no Plano de Recuperação e Resiliência, apresentado pelo Governo, que refere: “A agenda temática 3 está focada na transição climática e na sustentabilidade e uso efi ciente de recursos, promovendo a economia circular e respondendo ao desafi o da transição energética e à resiliência do território. Assumem-se, como objetivos para 2030 (….) e reduzir para metade a área ardida, de modo a aumentar a capacidade de sequestro do carbono (…).” 
Neste sentido, legislar acerca das boas práticas de gestão do arvoredo urbano é desígnio do Grupo Parlamentar do Partido Socialista."

A pequenez da Figueira


Neste momento, sinto-me menosprezado pelos governantes locais. 
A meu ver, escasseia honestidade pessoal, intelectual e política. 
Como votante, sinto que os políticos me consideram descartável. Mais: uma "coisa" insignificante. Para eles, importante e fundamental é enganar antes de votar. Depois de votar, o normal é sermos enganados.
Sinto-me tratado como um ser minúsculo, apenas útil no momento do voto. 
A grandeza de um concelho mede-se pelo nível dos seus políticos.
Neste momento, a Figueira é um concelho milimétrico.

segunda-feira, 22 de março de 2021

Momento eleitoral autárquicas 2021: vai de vento em popa a candidatura do PS Figueira...

Carlos Monteiro, candidato a Presidente da Câmara *
(na única vez que foi a votos, fora do partido, foi candidato derrotado, por Gil Ferreira, à junta de freguesia de São Julião, em 2001)
Luís Semedo, mandatário do candidato Carlos Monteiro
(foi mandatário do candidato derrotado Carlos Tenreiro, derrotado por João Ataíde em 2017)
Tiago Castelo Branco,  coordenador da direcção de campanha de Carlos Monteiro 

(foi candidato derrotado à concelhia do PS, em 2013, por João Portugal)

Em tempo.
* Ainda bem que não prescindiram de José Duarte para candidato à Assembleia Municipal...