terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Boas entradas (VIII)...

“Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas...” 
Clarice Lispector)

Em tempo.
Desde que continue a ter dúvidas e perguntas para fazer e não obtiver respostas, enquanto me for possível conto continuar a escrever...  
Portanto, em princípio, até 2014!  

Boas entradas (VI)

foto Pedro Agostinho Cruz
As preocupações causadas por esta nossa barra continuam presentes neste final de 2013 e vão acompanhar-nos em 2014 e seguintes... 
Silvina Queirós, da CDU, na sessão da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, realizada ontem, mostrou-se preocupada com o futuro dos Estaleiros Navais do Mondego; na mesma ocasião, João Ataíde, presidente da câmara, mostrou-se preocupado sobretudo com a actividade piscatória.
A deputada municipal Silvina Queirós, da CDU, afirmou,  "que um navio de grande porte não pôde ser reparado nos estaleiros navais da Figueira da Foz devido ao assoreamento da barra e estuário  do Mondego". A autarca comunista disse ainda  "que o barco teve de dar meia volta, partindo com destino à Grécia, onde acabaria por ser reparado".
Silvina Queirós, manifestou-se "preocupada com o futuro dos antigos Estaleiros Navais do Mondego, se o assoreamento provocado pela  areia se mantiver".
Por sua vez, o presidente da câmara, dr. João Ataíde disse que “também nos preocupa a questão da barra, sobretudo pela atividade piscatória, e preocupa-nos toda a questão do assoreamento”. Segundo o edil figueirense,  “é urgente que a Secretaria de Estado tome conhecimento deste problema e que tome em conta também a comunidade piscatória”.
Na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra...

Assinatura do Protocolo de Cooperação entre o Instituto Politécnico de Coimbra e o Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque-CEMAR

Ontem,  em Coimbra, nas instalações da Presidência do IPC, teve lugar a assinatura do Protocolo de Cooperação entre o Instituto Politécnico de Coimbra e o Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque-CEMAR (Figueira da Foz e Praia de Mira). Assinaram, em representação das duas entidades, o Prof. Doutor Rui Antunes, Presidente do IPC-Instituto Politécnico de Coimbra e o Prof. Dr. Alfredo Pinheiro Marques, Presidente da Direcção do CEMAR-Centro de Estudos do Mar.

Este instrumento de cooperação consagra as primeiras colaborações, já desenvolvidas, e estabelece um quadro geral, mais amplo, para o estreitamento de relações futuras e para a prossecução dos projectos que estão neste momento em estudo e que as duas entidades pretenderão levar a cabo de seguida, em parceria, no horizonte geográfico da Beira Litoral (e, sobretudo, da cidade e da região da Figueira da Foz em particular).
Há dois meses, em 23 de outubro, foi o historiador Alfredo Pinheiro Marques, director do CEMAR, que teve a honra de proferir a Lição Inaugural da cerimónia da Abertura das Aulas do Ano Lectivo 2013-2014 da Coimbra Business School - Instituto Superior de Contabilidade e Administração (uma das diversas Escolas do Ensino Superior de Coimbra que, todas reunidas, constituem o IPC).

O Instituto Politécnico de Coimbra, cujas diversas valências abrangem áreas tão multifacetadas como as da Educação, Administração e Negócios, Engenharia, Agronomia, Tecnologias da Saúde, etc., é uma das maiores e mais significativas instituições públicas do Ensino Superior Politécnico de Portugal, cujo alargamento das actividades à vizinha cidade da Figueira da Foz se espera que possa vir a ser feito num futuro muito próximo; e o CEMAR-Centro de Estudos do Mar, cujas actividades, locais, regionais e internacionais têm sido desenvolvidas desde há cerca de dezanove anos a partir da Figueira da Foz e da Praia de Mira, é uma associação científica privada, sem fins lucrativos, dotada de estatuto de Utilidade Pública.

As parcerias IPC/CEMAR que, para futuro, se pretenderão desenvolver (e, também, em possível articulação com outras mais entidades pertinentes, públicas e privadas, a nível local, regional, nacional e internacional) serão parcerias em áreas, muito vastas, no campo das Ciências Humanas e do Património Cultural e Histórico (e, sobretudo, do Património Marítimo): áreas de Formação e Ensino; de Investigação e Desenvolvimento; de co-edição de publicações culturais e científicas; de iniciativas expositivas e museológicas; de organização de encontros, eventos, seminários, conferências e outros tipos de reuniões científicas; enfim, de articulação destas dimensões culturais e identitárias com as dimensões da actividade produtiva, da economia, do turismo e da identidade social local.

Para a prossecução de tais parcerias, de intercâmbio científico, académico e cultural, as duas entidades vão colaborar na ministração de cursos e acções conjuntas de formação que visem suprir carências em domínios científicos e tecnológicos existentes, no aproveitamento dos recursos humanos (docentes e investigadores) e/ou das instalações físicas já disponíveis por ambas as instituições, na coordenação de projectos e pesquisas (quer em simples parceria bilateral, quer em colaboração alargada, com outros mais intervenientes), bem como colaborar na dinamização do funcionamento dos cursos ministrados pelas Unidades Orgânicas do IPC. E vão tentar promover todas essas acções a partir da Figueira da Foz, a cidade, vizinha de Coimbra, da Foz do Mondego.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Boas entradas (V)

Uma democracia saudável, na Figueira ou em qualquer lugar no mundo, necessita de projectos alternativos, sob pena de cair naquilo em que caímos, (depois de um breve interregno de 4 anos...), pós 29 de setembro, p.p.  — numa nova ditadura da maioria, agora rosa,  16 depois  da ditadura laranja do dr. Santana  (continuada pelo eng. Duarte Silva...) que, por sua vez,  tinha sucedido à ditadura rosa do eng. Aguiar de Carvalho...

Boas entradas...



Sobre mim, que eu saiba, há quem pense: «não gosta de ninguém».
Sobre mim, que eu saiba, há quem pense:  «gosta demasiado das pessoas».
Apenas tenho a dizer: todos têm razão.
Como diria o Solnado: façam o favor de ser felizes.
Todos.

"Vistos Gold"

Ao abrigo do programa – que, segundo Portas, excedeu largamente os objectivos – foram concedidos 471 vistos gold, que se traduziram em mais de 300 milhões de euros investidos na compra de casas, que animaram o segmento de luxo do imobiliário.
E eu que pensava  que isto é simplesmente um sinal de que o país se transformou numa república das bananas, que o quer é dinheiro, venha ele donde vier.
Cresci num Portugal onde o dinheiro tudo comprava. 
Depois, veio o 25 de Abril de 1974 e comecei a pensar que  passávamos  a ser um país com valores, onde não seria  fácil, por exemplo,  lavar dinheiro.
Mas, agora temos os Vistos Gold.
Eles são a aceitação, por parte do Estado, de que há cidadãos de primeira e de segunda: aqueles que podem residir em Portugal, apenas e só, porque têm dinheiro para o fazer – seja através da compra de um imóvel de meio milhão de euros ou de um depósito bancário de um milhão – e aqueles que não o têm e, por isso, não podem ficar cá.
Os primeiros, os ricos, podem até nem cá viver. Têm apenas que passar um determinado número de dias por ano em Portugal. Mas podem trazer a família com eles e viajar livremente pela União Europeia. Os segundos, os pobres ou remediados, até podem querer viver realmente em Portugal. Podem ter planos para trabalhar, criar empresas e emprego, casar, ter filhos e ajudar o país a crescer. Mas não têm automaticamente direito a um visto. Seja gold ou de latão.
Nesta contabilidade há maioritariamente chineses. Mas, também, vieram da Rússia, Brasil, Angola e África do Sul.
Todos têm uma coisa em comum: nenhum deles obteve o visto gold através da criação de emprego em Portugal. Só um, que se saiba,  terá investido realmente num projecto hoteleiro (que já tinha adquirido anteriormente). Os restantes, obtiveram-no graças à compra de imóveis (a maioria) ou ao depósito bancário de um milhão de euros. Grande parte procura em Portugal um ponto de abrigo para o caso de as coisas lhes correrem mal nos seus países.
Claro que isto beneficia alguma gente: as imobiliárias, os construtores civis, os escritórios de advogados que servem de intermediários, os bancos que vêem os seus depósitos aumentar, o Estado que, indirectamente, recolhe benefícios e a própria economia. 
Numa época de crise,  os investimentos são bem-vindos. Mas isso não significa que a forma como estes são captados seja aceitável, sem discussão.
Pelo menos por enquanto...

sábado, 28 de dezembro de 2013

Rápidas melhoras...

Em 27 Junho 2010, estádio novo e academia  eram  as prioridades de Aprígio...
O encontro do CN Seniores entre a Naval 1.º de Maio e a AD Manteigas foi cancelado por solicitação da equipa da Figueira da Foz, que decidiu não comparecer ao jogo por falta de atletas. 
O jogo, que estava agendado para as 15h00 de amanhã, domingo, dia 29 de dezembro,  era referente à 16.º jornada do Campeonato Nacional de Seniores. 
A Naval 1.º de Maio justificou a opção pela falta de comparência devido ao avultado número de jogadores indisponíveis devido a lesão, facto que impossibilitou apresentação de uma equipa com atletas suficientes para entrar em campo neste fim de semana. 
Assim sendo, a Naval 1.º de Maio será punida com uma derrota por 3-0 frente à AD Manteigas, pena que terá ainda de ser ratificada pelo CD da FPF.

Divisão de Desenvolvimento Económico e de Turismo, Serviços Municipalizados de Turismo, João Portugal, João Ataíde, PS Figueira...

foto sacada daqui
A criação da Divisão de Desenvolvimento Económico e de Turismo, afastou, definitivamente, a constituição dos Serviços Municipalizados de Turismo.
Recentemente, a coligação que concorreu à Câmara nas últimas eleições autárquicas, liderada pelo PSD Figueira, veio lembrar que João Portugal, líder local do PS desde há quatro anos e vereador desde setembro, mudou de opinião,  pois defendia a segunda solução, questionando as razões da mudança.
Eis a resposta de João Portugal, que li no Diário As Beiras, publicado no dia de Natal: “Durante o processo eleitoral tive uma conversa com o presidente da câmara sobre o assunto e ele pediu a minha compreensão. Quem integra uma equipa, tem de saber respeitar a vontade do colectivo”.
Agora mesmo, via Andreia Gouveia facebook, fiquei a saber que na Assembleia de Freguesia de Buarcos “foi aprovado, com uma abstenção da bancada socialista e nenhum voto contra, o protesto - apresentado por Carlos Tenreiro em nome da bancada do movimento Somos Figueira - relativamente à intenção da autarquia de não concretizar a criação dos Serviços Municipalizados de Turismo, optando por uma divisão, sem autonomia administrativa. Recorde-se que os Serviços Municipalizados de Turismo, aprovados no anterior mandato de João Ataíde, então sem maioria absoluta no executivo, deveriam suceder à empresa municipal Figueira Grande Turismo, extinta por imperativo legal. A entidade agora rejeitada pelo executivo, maioritário, de João Ataíde, contou, à época, com o aval e a defesa da então vereadora pelo PS, Isabel Cardoso, ex- administradora da FGT e actual presidente da Assembleia de Freguesia de Buarcos. Do protesto será dado conhecimento à Câmara Municipal da Figueira da Foz e à Assembleia Municipal da Figueira da Foz.”
Tentar compreender a existência do dia a dia de um partido como o PS Figueira, é como tentar compreender a contabilidade de uma empresa mal organizada...
A meu ver, para tentar colocar alguma ordem na casa, seria assim... 
O PS,  sensível e vivo, deveria ser registado nas contas do activo imobilizado corpóreo (contas 42 do POC); por sua vez,  o PS, carreirista e inanimado, seria registado no activo circulante (contas 31); a alma, se porventura ainda existe no PS Figueira, ficaria registada nas imobilizações incorpóreas (contas 43); finalmente,  as ideias – partindo do princípio que existem -  nas disponibilidades (contas 15). 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Olhem que crítica mais fofinha!..

Caso TAP...

Em tempo.
Sim senhor... Com que então, "Cavaco precipitado e infantil"!...
E, eu, já naquela fase em que a segunda  coisa para onde olho numa mulher é para o dedo anelar da mão esquerda, e começo a sentir que o melhor é esperar pela "segunda ou terceira vaga", porque, nesta, as melhores já foram... 

O Natal trouxe uma promoção nos preços de estacionamento do HDFF...

E tudo por causa «do uso indevido da via de acesso ao hospital bem como da utilização da zona de estacionamento hospitalar por não utentes, designadamente por utilizadores das praias próximas»!..
Como prova a foto acima, desde 4 de novembro passado, o parque que serve a praia próxima tem tido esta utilização... 
Mesmo em dias de rigoroso e genuíno inverno, como o de hoje!..

Não levem a mal, estamos em Portugal...



O ano de 2013 registou a criação de 21,8 mil empregos líquidos entre Janeiro e Setembro, segundo os dados disponíveis mais recentes. O valor fica bem longe dos "120 mil novos empregos líquidos" que Passos Coelho garantiu terem sido criados até Setembro deste ano na mensagem de Natal desta semana. Para o valor do primeiro-ministro ser correcto, o ano de 2013 teria de ter começado em Março, ignorando-se assim a sua parte mais negativa: entre Janeiro e Março perderam-se 100 mil empregos.
Para que o valor de Passos Coelho batesse certo com a realidade, Portugal teria de ter chegado ao final de Setembro com 4,65 milhões de pessoas empregadas, o que significaria que teríamos menos 98 mil desempregados que aqueles que existem hoje em Portugal.


Jornal i

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Mensagem de Natal de Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro de Portugal (II)

 “Os melhores anos estão para vir”, disse Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro de Portugal, dr. Pedro Passos Coelho...
Desta forma,  leve e despretensiosa, foram atirados para o lixo 900 anos de história deste País à beira mar plantado. 
Presumo que o primeiro-ministro tente agora cultivar uma pose de estadista. A ideia é boa. O resultado, para já, é que não.

Mensagem de Natal de Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro de Portugal

Portugal empobreceu.
Portugal sofreu.
Portugal ressacou.
Portugal ressuscitou!..
Vai haver:
Crescimento económico em Portugal.
Políticos honestos em Portugal.
Lugares de estacionamento não pagos em Portugal e no Hospital.
Bons jogos de futebol em Portugal.
Justiça célere em Portugal para quem se portar mal...
Optimismo em Portugal.
Gajas boas e simpáticas em Portugal.
Gajas boas e inteligentes em Portugal. 
Gajas boas, inteligentes e simpáticas em Portugal...
Portugal enlouqueceu?..
Ou 2014 vai ser um ano anormal?...
(Porém, o Primeiro-Ministro, na sua mensagem de Natal, ao bom povo de Portugal, avisou que vai usar "todos os instrumentos" à sua disposição para cumprir o programa de resgate. 
O mesmo é dizer, que vai valer tudo até junho de 2014. 
Em resumo: não se sabe, em concreto, o que aí vem, mas as perspectivas são mesmo muito sombrias...)
Não levem a mal.
Estamos em Portugal.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Um retrato de alguns dos responsáveis da situação a que isto chegou...

Como presumo que muitos  leitores  não partilham este meu sentimento pouco positivo e optimista, em relação à quadra que atravessamos, e tendo em consideração que o Outra Margem é - e sempre será  um blogue pluralista -, deixo-vos aqui o meu presente para este dia de Natal, que obedece ao princípio "oferece aos outros aquilo que gostarias que os outros nunca te tivessem oferecido a ti". Bom dia.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Erosão a sul da barra do Mondego avança "a olhos vistos"... Era assim tão difícil prever o que era previsível?

foto Pedro Agostinho Cruz
Estávamos em  11 de abril de 2008, uma sexta-feira.
O prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz foi adjudicado nesse dia, um ano depois do lançamento do concurso público que sofreu reclamações dos concorrentes e atrasos na análise das propostas.
A obra, considerada fundamental pela tutela e comunidade portuária, visava permitir a melhoria das condições de acessibilidade ao porto da Figueira da Foz.
Cerca de dois anos depois de concluída a obra, a barra, para os barcos de pesca que a demandam está pior que nunca e a erosão, a sul, está descontrolada. 
Neste momento, pode dizer-se, sem ponta de demagogia, que é alarmante: o “mar continua a “engolir” sistema dunar em S. Pedro”.
Repito a pergunta que fiz neste Outra Margem, nesse dia 11 de abril de 2008, pois ainda não obtive resposta:
Será que alguém sabe, porque estudou, as REPERCUSSÕES QUE MAIS 400 METROS NO MOLHE NORTE terão na zona costeira na margem a sul do Mondego?
A faixa litoral constitui uma peculiaridade no território, quer na perspectiva da sua ocupação antrópica, quer pela sua dinâmica natural.


Na realidade, é fácil constatar que à escala global o crescimento demográfico é assimétrico, com variantes sociológicas bem marcadas, mas com uma componente geográfica em que as regiões costeiras registam sistematicamente valores elevados.
O litoral constitui, assim, um espaço de interface onde se travam os maiores conflitos, entre modelos de ocupação, entre as várias actividades em desenvolvimento, e entre estes e os valores de conservação ambiental.
É neste território, escasso, que têm de coexistir interesses vários: urbanos, industriais, comerciais e turísticos.
É precisamente o que se está a passar no litoral do nosso concelho. O prolongamento do molhe norte em mais 400 metros é disso exemplo.
E o grave da situação, para nós, habitantes do sul do concelho, é que as “obras no Molhe Norte, têm precisamente impacte maior nas praias a sul”.

Tal como escrevemos há poucos dias, andamos a alertar há vários anos neste espaço para o problema. Temos andado a pregar no deserto, mas a realidade, infelizmente, está a dar-nos razão.
Para poupar tempo e trabalho, destacamos apenas algumas postagens que temos feito ao longo dos anos de existência deste espaço, sobre o tema da erosão costeira na Figueira, para tentar alertar os diversos  "quens" de direito.
Por exemplo, estaestaestaesta, estaesta.
Mas há mais. Basta escrever no canto superior esquerdo a palavra erosão e clicar.

Mais fotos aqui.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Espero que gostem da vossa prenda! Bom Natal!

Bom Natal, pobrezinhos
Esta maldita crise está a dar cabo da vida de muita boa gente!  
Américo Amorim, o famoso Rei da Rolha, perdeu, só no primeiro semestre de 2013, 67 milhões de euros, ficando apenas com 1 989 078 921 euros, coitado!…
Mas há mais a lamentar.
O pobre do Berardo só conseguiu sacar 27 milhões nos primeiros 6 meses deste ano, o Belmiro não foi além dos 62 milhões e mais uns trocos e até o Alexandre Soares dos Santos – aquele benemérito que faz descontos de 100% no Pingo Doce – só arrecadou 561 684 694 euros no primeiro semestre deste ano.
Apesar de ser Natal, continuamos verdadeiramente enrascados!
A mim, cortaram-me 10% do subsídio de desemprego e depois mais 6%. Devolveram-me esses 6%, mas voltaram a cortar em julho, mas só me avisaram em outubro que tinha de fazer a devolução.
Espertos, em setembro houve eleições!..
Sorte tenho eu, apesar de já me estar a assoar ao papel higiénico – acabou a verba para lenços de papel.
Imagino o que não estarão a passar o Soares dos Santos e o Belmiro, coitados, obrigados como devem estar a assoar-se aos folhetos promocionais do Pingo Doce e do Continente…
Não sou destas coisas, mas como é Natal, pobrezinhos, tomem lá prenda.
Consegui encontrar um Pai Natal para a distribuição. Basta clicar aqui, esperar que o relógio pare e, assim que aparecer o Pai Natal, seguir as instruções que ele vai dando. 

Passos Coelho já não manda

Por maior que seja a evidência, é preciso tentar compreendê-la, desde logo colocando a questão principal: por que razão Pedro Passos Coelho insiste num caminho que o povo não quer seguir e que o Tribunal Constitucional não vai permitir que seja percorrido?

A resposta é simples: O primeiro-ministro já não manda.

Só assim é possível interpretar, racionalmente, a estratégia de perdedor que o chefe do governo teima, teima, teima, em tentar levar por diante, por mais tombo em cima de tombo, qual líder esgotado e sem soluções que insiste em bater com a cabeça contra a parede.

A tentativa de ganhar tempo é evidente. Porém, há uma outra razão a montante deste comportamento politicamente suicida que não deve ser escamoteada: Pedro Passos Coelho já percebeu que não vai conseguir reformar o país pelo ataque aos privilégios de uma corte demasiado poderosa e habituada a estar sentada à mesa do orçamento.

Por isso, arrepiou caminho e optou por rapar o mais possível nos mais pobres e reformados, criando a ficção que os sacrifícios são para todos.

domingo, 22 de dezembro de 2013

O Grau Zero da Consciência Marítima… ("Ao Mar, Nunca Se Vira as Costas…!")

foto sacada daqui
Numa situação datada de 15.12.2013, tomou-se conhecimento, com tristeza, da lamentável e trágica ocorrência de seis mortos (estudantes universitários…!), na praia aberta e desabrigada (praia típica da "Arte-Xávega") do Meco, a sul da Costa de Caparica... Essas pessoas foram levadas por uma onda, quando estavam à beira da rebentação, de noite, em Dezembro, vestidas com as respectivas "vestes académicas"…!
A verdade é que, a nível geral, em Portugal e na sociedade portuguesa, é hoje em dia absolutamente dramática e dolorosa a falta de conhecimento, de familiaridade, de experiência e de respeito pelo Mar…! Como se ele não existisse... Como se ele fosse simplesmente um cenário… Um cenário mais… igual a todos os outros cenários (os cenários virtuais de que as vidas, hoje em dia, são feitas...). Um cenário imóvel, ou movendo-se, virtualmente, lá no seu lugar…
Num país de pretensiosismo e preconceito social, em que tudo o que for real, prático e produtivo, é desvalorizado por ser "popular" (e as populações e as novas gerações são incentivadas para valorizarem socialmente sobretudo aquilo que for bizantinamente teórico e académico, ritual, e alienado da verdadeira realidade), atingiu-se na sociedade e na cultura portuguesas uma situação última e paradoxal — uma situação incompreensível, e inacreditável... — de afastamento do mar, e da consciência marítima, e de toda e qualquer espécie de experiência das coisas marítimas (até as coisas mais elementares...!). E tudo isto está a acontecer ao mesmo tempo que, como sempre, se continuam a repetir as retóricas do "país marítimo", e dos "Descobrimentos", e do "regresso ao Mar"…! Ora, a verdade é que, infelizmente, Portugal virou as costas ao Mar e está, desde há muito, a ignorá-lo, e a esquecê-lo, e a viver completamente de costas voltadas para ele.
Infelizmente, em Portugal, hoje em dia, entre as populações em geral, e entre a juventude, não se tem prática nem sequer das mais essenciais e mais básicas das experiências do mar: as da rebentação, na praia... as que tão bem conhecem, no seu dia-a-dia, os Surfistas e os Pescadores da "Arte-Xávega".  
"Ao Mar, nunca se vira as costas"…! Mas, em Portugal, infelizmente, hoje em dia, atingiu-se o último grau — o grau zero — da consciência marítima.

CEMAR

Padre António Vieira:

"Quem tem muito dinheiro, por mais inepto que seja, tem talentos e préstimo para tudo; quem o não tem, por mais talentos que tenha, não presta para nada." 

É Natal!

Detesto o Natal.
Normalmente está frio e tende a chover – como vai acontecer mais uma vez este ano...
Todavia, uma das principais razões pelas quais detesto o Natal, prende-se com o facto de ser um período em que a hipocrisia atinge o seu nível máximo.
Por fim, e sem que tal signifique que se esgotam aqui as razões pelas quais detesto o Natal, d
etesto o Natal porque, todos os anos, invariavelmente, acontecem coisas destas...
O Natal continua a ser o que era...

sábado, 21 de dezembro de 2013

Sectarismos...

Alguns militantes mais "sectários" do BE e do PCP,  já nem andam de táxi… só porque aquilo ostenta um letreiro a dizer "LIVRE".

É cada vez mais preocupante a erosão costeira a sul da Figueira da Foz

A erosão costeira ocorre quando a taxa de remoção de sedimentos é maior do que a de deposição. Inúmeros são os fatores que causam este desequilíbrio entre “o que chega” e “o que sai”.
Aqui, a sul do 5º. Molhe, na praia da Cova-Gala, a situação é cada vez mais perigosa e preocupante desde que foi realizada a obra de prolongamento do molhe norte da barra da Figueira da Foz.
Andamos a alertar há vários anos neste espaço para o problema. Temos andado a pregar no deserto, mas a realidade, infelizmente, está a dar-nos razão.
Para poupar tempo e trabalho, destacamos apenas algumas postagens que temos feito ao longo dos anos de existência deste espaço, sobre o tema da erosão costeira na Figueira, para tentar alertar os diversos  "quens" de direito.
Por exemplo, estaestaestaesta, estaesta.
Mas há mais. Basta escrever no canto superior esquerdo a palavra erosão e clicar.

Mais fotos aqui.

Passos vai insistir...

foto daqui
Apesar do chumbo à proposta da reforma das pensões, Passos declara que o acórdão "deixou algumas portas abertas", o que considera um sinal positivo. "O Governo estudará agora o novo contexto para apresentar uma nova medida que permita atingir os objetivos”, por forma a que Portugal consiga "reconquistar os investidores nacionais e internacionais", referiu ainda. É agora com base no documento do Constitucional que o Governo irá apresentar o plano B.
"Apesar desta decisão do Tribunal Constitucional não permitir a medida de convergência de pensões, parece-nos claramente que o acórdão revela que não é inconstitucional reduzir o valor das pensões em pagamento, embora num contexto de reforma mais geral e reunidas certas condições", considerou Passos Coelho.

Que bem escrito!..

"Neste Governo, minirremodelação é pleonasmo. Ninguém espera que saia grande coisa de um buraquito. Mas anunciada uma mini junto ao chumbo do Tribunal Constitucional parece termos um grande problema. Calma: há um plano B! Embora este seja outro pleonasmo: com este Governo, o plano é sempre B, deve saltar-se o A. Nos Conselhos de Ministros, quando um ministro diz "chefe, tenho uma ideia!", Passos Coelho devia dizer: "Deixa cair essa, diz-me lá a seguinte." É, o nosso sonho era ter um Governo q.b., de medida certa, mas calhou-nos um Governo Pb, símbolo de plumbum, chumbo. O chumbo é um metal tóxico, pesado e maleável. Confere. E mau condutor de eletricidade (olha, vender a EDP deve ter sido a sua única medida certa...) Enfim, este é um Governo chumbado a zagalote do TC, mas, felizmente, há um plano B: fazer um vídeo. O enredo já meio Portugal conhece, há só que mudar as personagens. Aparece uma ministra que tenhamos loura, de passada firme pelos passeios de Lisboa, enquanto se ouve uma voz ao fundo: "Maria Luís Albuquerque e Associados é hoje uma boutique vocacionada para a recuperação de impostos." Entretanto, vão aparecendo um a um os morenos do seu escritório. Passos Coelho no Terreiro do Paço, de cabelos esvoaçantes (há que fazer, rápido, o vídeo...), Paulo Portas a entrar para um táxi, Aguiar-Branco numa arcada... No fim, todos os morenos à volta da loura. E a voz-off: "Os resultados obtidos falam por nós." Oh quanto!"

Ferreira Fernandes

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Município da Figueira da Foz

Consequências das reuniões à porta fechada: nota de imprensa marada!..

"Realizou-se ontem a Reunião de Câmara Extraordinária onde, entre outros assuntos, foram votadas as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2014.
Por lapso, foi enviada Nota de Imprensa informando que este ponto teria sido aprovado com cinco votos a favor e quatro contra da Coligação Somos Figueira.
Na realidade, a referida Coligação absteve-se na votação tendo ficado, como resultado final, 5 votos a favor e 4 abstenções."

Figueira aprova orçamento de 43 milhões para 2014

As grandes opções do plano para os próximos quatro anos e o orçamento de 43 milhões de euros – menos cinco milhões de euros do que no ano passado – para 2014, foram aprovados ontem na reunião extraordinária da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Os documentos passaram com cinco votos a favor da maioria no executivo e quatro votos contra da coligação “Somos Figueira”.
De acordo com o presidente da câmara, João Ataíde, citado em nota de imprensa da autarquia: “este é um orçamento mais ágil e de fácil leitura apesar de fortemente condicionado pelo plano de saneamento financeiro em curso e pelo serviço da dívida que se prevê de seis milhões de euros de amortização de capital e cerca de dois milhões de juros”.
O autarca acrescenta, na mesma nota, que se trata de um “documento realístico e rigoroso em face das contingências existentes”.
Por sua vez, a autarquia aprovou também a proposta de “reorganização dos serviços do município”, com quatro votos contra da coligação e cinco a favor do executivo. A câmara destaca que “com esta aprovação, operacionaliza-se a criação da Divisão de Desenvolvimento Económico e de Turismo em detrimento dos Serviços Municipalizados”.
Segundo a autarquia figueirense regressa-se “ao modelo antigo existente” na câmara “antes da criação da empresa Figueira Grande Turismo”. Como tal, João Ataíde referiu que “a concessão do Parque de Campismo ficará adiada, aguardando pelas orientações do novo Quadro Comunitário de Apoio”. Nessa altura será analisada a possibilidade de enquadrar qualquer candidatura nos apoios previstos que “permita melhorar ainda mais aquele equipamento” que vem dando resposta à procura turística da cidade.
Por sua vez, os vereadores da Coligação Somos Figueira reagiram à votação de ontem, em reunião de Câmara, das Grandes Opções do Plano e Orçamento, emitindo o seguinte comunicado.
"O grupo de vereadores da coligação Somos Figueira absteve-se na votação das Grandes Opções do Plano 2014-2017 e do Orçamento para 2014, na reunião camarária extraordinária que teve lugar esta quinta-feira, dia 19 de dezembro.
Uma reunião pela qual, aliás, não pudemos deixar de manifestar a nossa discordância e repúdio por ter sido realizada à porta fechada, tendo em conta a importância do documento apresentado e sua consequente votação.
Relativamente ao documento em questão, este grupo de vereadores não compreende, em primeira instância, como é que a rubrica relativa às Despesas com Pessoal sofre um aumento de cerca de 238 mil euros comparativamente com o ano transato, uma vez que o número previsto de funcionários diminui.
O executivo, por nós questionado sobre este fenómeno, numa rubrica que deveria apresentar uma tendência de diminuição e não de aumento, não nos soube responder.
Por outro lado, e do nosso ponto de vista, não poderíamos votar favoravelmente um documento que não define quais as prioridades para o concelho nos próximos anos. Tal como fizemos questão de referir, essa estratégia não está delineada de forma clara nas Grandes Opções do Plano 2014-2017.
Através do referido documento, não é percetível qual a estratégia do município e aquilo que os figueirenses podem esperar nos próximos quatro anos.
Como tal, consideramos que existe ainda a visão de que o Orçamento é apenas um documento contabilístico, meramente apresentado como uma folha de “Excel”, e tal constituiu, no nosso entender, um grave problema de base, que não pode acontecer.
O orçamento deve ser encarado como um instrumento indispensável para a definição de políticas e de prioridades que o executivo tem e deve definir.
Ao mesmo tempo, não podemos também deixar de frisar que a diminuição de 60% registada relativa às Transferências de Capital, é o espelho de que o município não soube aproveitar os fundos comunitários.
Nota-se claramente que as principais obras efetuadas foram aquelas que transitaram de anteriores executivos (nomeadamente o Mercado Municipal e as obras de regeneração urbana) e que a quebra acima referida relaciona-se diretamente com a inexistência de novas candidaturas ao QREN.
Outro ponto importante levado à discussão e votação neste mesmo dia foi a Reorganização dos Serviços Municipais. Uma questão que volta à reunião de câmara passado um ano, com o objetivo de aproveitar a força da maioria para decidir de forma diferente aquilo que tinha sido aprovado no mandato anterior.
Assim, foi hoje proposta uma nova reorganização, onde os serviços municipalizados de turismo são substituídos por uma divisão. Tal decisão é, na nossa opinião, um erro porque, como já tínhamos afirmado, entendemos que é importante conferir peso institucional e politico ao turismo e ao desenvolvimento económico, o que manifestamente não acontece apenas com a existência de uma divisão.
É por isso de lamentar que o presidente da câmara não tenha executado uma deliberação do órgão durante um ano para agora vir decidir em sentido contrário.
Ficamos também agora a saber o novo pensamento do vereador executivo João Portugal que até há um ano era a favor da criação dos serviços municipalizados.
Mas e o que pensa o Partido Socialista sobre este assunto?
A coligação Somos Figueira votou ainda contra a proposta de Aquisição de Serviços de Auditoria Externa das contas do município, nos termos da Lei das Finanças Locais, por entender que a forma como todo o processo decorreu anteriormente, o que faria sentido era a abertura de um concurso público, sugestão que não foi aceite pelo executivo socialista. Como tal, não queremos participar nesta guerra de auditores nem de escolhas pessoais".

Fontes:

Este meu amigo Fernando é do "caracoles"... Gosto dele por ser assim

Carvalho da Silva, "O comunista morto"
Mário Soares - o gaveta-funda, lembram-se? - é um político bem-abrigado, que tem ultimamente apostado na muito ecuménica ideia de federar as esquerdas. Apesar de achar que um comunista bom é um comunista morto, Soares não se importa nada de até elogiar os comunistas (já elogiou, por exemplo, Álvaro Cunhal) mas - e é aqui que reside a sua intransigente coerência - só o faz desde que estejam mesmo mortos.
Talvez tenha sido por isso que um belo dia dirigiu rasgados encómios a Carvalho da Silva, quando este ainda era sindicalista.
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Mas agora Carvalho da Silva é professor universitário e investigador. E, para Soares, um príncipe encantado. Ou melhor, uma espécie de novo condottiere, mas desquerda. Mas não daquela esquerda que quer a sociedade sem classes e justiça, saúde e educação e oportunidades iguais para todos, não. Nem da que pretende uma maioria, um governo e um presidente, que é a única via de tornar tudo isso (ou parte) possível. Não - trata-se de uma esquerda diferente. Mais maneirinha. Mais fluidazinha. Enfim, mais pífia. Esta é uma esquerda que não pretende mudar nada. Muito menos perturbar os mercados.
O seu único desígnio confesso é “influenciar um futuro governo”. Exactamente. O sonho molhado de Soares.

O mar da minha Aldeia, esta manhã...

foto António Agostinho
Adoro o mar, em especial o da minha Aldeia...
Vivo perto dele e adoro-o. Adoro senti-lo, adoro o seu odor, adoro o se cheiro intenso e único -  adoro o mar!
Adoro passear pela beira mar e ver sempre à frente dos olhos aquele grandioso e imenso azul, intenso e brilhante, listado de branca e clara espuma.
Adoro o ar do mar, o ambiente marítimo.
Fascina-me e engrandece-me.
Por isso, esta manhã, apesar do rico dia de inverno que hoje temos, fui espairecer, levar na face com o vento forte, sentir o cheiro deste imenso mar azul, hoje,  listado de espuma branca.
É este ambiente que me ajuda a viver e a usufruir a vida.
Gostos simples os meus, como este fantástico ambiente marítimo, uma das poucas coisas  que tenho a sorte de ainda poder curtir de borla.
Melhor que isto, só talvez as Berlengas, pois  acho que não me daria lá muito bem com o  ambiente marítimo que se vive na Madeira.
Hoje.

Gostei de ler a crónica “Natal mais ou menos cristão”, de Rui Curado da Silva

“Uma mãe com uma filha menor, desempregada, sob a iminência de ser despejada de casa em pleno inverno, conseguiu manter o domicílio e a sua pequena célula familiar graças à intervenção e ao esforço de várias instituições de solidariedade social do nosso concelho.
No entanto, esta célula familiar era beneficiária do chamado “rendimento mínimo”: 90 euros por mês.
Uma fartura! Quando tomei  conhecimento deste valor, veio-me à memória uma rapsódia de discursos contra o “rendimento mínimo”. Um conhecido intelectual escreveu que os beneficiários do rendimento mínimo que tinham piscinas despoletavam a cólera dos pobres.
Uma jovem licenciada jurou-me que crianças ciganas do rendimento mínimo se exibiam frequentemente com notas de 500 euros.
Uma empregada de uma bomba de gasolina berrava no posto que se fosse primeira-ministra a primeira coisa que fazia era “acabar com o rendimento mínimo a esses malandros”.
Num país supostamente católico, esse discurso populista que atiça pobres contra pobres encontra paradoxalmente terreno fértil. O nosso vice-primeiro-ministro é um dos peritos desse desporto digno das arenas do Império Romano. Já aqui escrevi que não sou crente, mas ainda me recordo do que aprendi na catequese. Não foi nada disto. Já seria um grande progresso se nesta época natalícia os católicos (e não só) combatessem esse cínico discurso populista.
Poderá ser tão útil quanto oferecer um reconfortante pacote de arroz ao Banco Alimentar Contra a Fome.”

Em tempo.
Depois de ler este texto no jornal AS Beiras, até porque estamos numa semana um bocadinho mais crente, lembrei-me daquela espantosa tese hindu: o mundo nasceu como uma ilusão, mas Deus, compadecido das criaturas iludidas, fez com que o mundo se tornasse real.