sábado, 31 de dezembro de 2022

Morreu Bento XVI, o Papa emérito

1927-2022 

«O Papa emérito Bento XVI morreu neste sábado, aos 95 anos, no mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano, onde vivia há cerca de dez anos. Bento XVI , cujo nome de batismo é Joseph Ratzinger, foi eleito para presidir os destinos da Igreja Católica em 2005, sucedendo a João Paulo II. Renunciou em 2013, sendo desde então Papa emérito.»

Porque a comunicação é importante e nem tudo é mau, fica algo que merece ser relevado...

2023 TRAZ UM (PEQUENO GRANDE) INCENTIVO: AO JORNALISMO E AOS LEITORES

"A partir de 1 de janeiro de 2023, passam a poder ser deduzidas à coleta (efeitos fiscais) as despesas com assinaturas de jornais e revistas (em papel e por via digital) até 300 euros, para o contribuinte individual, ou 450 euros para o agregado familiar. (Artigo 78, Alínea A, Código do IRS).

Pode parecer que é pouco, pode parecer insignificante, mas é um passo – nunca dado até agora – e que pode fazer a diferença para muitas editoras onde as assinaturas são importantes.

O jornalismo não sobreviverá sem soluções sustentáveis, à cabeça, a começar na publicidade, o garante maior da sua sobrevivência. Mas o Orçamento do Estado para 2023 traz, pela primeira vez, uma dedução que, incentiva não só a compra de jornais e revistas, como também pode dar um alento aos editores. Que possa ser um empurrão para credibilizar uma profissão que há muito tem sido desvalorizada. Não é um passo de gigante, mas é um pequeno avanço que, julgo, terá pelo menos alguma esperança na forma como, no futuro, teremos de nos reinventar. Hoje já é tarde. Bom Ano Novo a todos!"

Para tentar evitar futuros encerramentos...

"... Câmara da Figueira da Foz prevê a criação de uma bolsa de assistentes técnicos (administrativos), pelo município, para preencher as férias e as baixas médicas dos profissionais das unidades de saúde".

"Reabertura das extensões de saúde de São Pedro e Marinha das Ondas, está prevista para a próxima segunda-feira."

"Foram também abordados assuntos relacionados com o funcionamento das unidades de CSP do concelho e as soluções a aplicar durante as obras de reabilitação da ponte Edgar Cardoso."

Imagem via Diário as Beiras...

A propósito das obras na Ponte Edgar Cardoso e do encerramento temporário das extensões de saúde de São Pedro e da Marinha das Ondas.

Para quem trabalhe ou resida na Marinha das Ondas, Alqueidão, Leirosa,  Costa de Lavos, Lavos, Paião, Cova, Gala, que tenha de se deslocar à cidade e não tenha transporte próprio, a rede de transportes públicos do Concelho da Figueira da Foz existe ou apenas não cumpre os horários?

“Quem necessita de ser guiado por um pastor, só pode ter a inteligência de um borrego.” – Friedrich Nietzsche

 "O fim aproxima-se".

«Se 2022 foi um ano de completa desordem mundial, 2023 será o caos que determinará a nova ordem do mundo. De 2023, ou melhor dos acontecimentos de 2023, nascerá uma nova vida no mundo. Em parte dele, os borregos e os burros podem dormir (ao frio e com fome) descansados.»

"Pedro Nuno Santos apresenta demissão. Costa aceita"

Via Rádio Renascença


"O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, apresentou a demissão, na sequência do caso TAP/Alexandra Reis, e o primeiro-ministro, António Costa, já aceitou.

A notícia foi conhecida ao início da madrugada desta quinta-feira, através de um comunicado do Ministério enviado às redações. A nota oficial revela que o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, também pediu para deixar o Governo.

O ministro Pedro Nuno Santos diz que apresenta a demissão ao primeiro-ministro devido às onda de choque do caso da indemnização paga pela TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis."

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Extensões de Saúde de São Pedro e Marinha das Ondas devem abrir no início da próxima semana

 Via DIÁRIO DE COIMBRA

"Os centros de saúde de Marinhas das Ondas e de São Pedro, na Figueira da Foz, devem reabrir na próxima segunda-feira. Pelo menos foi essa a garantia que o diretor executivo da ACES Baixo Mondego, José Luís Biscaia, deixou a Pedro Santana Lopes, presidente da Câmara Municipal, e a Olga Brás, vereadora com o pelouro da Saúde, na reunião que decorreu ontem nos Paços do Concelho."

Nobel: quem foram os escritores portugueses propostos para o prémio?

Pedro Correia, via Delito de Opinião

Aquilino Ribeiro (1960), Ferreira de Castro (1952, 1969, 1970) e Miguel Torga (1959, 1961, 1962, 1965, 1966)

"Em 115 anos de distribuição do Prémio Nobel da Literatura, Portugal teve até hoje apenas um laureado: José Saramago, distinguido em 1998 - talvez não por coincidência apenas três anos após a publicação da sua obra-prima Ensaio Sobre a Cegueira, que daria um inspirado filme produzido em Hollywood. 

Mas valha a verdade: não foi por falta de tentativas que só tivemos até agora um vencedor. A recente abertura aos investigadores dos arquivos do Comité Nobel permitiu saber em pormenor quem foram os escritores considerados em cada ano, desde 1901 até há meio século (de 1972 para cá, as opções do júri continuam abrangidas por cláusulas de confidencialidade).

Na parte que nos toca, é possível concluir isto: nunca faltaram candidatos das letras lusas. Logo desde o primeiro ano, quando foi proposto para o Nobel o dramaturgo D. João da Câmara.

O problema é que quase nunca as sugestões formalmente apresentadas em Estocolmo eram dignas de crédito - por deixarem de fora os melhores escritores da sua época (Torga e Aquilino figuraram entre as raras excepções) e valorizarem nomes de terceiro ou quarto plano, hoje totalmente esquecidos.

Como se pode comprovar pela lista que se segue."

Para continuar a ler clicar aqui.

O «campeão e recordista» porto comercial da Figueira da Foz...

 Imagem via Diário as Beiras, edição de 27 de Dezembro de 2022


Texto: Miguel Almeida, 25 de Maio de 2015

"O Porto da Figueira da Foz volta a bater recordes e é inegável a sua importância para o desenvolvimento da economia local e regional. O papel que o porto desempenha na movimentação de carga, facilitando o escoamento de bens produzidos no concelho e contribuindo para o valor das exportações concelhias deve ser cada vez mais realçado.  

Apesar desta superação de objectivos o porto continua a lutar com dificuldades no que respeita às dragagens, que durante o ano passado constituiu uma enorme dificuldade para actividade portuária e um gigantesco risco para a frota pesqueira. 

Esperemos que a nova administração do porto, consiga ultrapassar essas dificuldades." 

Como lidar com gente que veio ao mundo para "danificar pneus", só porque sim?

Imagem: Diário de Coimbra e Diário as Beiras

Texto via Diário de Coimbra

"O indivíduo de 54 anos suspeito de ter vandalizado uma centena de viaturas na madrugada de domingo aceitou regressar voluntariamente para o Estabelecimento Prisional de Coimbra, onde estava detido e de onde saiu, beneficiando de uma precária, para passar a época natalícia com a família, em Ribeira de Frades. Detido desde a madrugada de domingo pela GNR, por resistência e coação, após as autoridades o terem intercetado por suspeitarem ter sido ele que danificou os pneus de várias viaturas (ligeiros, camiões, carrinha e até dois jipes da GNR) nas freguesias de Ribeira de Frades e Taveiro, o indivíduo foi ontem presente ao juiz de instrução criminal, mas acabou por não ter medidas de coação aplicadas, uma vez que aceitou regressar à cadeia."

"...contas feitas, a factura fiscal que estas pessoas suportaram foi relativamente baixa quando comparada com a da generalidade dos cidadãos"...

"Há cinco vezes mais ricos do que em 2014.

Contribuintes de elevada capacidade patrimonial. Assim são conhecidos a nível internacional e foi assim, também, que o Fisco português os baptizou. Para estarem neste grupo restrito, obedecem a requisitos muito claros: directa ou indirectamente, detêm um património superior a cinco milhões de euros e/ou obtiveram rendimentos superiores a cinco milhões de euros num ano ou na média dos três anos anteriores.

Quem são? Que património têm? De onde lhes vêm os rendimentos? O Fisco não divulga, mas admite ter identificados em Portugal 240 contribuintes nestas condições. Na verdade, são 229 agregados familiares, o que significa que a esmagadora maioria são agregados com um único titular de rendimentos. E, destes, há 44 "indivíduos e/ou entidades/ que estão a ser alvo de acções de controlo" por parte da inspecção tributária.

Estes dados foram conhecidos esta quarta-feira, 20 de Janeiro, quando a directora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), Helena Borges, esteve no Parlamento, numa audição na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa. Foi chamada, tal como o ex-director geral do Fisco, José Azevedo Pereira, precisamente para prestar esclarecimentos sobre o tema dos contribuintes de elevada capacidade patrimonial e os impostos que pagam. O assunto saltou para a ribalta em Dezembro passado quando, em declarações à SIC, Azevedo Pereira se indignou com o facto de os muito ricos pagarem, afinal, uma factura fiscal reduzida.

"Albufeira é o concelho com maior proporção de cidadãos de baixos rendimentos. Os ricos estão mais no litoral. As regiões do Algarve e de Trás-os-Montes são as que têm maior proporção de população mais pobre, demonstram os dados do Gabinete de Estudos do Ministério das Finanças, que elaborou recentemente um relatório relativo às desigualdades de rendimento e IRS. A análise usa microdados relativos às notas de IRS de 2020."

sábado, 24 de dezembro de 2022

A felicidade passa por isto: pequenos nadas que dão cor às nossas vidas...

Por experiência própria, sei que na escrita, a inspiração que permite chegar à criatividade passa, quase sempre, pela infelicidade e pela desventura. 
Talvez porque a infelicidade, como experiência de vida, é mais rica, mais intensa e marca mais que a felicidade. 
Contudo, a felicidade deveria ser um objectivo para todos nós. Penso que não existem muitos escritores felizes. O mesmo se passa com outros criadores. Por exemplo os músicos. A nossa "maior cantadeira de todos os tempos", na sua vida pessoal, não foi propriamente um modelo de felicidade.
Não podemos impor a nós próprios a ideia de felicidade como um dever e uma obrigação para as nossas vidas. Porém, podemos proporcionar momentos de felicidade às nossas vidas.
Penso que seja o caso de Raimundo Oliveira, divulgado na edição de hoje do Diário as Beiras«Pelo menos uma vez por semana, quando não consegue que sejam duas, instala a sua bateria na estrada que dá acesso à antiga fábrica de cal, no Cabo Mondego, e ali ensaia as batidas, horas a fio. Sempre no mesmo sítio, há três anos. “Este é um lugar bom para ensaiar. Estou junto à natureza, perto do mar e o espaço é amplo. Sinto-me mais à vontade”

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Leitura política "das altercações que interromperam a Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião"

Em finais de Maio de 2004 o jornalista Luciano Alvarez, publicou no jornal Público o seguinte texto:

«Em 1975, durante o PREC, alguma direita mais radical alinhada com a "Maioria Silenciosa", trouxe ao debate político a moca de Rio Maior. Um pau maciço, com uma ponta mais larga cravejada de pregos e que era a arma que essa direita imbecil entendia ser a melhor para combater os comunistas.

Trinta anos depois, numa campanha para as eleições europeias, o Bloco de Esquerda (BE) reinventou a moca. Os cartazes que já estão afixados, pelo menos em Lisboa, mostram um padeiro sorridente (alguma da malta que, em 1975, se passeava pelas ruas com a já referida moca também sorria) com um rolo da massa na mão direita e uns pães tipo cacete na outra. "Estás farto? Vota em quem lhes bate forte. Bloco de Esquerda. Na Europa como em Portugal", está escrito no referido cartaz.

Qual é a primeira conclusão que se pode tirar deste placar? A política, a forma de fazer política do BE, é a da mocada e da traulitada (espera-se que só verbal). "Na Europa como em Portugal".

Numa campanha em que PSD-CDS e PS têm apostado em imagens futeboleiras para fazer campanha, o BE apresenta agora o rolo da massa contra os cartões vermelhos e amarelos, os apitos e os cachecóis. Num momento de crispação verbal na política portuguesa, o BE cava o fundo do poço prometendo que vai bater forte (espera-se que só por palavras).»

Imagem via Diário as Beiras

Quem tenha acompanhado a política figueirense no último ano não nota algumas semelhanças com a política trauliteira do PREC em 1975 e "a política do BE, da mocada e da traulitada" em 2004?

«"É uma imagem", dirão os bloquistas. Pois é - por sinal, bem verdadeira. É a imagem de quem acha que a política se faz à cacetada (deseja-se que apenas com o verbo) e de "sound-bytes"


Lamentável, verdadeiramente lamentável, é que uma força política como o PS/Figueira, que governou a autarquia figueirense mais de 30 anos a seguir à implantação da democracia e que teve responsabilidades políticas na condução da câmara municipal da Figueira da Foz e da junta de freguesia de Buarcos e são Julião, entre muitas outras, até Setembro de 2021, e continua com grandes responsabilidades autárquicas, pois detém a responsabilidade política de gerir a maior parte das freguesias do concelho, já antes, mas depois da saída dos vereadores directamente eleitos a coisa acentuou-se,  tenha vindo a surfar a onda bloquista alimentada e incentivada por sectores direitistas da sociedade figueirense, adeptos da "mocada", derrotados por Santana Lopes nas últimas autárquicas. 

Quem não desconheça os meandros politiqueiros figueirenses ao longo dos anos a seguir ao 25 de Abril, mas em especial de 2005 para cá, é fácil fazer a leitura política e perceber o que está a acontecer, porquê, como e quem está na sombra a puxar os cordelinhos.

O episódio da passada quarta-feira ocorrido na Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião não foi fruto do acaso.

Quem o idealizou e perpetrou sabia certamente o que estava a fazer. Contava, como contou, com a inexperiência política da presidente da Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião e de alguns dos seus membros, para fazer o número que pretendia fazer - e concretizou. 


Na Figueira, o debate democrático, tirando os primeiros anos a seguir ao 25 de Abril de 1974, não tem sido lá muito profícuo e interessante. Basta olhar para a composição das sucessivas  Vereações Camarárias e Assembleias Municipais, principalmente a partir do século XXI, para termos uma ideia do que para aí vai em qualidade política, em termos gerais, pelas Assembleias de Freguesia do concelho.

Isto fragiliza a democracia. A liberdade não pode permitir tudo. Não pode permitir, por exemplo, que cidadãos e cidadãs com um passado decente, uma família e uma vida que deveria falar por si, sejam tratados na internet como "chulos" e "prostitutas".

Com o episódio da passada quarta-feira na Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião, a política figueirense deu mais um passo rumo a não sei o quê, mas nada de positivo: entrou no vale tudo que, de há uns meses a esta parte, se via em algumas páginas do facebook.

Isto é preocupante. Que o diga  a presidente de junta de Buarcos e São Julião, que sentiu na pele o que tem sido a campanha de baixaria que assola a Figueira no Natal de 2022.


O facebook é o facebook. Porém, o que aconteceu na passada quarta-feira no decorrer da Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião, a meu ver, é grave, muito grave. 

Merece ser alvo de reflexão profunda e leitura política atenta, corajosa e responsável por todas as forças políticas existentes no concelho da Figueira da Foz.

Que me recorde, foi o episódio institucional e  político mais triste e lamentável ocorrido no nosso concelho, pós 25 de Abril de 1974.

Não foi um acto isolado. Recordo o último comunicado do BE da Figueira, que deu corpo, politicamente falando, aos "sound-bytes" facebokianos. 


O que aconteceu na passada quarta-feira, foi a "cereja em cima do bolo" de algo que andava a ser cozinhado em lume brando há meses. 

Os mentores sabiam (e sabem) o que andam a fazer. 

Bom Natal para todos. Que o próximo ano de 2023 traga aos figueirenses a melhoria das condições de vida, serenidade e paz.

"Tanta coisa que está mal na Figueira da Foz"

Uma carta do cidadão figueirense António João Rascão Marques, publicada na página "correio dos leitores" do Diário as Beiras - edição de 22 de Dezembro de 2022.

"Como cidadão na cidade da Figueira da Foz, venho por este meio mostrar o meu desalento, pelo que se passa na Câmara Municipal desta cidade, no que à falta de interesse vou observando na resolução dos problemas mais prementes da mesma. 
E esta minha crítica não tem a ver somente com quem a governa, mas também com os partidos da oposição que dela fazem parte, nas estruturas institucionais da referida câmara. 
O Presidente da Câmara queixa-se que não faz mais, porque não tendo a maioria, se vê coagido pela oposição constante, a propostas por ele apresentadas. 
A oposição, não apresenta muitas propostas, ou quase nenhumas, e só pede fiscalização aos dinheiros a gastar, num bota abaixo permanente, num jogo político, que já que não estou eu a governar, não te deixaremos fazer o que pretendes. 
Isto demonstra da parte de todos os nossos governantes locais, governo e oposição, uma falta de respeito por quem neles votou, que esperava da parte dessas pessoas soluções para resolver os problemas da cidade, mas o que se vê é uma luta política, sem algum interesse para os figueirenses, como que uma série de interessados a quererem marcar uma posição política a pensarem no futuro nos seus partidos, fazendo com que as promessas eleitorais não sejam mais que um chorrilho de mentiras que nos fizeram. 
Que tal se falassem mais dos problemas do estacionamento, da pavimentação das ruas, das zonas pedonais que continuam a ter carros estacionados, das esplanadas em locais onde passam e estacionam carros em frente a quem está a comer, do mau serviço e poluente dos transportes públicos que existem, da limpeza dos passeios em zonas onde existem diversos bares, das casas devolutas que ainda não foram abaixo, nem são fechadas com tapais, e que continuam a dar uma imagem negativa de uma cidade que se diz turística, da falta de policiamento das ruas e do tráfego, o que leva então nesta última referência que a cidade viva um caos e anarquia permanente. 
Meus senhores, resolvam os problemas mais prementes para os cidadãos, que são aqueles que nós convivemos e utilizamos diariamente. Deixem-se de megalomanias, invistam em situações realistas que possam ser uma mais valia para a cidade, resolvam os problemas de todos os dias, façam manutenção do que já existe, para que se não degradem mais e sentem-se e discutam, governo e oposição para resolverem os reais problemas da Figueira da Foz e cumprirem com o que prometeram, tendo em conta a capacidade financeira da câmara. 
(...)"

Perante o encerramento de três extensões de saúde no concelho, Santana Lopes questiona o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego: "não está a cumprir os seus objetivos, será que tem condições para continuar no cargo?"

Fonte: Diário as Beiras
«Santana Lopes, em declarações aos jornalistas à margem da reunião de câmara de ontem, onde este assunto foi debatido, disse que nas unidades de saúde faltam assistentes técnicos, médicos e enfermeiros O município, saliente-se, apenas pode contratar assistentes operacionais que, segundo o que a vereadora Olga Brás afirmou, não estão entre os recursos humanos em falta.
Na oportunidade, o presidente da Câmara da Figueira da Foz afirmou que vai passar a falar diretamente com o Governo e com a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde para tratar de assuntos relacionados com os Cuidados de Saúde Primários. Isto porque, segundo os argumentos de Santana Lopes, as estruturas regionais não estão a ter capacidade de resposta para os problemas que se verificam no concelho. 
Esta decisão surge na sequência do encerramento temporário de três extensões de saúde (Vila Verde, São Pedro e Marinha das Ondas) por falta de pessoal. Entretanto, o executivo camarário, que não foi previamente informado, rejeita responsabilidades, uma vez que os funcionários em causa são contratados pela tutela da Saúde. “Vou passar a ter de ser mais exigente. Vou entrar noutra via, [a do] diálogo direto com o Governo e a nova unidade de gestão”, adiantou o autarca. Contudo, salvaguardou: “A nossa fragilidade é que esta é uma realidade do país quase todo”. Não obstante, deixou claro: “O que eu não aceito é este modo de proceder dos responsáveis: aviso à porta com fita adesiva… É inaceitável”.
O presidente da câmara frisou ainda que o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego, o figueirense José Luís Biscaia (com quem não foi possível falar até ao fecho desta edição), “não está a cumprir os objetivos”. Assim sendo, indagou: “Se não consegue atingir os seus objetivos, será que tem condições para continuar [no cargo]?”

Que escrever perante a maior e mais profunda dor que uma Mãe pode ter?

Imagem via Diário as Beiras
"O meu menino partiu...
Neste momento nada mais consigo partilhar convosco…
Deixo uma palavra de agradecimento a todos que manifestaram preocupação, disponibilidade e carinho nestes últimos dias.
Que o meu menino descanse em paz 👼🏻🙏".

POSTOS DE SAÚDE A FECHAR

NOTA DA CDU FIGUEIRA DA FOZ DIRIGIDA AOS RESPONSÁVEIS AUTÁRQUICOS E À COMUNICAÇÃO SOCIAL, DATADA DE 21 DE DEZEMBRO DE 2022

"Contrariamente ao que é afirmado, até à exaustão, pelo discurso oficial, a realidade no que se refere à prestação de cuidados de saúde primários degrada-se, dia após dia, sem que os responsáveis façam algo de significativo. A mais recente situação prende-se com o encerramento dos postos de saúde na Gala, freguesia de S. Pedro, na Marinha das Ondas e ainda o Posto Médico de Vila Verde que funciona precariamente e todos pela razão da falta de pessoal administrativo. 
Tal situação deixa completamente abandonada uma população de alguns milhares de pessoas. Na opinião da CDU, já largamente tornada pública, esta situação insere-se na estratégia de liquidação progressiva dos serviços de saúde, de forma a que, com o seu desaparecimento, o sector privado se vá comodamente instalando. 
Teme a CDU, que tal situação tenha como consequência uma maior pressão sobre o HDFF, questão tão indesejável quanto perigosa. A CDU e a Comissão Concelhia da Figueira da Foz do PCP acusam e responsabilizam os organismos regionais da Saúde, caixa de ressonância da política de destruição do SNS praticada por este governo que, de forma ostensiva nada faz para além de declarações de falsa preocupação. 
A CDU e o PCP apelam às populações agora lesadas, que se organizem e lutem, desde logo exigindo aos órgãos autárquicos eleitos que tomem as medidas necessárias para a solução do problema, que ameaça fortemente a qualidade de vida das pessoas e que, no limite, poderá atentar contra as suas vidas."

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Altercações na Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião

Via Diário as Beiras

Imagem daqui
"Um elemento da Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião, José Cardoso, eleito pelas listas do movimento independente FAP, e o ex-tesoureiro do executivo da junta, José Charana, do PS, que participava na sessão na qualidade de munícipe, no período destinado ao público, envolveram-se, esta noite, numa altercação. 

Ambos abandonaram a sessão e prosseguiram a discussão no exterior do edifício. José Cardoso chamou a PSP, mas esta força de segurança não se deslocou ao local enquanto os dois contendores lá se encontravam.

“Dou por encerrado este assunto, porque não tem sumo, não tem o que se lhe diga. Estive muitos anos na política e nunca encontrei um indivíduo que me mandasse para o outro sítio e me tratasse mal”, disse José Charana ao DIÁRIO AS BEIRAS.

“Chamei a PSP porque o senhor abordou-me violentamente, empurrou-me”, afirmou, por seu lado, José Cardoso. No entanto, José Charana negou que tivesse agredido o interlocutor. “[José Charana] foi à Assembleia de Freguesia dizer que eu não sou honesto e eu não admito que me chamem desonesto”, acrescentou José Cardoso.

O que esteve na origem da discussão foram questões relacionadas com a gestão autárquica do anterior executivo da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião, do qual José Charana fazia parte.

Um vídeo com o início da discussão, quando ambos ainda se encontravam na sessão daquela Assembleia de Freguesia do concelho da Figueira da Foz, circula nas redes sociais."

Ventura: chega?..

«Novo relatório do Observatório das Migrações destaca o importante papel dos imigrantes para “contrabalançar as contas do sistema de Segurança Social, contribuindo para um relativo alívio do sistema e para a sua sustentabilidade”
Portugal nunca teve tantos contribuintes estrangeiros e o valor das contribuições para a Segurança Social nunca foi tão alto como em 2021. Esta é uma das conclusões que consta dos Indicadores de Integração de Imigrantes — Relatório Estatístico Anual 2022, produzido pelo Observatório das Migrações, através do qual muitos dos mitos relacionados com a imigração caiem por terra. 
“Os estrangeiros assumem maior capacidade contributiva e são necessários para apoiar a sustentabilidade do sistema de Segurança Social”, escreveu, de forma clara, Catarina Reis de Oliveira, autora do relatório. 
Os valores falam por si. Em 2021, as contribuições dos estrangeiros à Segurança Social totalizaram 1293,2 milhões de euros, originados em 475.892 indivíduos. Trata-se, por isso, do “número mais elevado de sempre, representando 10,1% do total de contribuintes de Portugal”
Como destaca o Público, a balança pende de forma clara a favor das contribuições, em detrimento das prestações sociais que os indivíduos recebem. Apesar de um aumento recente dos custos com as prestações sociais pagas a estrangeiros, nos anos de 2020 e 2021, “foram atingidos saldos financeiros bastante positivos e inéditos, de mais 802.3 milhões de euros em 2020 [e que] aumenta para o valor mais elevado de sempre de mais 968 milhões de euros em 2021“, pode ler-se no relatório. Como tal, a conclusão parece ser apenas uma. “Globalmente, a população estrangeira residente em Portugal tem um papel importante para contrabalançar as contas do sistema de Segurança Social, contribuindo para um relativo alívio do sistema e para a sua sustentabilidade“
Tal deve-se, sobretudo, ao facto de a imigração em Portugal ser “essencialmente laboral e activa”

Câmara da Figueira da Foz indignada com fecho de unidades de saúde por falta de técnicos

Via Diário as Beiras

"O presidente da Câmara da Figueira da Foz disse hoje que vai entrar em diálogo direto com a tutela por causa do fecho de algumas unidades de saúde no concelho devido à falta de secretários técnicos.

“Vou passar a ser mais exigente e entrar noutra via de diálogo direto com o Governo e a nova Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, explicitou, em declarações aos jornalistas, Pedro Santana Lopes.

O autarca, que falava após a reunião de hoje da Câmara Municipal, salientou que não aceita o modo de proceder dos responsáveis mais próximos, que “colocam avisos à porta, com fita adesiva, como se fosse uma padaria, mas em estabelecimentos de saúde é inaceitável”.

Salientando que enquanto não estiverem bem definidas as competências das administrações regionais de Saúde e a nova autoridade de gestão as dificuldades de articulação “ainda vão ver maiores”, o presidente da Câmara da Figueira da Foz referiu que o município “tem de ir diretamente à fonte”.

“Fechar as unidades de saúde e deixar as pessoas à porta é indescritível”, sublinhou.

As unidades de saúde de São Pedro, Marinha das Ondas e Vila Verde têm estado encerradas devido à falta de assistentes técnicos para assegurar o atendimento e o secretariado clínico, sem que a Câmara tivesse sido previamente informada.

“A responsabilidade não é nossa, mas o município não pode ficar parado e tem de avançar para novas formas de luta”, disse Santana Lopes durante a reunião de Câmara.

O autarca deu o exemplo da unidade de Marinha das Ondas, aberta há cerca de duas semanas e que encerrou, considerando que andam a “brincar com a população”.

“Abre e fecha passado duas semanas. O que é que as pessoas andam a pensar dos políticos”, enfatizou o presidente da Câmara, que já este ano assumiu as competências na área da saúde."

Santana Lopes ameaça sair da empresa de resíduos sólidos do Centro

Via RTP

"O presidente da Câmara da Figueira da Foz admitiu hoje que o município poderá abandonar a ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro face aos aumentos “inadmissíveis” nas tarifas aprovadas pela Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Saneamento (ERSAR).

“É uma hipótese perante esta realidade de aumentos inacreditáveis admitidos pela entidade reguladora”, disse Pedro Santana Lopes aos jornalistas, no final da sessão de Câmara de hoje, referindo que uma eventual saída da autarquia será acompanhada por outros municípios da região de Coimbra.

O tarifário proposto pela ERSAR para os 16 municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra abrangidos por aquele sistema de gestão de resíduos urbanos prevê um aumento dos atuais 44,54 euros por tonelada para 75,37 euros até 2024.

Em 2020, a tarifa era de 28,96 euros por tonelada.

“Temos de mudar de vida, porque [os aumentos] são insustentáveis, absolutamente incompreensíveis, inaceitáveis e não têm justificação. Como é que pode haver justificação para aumentos de mais de 100% por ano para recapitalizar a empresa, que tem um acionista maioritário privado”, questionou Santana Lopes.

O autarca considera que a decisão da ERSAR “não tem pés nem cabeça”, salientando que não é o acionista privado que vai capitalizar a empresa, mas sim “o aumento dos serviços que presta e à custa dos municípios”.

Salientando que “toda a situação é um mistério”, o presidente da Câmara da Figueira da Foz referiu que qualquer alternativa à ERSUC será feita juntamente com outros municípios.

Segundo Santana Lopes, ou as tarifas propostas são revistas ou então o município “vai por outros caminhos”.

“Se tivesse explicação para estes aumentos não me causava esta revolta”, sublinhou.

Pelas contas da vice-presidente da autarquia, Anabela Tabaçó, os aumentos entre 2020 e 2024 correspondem a um acréscimo de 160%, “o que é totalmente inaceitável”.

De acordo com a autarca, se fossem aplicadas as tarifas propostas para o próximo ano e seguintes, o município teria “grandes constrangimentos orçamentais” com um aumento adicional de mais 1,3 milhões de euros.

Na terça-feira, a Assembleia Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra e os municípios que utilizam o sistema de gestão de resíduos urbanos da ERSUC manifestaram a sua posição contra a proposta de subida do tarifário para 2023 e 2024 e acompanhar, desta forma, a posição dos municípios, que solicitaram ao regulador uma clarificação da proposta.

Os autarcas da CIM Região de Coimbra ponderam ainda avançar com um pedido de auditoria de gestão à ERSUC para apurar os motivos que levaram à degradação dos seus resultados financeiros e aos aumentos consequentes das tarifas.

A ERSUC envolve 36 municípios da região Centro, que são acionistas, abrangendo cerca de um milhão de pessoas. O acionista maioritário é a Empresa Geral do Fomento SA, em resultado da privatização ocorrida em 2015."

SANTANA LOPES: «"Qualquer terra e concelhos de muitos outros países gostariam de ter" um Campus da UC»

No fundo é isto: independentemente dos partidos, o problema era conseguir o que foi conseguido num ano com as pessoas que estiveram no poder de 2009 a Setembro de 2021. 
O problema é acreditar que as mesmas pessoas que estiveram no poder autárquico na Figueira no decorrer de 12 anos, se continuassem no poder depois das autárquicas de 2021, passado mais um ano, já com mais de 13 de poder (a maior deles com poder absoluto), conseguiam o que já está conseguido.
A dificuldade é essa: em acreditar que  quem ia tirar a Figueira do fosso eram os mesmos que estiveram no poder 12 anos seguidos e não o fizeram...

"As conversações entre Santana Lopes e Amílcar  Falcão para a instalação  do campus universitário  começaram ainda decorria  a campanha eleitoral para  as Eleições Autárquicas de  2021. Um ano depois, eis  que o momento pelo qual  esperaram várias gerações  de figueirenses aconteceu."

Imagem via Diário as Beiras