segunda-feira, 31 de maio de 2021

Deixem o pescador em paz...

Por Buarcos anda-se em maré de estátuas, pintura de muros, eleições e requalificações. Contudo, a
inda não foi hoje, apesar do aparato, que mudaram o pescador. Nem sei porque estão  com tanto gasto e trabalho. Em vez do pescador, coloquem ao centro da nova rotunda um urso. Essa sim seria uma estátua erigida ao "Cidadão da Figueira", porque realmente, somos uns ursos. Serviria também e ao mesmo tempo como uma homenagem  a "alguns políticos", porque não passam disso.
Andamos a perder qualidade de vida na Figueira. Ao mesmo tempo, fomos perdendo influência politica, económica e cultural. Deixamos de ser uma cidade e um concelho como havia poucos em Portugal. Ainda somos uma cidade bonita, mas a continuar por este caminho, em breve nem isso seremos. Precisam-se cidadão preocupados com o que nos rodeia. Contudo, a tendência é tornar-mo-nos amorfos e desinteressados.
O cidadão normal perdeu voz, os políticos não o ouvem, porque estão-se marimbando para  o que povo pensa. Se não é assim, parece...
O povo acredita na Democracia, mas cada vez menos acredita nos políticos. Sente-se sem opções de escolha. Somos mesmo uns ursos e merecíamos  uma estátua.  Ou "alguns políticos" é que são uns ursos e merecem uma estátua?
Na falta de um urso para modelo, como o pescador resiste a sair do sítio (tem muito ferro), deixo uma sugestão para o entro da nova rotunda: uma varina pintada de vermelho e verde, com a bandeira nacional a servir de saia,  e duas meia-bolas a servirem de "soutien".

Os próximos meses não vão ser fáceis, mas ainda bem que há eleições...

Ainda faltam alguns meses para as autárquicas 2021.
Não sei como vai ser possível aguentar tantos meses de discursos, programas, indignações, dilatações do ego, intrigas, acusações, análises e contra-análises, vigilâncias, reserva mental, espionagem, lama e riso barato, previsões e projecções, mais ego dilatações, calculismo e desinteresse e interpretações delirantes.
No final vamos ficar ou menos na mesma. 
Com algumas diferenças, porém: Carlos Monteiro vai perder a maioria absoluta; Santana Lopes, se conseguir ir a eleições, vai ficar a saber o que vale, até na Figueira; Pedro Machado, pode ser uma surpresa; Mattos Chaves, não vai surpreender. Sobre a CDU e o BE ainda nada se pode dizer, pois nada se sabe.
Resumindo e concluindo: vai valer haver eleições eleições.

Numa reunião camarária tipo chá canasta, fiquei a saber que a duna artificial do Cabedelo tem os dias contados...

Imagem retirada da net

Não estou a reconhecer os políticos figueirenses.
Está a decorrer e a dar em directo na net a reunião de câmara
Tem sido uma sessão produtiva. O presidente, os vereadores e as vereadoras, usam da palavra sem serem atropelados nas suas intervenções. As oradoras e oradores têm sido esclarecedores nas suas intervenções e os assuntos debatidos com urbanidade e clareza.
Fica o registo: qualificar um político (neste caso, mais do que um) como uma pessoa estimável, é o mesmo que afirmar de uma mulher, que é uma pessoa simpática. 
Hoje, também não me apetece ser desagradável. Sobre a reunião de câmara que ainda está a decorrer nada mais, por enquanto, tenho para dizer. Até ao momento, faltou só que tivesse sido servido um chá canasta e umas torradinhas...
Mas, eis surgiu que um sobressalto há poucos minutos. Ricardo Silva, vereador, perguntou: "como vai ser a época de verão no Cabedelo?"
Resposta de Carlos Monteiro, presidente: "a perspectiva é que os passadiços perpendiculares à linha de água estejam prontos antes do início da época balnear. Os outros não..."
Estou esclarecido: a duna artificial tem os dias contados...
Porém, como hoje também não me apetece ser desagradável, vou beber um cafezinho e fico por aqui... 

Os portugueses vão ter de decidir um dia o que verdadeiramente querem...

Foto PAULO NOVAIS via Diário de Notícias

Se bem me lembro, o fenómeno Passos Coelho, presidente do PSD entre 2010 e 2018 e primeiro-ministro de Portugal, entre 2011 e 2015, resultou de  uma estranha e bizarra aliança de conveniência entre a cacicagem menezista , alguns debitadores de tiradas blogo-liberais e os últimos ressentidos do cavaquismo. 
Passos Coelho, na altura, foi apenas um instrumento que soube usar bem os seus instrumentistas. 
Depois de termos visto para que serviu, será que que queremos voltar ao mesmo?
Agora, temos a evolução na continuidade: o venturismo, a doença senil do coelhismo...
No III Congresso do Chega, em Coimbra, André Ventura, sedento de chegar ao poder, sem moderação, ao ataque afirma-se pronto para limpar o país. 
Apontando ao PS e António Costa, afirmou que "isto de destruir um país em pandemia com o suposto objetivo de controlar a pandemia" terá de "ser levado à responsabilidade"Ao contrário do que disse ter acontecido com o Governo PSD/CDS de Passos Coelho, se chegar ao poder não quer ser "fofinho" ou "o limpa lençóis", mas sim "chamar à responsabilidade a esquerda e a extrema-esquerda pelo que fizeram a Portugal". 
O cenário está clarificado. No futuro a responsabilidade e a escolha vai ser dos portugueses: vão preferir o quê? A pornografia, pura e dura do Ventura, o erotismo, a preto e branco, estilizado do Coelho, ou preferem escolher viver uma vida?..

Champions? Vergonha...

«A confusão que se gerou na madrugada de ontem entre adeptos ingleses e a PSP, e que resultou em quatro detenções e um polícia ferido, aumentou o sentimento de insatisfação dos elementos daquela força de segurança, originado pela falta de meios e “o atropelo aos direitos dos profissionais da PSP”
O ferido pertencente a uma Equipa de Intervenção Rápida (EIR) e estava sem capacete – que poderia ter evitado a grave lesão – por não haver equipamentos de proteção pessoal para todos

Miguel Mattos Chaves fez a apresentação formal da candidatura

Foto sacada daqui


O professor universitário Miguel Mattos Chaves, candidato do CDS/PP à Câmara da Figueira da Foz, fez a apresentação formal da sua candidatura, programa e candidatos, num jantar que contou com a participação do presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos. No evento participaram, ainda, cabeças de lista a várias autarquias do país. Aliás, a  maioria dos participantes era de fora do concelho. No jantar, realizado na passada sexta-feira num restaurante de Buarcos, ouviram-se críticas dirigidas ao Governo, à esquerda, ao PSD e à gestão autárquica socialista figueirense, proferidas por Rui Morais (Concelhia), Jorge Almeida (presidente da Distrital), Francisco Rodrigues dos Santos e Miguel Mattos Chaves.

domingo, 30 de maio de 2021

Nada de novo: ano eleitoral é sinónimo de mais obras das câmaras

Via Jornal de Notícias



É assim em Lisboa, Porto, Braga, Oeiras, Coimbra, Aveiro, Vila Real, Viana do Castelo, Bragança. A Figueira da Foz não poderia ser  excepção...

Chega, ou querem com mais molho?...

«Ventura confessa que "única obsessão" é chegar ao poder...

"Só tenho um único sonho, uma única obsessão que é levarmos ao governo de Portugal, para transformar de vez a face deste país", afirmou Ventura, já aos gritos, com uma música orquestral em fundo, com os delegados a aplaudi-lo, alguns de pé, depois de ter falado durante 27 minutos para apresentar a sua moção de estratégia global.

Num congresso em que têm sido públicas as críticas entre delegados e dirigentes, o presidente e deputado do Chega relativizou o problema, dizendo tratar-se de "dores de crescimento".

"Não me preocupam as divisões e disputas", disse, para quem são a "prova de um partido que quer crescer", embora também tenha admitido que "sem disputa ideológicas" o "partido seria muito melhor"

Um dos temas que dividiu a discussão interna foi a revisão do programa do partido que, anunciou Ventura, será decidido na primeira reunião do conselho nacional após o congresso.»

Via Diário de Notícias

OUTRA MARGEM, um blogue para os simples...

Ando por aqui há mais de 15 anos. 
Já tive momentos em que me apeteceu abandonar.
Já fui alvo de algumas tentativas de envolvimento em polémicas, para as quais, com toda a franqueza, não tenho a mínima aptidão e, muito menos, pachorra.
Há questiunculas com que não me interessa perder sequer um minuto.
A meu ver, a blogosfera é um exercício solitário. Um blogue como OUTRA MARGEM, é uma espécie de diário aberto onde escrevo o que lhe apetece, sem ter de dar justificações seja a quem for, a não ser a si próprio.
Aproveito para deixar expresso, que não sou de «causas». De qualquer causa, seja ela qual for. Quem tem «causas» e vive para elas, em regra, acaba por dar-se mal. Ou melhor, se não conseguir entender que, em última análise, quase tudo tem um valor relativo, acabará, mais tarde ou mais cedo, por ter graves dissabores existenciais. E eu, que sobre a vida nunca tive ilusões por aí além, não me apetece andar zangado com ela, porque a minha «causa» ou as minhas «causas» não se materializam ao sabor da minha soberana vontade.

Não vale a pena, portanto, ter objectivos existenciais últimos e derradeiros que me consumam permanentemente. Essa é, de resto, uma maneira infantil de encarar a vida, que felizmente na maior parte dos casos o tempo se encarrega de corrigir. Quando muito, na adolescência, vivi dois ou três casos que me trouxeram obcecado e em estado de exaltação.
Recordo um grande amor, uma paixão impossível, uma revolução que ficou parada pouco depois do arranque e depois recuou. 

Com o passar dos anos e o andar do tempo, as coisas perdem o seu aparente grande valor, adquirem a sua verdadeira dimensão e, hoje, olho para elas como efémeras, aliás como tudo o que é especificamente humano.
No domínio da política, matéria de estrita humanidade, aprendi que o que penso não tem valor absoluto. Sobretudo, porque qualquer raciocínio político é, por definição, pluralista. Só teria valor se, além de nós, fosse para servir um número indeterminado de outras pessoas. 

Só que a realidade é o que é: a maioria entende de forma diferente  aquilo que me parece evidente. E como não tem (nem teria de ter) a mais pequena pachorra para ler o que penso, escolhe quem muito bem quer e entende para governar o país, a Figueira e a Aldeia.
Quando era racionalista gostava de ter a capacidade de impor o meu modelo social, pois pensava «saber» ser melhor para a comunidade. Agora, penso diferente: penso que a comunidade deve escolher livremente. 
A mim resta respeitar a vontade da maioria: cataláctica ou espontânea. 
Mesmo que esta caminhe no sentido contrário a tudo o que penso.

Confesso que vivo mal com quem tem certezas e convicções políticas absolutas. Sou relativista. Percebo que isso possa irritar quem tiver «causas».
Não me incomoda nada fazer parte do grupo que anda a ser queimado na fogueira censória dos escribas que não fazem parte do clube da ortodoxia imposta. Nesta vida tão frágil em que tudo é tão incerto e inseguro, para os simples como eu, sempre resta o OUTRA MARGEM.

sábado, 29 de maio de 2021

Vamos efabular em torno do congresso do Chega...

"Se o Chega estiver disposto a ceder apenas apoio parlamentar ao PSD, sem entrar para o governo, não será comigo".


Vamos efabular um pouco. Rui Rio tem no Ventura um casamento com uma mulher impossível. Olhamos para o Ventura  e para o Rio e a primeira coisa que nos ocorre, é: «como é que ele conseguiu nos Açores?» ("Os Açores foram um primeiro sinal:  as sondagens diziam que o PS ganharia folgadamente, depois a direita acabou por ter mais votos que a esquerda toda junta.") A segunda é: «o que vê Ventura no Rio?» O conjunto de respostas possíveis a estas perguntas tem contribuído para aquilo que parecia impossível: inflacionar os egos de Rui Rio e Ventura. Estes pormenores das suas vidas privadas - e, por força das circunstâncias e opção dos dois, pública - tem vindo a defini-los mais do que qualquer outra coisa.
 
Prosseguindo a efabulação, continuemos a considerar Rui Rio o marido de Ventura. 
A rejeição de que, aparentemente, Ventura está a ser alvo é-lhe insuportável e inaceitável. "Se o Chega estiver disposto a ceder apenas apoio parlamentar ao PSD, sem entrar para o governo, não será comigo".
Num casamento, chamar-se-ia a isto a ira da cornuda, da rejeitada, da mulher que perdeu o melhor do seu marido troféu.

O presidente do Chega, André Ventura, foi claro na convenção do Movimento Europa e Liberdade (MEL): Rui Rio "não tem conseguido fazer o seu papel de oposição à direita". A esquerda merece "pancada política" em vez de "bombons".
Na primeira fila estava, como esteve desde o início dos trabalhos, o ex-presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que André Ventura fez questão de cumprimentar ao entrar na sala quando ainda decorria o painel anterior.
Passos Coelho assistiu à intervenção do presidente do Chega, mas saiu apressadamente mal esta terminou.
"Rui Rio não tem conseguido fazer o seu papel de oposição à direita e não haverá possibilidade nenhuma de Governos à direita sem o Chega", disse André Ventura.

Um dia, Rui Rio cairá em si e detestar-se-à mais do que detesta Passos Coelho ("dizem que André Ventura é uma criação do antigo líder social-democrata...") e Ventura. 
Tomará consciência do que Ventura lhe fez e viverá o resto dos seus dias isolado, ressabiado e amargurado. Porventura, condenado a assistir ao renascimento de Passos Coelho.
A vingança vai ser servida fria. Quando Rio chegar a perceber isso será tarde de mais...

Autárquicas de 2021: vamos ao que interessa?

A Figueira da Foz, cidade e concelho, tem vindo a perder  posição e importância na região ao longo das últimas décadas, com especial relevância nos últimos anos. Hoje, cidades como Aveiro, Pombal, Leiria e até Cantanhede crescem e ocupam espaço na cabeça das pessoas. Só o tempo dirá, com rigor, o impacto que pode ter na decisão de investimento que crie emprego sustentável e bem pago que traga pessoas para o nosso concelho.
Lá para princípios de Outubro teremos eleições autárquicas. Os dados estão quase todos lançados. O PS já avançou, no PSD também parece estar já muita coisa decidida, o CDS já definiu o candidato e está a trabalhar. O Chega não me parece que nestas eleições conte para alguma coisa. Falta definir o que a CDU e o BE têm para apresentar. Não me esqueci de Santana Lopes. Sobre essa putativa candidatura continuo na minha: só vendo...
 
Estas eleições serão interessantes. Não sou futurologista, nem tão pouco analista, muito menos absolutamente independente e tenho as  minhas dúvidas sobre muita coisa.
Estas serão eleições atípicas. Muito por culpa do Santana: se concorrer, o que continuo a duvidar, vai mexer no mapa dos mandatos e, certamente, na divisão de votos.
Estou curioso também para ver o que é que a CDU e o BE têm para apresentar. Portanto, neste momento ainda é muito cedo para avançar com cenários.

Como sempre, vou estar na primeira fila, não sentado, mas atento e refletivo sobre o que vai desfilar em caravanas. 
O PS, o PSD e o CDS  já iniciaram  a pré-campanha. 
Para já, a estratégia tem passado pelo lançamento dos candidatos, dando-lhes visibilidade. PS e PSD já inundaram as rotundas de cartazes com Carlos Monteiro e Pedro Machado.
Ideias, para já, tirando Miguel Matos Chaves do CDS, avançaram poucas e soltas.
 
Já deu para ver, que há falta de melhor, há quem prefira chamar pára-quedistas aos outros candidatos, do que discutir ideias e programas. Penso, porém, que isso já não interessa a ninguém. Por isso, como figueirense interessado naquilo que é importante para o desenvolvimento do concelho, sugiro aos diversos candidatos que a campanha autárquica ganhe elevação e se discutam questões como:
- Que cidade queremos para os residentes;
- Que investimento queremos para o concelho;
- Qualidade urbanística, como evitar mais erros e melhorar aqueles que foram feitos nas últimas décadas;
- Estacionamento como factor de relançamento do comércio tradicional e da baixa comercial;
- Figueira da Foz, cidade da moda ou capital do quê?
- Qual o papel da praia na estratégia municipal;
- Como resguardar os edifícios tradicionais da Figueira da Foz e do concelho da ameaça imobiliária;
- Como fazer crescer a Figueira da Foz, perspectivas de avanço sobre áreas agrícolas, de reserva ou Parque Natural ou a destruição continuada do património distintivo e tradicional da Cidade;
- A segurança dos cidadãos;
- A Ilha da Morraceira, para quando uma intervenção protectora e de fundo;
- Devolução da margem norte do Mondego à população e recuperação da margem esquerda;
- Ciclovias;
- Reflexão sobre o Cabedelo, no sentido de conseguir entender como não se deve actuar para não destruir locais especiais e recursos públicos...

Estes são apenas alguns assuntos que podem estar em cima da mesa nas eleições autárquicas de 2021.
Os principais partidos (PS e PSD) deveriam apresentar um documento de intenções, contratualizando com os eleitores duas coisas:
Primeira. Se forem poder, quais as linhas genéricas de actuação e os principais projectos que pretendem desenvolver.
Segunda
. Se forem oposição, qual a sua postura sobre esses mesmos projectos. 
A minha experiência pessoal  diz-me que as oposições não são construtivas, votam contra propostas que no fundo não discordam, apenas para ganhar espaço de crítica. Por esse motivo, acredito que os partidos na oposição devem desempenhar as suas atribuições de fiscalização, mas também de acção, apoiando quando devem apoiar.

As eleições autárquicas estão à porta. Cada um ocupa o seu espaço na discussão política. A mim o que me interessa fundamentalmente são as ideias.
Estou à espera das propostas, dos temas, das questões e, sobretudo, as soluções dos diversos candidatos. 
Sejamos optimistas e vamos acreditar que a seu tempo isso será uma realidade.
Dentro desse espírito, avanço já com algumas questões e reflexões que gostaria de lançar, não apenas enquanto espectador, cidadão, contribuinte, mas essencialmente como figueirense:
- Qual a linha de rumo do município?
- Quais as actividades económicas estratégicas?
- Qual o papel das freguesias fora da sede do concelho na área do turismo.
- Recursos humanos municipais: qual a situação actual, quais as necessidades? É necessário 
aumentar ou reduzir, formar ou requalificar?
- Piscina Municipal: quanto custa construir, quanto custa manter, de onde virão esses recursos, qual a capacidade planeada e qual a taxa de ocupação esperada.
- Política de estacionamento na baixa da cidade.
- Ordenamento da ocupação indevida de passeios: contribuições para a sustentação de um turismo de qualidade e da imagem da cidade!
- Património histórico: catalogação, descrição, identificação, iluminação, animação e dinamização!
- Que papel cabe ao município na dinamização do emprego.
- O Hospital Distrital da Figueira da Foz. Os Centros de Saúde. Necessidades  e meios para o bem estar e saúde da população concelhia, retirando a propaganda política.
- Mobilidade: acessibilidade dos incapacitados físicos e dos carrinhos de bebé. 
- Requalificação, arborização e embelezamento dos espaços públicos.
- Instrumentos de planeamento territorial: PDM.
- Estuário do Mondego.
- Percursos pedestres. Uma mais-valia para os figueirenses e para o turismo.
- A ocupação das zonas ribeirinhas e frentes de mar.
- Dinamização e programação musical do CAE.
- Segurança pública. Protecção Civil: incêndios certos e derrames marítimos possíveis.
- Competências delegadas nas Juntas de Freguesias e com que financiamento.
- Figueira da Foz,  aposta no crescimento ou no desenvolvimento?
- Grandes urbanizações ou espaços urbanizados equilibrados, bem planeados e melhor executados.
- Estacionamentos junto às praias. 

Ninguém tem resposta para tudo, mas são assuntos que interessam a quem se preocupa verdadeiramente com a Figueira e com os seus residentes. Os que votam! Ficou o meu contributo.
Termino com um apelo aos candidatos: tenham consciência que existe vida para além dos partidos, dos fóruns, das associações, dos mercados e dos cafés. Existe uma população com necessidades e com expectativas. Existe sobretudo uma crescente necessidade de valorização do conteúdo. A embalagem é o que menos deveria contar.

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Espero que em 2021 corra tudo bem...

Quem há dezenas de anos anda a observar a vida pública na Figueira, sabe que nada acontece por acaso. 
Os ataques rasteiros e anónimos são organizados. Sempre houve e sempre haverá ataques pessoais de baixo nível nas campanhas eleitorais. O obectivo é simples e resume-se em duas palavras: abater e desmoralizar. 
Lembro-me o que insinuaram há uns sobre um político nacional, de seu nome Portas. Coisas abjectas como, por exemplo, que não saberia e não poderia saber o que é gerar uma vida humana e outras que têm a ver com a homossexualidade do mesmo...
Isso é baixo, reles e próprio de gente tacanha e medíocre.
A campanha para as autárquicas na Figueira em 2021 não vai ser fácil.
Preparem-se...  
O grau de incómodo vai poder medir-se pelo incremento e pelos ataques feitos a determinados candidatos.
Trazer à colação ideias e argumentos políticos, é uma coisa. 
Fazer ataques à vida pessoal, é coisa diferente. 
Enfim... valerá tudo, na luta política?

Se têm dúvidas, confirmem...

Foto via Diário as Beiras
A apresentação formal da candidatura à Câmara da Figueira da Foz do socialista Carlos Monteiro, com o genérico “Figueira, mais qualidade de vida”, realizou-se na quarta-feira, à noite, na Assembleia Figueirense.  
O povinho votante figueirense, como se sabe, já foi volátil nos gostos e nas lealdades políticas expressas no voto. Já deu maiorias, algumas delas absolutas, ao PS e ao PSD.
Em 2021, com alguma da pantomima política já anunciada e em exibição, é difícil manter a concentração nos canais certos...
Qualidade de vida, para os cada vez menos que cá conseguem viver, ainda vamos tendo alguma. Todavia, estes quase 12 anos de gestão de executivos de que o o actual presidente fez parte, tem estragado muita coisa por incompetência, pura e dura. Se querem confirmar esta constatação, só têm que confirmar: votem Carlos Monteiro.
Não pondo em causa as enormes valias pessoais e profissionais do senhor.
Isto, só tem a ver com o que tem mostrado politicamente, principalmente de Abril de 2019 até ao dia de hoje.

Prémio destinado a perpetuar a memória de João Ataíde

O “Prémio João Ataíde” é anual e é destinado a jovens entre os 18 e os 35 anos.

A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra vai homenagear o antigo secretário de Estado, presidente da Câmara e deputado João Ataíde, já falecido, com a instituição de um prémio no valor de cinco mil euros destinado ao empreendedorismo. “Este prémio, que se vai chamar João Ataíde e que será lançado em junho, no valor de cinco mil euros, foi votado no Conselho Intermunicipal por unanimidade”, disse em conferência de imprensa o presidente da CIM (Comunidade Intermunicipal) da Região de Coimbra, José Carlos Alexandrino. 
O tema deste ano será destinado ao empreendedorismo. Esta foi uma “forma de distinguir João Ataíde e prestar público apreço pela sua acção e pelo valor das suas realizações na dimensão humana e profissional”, lê-se num comunicado da CIM. 
João Ataíde nasceu em 03 de maio de 1958 na Figueira da Foz e morreu aos 61 anos, em 21 de fevereiro de 2020. Foi juiz desembargador do Tribunal da Relação de Coimbra, em licença sem vencimento desde que, em 2009, se candidatou à presidência da Câmara da Figueira da Foz, como independente, pelas listas do PS. Na política foi presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Presidente do Conselho Intermunicipal da CIM Região de Coimbra, Secretário de Estado do Ambiente do XXI Governo Constitucional e deputado na Assembleia da República.

quinta-feira, 27 de maio de 2021

A direita na sua bolha


«Isto não é a direita a reerguer-se, é um beco sem saída, que a afasta, no discurso e nos resultados, do país. O problema não é o PSD ter 22% (Intercampus), é toda a direita ter 37%. A radicalização está a fazer crescer o extremo, mas a encurtar o conjunto da direita.

O encontro [MEL] coincide com a a abertura cada vez mais clara de Rui Rio a Ventura. Os que querem uma direita mais dura, mas capaz de governar, percebem que o voto no Chega não é perdido. Os que, querendo uma alternativa ao PS, não querem um governo que dependa de Ventura, percebem que o PSD não lhes dá essa garantia. Rui Rio perde a direita e o centro» .

(Daniel OliveiraA direita na sua bolha).

Autárquicas 2021: polémica de alecrim e manjerona

Os partidos, leia-se as partes, são as  estruturas que neste regime gerem o espaço entre as aspirações populares e as realidades - política, cultural e económica. Se recorrermos  a um princípio montesquiano, são eles que redigem o contrato de delegação de poder. Quando se diz que não há vida política sem os partidos, não é  porque eles sejam óptimos, ou, sequer bons. É que sem eles não há esperança da liberdade política entendida como a vontade popular  soberana.
Pelo andar da carruagem, uma campanha perdida é o que tenho como mais provável nestes meses que nos separam do acto eleitoral autárquicas de 2021. 
Mas isso depende de nós. Não temos de ser eleitores mecanizados, mas cidadãos  empenhados, que votam nas imperfeições e nas falhas, mas também no respeito que os político nos devem e que merecemos.
Assuntos como este que vem hoje relatado no Diário as Beiras nada acrescentam na discussão do futuro dos figueirenses. Não é por aqui que vamos tirar a Figueira do atoleiro. Fica uma foto da mesma rotunda em 2017...

VII Fórum “Vê Portugal” lançou pistas sobre o turismo interno depois da pandemia

 Via Notícias de Coimbra


"A 7.ª edição do Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”, que este ano decorreu em formato híbrido, foi um grande sucesso, com várias centenas de participantes. A edição de 2021 teve como base o Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, onde os participantes nacionais realizaram as suas intervenções. Os intervenientes de fora do país participaram via streaming, assim como os espectadores que se inscreveram. 
 A Sessão de Abertura contou com a presença da Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, além dos anfitriões Fernando Tinta Ferreira, Presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, e Pedro Machado, Presidente da Turismo Centro de Portugal."

Autárquicas 2021: apresentação da candidatura de Calos Monteiro

COSTA, GOVERNO E ESTADO AO SERVIÇO DE CARLOS MONTEIRO. 
VAI PARA O MEIO PARA APARECERES NA TELEVISÃO!

Gritaria...

O então ministro dos Negócios Estrangeiros demitiu-se por não concordar com a escolha de Maria Luís Albuquerque para substituir Vítor Gaspar. 
E disse que era “irrevogável”. Mas durou apenas quatro dias: Portas voltou atrás e manteve-se no governo como vice-primeiro-ministro.
Paulo Portas foi ao MEL dizer que os «populistas não sabem gerir situações complexas»
O que lhe vale é a gritaria...

Autárquicas de 2021: Carlos Monteiro e Santana Lopes...

VIA NOTÍCIAS DE COIMBRA: APRESENTAÇÃO DA CANDIDATURA DE CARLOS MONTEIRO.

 VIA REVISTA VISÃO: IRREVOGÁVEL COM SANTANA LOPES.

Atentado ambiental: uma estrutura em betão armado, construída sobre o areal da Praia do Ourigo, na Foz do Porto...


Na praia do Ourigo, junto ao molhe da Foz do Douro, no Porto, foi erguida uma estrutura de betão que está a gerar polémica. 
Um dos candidatos à Câmara do Porto, Vladimiro Feliz, do PSD, afirma mesmo estar a avaliar a hipótese de avançar com uma providência cautelar para travar a obra. 
Naquele local esteve instalado o Restaurante Shis, que em 2014 foi destruído pelo mar. Um ano depois, quando já tinha reaberto portas, um incêndio obrigou a fechar o estabelecimento de vez. 
De acordo com a Câmara do Porto, a obra trata-se da reconstrução do restaurante "ao abrigo de um contrato de concessão para a utilização do Domínio Público Hídrico, estabelecido entre os concessionários e a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL)". O "licenciamento original" data de 2011, acrescenta a Autarquia. O contrato foi renovado em 2017, quatro meses antes de a APDL dar parecer positivo à intervenção e envolve o pagamento mensal de três mil euros para utilização do espaço. É válido por 20 anos. No total, a APDL receberá 720 mil euros. 
O candidato pelo PSD à Câmara do Porto, Vladimiro Feliz, diz estar preocupado "com a proliferação do betão" e critica a "passividade" do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, "relativamente a estes temas". Vladimiro Feliz diz que esta estrutura "marca a imagem da zona da Foz" e garante estar a avaliar, juntos dos seus serviços jurídicos, avançar com uma providência cautelar para travar os trabalhos. A par disso, alerta para o facto de que, o restaurante que ali existia "era de madeira e não de betão", chamando também a atenção para a "elevada volumetria do edifício", com cerca de 400 metros quadrados.
A vereadora da CDU na Câmara do Porto e também candidata, Ilda Figueiredo, também questionou o autarca Rui Moreira, referindo que no local da obra, "no inverno, o mar provoca estragos, tendo destruído, por diversas vezes, as estruturas amovíveis lá colocadas". Ilda Figueiredo mostra-se, igualmente, surpreendida com a volumetria do edifício: "1337 metros cúbicos"
Tanto Vladimiro Feliz como Ilda Figueiredo questionam a aplicação do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) neste caso, dando nota de que o mesmo prevê "a demolição de edifícios situados em locais muito mais afastados do mar". O BE pediu esclarecimentos à Câmara, à APDL e à Agência Portuguesa do Ambiente.
Hoje, via Jornal de Notícias ficamos a saber que...
O Ministro do Ambiente abriu um inquérito. Vamos ver o que dá...

Desorganização urbana

Foto retirada do facebook, via Isabel Maria Coimbra.

Esta fotografia tem tudo o que se queira: fervor sinalizador (olhai a segurança!), obras (vai uma requalificaçãozinha eleiçoeira?), casario urbano degradado, passeios vedados e intransitáveis (pedimos desculpa pelo incómodo; estamos a melhorar a mobilidade), edificado devoluto (aqui podia morar gente) caindo em ruína (vai uma sandes de pato-bravo?), fachadas antigas abastardadas (a aposta no empreendedorismo) e edificado moderno do melhor gosto (se repararem com atenção lá está o edifício "O Trabalho")... 
Tudo o que se queira. Do melhor da civilização urbana.
A Figueira está entregue aos bichos há muitos anos... E a periferia que se cuide:  atenção aos terrenos da antiga Alberto Gaspar & Cª. Ldª...
Olhar para a Figueira, em 2021, chega a ser doloroso! A  sucessão de crimes,  desde Buarcos ao Cabedelo, passando pela Rua dos Combatentes, é qualquer coisa de chocante e revoltante.
Sinceramente, perdi a esperança de algum dia ver melhoras. Isto é a  barbárie. Aquela visita de ontem ao reino do "breve" em estilo motard, acabou com o resto...
Em verdade vos peço. Em 2021, tentem evitar carreteiras que levem às urnas. Senão estiveram atentos, será a a própria barbárie que vão caucionar. 

terça-feira, 25 de maio de 2021

Visita ao reino do "breve" em estilo motard...

Ontem, num desabafo lamentei não ter ter uma moto para ir dar uma passeata... Um dos meus amigos viu e hoje trouxe-me uma moto de sonho: BMW R1200C!.. Munido de equipamento a rigor, lá fui dar uma volta. Comecei no muro do PRIMO. Parei para cumprimentar o Pai da Democracia (à moda do PS). Depois passei pela rotunda do Pescador. Todavia, não pude parar para não empatar o trânsito. Prosseguindo, Avenida fora, passei pela Piscina Praia onde fiz uma paragem para ver o andamento das obras. Mais uma que deve estar para "breve". Próxima paragem: Rua dos Combatentes, onde tive o privilégio de experimentar o belíssimo piso de alcatrão. Terminei este périplo em modem motard junto ao Estádio Municipal José Pessoa. Fiquei chocado. Contudo, como sou um tipo de acção, tipo James Bond figueirense, o choque já passou e deixo-vos um vídeo (sem selfies) que resume um início de tarde diferente, divertido e que colocou bem disposto para o resto da semana, apesar da desgraça em que vive a Figueira. Em tempo
Espero que o Antonio Jorge Pedrosa não me venha para aqui com piadinhas tipo: "o António Agostinho é capaz de melhor que isso... Um passeio de moto, com luvas de bicicleta, de blazer de 5 euros, um capacete fraquinho e de calças verde escuro e 6 euros e 75 cêntimos." 
Livre-se disso meu caro Senhor!..

Da série, enquanto não tenho coisas importantes para apresentar... (3)

Via Expresso


"Na "Sábado", o jornalista Marco Alves traçou um quadro do governo de Santana Lopes na câmara da Figueira da Foz entre 1998 e 2001. Ou melhor, talvez seja mais correto falar em desgoverno. 
Os números falam por si. Quando entrou na câmara, a dívida da autarquia era apenas de 9 milhões; quando saiu, três anos depois, a dívida era de 41 milhões, um aumento de 347% em apenas três anos. 
Estes números mostram que um governo Santana teria feito exatamente o mesmo que o governo Sócrates: teria afundado o país e os nossos filhos num oceano de dívida que nos prende e limita. 
Sim, Santana Lopes na Figueira representa tudo o que está errado na forma como se governa em Portugal: pedir dinheiro emprestado, fazer coisas para inglês e parolo verem, sair e deixar a dívida acumulada para outros. Os outros que arrumem a casa depois da festa. 
A governação de Santana limitou até hoje a governação dos seus sucessores do PSD e do PS. Curiosamente, foram os autarcas do PS que foram secando a dívida, fazendo austeridade local. Era inevitável, até porque as empresas municipais criadas por Santana eram (ainda são?) um monstro financeiro que se perpetuava. Um sorvedouro de dinheiro público e de dívida, a empresa Figueira Grande Turismo só foi dissolvida em 2013, doze anos depois a saída de Santana. 
Não se pode governar assim, não se pode ir para um sítio e deixar uma dívida que demora décadas a ser paga. É imoral. É um ónus gigantesco sobre o futuro. 
No imediato pós-Santana houve perigo de rutura de tesouraria, que só não aconteceu devido, lá está!, a mais empréstimos junto da banca: dívida para pagar dívida. O que levou a este cenário: devido ao absurdo desgoverno de Santana, as dívidas de curto prazo da câmara da Figueira subiram 600%: de 4,2 milhões para 28,8 milhões. 
Agora, Santana quer voltar e quer fazer o mesmo, já prometeu isto e aquilo, campo de golfe, marina, aeródromo, centro de congressos, centro de alto rendimento. 
É impressionante. Não aprendeu nada. Espera-se que as pessoas da Figueira tenham aprendido alguma coisa. A Figueira da Foz a escolher (hipoteticamente) Santana Lopes em 2021, depois do desgoverno provocado nesta cidade pelo próprio Santana há vinte anos (aumentou a dívida em 600% em três anos), é quase tão mau como ver Oeiras a escolher Isaltino. Seria um sintoma grave: os portugueses não aprendem, não querem aprender ou não sabem aprender."

A agenda política nas campanhas eleitorais

Na Figueira, de 1997 para cá, a agenda  política passou a constituir uma prioridade para os directores das campanhas para as autárquicas.
Nesse campo, leia-se o planeamento das acções, em 2021, até ao momento, registe-se a fraca prestação de um político de nível nacional, que anda por aí,  e que há muitas décadas habituou os portugueses atentos a estas iniciativas, a fazer a diferença  pelas inovações e pelo poder de iniciativa e sentido da oportunidade com que  marcava a agenda política. 
Como quem marca a agenda política está em melhores condições de ser bem-sucedido, fica o registo.
Contudo, ainda não é tarde.

O controle da agenda, passa, inevitavelmente, pela relação entre a mídia e a política. O jornalista ao destacar determinado assunto, está obviamente a influenciar as pessoas que vão ler, ouvir ou ver esse tema no órgão  de informação. Está provado que existe uma elevada relação entre a agenda da mídia e a agenda dos cidadãos, bem como entre os temas a que a mídia dá relevância e os temas que as pessoas consideram mais relevantes.
Se olharmos para o que os diversos candidatos têm apresentado como agenda política, esses temas e as formas de os apresentar chegam aos eleitores que, neste momento, os políticos procuram sensibilizar tendo em vista a conquista do voto?

A questão da agenda política, embora tendo chegado à Figueira com atraso, faz parte das campanhas eleitorais. 
A mídia é importante. Mattos Chaves sabe isso e ainda ontem abordou o assunto num texto no facebook. Controlar o fluxo noticioso numa época de grande competição informativa é de vital importância para o êxito de qualquer iniciativa no plano político. Carlos Monteiro também sabe isso e tem a vantagem de ser o poder em 2021, na Figueira. Santana Lopes sabe isso e tem bons contactos a nível da mídia nacional como se tem visto. Pedro Machado sabe isso, mas não tendo, em 2021, o poder na Figueira, nem tantos nem tão  bons contactos  como Santana a nível nacional o que tem a fazer? Esse é um problema para resolver pela sua direcção de campanha. Eu, que não percebo nada de política, nem de campanhas políticas, na minha simples condição de eleitor atento, sugiro que lance para a discussão pública temas que mereçam realmente a atenção dos mídia e das pessoas que votam no concelho da Figueira.

Repetir cromos que vão a algumas (não a todas...), não me parece a melhor, nem a mais acertada e, muito menos, a opção para marcar a agenda política na Figueira da Foz.
O que digo sobre a candidatura de Pedro Machado, aplica-se à CDU e ao BE que, certamente, a par do CDS são os que têm mais dificuldades em merecer a atenção dos mídia locais.

Não desconheço que as novas tecnologias têm a sua influência na acção política. Até agora, a candidatura de Santana Lopes, com a colocação na praça pública do espectáculo, em detrimento das ideias, tem feito apenas show off. Que tem resultado. Como se esperava, tem merecido ampla divulgação nos mídia nacionais. Desde há muito, que a normalidade para a mídia não é notícia, mas, sim, o que significa perturbação. Os mídia destacam as confusões e os problemas em detrimento de soluções. O drama é destacado. A normalidade é ignorada. Interessa é despertar emoção. Isso é que tem impacto. Basta ver quem lidera as vendas de jornais e as audiências televisivas.

Controlar a agenda política é fundamenta por duas ordens de razões: 
1.  a necessidade de dar largas a potencialidades próprias para manter a dianteira relativamente aos demais; 
2.  a necessidade de tornear os obstáculos que vão surgindo a cada passo. "Para governar com sucesso, o poder tem de marcar a agenda e não deixar que seja a mídia a fazê-lo".
Se estivaram atentos, pela consulta dos jornais que publicam notícias sobre a Figueira, sabem que ficou visível qual foi a principal preocupação de Carlos Monteiro e da máquina de propaganda ao serviço da câmara municipal nos últimos dois anos.

A criação da agenda diária de um político é uma tarefa que requer cuidado e imaginação. Ela deverá ter em conta essencialmente a melhor maneira de captar a atenção da mídia. Poderá fazê-lo pela forma ou pelo conteúdo. 
Neste momento, a imagem é fundamental. A maioria dos políticos vive para a imagem. Porém, só os que estão no poder é que podem dispor dos recursos financeiros do orçamento público para dar sustentação a uma acção continuada de efeitos para alcançar o objectivo.
Ao poder, a qualquer poder, interessa sobretudo controlar a informação no contexto dos padrões que estabelece. Uma informação não domesticada, constitui uma ameaça com a qual nem sempre se sabe lidar. E eu sei do que falo.

Para manter a agenda política controlada, o poder costuma fazer-se aquilo que se chama a "manipulação pela inundação"
A principal fonte de notícias está no poder: temos as notícias que assentam em factos normais - anúncios de decisões do executivo, visitas, discursos, conferências de imprensa, etc.; e as notícias que resultam de fugas de informação para produzir um efeito de acordo com o objetivo que se pretende alcançar.

A filantropia de Cristiano Ronaldo em perspectiva...

Jornal de Notícias, 24 de Novembro de 2017
"Depois dos prémios futebolísticos, CR7  foi distinguido fora do campo, também pelos melhores motivos. Apesar de pautar pela discrição na hora de ajudar, o jornal desportivo enumerou algumas das ações solidárias do craque madeirense."
Blogue Ladrões de Bicicletas, 24 de Maio de 2021
"Foi inaugurada uma ala no Hospital Santa Maria financiada por Cristiano Ronaldo em 3,4 milhões de euros. Todos os órgãos de comunicação irão desfazer-se em elogios ao jogador. Mas convém colocar o episódio em perspetiva. 
Cristiano Ronaldo foi acusado e condenado de evasão fiscal no estado espanhol avaliada em cerca de 14 milhões de euros, envolvendo um esquema de criação de empresas falsas em paraísos fiscais como a Irlanda ou as ilhas Virgens Britânicas. A ironia torna-se óbvia: o jogador foge conscientemente aos impostos num país, que depende desses impostos para financiar a saúde e a educação, e devolve depois uma fração desse valor ao Estado (neste caso, a outro Estado, mas isso pouco importa) sob a forma de filantropia, ainda capitalizando o marketing favorável que a iniciativa lhe proporciona. 
Não se equivoquem. Este post nada tem de pessoal. O que me interessa é a dimensão sistémica do problema. Um sistema que permite um emaranhado legal à escala internacional cujo objectivo é que os super ricos possam não ter o seu dinheiro taxado e ainda devolverem uma parte desse roubo mascarado de filantropia. 
É ultrajante e degradante. Estados que se debatem a financiar os seus Estados sociais são "presenteados" pela acção benemérita daqueles cuja acção criminosa torna os fundos públicos escassos para as suas funções sociais. É aqui que reside o problema dos tempos que vivemos. 
Mas sobre isto os actores ao serviço das elites nada têm a dizer. Para eles, o problema são os miseráveis que recebem o RSI com uma prestação média de 140 euros/mensais. 
Saibamos sempre colocar em perspetiva."

segunda-feira, 24 de maio de 2021

À entrada das praias estarão novamente a funcionar os semáforos relativos à ocupação no areal...

A Agência Portuguesa para o Ambiente já deu a conhecer a listagens da capacidade potencial de ocupação das praias costeiras e de transição, e praias de pequena dimensão. No caso da Figueira da Foz, são estas as orientações:

Bob Dylan faz hoje 80 anos

Ainda grava e dá concertos Desde muito novo, com apenas 20 anos de idade, tornou-se num ícone do movimento de protesto. Lado a lado com Baez e Martin Luther King, participa na marcha até Washington, em que mais de 200 mil protestam contra a guerra do Vietname a separação racial. É lá que Luther King faz seu célebre discurso "Eu tenho um sonho".
Neste, como em todos dias, é uma boa ocasião para escutar de Bob Dylan.