sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Continua mau tempo e a erosão continua ao ataque na Cova... (continuação)
i/Pitagórica
Custa-me dizê-lo, pois até me fica mal, mas confesso que, de quando em
quando, chego a ter pena do professor Marcelo...
Sobre o mundo e o país que ajudou a criar, ele não diz nada quando tinha a obrigação de
dizer - só fala a propósito de minudências...
Pelos vistos, tal como os maridos enganados, só aparece quando não é preciso...
Pobre país, desgraçado, de desgraçados...
imagem sacada daqui |
A saber:
3 -"Hotel vai ser construído em cima da praia de Labruge".
Pergunte-se-lhes: empreendedores, ignorantes, "requalificadores" e "valorizadores", e demais responsáveis de "governo", "justiça", "ciência", "ordenamento do território", etc, etc, etc., blá blá blá, blá blá blá, blá blá blá: com que dinheiro se vai "defender" a orla costeira, num país do Atlântico Norte? É com o dinheiro pessoal (dos ordenados e reformas) de quem, no presente, governou e decidiu ou não decidiu seja o que for? Ou é com o dinheiro público (que, no futuro, não vai haver) de todos os cidadãos, do Estado, do país que vier a haver, chamado Portugal?
Pergunte-se-lhes: empreendedores, ignorantes, "requalificadores" e "valorizadores", e demais responsáveis de "governo", "justiça", "ciência", "ordenamento do território", etc, etc, etc., blá blá blá, blá blá blá, blá blá blá: com que dinheiro se vai "defender" a orla costeira, num país do Atlântico Norte? É com o dinheiro pessoal (dos ordenados e reformas) de quem, no presente, governou e decidiu ou não decidiu seja o que for? Ou é com o dinheiro público (que, no futuro, não vai haver) de todos os cidadãos, do Estado, do país que vier a haver, chamado Portugal?
Pobre país, desgraçado, que nem sequer sabe o que é o Mar -
o seu Mar, o "Mar Português", no Atlântico Norte -, nem sabe do que é
que esse seu Mar é capaz, nem sabe como o conhecer e como o enfrentar (e ainda
têm que ser os estrangeiros a vir enfrentar as dificuldades típicas do
Atlântico Norte, aqui naturais, para aqui criarem alguma coisa de produtivo
como é a aquicultura, e não somente mais e mais especulações
"comerciais" e "turísticas", como os indígenas gostam).
Pobre país que chegou ao ponto de deixar os seus jovens andar a morrer nas
praias, à meia-dúzia, em rituais "universitários" bizantinos e
goliardescos, boçais, pseudo-feudais e pseudo-clericais, pretensamente típicos
de "tradições antigas" ("tradições" que, na verdade, foram
inventadas, há trinta anos atrás, por razões políticas [!] e que, na verdade, é
obvio que são somente [pseudo-]"tradições" de canalhice e de
pretensiosismo social, pseudo-elitista, dito "académico"), os mesmos
rituais e as mesmas (pseudo-)"tradições" - de "bullying"
colectivo e massificado (permitido, e impune, no interior das Escolas…!!) - que
o Estado, durante décadas (a partir de Coimbra e da sua universidade pública lá
existente), foi sempre permitindo, tolerando e incentivando, e alargando e
deixando alargar às outras "Escolas" todas (!!!), superiores, e
secundárias, e primárias... públicas e privadas (até aos
jardins-escola...!!!!), em vez de nessas Escolas ter ensinado aos jovens o que
é o Mar, e como o enfrentar...!!!!!
Pobre e triste país, de festas, e de futebóis, e de rituais,
e de labregos, e de doutores, e de oficiais e comendadores da Ordem do Infante
Dom Henrique que, no meio da desgraça inevitável, passam o tempo a encher a
boca com retóricas de "Regresso ao Mar" e de "História dos Descobrimentos
Henriquinos", etc, etc, etc., blá blá blá, blá blá blá, blá blá blá (sem
sequer saberem o que é o Mar), e passam o (pouco) tempo que lhes resta a
"discutir" e a relativizar, "democraticamente", tudo aquilo
que é óbvio e evidente (para, assim, o postergarem). E passam o tempo,
"academicamente", a epistemologizar as "pós-modernidades",
de "Esquerda", etc, etc., etc., das suas "causas"
fracturantes, do sexo dos seus anjos pagos com dinheiro público, nas
universidades, ao mesmo tempo que deixam afundar, no caos, irreversível, a sua
terra, o seu mar, a sua demografia (o seu povo), a sua verdadeira paisagem
geográfica e humana.
Pobre país.CEMAR (Recebido por mail)
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Deve ser um sábio muito irritante...
Mas, porque é que, eu, figueirense, encontrei há pouco o sábio e lhe perguntei onde
estava a “herança” da felicidade e o sábio fingiu, procurou nos bolsos das
calças e respondeu-me: "aqui não está!"?
Continua mau tempo e a erosão continua ao ataque na Cova... (continuação)
foto António Agostinho |
De ontem para hoje, a situação agravou-se.
Veja a evolução: compare clicando aqui, aqui, e aqui.
E para o próximo dia 1 de Fevereiro parece que vamos ter uma espécie da ressaca do Hércules...
Veja a evolução: compare clicando aqui, aqui, e aqui.
E para o próximo dia 1 de Fevereiro parece que vamos ter uma espécie da ressaca do Hércules...
“Depois da casa roubada, colocaram trancas à porta”
A morte dos dois pescadores alegadamente provocadas pelas obras
de construção da nova Ponte dos Arcos, aconteceu na manhã de 19 de março de 2007.
Porém, muito antes, mais de um mês antes, os pescadores da pesca
artesanal da Cova-Gala já andavam preocupados e descontentes com as obras que então estavam em curso na zona da Ponte dos Arcos.
Segundo quem se dedica a este tipo de pesca, o canal de
navegação tinha ficado demasiado estreito, o que pôs em risco a segurança das
embarcações e dos homens no decorrer da navegação naquele troço do rio.
O “canal da morte” deveria ter sido encerrado à navegação,
como, aliás, aconteceu logo a seguir ao acidente.
Isso, sabe-se hoje, teria
evitado a morte dos dois pescadores.
Depois da “casa roubada, colocaram trancas à porta”, pois alguém
interditou depois do acidente que
vitimou duas vidas a “boca do inferno”.
Alguém teve “poder” para o fazer à posteriori. Portanto,
alguém falhou.
Sabe-se que houve reuniões, antes do acidente, numa das
quais foram ouvidas as preocupações dos pescadores, que devido às obras se
queixavam das dificuldades em navegar pelo canal.
Louro Alves, Capitão do Porto na altura dos acontecimentos, afirmou na sessão de julgamento em que foi
ouvido que ninguém (entidades que participaram - Estradas de Portugal, IPTM,
câmara, construtora, entre outras) levantou a “questão de interdição do tráfego
no canal”.
Não obstante, já era equacionada, antes do acidente, a
passagem das embarcações do Portinho da Gala, para o porto de Pesca, uma das
soluções que Louro Alves defendeu e que poderia ter evitado o acidente.
A outra teria sido a interdição total do canal de navegação.
Antes da morte de Clemente Imaginário e de Manuel Pata, porém, nenhuma das duas hipóteses aconteceram. A seguir, fechou-se o canal à navegação
e passaram-se as embarcações do Portinho da Gala para o Porto de Pesca.
À boa maneira portuguesa, “depois da casa roubada, colocaram-se as trancas à porta”...
Em tempo.
A próxima sessão do julgamento está marcada para 26 de fevereiro, às 09H00.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Continua mau tempo e a erosão continua ao ataque na Cova...
Entre o 4º e o 5º. molhes a duna está a desaparecer perigosamente.
Entre o 3º. e o 4º. molhes, a protecção em pedra está a ser atacada perigosamente.
fotos António Agostinho
fotos António Agostinho
Houve alguém que disse que "todos os direitos das pessoas podem ser referendados"...
imagem sacada daqui |
Foi o deputado Hugo Soares, do PSD, eleito no século XXI num Estado que, presume-se, é de direito democrático e uma democracia constitucional.
Das colectividades às coletividades...
“A Figueira da Foz tem motivos para se orgulhar do seu movimento associativo popular, sobretudo porque a sua qualidade e quantidade denotam a existência de uma sociedade civil forte e ancorada
na cultura. As coletividades são uma emanação do poder das populações e visam satisfazer os seus interesses; devem procurar, pois, nesse terreno, os seus meios e recursos, o que não significa que, de uma forma transparente e objetiva, a administração pública não as apoie.
Felizmente passaram os tempos em que o associativismo era campo de manobra política e em que o cheque levado no bolso ditava preferências e oportunismos. As associações estão a descobrir a sua força e as que sobreviverem a estes tempos ficarão como faróis a iluminar as que vierem.”
Vereador António Tavares, na sua já habitual crónica das terças-feiras no jornal AS BEIRAS.
"Não calcula o tempo que demoro a escrever aquela merda com 1400 caracteres. Leio aquilo tantas vezes... Volto atrás e vou para a frente. Só a trabalheira de arranjar assunto. Eu espontaneamente só tenho opinião uma vez por ano, agora tenho de ter todos os dias porque ganho a vida assim", disse um dia Manuel António Pina ao jornal i.
Ao contrário de Manuel António Pina, não tenho opinião apenas uma vez por ano. Todavia, também não a tenho todos os dias.
Diga-se, em abono da verdade, quando se tem um blogue, onde é suposto ter opinião, que tal pode constituir uma atrapalhação...
Conheci, em tempos recuados, a opinião do António Tavares sobre as colectividades. Fiquei a conhecer, a partir de ontem, a opinião do vereador Tavares sobre as coletividades...
Vereador António Tavares, na sua já habitual crónica das terças-feiras no jornal AS BEIRAS.
"Não calcula o tempo que demoro a escrever aquela merda com 1400 caracteres. Leio aquilo tantas vezes... Volto atrás e vou para a frente. Só a trabalheira de arranjar assunto. Eu espontaneamente só tenho opinião uma vez por ano, agora tenho de ter todos os dias porque ganho a vida assim", disse um dia Manuel António Pina ao jornal i.
Ao contrário de Manuel António Pina, não tenho opinião apenas uma vez por ano. Todavia, também não a tenho todos os dias.
Diga-se, em abono da verdade, quando se tem um blogue, onde é suposto ter opinião, que tal pode constituir uma atrapalhação...
Conheci, em tempos recuados, a opinião do António Tavares sobre as colectividades. Fiquei a conhecer, a partir de ontem, a opinião do vereador Tavares sobre as coletividades...
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Continua o mau tempo...
Praxe
A tragédia do Meco, que aconteceu há mais de um mês, tem
sido o assunto do momento, nas últimas semanas. Infelizmente, o mediatismo à
volta deste caso não se deve a estarem agora finalmente apuradas as
circunstâncias em que os 6 jovens morreram, mas sim à insistência dos pais,
mães e avós em não deixarem o assunto cair no esquecimento. Seis pessoas
morreram em circunstâncias ainda por apurar, com a forte suspeita de que a
morte possa ter ocorrido no contexto de praxe.
Assistiu-se a um triste espectáculo: silêncio, inércia e
impassividade por parte das autoridades responsáveis pela investigação do caso.
Os jovens faleceram a 15 de dezembro e só a 21 de janeiro a Procuradoria-Geral
da República determinou a aplicação do segredo de justiça, chamando a si o inquérito.
O que aconteceu foi uma verdadeira tragédia. Crime ou não
crime, a morte de 6 pessoas não pode ficar por investigar.
(daqui)
Adeus Pete Seeger
Com 94 anos, foi-se embora ontem.
Há pessoas que nos ajudam a acreditar que o mundo um dia será muito melhor.
Caso da morte de dois pescadores na Ponte dos Arcos em 2007: recomeçou ontem no Tribunal da Figueira da Foz o julgamento
Clemente Imaginário, 69 anos. Manuel Pata, 71 anos. Perderam a vida no rio que conheciam desde sempre. |
Um dos sete arguidos no julgamento da morte de dois pescadores, há sete anos, no rio Mondego, disse ontem que a Capitania do Porto
também devia responder em tribunal, imputando responsabilidades à autoridade
marítima. «Naquele caso é muito estranho que a Capitania não tenha feito a interdição do canal com os perigos que lá estavam identificados (…). Falta aqui um arguido, que é a Capitania», disse em tribunal António Churro, que, à data
dos factos, era adjunto da delegação Centro do Instituto Portuário e de
Transportes Marítimos (IPTM).
À margem da sessão do julgamento, Louro Alves, na altura comandante
da Capitania do Porto da Figueira da Foz – será ouvido hoje, durante a
sessão, que começa às 09H00 –, afastou a responsabilidade que foi “atribuída” à
autoridade marítima. “A responsabilidade era da entidade administrativa”,
afirmou, em declarações aos jornalistas. “São águas interiores, estava na área
de jurisdição do IPTM”.
Estacionamento pago no hospital foi assunto polémico na reunião de ontem
Foi o
vereador e líder da coligação Somos Figueira quem tomou a iniciativa de abordar
o assunto, ontem, na reunião de câmara. Miguel Almeida começou por solicitar
uma reunião com a administração da Figueira Parques, a empresa municipal que requalificou
o parque de estacionamento pago do Hospital Distrital da Figueira da Foz
(HDFF), que está aliás a explorar.
O autarca da
oposição ressalvou que só não aprofundava a polémica questão por lhe restarem “algumas
dúvidas”, depois de ter lido o contrato. No entanto, acrescentou: “ficou claro que
o presidente da câmara é a favor,
porque assinou o contrato”. Miguel Almeida constatou, por outro lado, que o
documento fora assinado três meses antes das eleições autárquicas.
Porém,
atirou, ficou na gaveta e só viu a luz do dia depois do ato eleitoral, dando a
entender que o executivo socialista
não o tornou público antes devido à impopularidade da decisão que permitiu
taxar o estacionamento no hospital.
Por outro lado, frisou ainda: “tendo em conta a dimensão daquilo que estava a
ser tratado, não acho correto que a assembleia geral – a reunião de câmara -
não se tivesse pronunciado”.
João Ataíde,
por seu turno, afirmou que só assinou o contrato “porque pensava que não ia
prejudicar os utentes”. Para tentar remediar os prejuízos, o presidente da
câmara adiantou que tem uma proposta que visa aplicar “um
tarifário quase simbólico”, mostrando-se aberto a sugestões.
“Só quero
fazer bem às pessoas. E vai ver como vou fazer bem às pessoas”, frisou o edil.
O presidente
reiterou as razões que o levaram a rubricar o polémico contrato.
“O meu acordo
visa satisfazer uma situação de ordenamento do estacionamento na área
envolvente do HDFF e agilizar uma necessidade do hospital, e não tem fins
lucrativos, pelo contrário”, sublinhou.
Assunto
fedorento
João Portugal
também se pronunciou sobre “este assunto que já cheira mal”, referiu. Para o
vereador do executivo, o que se passou foi que “o HDFF solicitou à câmara a
colaboração para melhorar o trânsito e o município disponibilizou-se a ajudar
na melhoria dos serviços dos HDFF, apesar disto ser da competência do Governo”.
Antes de
lançar um repto ao líder da oposição, Portugal classificou o debate que se
arrasta em torno do estacionamento pago do hospital “um número político para
fazer manchetes nos jornais”. A seguir, veio o desafio,
que consiste em o PSD pedir ao ministro da Saúde que autorize o HDFF a pagar os
80 mil euros aplicados pela Figueira Parques e, assim, “o problema fica resolvido”.
Miguel Almeida, porém, não se deixou impressionar e retorquiu afirmando que “ficou claro que o PS também defende o parque de estacionamento”. O vereador solicitou ainda uma reunião, com carácter de urgência, com a Protecção Civil, para esta se pronunciar sobre a entrada de viaturas de emergência no parque de estacionamento pago. E considerou, por outro lado, “perigoso” que o HDFF tivesse pedido à câmara para requalificar o parque a fim de resolver um assunto num espaço municipal. (AS Beiras)
Miguel Almeida, porém, não se deixou impressionar e retorquiu afirmando que “ficou claro que o PS também defende o parque de estacionamento”. O vereador solicitou ainda uma reunião, com carácter de urgência, com a Protecção Civil, para esta se pronunciar sobre a entrada de viaturas de emergência no parque de estacionamento pago. E considerou, por outro lado, “perigoso” que o HDFF tivesse pedido à câmara para requalificar o parque a fim de resolver um assunto num espaço municipal. (AS Beiras)
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Serviço público
Rua do Hospital, Gala, freguesia e vila de S. Pedro,
Figueira da Foz, defronte à agência do Montepio Geral, uma das portas de
entrada e saída para o acesso ao Hospital e às praias da Cova-Gala.
A cabine telefónica estava no estado que a foto publicada no passado dia 20 do corrente documentava...
Passados 7 dias, como se pode verificar pela foto, o assunto ficou resolvido.
Muito bem.
Isto é serviço público.
Agora, espera-se que o público saiba preservar o que, em pleno funcionamento, tem utilidade pública.
Muito bem.
Isto é serviço público.
Agora, espera-se que o público saiba preservar o que, em pleno funcionamento, tem utilidade pública.
Estacionamento do hospital em debate na reunião da câmara, via internet...
“O governo que devolva os 80 mil euros à Figueira Parques e o problema fica resolvido”, vereador Portugal...
E na sequência...
“É pá, já estamos há hora e meia no hospital, a primeira
hora é grátis, mas”... presidente da Câmara...
E pronto, passámos à Naval e à ocupação do espaço dos campos do Estádio Municipal...
Nossa Senhora do Caravaggio nos valha...
Entretanto, é preciso tempo para resolver o problema da Naval...
“Revisão do Plano de Ordenamento da Orla Costeira impede ampliação do hospital”...
Já agora: sabem se a ampliação do parque de estacionamento pago
do hospital também consta da agenda da reunião da Câmara da Figueira da Foz que se realiza hoje, pelas 15H00?..
Como sabem, o soutien deixou de ser um acessório
indispensável para a mulher portuguesa de há anos a esta parte...CEMAR comemora 19 anos de vida
Hoje, celebra-se o 19º aniversário do CEMAR -
Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque.
Esta associação científica privada sem fins lucrativos, foi fundada na Figueira da Foz, em 27.01.1995,
por iniciativa do historiador Alfredo Pinheiro Marques e da Câmara Municipal da
Figueira da Foz, com sede no Forte de
Santa Catarina (Foz do Mondego) e dedicada a "o Mar e aquilo que através
dele fizeram [e fazem] os Portugueses".A praxe mata, às vezes o corpo, mas sempre a cabeça
«Ao institucionalizar a obediência aos mais absurdos
comandos, a humilhação dos caloiros perante os veteranos, a promessa era a do
exercício futuro do mesmo poder de vexame, mostrando como o único conteúdo da
praxe é o da ordem e do respeito pela ordem, assente na hierarquia do ano do
curso.
Mas quem respeita uma hierarquia ao ponto da abjecção está a fazer o tirocínio para respeitar todas as hierarquias. Se fores obediente e lamberes o chão, podes vir a mandar, quando for a tua vez, e, nessa altura, podes escolher um chão ainda mais sujo, do alto da tua colher de pau. És humilhado, mas depois vingas-te.»
A abjecção das praxes, por José Pacheco Pereira.Mas quem respeita uma hierarquia ao ponto da abjecção está a fazer o tirocínio para respeitar todas as hierarquias. Se fores obediente e lamberes o chão, podes vir a mandar, quando for a tua vez, e, nessa altura, podes escolher um chão ainda mais sujo, do alto da tua colher de pau. És humilhado, mas depois vingas-te.»
«Não basta acharmos que o estudante comum, que aceita a
praxe ou a põe em prática, é um simples e acéfalo maria-vai-com-as-outras,
controlado quase sempre pelos medíocres «veteranos», que veem nestes momentos
uma ocasião única para fruírem da autoridade e do reconhecimento que jamais
terão no resto das suas vidas. E também não podermos forçá-lo a ler Wilhelm
Reich para compreender a psicologia de massas do fascismo e reconhecer o modo
como o caminho da submissão cega à hierarquia e ao império do mesmo é um passo
curto para o reino uno da escravidão. Mas podemos impedir por regulamento –
podem-no o Estado, as universidades, as associações de estudantes, os partidos
políticos, as famílias (que por vezes têm também responsabilidades nesta
matéria), até as juventudes partidárias (para algo de socialmente positivo
podem elas servir) – que o pequeno totalitarismo praxista se instale e governe
as escolas superiores e o universo estudantil a seu bel-prazer.
Mesmo sem proibir as praxes, o que não me parece de todo
possível ou sequer saudável, até porque poderia provocar como efeito oposto a
sua proliferação não-controlada, é possível conter formalmente os excessos e a
loucura das suas práticas mais violentas e obsessivas. Depois competirá aos
próprios estudantes perceberem que existem atividades bem melhores, mais
emocionantes e integradoras, mais divertidas até. E procurarem-nas, fazendo
delas alimento da melhor parte das suas vidas.»
Cinco mitos em torno das praxes, por RUI BEBIANOdomingo, 26 de janeiro de 2014
Uma estátua que continua a intrigar os figueirenses...
... mas, o previsto contra-ataque dos guerrilheiros está aí:
Álvaro Dias foto daqui |
Pois mas está visto que não há!”
Joaquim Gil, advogado, ontem, sábado, nas BEIRAS.
Recordando o Luís Elvira
O rio Mondego, agora considerado uma barreira entre a sede do
concelho e a freguesia de São Pedro, “difícil de transpor”, já foi em tempos ainda não muito recuados, um factor de aproximação e uma via utilizada para
ligar as duas margens do Mondego.
Alguns de nós ainda se recordam dos dois barcos – o Gala e o
Luís Elvira - que efectuavam a ligação entre a Gala (no verão com passagem pelo
Cabedelo) e a Figueira.
Outros tempos, outras cabeças pensantes, em que o Mondego
era visto como um factor de aproximação.
Agora, apesar das modernas e espaçosas pontes, “o rio
Mondego é uma barreira difícil de transpor!...” “Outros tempos, outros pensamentos”!...
Uma carta aberta ao senhor ministro que termina assim:
"Que a vida de investigador, o bolseiro em particular, nunca foi fácil em Portugal isso é um dado adquirido - quer-se rir um bocadinho sr. ministro? Sabia que existe código de actividade profissional para astrólogo (CAE 1316) mas não existe um para investigador? LOL sr. ministro, LOL - mas já se perguntou porque é que apesar de não termos subsidio de férias nem de natal (imagine a nossa confusão em sentir a revolta dos portugueses quando o seu colega sr. primeiro-ministro cortou nos subsídios), de não sermos cobertos pela segurança social, de não fazermos descontos, de termos valores de bolsas que não são revistos há mais de uma década, e outros tantos desajustes com que, com certeza, está familiarizado, continuamos na ciência? já alguma vez pensou nisso? porque, acima de tudo, somos uns sonhadores. Temos que ser sonhadores, temos que ser loucos, acreditar no que não existe, no que não vemos, no que não podemos tocar nem ouvir, temos que ir atrás para perceber porquê, perceber como, temos que questionar, dizer que não, temos que amarrar uma chave a um papagaio e largá-lo no meio de uma trovoada, que deixar as nossas culturas ganhar bolor e ousar pensar que a terra não é plana.
Se o sr. ministro acha que o sonho não tem lugar na “vida real” então tenho pena de si - tal como as crianças acreditam que os ovos vêm do super mercado também o sr. ministro deve acreditar que o seu rato sem fios veio da fnac. Se assim é sr. ministro, está no seu direito, mas então não se envergonhe e, mais importante, não nos insulte.
Sem mais."
Para ler na íntegra - e vale bem a pena, clicar aqui.
Será que esta noite tivemos mais um caso "Calabote"?.. *
«Quando acabou o nosso jogo estávamos apurados e cinco
minutos depois o FC Porto marcou. É de lamentar este tipo de jogos não
começarem e acabarem ao mesmo tempo. Pode levantar suspeitas. Não é bom para o
futebol. Era importante a Liga corrigir esta situação. Mas isso agora é
passado», afirmou o técnico leonino em declarações à TVI.
sábado, 25 de janeiro de 2014
"Eucaliptos dominam pedidos ao abrigo da nova lei de arborização"...
Querem saber o que isto quer significar?.. Continuem a ler...
“As chamas vão continuar a consumir hectares de floresta; o
combate às chamas vai continuar a sair do bolso dos contribuintes, para gáudio
dos combatentes privados e luto dos combatentes públicos; o combate à
desertificação do território, num futuro próximo, também vai sair do bolso do
suspeito do costume – o contribuinte; as vidas humanas e a miséria do dia
seguinte ficam a cargo dos mesmos de sempre – os que já pagam o combate às
chamas e vão pagar a guerra contra a desertificação do território; a biodiversidade
fica por conta dos contribuintes das gerações futuras [onde é que eu já ouvi
isto?]; as televisões vão ganhar shares de audiência, assim que mudarmos para a
hora de Verão, com directos do local do crime e bate-papos da treta com
especialistas da tanga; o lucro, esse, já se sabe para quem fica, porque o
crime compensa e está consagrado em papel de Lei e tudo. É toda uma indústria à
roda do património natural, comum a milhões para benefício de algumas dezenas.”
Uma coisa é certa: é um texto com muita piada...
“As estradas e a Serra”,
uma crónica de João Vaz, consultor de ambiente e sustentabilidade, publicada hoje nas Beiras:
“Há ainda ruas e
estradas municipais esburacadas e em mau estado de conservação, algumas mal
sinalizadas e perigosas.
Os prejuízos são
evidentes, a mecânica do carro sofre, o bolso do contribuinte também, aumenta a
insegurança rodoviária.
A Câmara é responsável
por tapar buracos, mas não o consegue fazer a tempo e horas. Faltará mais
organização (tapar o buraco antes que surja a cratera, fechar fissuras para que
não entre água) e, acima de tudo, não há dinheiro. O serviço da dívida é um
garrote: 8 milhões de euros por ano, fruto de vários anos de “buracos” e má
gestão (1997-2009).
Uma parte dos 28
quilómetros das estradas da Serra Boa Viagem também estão em mau estado, há
mais de 20 anos, apesar do reduzido tráfego e uso. A Autoridade Nacional da
Floresta (o Estado central) deveria reparar uma parte destas vias, tornando-as
transitáveis, mas não o faz, por falta de recursos, imagino eu.
Quem poderá fazer algo
para melhorar as estradas da Serra são os deputados na AR, influenciando o
Governo (PSD/CDS) para que haja verba.
A oposição (PSD)
insiste desde a campanha eleitoral que as estradas da Serra não são reparadas porque
alguém (quem será?), na estrutura dirigente da Câmara, bloqueia esta pretensão.
Hipoteticamente
teríamos um ”ecologista profundo” descolonizando-a da presença humana! Contudo,
tal pessoa não existe na Figueira. Todos queremos passear pelas estradas da
Serra, sem buracos, entre as folhas no chão e as giestas selvagens.”
Depois de ler esta
crónica, o que aconteceu há segundos, confesso:
1. Fiquei espantado
por haver “estradas municipais
esburacadas”;
2. Fiquei espantado “por
a Câmara ser responsável por tapar buracos”;
3. Fiquei espantado por haver “a necessidade de mais organização – tem-se de tapar o buraco, antes que
surja a cratera”;
4. Fiquei espantado
por “uma parte dos 28 quilómetros das estradas da Serra Boa Viagem também
estarem em mau estado, há mais de 20 anos, apesar do reduzido tráfego e uso”;
5. Fiquei espantado “com
a falta de empenho dos deputados da AR”;
6. Fiquei espantado
com “a insistência da oposição (PSD)”;
7. Fiquei espantado
por “todos querermos passear pelas estradas da Serra, sem buracos, entre as
folhas no chão e as giestas selvagens.”
8. Fiquei espantado, sobretudo, com a inexistência de um ”ecologista profundo”.
Resumindo e
concluindo.
Alguma vez sentiram,
ao ler um romance traduzido para português, que simplesmente não o conseguem compreender?
Por mais vezes que o releiam, ele é
incompreensível, ilógico ou não se enquadra no contexto em que está inserido.
Tratando-se de uma
obra literária de qualidade, o mais provável culpado será o tradutor.
No caso da crónica acima, porém, o mais provável culpado pela incompreensão, só posso ser eu – leitor impreparado e limitado.
No caso da crónica acima, porém, o mais provável culpado pela incompreensão, só posso ser eu – leitor impreparado e limitado.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Como evitar um anexo...
"Luiz Goes vai ser a primeira figura de relevo de Coimbra a ser trasladada para o jazigo n.º 33, na Conchada."
Cá está a alternativa que faltava para a falta de "camas", prevista para o Panteão Nacional...
Coimbra, sempre uma lição...
Cá está a alternativa que faltava para a falta de "camas", prevista para o Panteão Nacional...
Coimbra, sempre uma lição...
Doutor Nobre...
Fernando
Nobre andou meses a fazer campanha eleitoral para a presidência da república,
jurando aos portugueses que estava acima dos partidos.
Depois, como se lembram, foi o cabeça de lista do PSD por Lisboa e candidato a presidente da
AR se o PSD vencesse as eleições, como aliás aconteceu.
Não precisávamos de Fernando Nobre para nos confirmar que a política em Portugal, hoje em dia, é uma obscenidade, um jogo de interesses obscuros, onde está aberto o campo a todo o tipo de oportunismos.
Não precisávamos de Fernando Nobre para nos confirmar que a política em Portugal, hoje em dia, é uma obscenidade, um jogo de interesses obscuros, onde está aberto o campo a todo o tipo de oportunismos.
Depois, todos nos recordamos do que aconteceu:
o chumbo de Fernando Nobre para presidente da AR, do meu ponto de vista um
favor que o PS fez ao PSD (mais um): se tivesse seguido a tradição e eleito o candidato do partido maioritário
na AR, cumpria um preceito estabelecido, forçava uma fricção entre o CDS e o
PSD e ainda nos estaríamos a divertir com o mais inábil presidente da AR da história
parlamentar.
Fernando Nobre seria sempre um embaraço para o PSD.
Eis, senão quando, agora, Fernando Nobre, ameaça de novo com a possibilidade de se recandidatar à Presidência da República.
“Estou em período de
reflexão, mas acho que é extemporâneo e precipitado”, disse Nobre em relação a
uma possível corrida a Belém nas próximas eleições presidenciais, que acontecem
em 2016.
“Com toda a
humildade, até hoje, eu fui o único candidato presidencial verdadeiramente
independente neste país. E fico-me por aqui”, rematou ele.
E eu deixo ao senhor doutor Nobre, apenas, e mais uma vez, esta pergunta: o que leva Fernando Nobre a expor-se a estas tristes figuras?..
À medida e à descarada...
Na avalanche de concursos abertos para a administração
pública, nas últimas semanas - que estão sob avaliação da Comissão de
Recrutamento e Selecção da Administração Pública (CRESAP) - há critérios
apontados e preferências definidas que apontam para cargos à medida. Dá-se
preferência, por exemplo, a quem tenha desempenhado "cargos de dependência
directa de membro do governo" e noutro "a prestação de apoio técnico
especializado aos membros dos gabinetes do Ministério das Finanças".
Os critérios estão lá todos, mas o requisito principal resume-se a isto: boy com experiência de boy!..
Hoje o DN noticia mais um concurso à medida...
"Subdirector-geral do Tesouro tem curso de Engenharia e Gestão Industrial e experiência em imobiliário como era exigido para o cargo".
Isto é menos que terceiro mundo?..
Os critérios estão lá todos, mas o requisito principal resume-se a isto: boy com experiência de boy!..
Hoje o DN noticia mais um concurso à medida...
"Subdirector-geral do Tesouro tem curso de Engenharia e Gestão Industrial e experiência em imobiliário como era exigido para o cargo".
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
"A Voz da Figueira", a segurança marítima, o Com. Baldaque da Silva e a erosão costeira ao longo dos anos...
O semanário "A Voz da Figueira", dedicou na edição mais recente, desenvolvidas reportagens sobre segurança marítima, porto comercial e Homenagem ao Engenheiro Hidrógrafo
figueirense Com. Antonio Arthur Baldaque da Silva - autor do malogrado
"Porto Oceânico-Comercial do Cabo Mondego (Buarcos)" que nunca chegou
a ser construído...
Todavia, isso não
constitui novidade, pois como podemos confirmar pelas imagens, este jornal sempre prestou uma especial atenção e
interesse a estas matérias, como é o caso desta edição, em que dedicou a estes assuntos algumas páginas.
Obrigado presidente....
Graças a V. Exa., ficamos a recordar uma assessora presidencial portuguesa que é um
caso à parte no contexto da União Europeia...
“Se esta presidência ficar lembrada pela saia da menina então deixará marca no tempo e na história.”
Bom esforço...
“A democracia não é a lei da maioria, mas a protecção da minoria”... *
Saída de pessoas qualificadas para o estrangeiro "é positiva", disse o secretário de Estado da Inovação, Investimento e
Competitividade, Pedro Pereira Gonçalves...
* O título é de Albert Camus, falecido a 4 de janeiro de 1960, mas bastante mais actual e interessante do que muitos espertalhões, pretensamente vivaços, que por aí circulam...
Como bem sabemos, tem sido um pesadelo para todos nós ...
Tem sido um pesadelo para todos nós, cidadãos e consumidores domésticos, mas, igualmente, para as empresas, pois estes preços da energia também afectam a competitividade das empresas
portuguesas.
Contudo, as confederações patronais, que me recorde, nunca
fizeram campanha a sério contra os preços da energia...
Pelos vistos é mais fácil e mais cómodo ir na
onda da campanha sobre os custos salariais, em Portugal que, certamente, apenas por mero acaso, até já são dos mais baixos da Europa...
Recordando um texto de João Pereira Mano a propósito de Baldaque da Silva
O projecto do Engenheiro Hidrógrafo Com. Antonio Arthur
Baldaque da Silva para a construção do "Porto Oceânico-Comercial do Cabo
Mondego" (1913), o porto de águas profundas, no Centro de Portugal
(Buarcos - Figueira da Foz), destinado a servir todas as regiões do
Centro-Norte de Portugal e até mesmo Castilla-León, projecto esse aprovado no tempo da I República
Portuguesa, mas que, depois, nunca foi construído e que, com o tempo, veio a
ser substituído pelos projectos de outros portos principais (Leixões, e Sines)
e de outros portos regionais (Aveiro, Viana) que, ao longo do século XX, vieram
a ser construídos no litoral ocidental de Portugal, foi recordado no passado
dia 17 do corrente, no decorrer da Conferência “Apoio
Oceanográfico à Segurança Marítima na Figueira da Foz”, que se realizou no Centro de Artes e
Espectáculos da Figueira da Foz.
A propósito, recorde-se um texto do Capitão João PereiraMano, (autor de
"Terras do Mar Salgado: São Julião da Figueira da Foz…" [1997], Associado Honorário do CEMAR-Centro de Estudos do Mar [2008], e Medalha de Ouro de Mérito, a título póstumo [2012], da cidade da Figueira da Foz), acerca do Com. Antonio Arthur Baldaque da Silva e acerca do seu projecto de porto oceânico de águas profundas a construir no Cabo Mondego (Buarcos):
"Terras do Mar Salgado: São Julião da Figueira da Foz…" [1997], Associado Honorário do CEMAR-Centro de Estudos do Mar [2008], e Medalha de Ouro de Mérito, a título póstumo [2012], da cidade da Figueira da Foz), acerca do Com. Antonio Arthur Baldaque da Silva e acerca do seu projecto de porto oceânico de águas profundas a construir no Cabo Mondego (Buarcos):
(…) Autor de diversos projectos de portos portugueses, e
mesmo estrangeiros, o engenheiro Baldaque da Silva — filho do engenheiro Silva
que em 1859 conseguiu restabelecer a barra da Figueira ao Norte, depois de ter
construído o dique ou paredão do Cabedelo —
foi o autor do projecto do “Porto oceânico-comercial do Cabo Mondego”
que, além do molhe de abrigo — agora muito bem lembrado na imprensa pelo
figueirense Bruno de Sousa — delineava uma doca comercial de 52 hectares
de área, só aberta nos 150 metros da sua entrada, limitada a Oeste pela parte
do molhe que termina nos Formigais, e concluía por uma portentosa rede de
canais a
ligar o novo porto a Aveiro, Leiria e Coimbra — já não falando em estruturas diversas, como sejam diques, doca de pesca e o respectivo cais. Na altura, e ainda anos depois, os jornais da Figueira bateram-se pela execução deste, ou de parte deste projecto, tendo mesmo “A Voz da Justiça” começado a publicar o trabalho deste denodado engenheiro hidrógrafo, a partir do nº 1136, de 21 de Out. de 1913. Mas, como é óbvio, nada conseguiram. Porém, se a Figueira quiser ter um PORTO só ali o terá. Como a Cidade Invicta teve o seu em Leixões. E, no Cabo Mondego, há ou havia, para tal, condições muito mais propícias do que aquelas que a foz do rio Leça ofereceu. (…)
ligar o novo porto a Aveiro, Leiria e Coimbra — já não falando em estruturas diversas, como sejam diques, doca de pesca e o respectivo cais. Na altura, e ainda anos depois, os jornais da Figueira bateram-se pela execução deste, ou de parte deste projecto, tendo mesmo “A Voz da Justiça” começado a publicar o trabalho deste denodado engenheiro hidrógrafo, a partir do nº 1136, de 21 de Out. de 1913. Mas, como é óbvio, nada conseguiram. Porém, se a Figueira quiser ter um PORTO só ali o terá. Como a Cidade Invicta teve o seu em Leixões. E, no Cabo Mondego, há ou havia, para tal, condições muito mais propícias do que aquelas que a foz do rio Leça ofereceu. (…)
(in MANO, João Pereira, Terras do Mar Salgado: São Julião da
Figueira da Foz, São Pedro da Cova-Gala, Buarcos, Costa de Lavos e Leirosa,
Figueira da Foz: Centro de Estudos do Mar, 1997, pp. 321-322.
João Pereira Mano, nasceu na Gala, então freguesia de Lavos, concelho da Figueira da Foz, em 2 de Setembro de 1914. Faleceu em Lisboa, em 8 de Agosto de 2012.)
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Dom Bosco nos proteja
É sabido que, em épocas de crise, o fervor religioso aumenta.
E é inegável que, cá pela Figueira, a sátira e o humor rasteiro vivem uma das suas
mais profundas crises. Desta forma, resolvemos apelar a Dom Bosco que, esperamos,
venha a ser o padroeiro das bacoradas e
do futebol, para nos proteger da desgraça e da falta de assunto...
Uma obra, datada de 1913, da maior importância para compreendermos a decadente Figueira de 2014...
São textos introdutórios acerca dum "projecto" notável não realizado de novo trazido aos olhos do público.
O livro "Portos e Canaes" (1913), contém o célebre projecto da construção do malogrado "Porto Oceânico-Comercial do Cabo Mondego [Buarcos]" da autoria do Engenheiro Hidrógrafo figueirense Com. Antonio Arthur Baldaque da Silva, o porto que em 1913 chegou a ser aprovado, mas que, na verdade, nunca veio a ser construído.
Devido à sua não-construção, e ao "erro histórico" da construção, em vez dele, do pequeno porto fluvial e de marés no estuário do Mondego, a Figueira da Foz perdeu a sua grande oportunidade histórica de desenvolvimento, e avolumou a situação que levou à sua decadência futura.
O livro "Portos e Canaes" (1913), contém o célebre projecto da construção do malogrado "Porto Oceânico-Comercial do Cabo Mondego [Buarcos]" da autoria do Engenheiro Hidrógrafo figueirense Com. Antonio Arthur Baldaque da Silva, o porto que em 1913 chegou a ser aprovado, mas que, na verdade, nunca veio a ser construído.
Devido à sua não-construção, e ao "erro histórico" da construção, em vez dele, do pequeno porto fluvial e de marés no estuário do Mondego, a Figueira da Foz perdeu a sua grande oportunidade histórica de desenvolvimento, e avolumou a situação que levou à sua decadência futura.