1º. de Maio

Via Diário as Beiras

"... é bom lembrar que temos feriados em que se comemoram personalidades ou factos, mas neste nem factos nem personalidades, neste comemora-mos nós próprios, estes é o nosso feriado, este é de todos nós! Na Figueira não passa despercebido, sempre bem assinalado e com festa no jardim! Viva o 1.º de Maio!"

Cannabis

Há cada coincidência!..


"Em 17 de Janeiro de 2019 o PSD votava no Parlamento contra o projecto de lei do Bloco de Esquerda para a legalização da cannabis para uso recreativo. Em 25 de Março Ângelo Correia anunciava a entrada no negócio da cannabis através da compra de 40% da empresa Terra Verde, licenciada para o cultivo. A 28 de Abril o PSD avança com proposta de legalização da cannabis para fins recreativos na próxima legislatura. Janeiro, Fevereiro, Março, Abril do mesmo ano de 2019.

Apesar dos actores entrarem e saírem consoante as épocas e as temporadas "O Bando" não é aquela companhia de teatrsediada em Palmela, não."

Geralmente até me dou bem com as contas, por mais complicadas que sejam, mas confesso que estes números são estranhos...

Imagem via Diário as Beiras
O ano passado, a Feira Industrial, Comercial e Agrícola de Maiorca (FINDAGRIM), realizou-se de 8 a 12 de agosto. O orçamento, para a edição de 2018 foi de 100 mil euros, menos 30 mil do que no ano de 2017. Todavia, as contas finais da FINDAGRIM/2018, ficaram assim:
receitas ascenderam a cerca de 122 mil euros. Despesa situou-se nos 170,5 mil euros. Défice chegou perto dos 48,3 mil euros.
Hoje, no Diário as Beiras pode ler-se em título: "FINDAGRIM reduz orçamento em 45 mil euros".
No corpo da notícia,  "Rui Ferreira (presidente da junta deMaiorca) O autarca que o orçamento deste ano, de 130 mil euros, sofreu uma redução de 45 mil euros, em comparação com 2018, ano em que registou um prejuízo de cerca de 40 mil euros. A Câmara da Figueira da Foz contribui com 30 mil euros, podendo ir até aos 40 mil, se houver passivo."

Arquitecto Ricardo Vieira de Melo

...a propósito da apresentação do livro «Forte de Santa Catarina: Imagem de um Território», hoje, 29 ABRIL, pelas18h00, a qualidade argumentativa dos que na página do Museu Santos Rocha recusaram o convite para o evento, deixaram-me, como leigo em arquitectura, na condição de espectador verdadeiramente curioso, mas que por motivos pessoais, também não pode comparecer. Para eles um abraço agradecido de um leitor da blogosfera que  aprendeu imenso com este debate. Não consigo acrescentar muito mais ao que já foi dito (frase de político quando não sabe o que há-de dizer). Talvez reafirmar que gostava de ver o traço de Ricardo Vieira de Melo erradicado da paisagem urbana de uma cidade portuguesa tão bonita como era a Figueira...
Para ver melhor, clicar na imagem. Para ler os comentários clicar aqui.
Via Luís Pena:
"Consta na Página do Face do Museu Municipal Santos Rocha que hoje, dia 29, pelas 18h, virá à Figueira o senhor Arquitecto Ricardo Vieira de Melo... Fui convidado via Face para esse evento, mas na página declinei o convite pelas razões que lá referi... Era bom que esse arquitecto, que auferiu a módica quantia de 74.500,00€ pelo Projecto de Reconversão (eu diria, de destruição...) da zona baixa de Buarcos, tivesse presente o Regulamento de Deontologia da Ordem dos Arquitectos: Artigo 3.° Deveres do arquitecto para com a comunidade Constituem deveres do arquitecto para com a comunidade: a) Orientar o exercício da sua profissão pelo respeito pela natureza, bem como pela atenção pelo edificado pré- -existente, de modo a contribuir para melhorar a qualidade do ambiente e do património edificado; b) Diligenciar , no exercício da profissão, pelo efectivo e correcto cumprimento de toda a legislação aplicável; c) Assegurar e melhorar a sua competência, para o que deve contribuir e participar em actividades de informação, formação e aperfeiçoamento, nomeadamente as aceites ou promovidas pela Ordem dos Arquitectos; d) Contribuir para acções de interesse geral no domínio da arquitectura, nomeadamente participando na discussão pública de problemas relevantes no seu âmbito; e) Favorecer a integração social, estimulando a participação dos cidadãos no debate arquitectónico e no processo decisório em tudo o que respeita ao ambiente, ao urbanismo e à edificação;"

sábado, 27 de abril de 2019

Assim anda o desporto no concelho...

Enquanto há clubes, como por exemplo o Grupo Desportivo Cova-Gala, sem condições de trabalho (neste mmento ainda está na luta pela subida à divisão de honra da AFC), existem investimentos sem utilização e completamente votados ao abandono...



Portugal profundo...

"O engraxócagadismo implacável", via o sítio dos desenhos.

"José Cunha Carvão é o nome do presidente da Assembleia de Freguesia de Maiorca. 
Carvão é o “doutor” da terra (é professor de geografia no instituto D. João V) e, como tal, é muito considerado e reverenciado por, enfim (quase) todos os seus paisanos. Todas as aldeias deste Portugal imemorial têm um assim e não só nas novelas de Aquilino. 
Embora tenha sido eleito nas listas do PS (Partido Socialista) ou talvez por isso, José Carvão representa aquilo que de mais reaccionário persiste ainda e sempre no Portugal profundo. 
... na mais recente sessão da assembleia, em lugar de, como lhe compete, fazer cumprir uma proposta do eleito da CDU aprovada por maioria absoluta há três ou quatro assembleias atrás (adquirir um zingarelho para gravar as intervenções dos eleitos do povo) assim cuidando que as actas das sessões sejam transcritas com alguma fidelidade, de preferência sem erros de ortografia, José Carvão, em modo melífluo e embaraçado, de solícito e feliz engraxa-o-cágado decidiu propor, decerto a pedido de várias famílias, uma espécie de moção de desagravo, voto de louvor ou menção honrosa ou lá o que era, ao xelentíssimo senhor doutor João Ataíde das Neves que tanto fez pla freguesia e agora nos deixou para secretário d’estado. 
Perante a ausência massiva de quase toda a bancada do PSD (o seu único representante presente, fleumático ou distraído, algo blasé, receio que levemente ensonado, não me pareceu particularmente entusiasmado) o eleito da CDU chutou para canto - sugerindo-lhe a moção por escrito, em assembleia a realizar.  
De modos que na próxima assembleia, os eleitos do povo de Maiorca terão certamente o privilégio de votar (e os paisanos de assistir) à leitura em alta-voz da prosa encomiástica (se for em verso será uma ode, só espero que não seja cantada) de José Cunha Carvão em louvor do xelentíssimo e diligente autarca que ofereceu a Maiorca a inauguração do restauro do senhor da Paciência (aprovado pelo seu antecessor); a concretização de um projecto “fechado” (sem discussão pública) de arranjo urbanístico do Largo da Feira Velha; nenhuma solução para o restauro e posterior utilização do palácio do conselheiro Lopes Branco e idem idem aspas aspas para o Paço - além do abate despropositado das carvalheiras do campo da bola e das excelsas podas nas árvores ornamentais, claro. 
Decerto irá para os anais. Isto, como é óbvio, se entretanto já houver gravador para a sessão - e consequentemente, actas fidedignas do acontecimento."

Manifestação espontânea: LOL!..

Aqui está um tratado de como orquestrar uma manifestação... 
O "novo presidente", no meio dos jovens, vereador com o pelouro do Ambiente que, nos últimos anos, permitiu o dizimar de árvores pela cidade. 
Pena que, em tempo oportuno, não se tenha associado à vigília pelas árvores de BUARCOS!
Na página do facebook da Escola Joaquim de Carvalho, há mais fotos. Facilmente se verifica que a manifestação foi um teatro e não teve nada de espontânea...
Mas um dos cartazes, de um dos jovens referia que "As árvores são vida, não as mates!!"

Dois dias depois do “dia inicial inteiro e limpo onde emergimos da noite e do silêncio”, recordo a brigada do reumático e a as suas juras de fidelidade eterna.
À distância de quatro décadas e meia, olho para trás e sinto (não sei se penso, mas sei que sinto) que estes políticos figueirenses, de hoje, me causam um muito maior incómodo, uma maior angústia, uma inquietação e uma quase ausência de alternativas que antes não existiam.

O regime, antes do 25 de Abril de 1974, era ora duro e violento, ora protectoramente hipócrita, tentando criar nas pessoas comuns, aquele estado de alma que a historiadora Irene Pimental tão bem descreve ao caracterizar, como ninguém, que a ditadura salazarista, não tinha legitimidade, nem futuro. 
O futuro, para a minha geração, com o 25 de Abril, de uma ou de outra forma, mais ano menos ano, seria nosso. 
O 25 de Abril é um reencontro com uma certeza tantas vezes antecipada, que apenas aguardava o tempo certo para poder ser concretizada. Essa a razão por que foi feito por gente igual a nós, que apenas tinha de diferente as armas que mantinha à sua guarda e que não hesitou em usar no momento certo.
Então éramos jovens e vivíamos paredes meias com a esperança no futuro como, em princípio, é próprio da juventude. Mas, há 45 anos, quase todos, velhos e novos, no essencial, não tínhamos dúvidas quanto ao que fazer, nem o que fazer, logo que a oportunidade surgisse.

Hoje, na Figueira, é diferente. Muito diferente. Daí a angústia que indiscutivelmente existe. Não quer isto dizer que o futuro não exista. Existe, só que para lá chegar vai ser necessário destruir muito do passado e simultaneamente construir penosamente o presente de cada dia. E é isso que assusta as pessoas: saberem que a destruição do passado vai necessariamente acarretar, durante um tempo que antecipadamente se não pode demarcar com rigor, um presente que será pior do que aquele que agora existe. 
Contudo, pior só aparentemente, porque o que agora existe não tem qualquer futuro e piora a cada dia que passa. 
A ilusão de que o actual presente pode ter futuro é o grande inimigo da mudança e é, bem no fundo, a razão da nossa angústia.
Por isso, hoje, dois dias passados sobre a comemoração dos 45 anos do 25 de Abril, na Figueira, mais do que Grândola, Vila Morena, é preciso cantar “Começar de novo…”

"Nativismo", a maneira de diminuir a concorrência e premiar o "amiguismo"..

Via Diário as Beiras


"Quem são aqueles que nasceram na Figueira? Os que cá vivem e trabalham a maior parte da sua vida? Os que defendem os interesses da terra, mesmo não tendo nascido aqui nem vivendo a maior do tempo na Figueira? Seria certamente uma discussão tão interminável quanto patética, saber quem são os “verdadeiros figueirenses”
Carlos Tenreiro, vereador da oposição (eleito pelo PSD, mas afastado pelo partido), assume a defesa do “nativismo” relativamente ao presidente da câmara cessante, João Ataíde, e ao novo presidente. “Hoje é um dia de alegria para a Figueira da Foz, porque volta a ter um verdadeiro figueirense aos comandos do concelho”, realçou Carlos Tenreiro em sessão de câmara. Reparem nas palavras de Tenreiro - “um verdadeiro figueirense” - , ou seja, um membro desse clube de gente especial, os “verdadeiros”. Um dia de alegria porque o “nativo” Carlos Monteiro, que fez quase toda a sua vida aqui na Figueira, é agora presidente. E isso basta para alegrar Tenreiro. 
Seria pertinente perguntar: Santana Lopes foi um “verdadeiro” figueirense? E Aguiar de Carvalho também? Ambos não nasceram na Figueira e de acordo com os “nativistas” ficariam excluídos da tribo. 
Os partidos populistas, nacionalistas e xenófobos tendem a usar o “nativismo” para expressar a sua visão de sociedade. Excluem pessoas baseando-se no seu local de nascimento, na cor da sua pele, no seu credo religioso, afirmando-se politicamente pela defesa da tribo. E isto é perigoso, separa-nos e não ajuda a resolver os problemas globais."

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Resta o vazio que essa pessoa deixou, as memórias que nos acompanham e o desejo de não a voltarmos a encontrar...

Em setembro do ano passado, "sem dar por ela... sem dar por ela", "aqui era bem visível que as árvores entre a rodovia e o Ovo iam todas à vida!"

O resultado foi este...

Antes, das obras da desarmonização era assim...

E, hoje, depois do dia de ontem, com uma manhã de discursos, música e uma tarde de sueca, acompanhada de 2 ou 3 tintos, uma noite de velhas músicas de intervenção na RTP1, mais um copos de vinho, sempre tinto, e poesia datada, coisas da época mais bonita da minha vida, estou para aqui a interrogar-me se esta coisa da Liberdade é algo que alguma vez irá estar ao alcance do Homem...

A intervenção da deputada Silvina Queiroz na sessão solene comemorativa dos 45 anos do 25 de Abril de 1974, realizada ontem no CAE

Chegámos a mais uma data “redonda”, como sói dizer-se. Cumprem-se hoje 45 anos sobre a Revolução que libertou o Povo da opressão feroz, da pobreza extrema, dos baixíssimos índices de escolarização, das perseguições políticas e da tortura física e psicológica de muitos. Aquela manhã linda abriu as portas dos cárceres e sossegou os opositores do regime maldito, que a qualquer hora, sempre preferindo a cumplicidade da noite, enviava os seus algozes a arrebatar das suas casas e das suas famílias aqueles que ousavam não concordar com o estado deste pobre País e com o esmagamento de todas as liberdades cívicas e individuais.
Vai sendo costume dar a esta comemoração um aspecto “delicodoce”, em que todos os cidadãos haveriam de partilhar de iguais sentimentos de júbilo e genuína alegria, considerando-o  no mesmo patamar de apreciação desta data maior da história nacional e do seu patriótico significado. Lamento se a alguns de vós soar a “desmancha-prazeres”, a chamada “galinha preta”. Mas mesmo esta não enfia a cabeça na areia como a avestruz e tal não pretendemos também fazer. Lamento, repito, mas a verdade assim o exige. É óbvio para todos que não sentimos de igual modo a celebração deste dia glorioso “inteiro e limpo” de que de modo tão inspirado e sensível falou Sophia. É também claro que os que já viviam à época, não estiveram todos do mesmo lado da barricada contra o fascismo, que, meia volta, tentam maquilhar, havendo até quem bem recentemente - um dirigente político com ambições de liderança do País -  tenha resolvido achar que ele, o fascismo, não existiu! Espantosa tamanha falta de seriedade política! Não temos, pois, pejo em afirmar que, se não tivesse raiado Abril, muitos teriam seguido comodamente com as suas vidas, porque a situação não bulia com eles. Afinal colaborando na barbárie, através do seu silêncio e dos seus  preciosos antolhos. Ressalvo que não me dirijo neste momento a ninguém em particular, apenas partilho uma impressão forte, que me vem dos meus verdes anos, e que cada vez sinto como mais verdadeira. Perguntaria como o saudoso Baptista Bastos: “Onde estava você no 25 de Abril?” Eu, na U. C. Onde, desde o mês anterior, havia novamente escaramuças, com os cavalos da GNR  a passear por entre as filas de estudantes que aguardavam a sua vez para almoçar nas cantinas. E onde estava o PCP? Na luta contra o regime desde 1926, na luta por melhores condições de vida e de trabalho, na luta por um País de todos para todos, em que toda a população tivesse acesso à educação, ao respeito, à sua opinião sobre qualquer que fosse o assunto. Esta tem sido a nossa acção ao longo dos 98 anos que levamos de vida, embora alguns muito tenham “torcido” para que nos “esfumássemos”…Na Figueira da Foz, como no resto do País defendemos a liberdade e a democracia, em todas as suas vertentes, não sendo despiciendo o aspecto económico.  A Figueira da Foz possui algumas unidades industriais que muito frequentemente têm faltado ao rigoroso respeito pelos direitos dos seus trabalhadores, facto absolutamente abusivo e lamentável. Ficou por cumprir um compromisso do sr. ex-Presidente da Câmara, de acurada investigação  das condições de acolhimento e de trabalho numa dessas unidades. Esperámos uma acção concertada com a ACT mas tal não aconteceu, que o saibamos.
Lamentamos a insistência em manter reuniões de Câmara à porta fechada, assim como a “exigência” de antecedência na entrega de documentos apresentados pela oposição para debate, apreciação e eventual votação nas sessões de Assembleia Municipal, estendendo-se agora esta antidemocrática prática às Assembleias de Freguesia!
Lamentamos a oportunidade perdida de renegociação do contrato de concessão das águas, tendo-se o Executivo vergado à plenipotenciária vontade da concessionária,  continuando os munícipes a ser mal servidos e a pagar demais!
Lamentamos que, sem reflexão alargada e profunda, se tenha resolvido aceitar a transferência de competências, fazendo a vontadinha aos que desejam “menos Estado”, ou seja, a desresponsabilização do Poder Central sobre as mais candentes matérias, facilmente se prevendo, num futuro não muito distante, tentativas de privatização de sectores estratégicos e imprescindíveis.
Estamos tristes com este concelho, nomeadamente também do ponto de vista ambiental – a cidade está “despida”, feia, não atractiva para turistas e residentes. Não podemos omitir o lamentável desaparecimento indiscriminado de árvores e a mais que excessiva impermeabilização de várias áreas, através da aplicação de lajes. Este “tique” do abate de árvores saiu do espaço urbano e instalou-se noutros locais, designadamente junto ao Mosteiro de Sta Maria de Seiça, tendo transformado o terreiro em frente numa desolação dorida. Alegraram-nos notícias recentemente conhecidas sobre a intervenção no emblemático Mosteiro, ligado à fundação da nacionalidade. Mas o tempo urge e não se compadece com a lentidão das burocracias. Esperemos que se vá a horas de fazer algo por aquele espaço tão significativo que, mesmo em ruínas, continua a ser um ex-libris do concelho.
A nível nacional, prezamos as conquistas que se conseguiram, os avanços que sempre tiveram a marca do PCP: a gratuitidade dos manuais escolares, o abaixamento do IVA na restauração, as pequenas melhorias em alguns salários e pensões, o passe único, a ser estendido a todo o território. Aqui chegámos pela persistência do PCP, e em relação a esta última matéria já havíamos apresentado proposta em 2016! Proposta que não vingou na altura porque o BE se absteve e votaram contra as restantes bancadas! Apenas o PCP e o PEV a votaram favoravelmente.
De facto, sabe-nos a pouco o que foi conseguido e incomodam-nos algumas “pedras de tropeço” que foram surgindo no caminho: a título de exemplo apenas, o desrespeito pelo acordado aquando da discussão do OE 2018  a propósito do tempo de serviço não contado aos professores, apesar do assunto ter ficado consagrado na Lei 114/18 de 29.12. Esperamos que não se repita este tipo de atitudes nada dignificantes, nomeadamente na execução dos Programas que vão ser sufragados a 26 de Maio e 6 de Outubro. E por falarmos de Eleições, desafio a que comparem o trabalho desenvolvido pelos 3 deputados do PCP no Parlamento Europeu, com o trabalho desenvolvido por outros. Os dados são públicos, irrefutáveis e esclarecedores.
Neste dia jubiloso homenageamos todos os obreiros de Abril, os que deram a sua vida e o seu esforço à causa da Liberdade, comunistas e outros democratas. Igualmente rendemos sentida homenagem e gratidão aos militares que fizeram a Revolução com o risco das suas próprias vidas. Ontem tivemos a oportunidade neste espaço do CAE, de assistir ao programa comemorativo do 25 de Abril de 74, programa para o qual muito trabalharam nossos concidadãos, militares na altura aquartelados na Figueira da Foz e que daqui saíram para Lisboa, de madrugada, obedecendo à senha combinada e radiodifundida, levando nos seus jovens corações uma firme determinação e uma enorme esperança. Obrigada, amigos.

Vivam a Liberdade e a Independência Nacional!
Viva o nosso concelho!
Viva Portugal!
25 de Abril, Sempre! Fascismo nunca mais!

Não quero outro 25 de Abril...

Apenas exijo que me devolvam o 25 de Abril, que um executivo de maioria absoluta do Partido Socialista continua a roubar aos figueirenses, desde 4 de Novembro de 2013...

A crónica de hoje no Diário as Beiras

Carlos Monteiro, ontem, nas primeiras comemorações do 25 de Abril na qualidade de presidente da Câmara da Figueira da Foz...

Via Diário as Beiras
“Temos de continuar a pugnar por ter um concelho justo e temos de atenuar as externalidades negativas de quem vive na periferia”
À semelhança de todos os outros oradores, o autarca defendeu as conquistas de Abril, advogando que “perspectivar o futuro é a revolução que falta fazer”
Por outro lado, acrescentou, “o tanto que há para fazer é com o trabalho de todos”, mas “não é num computador com amigos virtuais”.

Nota de rodapé, via JP Figueira da Foz.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Eles comem tudo!..

25 de Abril em versão comercial...

"acto histórico que mais impacto tem nas vida das pessoas da minha geração entrou agora naquela fase sem adjectivos possíveis. Faltam-me mesmo as palavras. Dá-me comichão, ataca-me a tosse.
Talvez o bisolnatural seja mesmo aquilo de que estou a precisar.
Viva o 25 de Abril."

Na Figueira é carnaval, sempre!.. Mesmo no 25 de Abri... Xiça...

A Figueira tem políticos impagáveis. Então, este executivo de Buarcos e São Julião... Será que pensa com os pés?..

O agricultor, bancário, sindicalista e político Gandarez

Imagem via Diário as Beiras
A política na Figueira, dependendo da forma como é exercida (tal como qualquer outra actividade), pode ser uma actividade nobre e respeitável. No entanto, pelo que temos vindo  a assistir há décadas, é um dado objectivo a classe política estar mal vista pela maioria da população.
No momento em que a Figueira política vive a ressaca da ida de João Ataíde para Lisboa, Miguel Pereira, agricultor, bancário, sindicalista e político foi ao Dez & 10.


A minha perspectiva sobre a sua prestação no programa, é a de um vulgar e anónimo cidadão, que tem a sorte de ser lido por alguns leitores de blogues. Isto significa que não sou bem relacionado nem influencio ninguém. Sou, portanto, parente do "Zé Povo". Só não sou um verdadeiro "Zé", porque esse não escreve nem lê blogues.
Contudo, é ele o "Zé"que decide as eleições.


Miguel Pereira, sabe por saber de experiência feita, que se quiser fazer carreira tem de colaborar com o status que manda no partido. Isto acontece porque o cidadão Miguel Pereira sabe que é o partido que promove uma carreira.
Um cidadão que já tenha iniciado uma carreira não está interessado noutra. A carreira, no PS Figueira (no caso do Miguel Pereira, também poderia ter acontecido no PSD...) vê-se todos os dias. Desde os microcéfalos, que porque colaram muitos cartazes, hoje, uns,  têm cargos políticos e, outros, os denominados "tachos". Há ainda os "penduras" que procuram, com tenacidade e dedicação, uns gramas de poder e notoriedade.
A contribuição desinteressada é olhada de lado e vista assim como uma espécie de doença rara.  É alienígena ao ambiente reticular de compromissos, facções, serventias, bajulações e traições.


Miguel Pereira assume-se como trabalhador incansável e convicto do contributo positivo que pode dar "a fazer mais e melhor". E não "fez um mau negócio", é o "negócio que quis".
Nisto tudo onde ficou a  ideologia? Na Figueira, ninguém espera que a miscelânea política que governa a Figueira no tempo que passa produza ideias, pensamentos ou visões do desenvolvimento concelhio.
Também, para quê? O verdadeiro "Zé", aquele que não escreve nem lê blogues, é que decide as eleições...

Um blogue nascido a 25 de Abril

Escolhi o mês para iniciar este blogue: Abril.
E o dia, 25, também não foi por acaso.
Gosto que este blogue, OUTRA MARGEM, faça anos no 25 de Abril.
Já lá vão 13.
Obrigado pela paciência, atenção, carinho e sentido crítico com que me acompanham.


Não é também coincidência gostar de cravos vermelhos.
Gosto de cravos vermelhos e o que eles significam: liberdade, democracia, respeito, amor e paixão.  
Vida. 
O cravo, por um feliz acaso, ficará para sempre associado à revolução de Abril de 1974.
Com o amanhecer, as pessoas começaram a juntar-se nas ruas, apoiando os soldados revoltosos. Alguém (existem várias versões, sobre quem terá sido,  mas uma delas é que uma florista contratada para levar cravos para a abertura de um hotel, foi vista por um soldado que pôs um cravo na espingarda e, em seguida, todos o fizeram), começou a distribuir cravos vermelhos pelos soldados que depressa os colocaram nos canos das espingardas.
O vermelho, como cor dominante dos cravos de Abril, também talvez não tenha sido coincidência: é a cor do fogo e do sangue, o símbolo fundamental do princípio da vida, com a sua força, o seu poder, o seu brilho.


13 anos de vida deste blogue, representa muita persistência, muita resistência e muita resiliência. E muita noite mal dormida.
Os tempos mudaram. Também na Figueira, sucederam-se ciclos políticos.
A blogosfera local também mudou. Alguns dos seus protagonistas deixaram de por aqui andar,  transitando para as colunas da imprensa ou para as ondas da rádio.
O autor deste  blogue também por lá anda, mas este espaço permanece com a sua identidade própria. 

Continua a haver tanto por fazer. Ideias não faltam.
De repente, passaram 13 anos. O que fica do percurso iniciado em 25 de Abril de 2006? 
Não serei eu a fazer esse balanço. Isso,  caberá a quem nos lê. 
«A imortalidade é esse dom que os deuses depositam na memória dos amigos».

O 25 de Abril e o populismo...


Ontem à noite estive a ver o Prós e Contras. 
Falou-se do 25 de Abril.
"25 de abril sempre!
A ideia permanece inspiradora?
Liberdade, direitos, deveres, democracia.
45 anos depois, o espírito de abril esteve no centro do debate entre os mais jovens e os históricos que o fizeram e viveram.
Cidadania 45 Anos depois."

A dada altura, foi  dito  não haver em Portugal os movimentos populistas que surgiram um pouco por toda a Europa.
Sempre aprendi que deitar foguetes antes da festa, nunca dá bom resultado.
A recente greve de enfermeiros e,  mais recentemente ainda, a dos camionistas foram iniciativas só virtualmente enquadradas. De facto, no caso dos enfermeiros o que se viu foi uma ordem profissional a querer mostrar-se num terreno próprio dos sindicatos. Quanto aos camionistas, um sindicato recém formado quis testar a sua força.
Provavelmente, em ambos os casos os objetivos foram atingidos, mas fica a sensação que a greve poderia ser evitada.
Não pretendendo colocar em causa as reivindicações dos profisionias dos sectores abrangidos, fiquei com a sensação que o populismo falou mais alto.
E, isso,  não não me preceu ser um bom sinal...

segunda-feira, 22 de abril de 2019

46º. aniversário do PS...

Aviões de papel e “festa” estragada: jovens interrompem discurso de Costa

De forma inesperada, quatro jovens aproximaram-se do palco dos oradores, na antiga Feira Internacional de Lisboa (FIL), e lançaram aviões de papel, mostrando também um cartaz onde se podia ler “Mais aviões só a brincar”.
“Lamentamos estragar a vossa festa, mas o rio Tejo, aqui ao lado, a nossa cidade e as futuras gerações nada têm para celebrar”, escreveram num comunicado os mesmos membros do grupo de jovens, que não se identificou.

Problema de Aviação nº. 1

Pedro Rodrigues, nos seus novos aposentos

"Sou um pássaro estragado
tenho o cérebro maior
que as
asas"

José Esteves continua a ensinar quem tem diplomas e doutoramentos de merda como se faz política na Figueira...

Governar não é fácil. Sem o apoio do povo que vai a votos, que é uma coisa social e política bem real, nada etérea, torna-se difícil ser presidente de junta.
Inventar promessas para não perder o favor da opinião pública, quando não se tem obra para apresentar, também não.
A movimentação da opinião pública na internet é,  porventura, o mais importante exemplo de força da opinião pública nos últimos anos. A partir de agora, para enganar  os figueirenses, os governantes  terão de ser mais profissionais. A banha da cobra propalada pelos seus indefectíveis já não chega.


Perante esta realidade, que fazer?
O costume: quando não sabem governar nem enganar as pessoas, toca de culpar a internet...  Isto é, não discutir a mensagem mas matar o mensageiro. Ou, então, fazer  o que faz o experiente presidente da junta de Buarcos e São Julião: para compensar a ausência de liderança do órgão a que se preside (alguém já ouviu uma palavra sobre as polémicas obras de Buarcos?), de competência e eficiência  governativa e evitar o desgaste  na opinião pública, o Amigo José Esteves aproveitou a boleia dada pelo Diário as Beiras

Passo a citar:

"O presidente da Junta de Buarcos e São Julião, José Esteves, não desiste da piscina oceânica que pretende ver construída em Buarcos.
«Está um documento na secretária do anterior presidente da câmara: ou foi o último que ele assinou ou será o primeiro que o novo presidente assinará», disse o presidente de junta.
A piscina, caso venha a tomar forma, será instalada na zona rochosa que acompanha o perfil da costa entre a Tamargueira e o Teimoso.
Contactado pelo Diário as Beiras, na semana em que ficou a saber Ataíde havia renunciado ao cargo, Carlos Monteiro disse que ainda não tinha tomado conhecimento do documento, mas prometeu que irá analisá-lo.
José Esteves, deverá reunir-se em breve com o novo líder do executivo camarário, Carlos Monteiro.
Mas, José Esteves não se limita a querer uma piscina oceânica: quer também a instalação de passadiços na Serra da Boa Viagem e no Cabo Mondego.
«Estará o autarca a tentar fazer uma despedida em grande, ou a lançar já a sua recandidatura?», interroga o jornalista.
«Já tenho uma certa idade, mas é claro que gostava de ver alguns objectivos alcançados, mas ainda é cedo para falarmos nisso. No entanto, não quero com isto dizer que esteja a fechar portas»,  responde José Esteves."

Muito bem Presidente Esteves.

Contudo, na próxima, não se esqueça do Museu do Mar... É só um pormenor, mas importante...

domingo, 21 de abril de 2019

A "minha" riqueza...

Hoje, é Domingo de Páscoa.
Contudo, como todos os dias, pego na bicicleta e meto-me a caminho do "meu trabalho" no "meu escritório" no Cabedelo.
Passo por várias pessoas.
Mesmo hoje que é Domingo de Páscoa, quase todas elas contrastam comigo: têm um ar triste.
Nos outros dias, de segunda a sexta-feira, dá para compreender: presumo que elas vão também  a caminho do seu trabalho.
Mas, hoje, é Domingo de Páscoa...

Acabei por ficar algo triste.
Não consigo entender as pessoas que dançam com o mal dos outros e que se divertem sobre os estilhaços da tristeza.

O que verdadeiramente gostaria de ter sido: Pastor de gaivotas!..

Contudo, pensei melhor e considerei ser mais fácil continuar a ser o que não sou.

Ainda a entrevista de Carlos Monteiro ao Diário as Beiras

TURISMO

Foto de Pedro Agostinho Cruz, via Delito de Opinião
Pergunta do jornalista do Diário as Beiras
"A criação da Comissão Municipal de Turismo continua na gaveta. Será desta que vai avançar?" 
Resposta de Carlos Monteiro, presidente da câmara e vereador do pelouro da autarquia figueirense:
"Não tenho presente o dossiê, mas tenho presente que houve esse compromisso de João Ataíde e que será cumprido em breve. Vamos dar-lhe prioridade."

Nota de rodapé.
Nem era necessário comentar: na resposta, ficou claro que o novo presidente da câmara e vereador do Turismo  não conhece a matéria.
Carlos Monteiro é vereador há 10 anos. Sabe que  a actividade económica que passou a liderar - o turismo - é importantíssima para a Figueira.
Perante o que li, é com toda a franqueza que digo o seguinte: duvido que vossa excelência, para além de ter mostrado um dia destes disponibilidade para discutir Turismo comigo, conheça de facto, na óptica do orgão decisor, quais são os verdadeiros problemas do turismo na Figueira.
A câmara da Figueira, nos últimos 40 anos, nunca conseguiu resolver os problemas da actividade, apenas contribuíu para os agravar. Considerada, em tempos, a mais bonita praia de Portugal ("Não tem outro remédio, senão vir à Figueira quem quiser ver a mais linda praia de Portugal!” Esta frase foi escrita por  Ramalho Ortigão, em finais  do século XIX) a partir da década de 60, quando os turistas ingleses abastados descobriram o Algarve, estâncias balneares como a Figueira perderam importância.

Na altura, a Figueira tinha uma actividade pujante nas pescas, nos têxteis, na indústria conserveira, exploração das salinas, estaleiros, no vidro. Foi por essa altura que surgiu a primeira fábrica de pasta de papel. Principalmente no interior do concelho, a agricultura e a pecuária ajudavam a compor o orçamento familiar.
Aos poucos a Figueira foi percebendo que o turismo era uma actividade com retorno económico. Com base nesta percepção tentou adaptar-se. Aqui foi cometido o primeiro erro histórico: deixaram  que fosse o turismo a ditar o desenvolvimento e não o desenvolvimento da região a potenciar a actividade turística. Aos poucos foram copiando alguns dos piores exemplos em matéria de urbanismo e ordenamento do território, aumentando a  capacidade hoteleira e de restauração, mas começando a diminuir os padrões de qualidade que caracterizaram a região nos anos 40 e 50. Foi aí que começou a transformação na urbe sem qualidade e esteticamente reprovável em que nos tornámos. Que este executivo está a agravar, com as obras em Buarcos e a trapalhada que estão a levar a cabo no Cabedelo. 
Foi  na década de 80 que se cometeram os maiores atentados à sustentabilidade do meio ambiente. A Torre Jota Pimenta e o edifício Atlântico, são disso exemplo. Depois, há uns anos, para compor o ramalhete, veio o Galante. 
Se, por um lado,  recebemos  milhares de turistas em determinados períodos, por outro lado,  não  criámos  as infra estruturas de base consentâneas com uma actividade motor de toda uma região. O termo sazonalidade entra no dia a dia de quem vive de e para o turismo na Figueira da Foz.

Em 1988, no Algarve,  deu-se uma viragem na forma de encarar o turismo e aquilo que ele representa para a região, sobretudo o turista português. Outrora claramente explorado e com distinção de preços para o mesmo serviço, o turista português começou a ser acarinhado na região. A razão deveu-se à queda dos mercados alemães e inglês devido à desvalorização do marco e da libra inglesa. 
Foi mais um factor de penalização para a Figueira. Começam a enraizar-se outras épocas de afluxo ao Algarve.  Ao mês de Agosto, juntaram-se a Páscoa, as pontes de Junho e a passagem de ano. 
Ao  turismo na Figueira, resta-lhe  funcionar paralelamente com as outras actividades económicas.  A Figueira é,  hoje, depois do consulado de 10 anos do presidente João Ataíde, uma urbe desorganizada e carenciada ambientalmente, sem sustentabilidade e com fracas noções de estratégia de desenvolvimento.
O Turismo  figueirense sofre uma concorrência feroz de mercados mais atraentes, que recebem os visitantes que antes preferiam países hoje marcados pelo terrorismo.
Pensar o turismo é definir  se queremos continuar a apostar no turismo da forma que temos feito até aqui, ou se queremos introduzir algo inovador - planeamento

A autarquia da Figueira  –  responsável pelo desordenamento do território concelhio - não pode continuar a querer equilibrar o orçamento municipal através da cobrança do IMI, continuando a permitir construções em altura, onde no respectivos PDM constava áreas para moradias ou espaços verdes. Não é admissível que a Região de Turismo do Centro continue a ser um mero instrumento dos interesses do sector, é necessário que seja ela a definir algumas linhas do sector. O primeiro passo deveria ser um levantamento da qualidade e da quantidade da oferta turística existente.  Ao garantir a produção de produtos ou serviços para o turismo, se os mesmos forem de qualidade serão certamente utilizados por consumidores fora da região e durante boa parte do ano. 
O produto turístico que a Figueira tem para  vender não é único no mercado turístico: o sol nasce em todo o lado, mas é exactamente aquilo que a Figueira for capaz de oferecer para além do sol que irá atrair o turista. 
Seja ele o turismo de inverno ou de verão, o turismo cultural ou desportivo. Se nada for feito dentro de poucos anos o turismo na Figueira poderá colapsar.