quinta-feira, 31 de março de 2016

"Início das obras de requalificação da EN 109 agendado para 2017"

Foto Pedro Agostinho Cruz, sacada daqui
Há um tempo para tudo... 
Mas, por vezes, o tempo foge...
O papel de quem determina o momento certo, deveria ser defini-lo com autenticidade.
Segundo li hoje, a primeira fase da beneficiação da EN109 só deverá começar em 2017... O próximo ano é o que consta no Plano de Proximidade da empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP).
Contactada pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a empresa citou a informação do referido plano, onde especifica que as obras decorrerão numa extensão de 47 quilómetros, entre a Figueira da Foz e Cantanhede.
Esta intervenção inclui o pavimento da ponte sobre a foz do Mondego Edgar Cardoso e a substituição dos cruzamentos da Costa de Lavos e da Leirosa por rotundas. De acordo com a mesma fonte, as obras têm um orçamento de 5,8 milhões de euros. Por iniciativa de João Ataíde, este assunto foi debatido, ontem, na reunião de câmara. O autarca revelou que falou, informalmente, com o presidente da IP, António Ramalho, sobre a urgência de se avançar com a requalificação da estrada, cujo piso se encontra degradado, sobretudo entre a Marinha das Ondas e a Figueira da Foz, zona de forte incidência de acidentes rodoviários.

São assim as oportunidades em democracia: Pedro Passos Coelho, um inábil a quem calhou ser primeiro-ministro

No PSD, o cerco aperta-se para Pedro Passos Coelho.
Ontem faltava mais um elemento na equação: o surgimento da oposição interna. Essa oposição surgiu agora, com uma entrevista de Rui Rio, logo seguida de outra entrevista de Paulo Rangel. Ambos alinham pelo mesmo diapasão, dizendo em primeiro lugar o óbvio: que a oposição que Passos Coelho está a fazer ao governo está a ser muito frouxa e que o PSD precisa de uma renovação profunda, como aliás o CDS fez agora. O que é curioso, no entanto, é que não assumam desde já o objectivo (para todos evidente) de conquistar a liderança, dizendo Rui Rio que nem sequer se vai dar ao trabalho de ir ao congresso e Paulo Rangel que se sente muito bem no Parlamento Europeu...
Estamos assim perante o calculismo típico dos políticos portugueses em que António Costa fez escola. O objectivo daqueles dois é fritar Passos Coelho em lume brando durante dois anos ou mais, para depois lhe dar o golpe mortal nas vésperas das eleições. A Passos Coelho estaria assim reservado o papel de ser o António José Seguro do PSD, que irá de vitória em vitória partidária esmagadora — mesmo com 95% — até à derrota final, no momento em que o D. Sebastião há muito aguardado surgirá numa manhã de nevoeiro, para depois disputar as eleições sem o peso dos anos na oposição.

A próxima reunião da Assembleia Municipal deverá ser interessante...

Por vontade do grupo do PS na Assembleia Municipal - que tem  a maioria absoluta - existe, neste momento, uma proposta de alteração ao Regimento da Assembleia para ser votada e aprovada na próxima reunião daquele órgão autárquico concelhio.
Na essência,  a proposta resume-se a isto: à introdução de um artigo único:  

Para além de ser, no mínimo, muito estranha esta mudança do Regimento a meio de um mandato (ao que julgo saber, é algo inédito na AMFF...), apenas, como comentário, lembro aos deputados de todas bancadas, em especial aos do PS, o seguinte.
No espectáculo que encerrou, em Lisboa, as cerimónias de posse do Presidente Marcelo, o cantor Anselmo Ralph, ao tentar subir a escada em marcha atrás, tropeçou e caiu, apenas para não dar as costas ao presidente da República. 
Que bem que ficou representado, neste incidente, o espírito português: de tanto confundir respeito com subserviência, Ralph espalhou-se ao comprido na própria subida.
E não foi o Presidente Marcelo que o ajudou a levantar-se...

quarta-feira, 30 de março de 2016

Títulos que dão grandes letras gordas nos cabeçalhos do jornais, impressos e on-line, e vontade de cantar hossanas ao sistema capitalista redistributivo...



Em tempo.
"Num estaleiro naval com um mínimo dos mínimos de trabalhadores efectivos empregados, entre administrativos [residuais] e homens do fato-de-macaco que vão saindo do quadro sem que o lugar deixado vago seja preenchido, onde o grosso dos trabalhos é assegurado pelos precários das empreitadas e dos empreiteiros com contrato de trabalho apalavrado, das empresas de trabalho temporário que recebem mais por cada trabalhador colocado do que o próprio trabalhador, todos sem direitos nem garantias, sem férias ou subsídio de desemprego e descontos por conta própria [que é para saberem o que é bom para a tosse], nem benefício em um cêntimo de euro que seja na distribuição dos lucros."
Continuamos a ver passar navios...

Pois. Até já...

"Qualquer cidade deve dispor de um ordenamento viário que supere os constrangimentos originados pela crescente densidade de tráfego adveniente das necessidades de mobilidade dos cidadãos.
O modo como se processam os transportes públicos e privados no meio urbano, sendo embora uma importante questão, não é o objectivo desta crónica.
Dispomos na Figueira de um regulamento municipal de trânsito que tem por objectivo estabelecer as regras referentes ao ordenamento do trânsito nas vias do domínio público municipal.
Não há porém conhecimento da existência de um conselho municipal de trânsito, ao contrário do que ocorre noutros municípios do país. Naquele encontram-se em regra representados os diversos operadores na área da mobilidade, as forças de segurança, as juntas de freguesia, os bombeiros e o INEM.
A Figueira apresenta locais críticos que carecem de intervenção urgente para cuja solução o contributo de um tal conselho seria de extrema importância. Porque não cabe no âmbito de tão reduzida crónica uma análise mais profunda, referem-se tão só os constrangimentos no final da rua de República, na travessa do Morim e nas vias internas estruturantes como a ligação entre a rua de Angola com a de Moçambique através da rua de Macau.
Contagens de tráfego e inquéritos são ferramentas acessíveis e indispensáveis para a elaboração de um plano de trânsito. Fica a sugestão."

Em tempo.
Quem não consegue aprender a discursar, em princípio, não deveria ter aprendido a mentir. 
Todavia, nos últimos 6 anos, verifiquei que há excepções. 
Na Figueira, há quem nunca vá aprender a discursar e, contudo, aprendeu a mentir. 
Claro que já adivinharam...
Esta crónica do eng. Daniel Santos, mostra que no PS figueirense, as coisas não estão para festas: continuamos na era do vazio
Este executivo camarário, tem o segundo mandato a meio. 
Apesar de 6 anos de poder - percebe-se muito bem o que eles pensam -  o problema continua a ser o mesmo, que, aliás, o presidente Ataíde bem conhece: ter escolhido vereadores e assessores,  sem sentido político e raspadinhos de formação humanística e sensibilidade social. 
Valha-nos os discursos do dr. Ataíde...

Pobre Portugal...

Os aldrabões ganharam eleições e impuseram a mesquinhez em que sempre viveram. 
Confusões que a Democracia tem de suportar. 
Doidos varridos à solta num país bonito, pacato, sereno, com um bom e fantástico Povo.
Pobres de nós.
Foi o que deu terem escolhido um indivíduo para primeiro-ministro que mal sabia ler e escrever e exibia arrogância de senador... 
Luís Menezes Leitão, no Delito de Opinião reconhece o óbvio: esta  tropa-fandanga alaranjada, ultimamente capitaneada por Passos Coelho, além de estúpida, como já era no tempo de Cavaco primeiro-ministro, continua como sempre disparatada e a não aprender nada, pois não se cansa de repetir os mesmos erros.
Costa merece o Chapeau de um Homem de Direita.

"Infelizmente muitas vezes tenho que dar razão aos que dizem que Portugal tem a direita mais estúpida do mundo. Na verdade, imensas vezes vemos à direita serem praticados actos gratuitos, que irritam profundamente as pessoas comuns, e que nem sequer trazem qualquer benefício para o país, resultando apenas da teimosia dos governantes. Infelizmente muitas vezes não há, porém, espírito crítico para evitar esses disparates, acabando por produzir o afastamento dos partidos da área do poder durante muitos anos.

O governo de Cavaco SIlva já no seu estertor foi um perfeito exemplo disso. Uma das medidas mais loucas que adoptou foi fazer Portugal seguir o fuso horário de Berlim em ordem a facilitar os contactos com os nossos parceiros europeus. Só que isto obrigava os portugueses a levantar-se de madrugada, sair dos empregos no pico do calor, e ter sol até depois das 23 horas. E mesmo depois de se ver isso, o governo foi incapaz de emendar o disparate, não querendo saber da irritação que estava a causar nas pessoas.

Outro exemplo dos disparates do governo de Cavaco Silva foi ter abolido a tolerância de ponto no Carnaval, gesto que ninguém entendeu. Nesse dia, o PSD perdeu vinte pontos nas sondagens, e ficaria arredado do governo por sete anos, sendo que o próprio Cavaco perderia as presidenciais, só regressando 10 anos depois. Há gestos que custam caro a quem os pratica.

Passos Coelho não resistiu a fazer um disparate semelhante com a abolição dos feriados, neste caso com a gravidade de mexer com símbolos nacionais importantíssimos para a comunidade, como a implantação da República a 5 de Outubro ou a Restauração da Independência a 1 de Dezembro. Mais uma vez, tratou-se de um gesto gratuito, sem qualquer benefício e que só poderia trazer custos eleitorais. Mas Passos Coelho comportava-se como um iluminado e tinha o fanatismo próprio dessa estirpe. Por isso foi incapaz sequer de reconhecer o erro e repor os feriados no final do seu mandato. Se o tivesse feito, talvez não existisse hoje um governo de esquerda. Mas, como Passos Coelho sempre disse que se estava a lixar para as eleições, acabou por se lixar a ele próprio e ao PSD no seu conjunto.

António Costa é que percebeu muito bem o valor dos símbolos nacionais e não hesitou em repor imediatamente os feriados, nem sequer querendo saber do período de transição que a lei estabelecia. Mas fez mais do que isso. Aproveitando as hesitações de Marcelo Rebelo de Sousa resolveu referendar o diploma, o que é uma simples formalidade, em cerimónia pública no Palácio da Independência. Com isso, não apenas capitalizou o erro de Passos Coelho a seu favor, mas deu-lhe um tiro mortal no seu autoproclamado estatuto de primeiro-ministro no exílio. Isto é a política pura e dura. Chapeau!"

terça-feira, 29 de março de 2016

Deixem-se de merdas

Não sei se escrever merda é uma falta de educação neste Portugalinho cada vez mais correcto, amistoso, menos crispado e principalmente a tender para o consensual e afectuoso. 

Mas seja, ou não, escrevo que é bom que se deixassem de merdas do tipo "à justiça o que é da justiça" e de outras merdas semelhantes quando querem esconder o cinismo e não se pronunciam sobre o julgamento político que foi feito em Angola contra a liberdade de opinião.

É que a justiça só é justiça em democracia e Angola, que se saiba, anda longe, muito longe desse regime.

Seria como se os povos estrangeiros não se tivessem pronunciado quando, em Portugal, se prendiam as pessoas por delito de opinião no tempo da outra senhora alegando que não se queriam imiscuir na "justiça" de um Estado Soberano.
LNT

A Direita lúcida e a Esquerda que ainda está em fase de aprendizagem

"A Direita "ideológica" (estou a ser injusto com as "ideias") - uma invenção recente trazida pela crise e pelo pseudo empreendedorismo "liberal", juntamente com duas ou três pessoas que nada, mas nada, acrescentam ao país que as ignora (como o sr. Matos Correia ou a sra. D. Leal Coelho, só para dar dois exemplos a pensar na saúde política do futuro próximo do dr. Passos) - não aprecia o estilo Marcelo. Basta ler o Observador onde algumas formas de vida inteligente desta Direita desovam. Ou alguns "amigos" do FB. Ora o Doutor Marcelo, que pela natureza e cabeça dele nunca será "silencioso e estático", é o único activo da Direita presentemente em bom estado de conservação e, ainda por cima, PR popular e prestigiado. Marcelo sozinho conseguiu o que uma coligação de dois partidos não conseguiu três meses antes. E de uma assentada suficientemente variada para ter alcançado mais de 12 pontos sobre a dita coligação. Não adianta tentar diminui-lo porque ele nunca disse que ia fazer o trabalho dos outros: o da Direita partidária traumatizada. Eu também não gosto do governo e da maioria. Mas se as pessoas, desde sempre, nunca comeram "ideologias" como tanta dessa gente convertida ao "liberalismo" aprendeu quando andava de socas e pochete, para quê esta estúpida martirização?"
João Gonçalves

Em tempo.
Como cidadão de esquerda com respeito pela política e pelas ideias dos outros, não esqueço a ofensiva política, sem precedentes e sem escrúpulos, levada a cabo, durante 4 anos por Passos e Portas.
A falta de respeito por todos nós, atingiu níveis salazarentos. Quem ousou contestar esse malfadado Governo foi logo atacado no seu carácter.
Pacheco Pereira, em devido tempo, alertou para isso. Esteve em risco a nossa liberdade individual.
No que diz respeito à governação que fizeram nesse período, Passos e Portas trataram-nos como totós.
Não há nada a fazer, este é o único caminho - esta era a cassete.
Os defensores que restam das medidas desse Governo, mostram-se agora personagens de uma credibilidade que raia o ridículo.
Há, todavia, uma coisa que não pode ser esquecida, para quem sabe o que acontece quando a direita ocupa o poder político. Os deputados do BE e do PCP deveriam saber melhor do que nós, que estamos longe dos corredores de S. Bento e que não pisamos as carpetes do poder, o que ia acontecer.
Tinham a obrigação de saber que Passos era mentiroso e farsolas.
Logo no imediato, penso que no dia seguinte à queda de Sócrates, Passos foi à sede da Europa defender o que antes tinha repudiado nas medidas apresentadas pelo Governo de Sócrates.
Passos Coelho fez cair esse governo, com a ajuda do BE, do PCP e dos Verdes.
Isto é factual e  histórico.
Sócrates e o PS estavam no chão. As esquerdas a que então chamavam "fora do arco do poder",  não lhe deram apoio.
Ninguém ficou bem na fotografia. Os políticos de esquerda têm a responsabilidade de nas atitudes políticas que tomam terem em atenção as pessoas.
Portanto, não poderiam deixar de saber o que viria a seguir, com um mentiroso e farsolas como Passos Coelho.
Nunca um Governo espezinhou tanto um Povo. As políticas realizadas nos 4 anos de Passos e Portas só ajudaram quem já era favorecido.
Ainda bem que as esquerdas aprenderam a lição e, finalmente, entenderam-se.
A crise, teve a ver com as políticas de Sócrates, mas também é internacional.
Portanto, antes do mais, tínhamos de nos entender em Portugal.
Ainda bem que PS, BE, PCP e Verdes, ultrapassaram alguns preconceitos e fizeram um acordo.
A direita sempre se entende no que é essencial para ela.
Não estamos em tempo de luxos estratégicos que já saíram caros a quem vive do seu trabalho ou das suas pensões. A direita não desiste e continua a tentar pressionar o PS por se colar à esquerda "não democrática"!..
O PS, de uma vez por todas, terá de definir-se e dizer alto e bom som que a esquerda parlamentar é tão democrática como a direita parlamentar.
Tem de mandar dar uma volta ao bilhar grande os direitolas manhosos que decidiram durante 4 anos o rumo das nossas vidas.
PS, BE, PCP e Verdes: a situação não está para hesitações e muito menos brincadeiras. 
Vejam lá se não voltam a fazer merda...

O risco da vida dos outros é a alma do negócio

"Transporte ilegal de emigrantes: do perigo de vida ao contrabando", uma história que envolve "veículos sem condições mínimas, falta de seguros, contrabando de produtos alimentares e outros e, acima de tudo, falta de fiscalização. Tudo parece valer no mundo do transporte ilegal de emigrantes entre Portugal e a Suíça."
De vez em quando há um acidente. As pessoas comentam, os familiares choram, mas ninguém faz nada para acabar com esta roleta russa que é o negócio das viagens dos emigrantes transportados ilegalmente.
São coisas que toda a gente sabe, mas, salvo raras excepções, prefere ignorar...  “O que se passa é uma vergonha. É tudo feito à descarada e ninguém faz nada”...
A ler no jornal  Público.

O desleixo a que continua votado o Cabedelo!

Para ver melhor clicar na imagem
Continuo sem saber se o poder autárquico instalado na Figueira, nos últimos 6 anos, sabe onde fica o Cabedelo, que por infelicidade dos que aqui gostam de passar algum tempo, pertence à Freguesia de S. Pedro e ao nosso Concelho.
Todos os que por aqui circulam - e muitos são todo o ano: só em julho e agosto, na chamada época alta, são milhares por dia... - deparam com uma zona degradada e esquecida por quem de direito.
Por brincadeira, diz-se que já tivemos a carraça das Abadias e a pulga da praia (outrora da Claridade, agora da Calamidade)... 
Por aqui continuamos a ter em pleno processo de expansão o caruncho do Cabedelo.

Nunca acreditei em perfeições. 
O meu pensamento costuma ser trivial e prático. 
Pensar em voz alta, só faz sentido se for para apresentar pensamentos simples, exequíveis e úteis. 
O que eu penso, torna-se inútil a partir do momento em que não constitui uma ajuda para  resolver um problema prático. 
E o problema prático existe e vai constituir um perigo na próxima época balnear: muita da madeira que deu à costa na praia a sul do molhe sul da barra da Figueira em fevereiro passado, está a ficar enterrada na areia o que, se nada for feito entretanto, constituirá um perigo para os milhares de frequentadores desta bonita, mas tão desprezada zona balnear.
Fica, mais uma vez, o alerta....

segunda-feira, 28 de março de 2016

Neste mundo, nem na morte somos iguais...

"O atentado suicida deu-se num parque cheio de famílias que gozavam o domingo de Páscoa, junto à área de baloiços do parque Gulshan-e-Iqbal. 
O último balanço dava conta de 72 mortos, dos quais 29 crianças e seis mulheres, além de 315 feridos."

Em tempo.
Esta notícia, se dissesse  respeito a um atentado nos EUA ou em certos países da Europa, tinha aberto os telejornais, com enviados especiais e tudo... 
Como não foi, passou praticamente despercebida no meio de outras notícias.  

À especial atenção dos "tolinhos"...


"Da próxima vez que um Governante português se comunicar com a ditadura angolana, que não seja para lhe falar de amizade e sim para lhe pedir explicações sobre o cidadão português que foi condenado a uma pena de 5 anos e meio apenas por ter lido um livro. Da próxima vez que um governante português se referir a Angola como uma democracia irmã da nossa, alguém que lhe aponte a vergonha que não tem em apoiar um regime monstruoso e lhe pergunte a troco de que espécie de benefícios pessoais e partidários o faz, se por acaso julga que somos todos tolinhos"...

Via O país do Burro

Caldo entornado para o congresso da caldeirada...

       
Intervenção do Estado na banca: um aviamento épico do PR ao líder da oposição.

Via "Portugal não pode mais".

Circo: Asa, o cão presidencial...

"Havia um cachorro pastor-alemão disponível em Ovar e anteontem os militares daquele ramo foram a Belém com o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello fazer a oferta."
Temos o que merecemos : o populismo dos afectos de Marcelo, as baboseiras muito, muito, muito e muito reaccionárias da menina Cristas, para além de continuarmos, por enquanto, com Passos e as suas acrobacias no fio da navalha...
Pão, poderá não está garantido, mas circo não vai faltar, com toda a certeza. 
Estas simpáticas criaturas não  irão permitir...
Pormenor a não esquecer, por ser demasiadamente importante... 
O Asa é de raça alemã, o que deverá ser, sobremaneira, do agrado da senhora Merkel... 

Não são propriamente férias...

Não é que na Figueira, não haja muita coisa para questionar e resolver, mas como por aqui as coisas ainda estão um pouco indefinidas, há que espreitar novas oportunidades, descansar e dar uma volta...
Entretanto, na Figueira, a vida política continua como ontem.
A gestão da crise continua a ditar as regras...

Miguel Almeida, vereador Somos Figueira,
hoje no jornal 
AS BEIRAS.
"A visita de Obama a Cuba é de facto um marco histórico, não só no restabelecimento das relações bilaterais entre estes dois países, mas também no desenho político de toda a América Central. Obama percebeu que o afrontamento a Cuba foi um erro que teimosamente durou perto de seis décadas e Raul Castro compreendeu que o restabelecer de relações potencia e acelera a sua actualização do modelo económico."

A fobia pode ser perigosa... (costuma ser de longa duração, provoca intensas reações físicas e psicológicas e pode comprometer seriamente a qualidade de vida de quem a tem...)

foto daqui
Título da notícia no Correio da Manhã!..
"Terrorismo dá força à extrema-esquerda"
Texto da mesma notícia no Correio da Manhã!..
"Centenas de militantes da extrema-direita invadiram ontem o memorial às vítimas dos atentados de Bruxelas, insultando os muçulmanos presentes e gritando palavras de ordem contra o terrorismo e os refugiados, forçando à intervenção da polícia de choque. Pelo menos dez pessoas foram detidas num incidente que ameaça incendiar ainda mais a tensão religiosa e racial no país. Os manifestantes, conotados com claques de futebol ligadas à extrema-direita, chegaram a Bruxelas de comboio, provenientes de Antuérpia e dirigiram-se para a praça da Bolsa, transformada nos últimos dias em memorial improvisado às vítimas dos atentados..."
Para continuar a ler clicar aqui.

Em tempo.
Há muito que não tenho paciência para este jornal e para o seu mau trabalho jornalístico, feito ou por incompetência ou por má fé por este nojento e faccioso pasquim. 
Este caso, porém, ultrapassa tudo: entra já no campo da doença.
Mas há por aí muito pateta alegre que lê este pasquim, religiosamente e todos os dias, e fez disso a Bíblia com que formatou a sua opinião de bimbo.
Por favor, tenham um pouco de compaixão: não os tratem como atrasados mentais e não tentem enganar de forma tão primária, básica e grosseira...

A mudança da hora

A noite passada mudou a hora em Portugal.
Foi assim.
Quando estava a dar uma, é como se estivesse a dar duas!..
Estamos em 2016, certo?
Existem lâmpadas de baixo consumo, os computadores estão ligados o dia todo, existe o ar condicionado, as empresas laboram a todas as horas. Estamos sempre ligados à corrente. Os tempos mudaram.
Fará sentido, hoje em dia, uma medida implementada durante a Primeira Guerra Mundial para poupar carvão?
O nome oficial das mudanças horárias é "Daylight Savings Time". Foi pensado por Benjamin Franklin para poupar velas... em 1784. Mas só seria implementado em 1916 para poupar recursos durante a Primeira Guerra Mundial!..

Isto da mudança da hora, de seis em seis meses, chateia-me.
Não compreendo esta ideia de a cada seis meses me complicarem a vida com isso.
Será que uma petição resulta?...
Merda para os burocratas que têm a mania de regular tudo: até a mudança da hora!..
Por vezes, tenho a sensação  que o mundo anda desatinado e ninguém o contraria com medo que ele pare de girar.

domingo, 27 de março de 2016

Páscoa

Para mim, a Páscoa continua a ser uma festa da família.
Temos que vivê-la.
Daqui a uns anos, esta festividade será uma recordação de coisas que os antigos faziam.

Passos Coelho, o homem certo. No imediato...

A poucos dias do Congresso do PSD, em Espinho, a liderança de Passos começa a ser posta em causa...

Em tempo.
De harmonia com o Expresso que “Não houve défice em Fevereiro”
Segundo dados do Ministério das Finanças, o saldo das administrações públicas em Fevereiro foi de 15 milhões de euros. 
Positivos. 
Uma melhoria de 244 milhões de euros face ao período homólogo.
"Mais um prego no caixão da propaganda do velho regime"!..

sábado, 26 de março de 2016

Vazio...

Há coisas que toda a gente sabe, mas, salvo raras excepções,  prefere ignorar...
Gostava de poder dizer bem, mas não encontro ninguém para dizer bem.
Cada vez acredito menos que que Portugal vá ficar "maior" ou "melhor"...

"Infelizmente, de vez em quando somos confrontados com a realidade: o país que somos, com o Estado ineficaz que temos, com os empresários de expedientes que se multiplicam na economia. 
Foi o que sucedeu com o acidente em França, onde mataram doze emigrantes. 
Mas, se não fosse a avidez da nossa comunicação por sangue,  o assunto mal teria sido notícia, emigrantes que morrem numa estrada de Espanha não merecem muita atenção, todos os anos morrem muitos e quase ninguém dá por isso.
A nossa comunicação social é tão distraída que mostrava as imagens de uma furgoneta a que chamavam “mini bus”. Era mais que óbvio que naquele veículo dificilmente caberiam treze pessoas e que aquilo eras uma lata de sardinhas com duas janelas e um para-brisas. Foram as autoridades francesas que repararam no absurdo de uma carrinha de seis lugares transportar doze numa viagem de quase dois mil quilómetros. Foram as mesmas autoridades que repararam na idade do condutor, dezanove anos, um motorista inexperiente e sem idade legal para transportar passageiros.
O país ficou a saber que muitos dos nossos concidadãos viajam enlatados em veículos e transporte de mercadorias, conduzidos por motoristas com 19 anos, sem qualquer experiência e sem quaisquer controlos das horas de sono ou da velocidade. 
De certeza que temos legislação mais do que suficiente para impedir isto, mas as nossas autoridades andam mais entretidas na caça de multas fáceis, para encherem os cofres das polícias, receita necessária para carros novos e para financiar as passagens à reserva.
Doze mortos deveriam ser mais que suficientes para que tocasse um sinal de alarme...
Quantos emigrantes são transportados nestas condições, quantas falsas empresas de transportes se aproveitam de um negócio sem regras e sem impostos, quantos portugueses morrem neste negócio duvidoso?"

O que verdadeiramente  me incomoda é o atraso de tudo isto. 
Como é que num país com mais de quarenta anos de democracia, ainda haja quem tenha saudades da ditadura?..

Uma fotografia que regista uma época

A memória  trazida até mim, por esta foto sacada daqui, trouxe um tempo da minha vida, nunca esquecido, sempre lembrado, não descansado, mas feliz.
Levou-me a lugares, a vozes, a rostos e almas e vivências da minha infância.
Levou-me a recuar a um olhar de passos idos, a uma viagem já longínqua, mas presente, qual força espiritual, um fado que existe em todos nós, um chamamento velado - no fundo o reencontro com o nosso passado e a nossa memória.
É uma fotografia admirável, que me fez recuar décadas e me levou até aos anos 60 do século passado, numa visita ao universo complexo e emaranhado da minha vida e da vida da minha família -  memória feliz e gratificante a nível familiar, mas ferida pelas cicatrizes da memória de tempos difíceis e da vida dura na Aldeia onde nasci e de que continuo apaixonado. 
Esta fotografia tem pessoas, figuras, rostos e olhares, onde paira a ternura e ressaltam fragmentos de beleza avassaladora e sorrisos francos e transparentes apesar das carências. O pormenor dos pés descalços, não é folclore, não é típico, não é turístico - mostra a realidade de não haver dinheiro para calçado.
É um registo impressionante de olhares de gente de  trabalho, mais do que duro, por vezes mesmo penoso, sem horário  - o dia começava às 5 da manhã - e mostra uma sensibilidade atenta ao pormenor de uma realidade e de uma época da história da minha Aldeia e do meu País.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Suspensos, no ar, continuam todos os sonhos... Temporariamente.

"Águas passadas não movem moinhos"...
Contudo, voltar, uma vez por outra ao passado, pode revelar-se  uma viagem agradável...
Lá, bem lá atrás, lá muito atrás na minha vida, encontro coisas belas e boas que merecem ser recordadas.
Como, por exemplo, este registo sonoro, que me lembra tempos inesquecíveis...

Armindo Rodrigues, um Poeta muito esquecido...

Quê, quem,
de quem, de quê,
onde, donde, por onde,
há, pensa, move, tem,
busca, sugere, esconde,
quê, porquê,
para quê?

Médico e poeta ligado à corrente neo-realista desde o seu primeiro livro (Voz Arremessada ao Caminho, 1943), Armindo Rodrigues (1904-1993) ergueu ao longo de cinquenta anos de poesia uma Obra Poética.


Não desespera apenas a quem não espera. 
Desesperada, a esperança espera ainda. 
Espera-se até ao fim do desespero. 

Armindo Rodrigues, um Poeta quase esquecido, ergueu a sua voz, falou alto e com justiça, participou corajosamente no acto de emendar o rumo da História que, como poucos de nós, viveu por dentro nas linhas cruzadas da própria vida e do tempo que lhe coube viver:


Toda a justiça é injusta, porque julga,

toda a ordem desordem, porque impõe,
toda a verdade errada, porque muda.

Um Poeta recorda-se.

Ser livre é querer ir e ter um rumo
e ir sem medo,
mesmo que sejam vãos os passos.
É pensar e logo
transformar o fumo
do pensamento em braços.
É não ter pão nem vinho,
só ver portas fechadas e pessoas hostis
e arrancar teimosamente do caminho
sonhos de sol
com fúrias de raiz.
É estar atado, amordaçado, em sangue, exausto
e, mesmo assim, 
só de pensar gritar
gritar
e só de pensar ir
ir e chegar ao fim.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Ainda tão pequeninos, mas já tão rasteirinhos!..



Em tempo.
Lula ainda não foi julgado!..
Lula ainda não foi cindenado!..
Mas, estes jovenzinhos, coitadinhos, já o julgaram e já o condenaram!..

Já agora, seguindo o mesmo critério, por exemplo, a JSD poderia pedir também "a anulação das pensões vitalícias concedidas por Cavaco Silva a ex agentes da PIDE", ou  "a anulação da condecoração atribuída por Cavaco Silva a Zeinal Bava", ou ainda  "a devolução dos fundos comunitários indevidamente recebidos pela Tecnoforma"...

Esta é, a meu ver, uma das maiores ameaças ao futuro e à saúde da nossa democracia: a exclusividade que os partidos asseguram no controlo da vida política do país e o efeito "eucalíptico" que tal realidade gerou.
As "jotas", de onde saem 90% dos políticos, como escolas de falta de princípios e de carácter têm tirado a vontade a imensos jovens de intervir na política, ao serem confrontados com a realidade dos "aparelhos partidários"
Jovens assim, formatados nas jotas, como serão em adultos e em velhadas?..

Cova e Gala têm luz eléctrica há 76 anos...

"Completam-se ontem, dia 23 de março, 76 anos sobre a data da inauguração da luz elétrica na Gala e Cova, do concelho da Figueira da Foz.
Aconteceu, festivamente, em 23 de março de 1940. 
O povo acorreu em massa, regozijando-se com o acontecimento que alterou, significamente, a sua vida."

Via PRESENTE

Sem título...

Não tenho palavras para dar um título a esta postagem. Quem passa por uma situação de perda brusca de alguém próximo ou querido, nunca mais é o mesmo. Aprendi isso à minha custa em 6 de junho de 1974. Mais recentemente, em 14 de julho passado, revivi tudo isso. A vida, o tempo, as coisas mais comezinhas ganham perspectiva e profundidade. A morte, tinha eu 20 anos, passou a estar presente em todos os meus momentos - vigilante, cruel, traiçoeira, mas também companheira...
Um abraço para o treinador Quinito, um Homem especial, que aprendi a admirar há longos anos.

Opiniões...

Eng. Daniel Santos, hoje nas Beiras:
"Nietzsche opinou assim sobre a opinião: “Não poríamos a mão no fogo pelas nossas opiniões: não temos assim tanta certeza delas. Mas talvez nos deixemos queimar para podermos ter e mudar as nossas opiniões.”
Ao longo de cerca de mais de uma centena de crónicas publicadas neste local tive a ocasião de expressar os meus pontos de vista acerca da actualidade nacional, regional e local.
Umas mais generalistas, outras mais relacionadas com momentos ou acontecimentos no país ou na Figueira. Algumas mais profundas, outras mais superficiais. As mais das vezes com intencionalidade. Criticando ou aplaudindo comportamentos.
Está ainda longe o momento de recordá-las. Se o fizesse, certamente que não perfilharia hoje tão veementemente opiniões que construí e publiquei. E isso que importa? De momento, preocupa-me mais o presente e o futuro que gostaria de poder influenciar para que se construa uma melhor cidade, um melhor país. Sem presunção.
Faço parte daqueles que têm o privilégio de poderem partilhar as suas opiniões com alcance público, graças à disponibilidade deste órgão de comunicação, a quem agradeço o espaço e que cumprimento pelo seu recente vigésimo segundo aniversário. Parabéns.
Saúdo, também, todos aqueles que comigo o compartilham e, sobretudo, aqueles que têm disponibilizado uns momentos do seu tempo para me ler. São apenas opiniões em processo contínuo de gestação."

Em tempo.
Foto António Agostinho
Quem tem acompanhado este espaço, ao longo dos dez anos que está prestes a completar, sabe que nunca me meti por caminhos que envolvessem enredos pessoais. 
Nunca critiquei ninguém por ser fulano, sicrano ou beltrano. 
Cada um é como cada qual...
Outra coisa, são as medidas que essa pessoa toma no exercício de um cargo político. Isto é, as políticas, algumas delas absurdas, que as pessoas defendem e executam.
São essas  ideias - as suas ideias - e as políticas que executam, enquanto detentores de cargos políticos, que afectam as nossas vidas.
Sobre políticas e  causas públicas, opino: defendo-as os combato-as. O resto não me interessa.

Contudo, admito, que numa altura em que toda a gente tem opinião sobre tudo, que há questões sobre as quais não consigo ter certezas. 
Todos sabemos que as redes sociais deram voz a uma carrada de idiotas. Antes desta ferramenta chamada Internet existir, as discussões eram mais terrenas e feitas cara a cara na tasca ou no café acompanhadas de uns copos...
Essa desgraça já existia, portanto antes das recentes tecnologias. Não culpem a internet: as rádios já antes tinham dado voz a legiões de imbecis. E as televisões também. E os jornais. 
Isso coloca outra questão: os imbecis devem ser calados? 
Não tenho a certeza...

A Figueira, hoje,  é, lamentavelmente, a Figueira que muitos dos seus habitantes merecem. 
Todavia, apesar de tudo, a Figueira merecia políticos que não tentassem resolver os seus problemas e as suas limitações propondo "soluções" iguais às que nos trouxeram até ao ponto actual. 
A escolha pelo elitismo, como princípio orientador das políticas públicas da nossa cidade, poderia ser uma lição do passado a ter em conta nas escolhas do presente.
Os resultados estão bem à vista de todos...
Numa cidade em que não se aprende nada com os erros do passado, como poderá a opinião dos outros servir para alguma coisa?

terça-feira, 22 de março de 2016

As minhas limitações...

Sou um indivíduo muito limitado. 
É verdade.
Querem um exemplo: nunca consegui ser cínico!
Ser cínico não é para todos...
Um cínico, a maior parte das vezes, consegue passar por entre o intervalo dos pingos sem se molhar.
Só em ocasiões muito excepcionais, alguém que consegue manter-se no meio - mas não neutral... - dá nas vistas pelas piores razões...
Com um pouco de sorte, ainda corre o risco de ser considerado o diplomata que conseguiu controlar os danos e promoveu o entendimento entre as partes!
Essas pessoas, para mim, porém, têm nomes: além de cínicos são hipócritas.

A vida ensinou-me, que embora existam meios pacíficos para resolver conflitos ou litígios, contudo, a contenda só termina quando alguém a vence.
As coisas são o que são: alguém tem de perder para que haja, pelo menos, alguém contente - o vencedor.
Nesta vida, cada vez mais competitiva e exigente, ninguém está disposto a abdicar, a transigir, a ceder para se chegar a a meio termo.
Para  a maioria, abdicar, transigir ou ceder, é admitir a derrota. 
E isso ninguém quer que aconteça...
Estão a ver os problemas que tenho enfrentado por não me conseguir transformar em mais um cínico?

Estar no meio de tudo - ou quase - tem contribuído para que, muitos hipócritas que eu conheço, tenham chegado mesmo a pensar que conseguem estar de bem com deus e com o diabo...
Como isso é tarefa para cínicos e hipócritas, quem não se sente bem, segue a sua vida, e afasta-se...
É bom para o estado das ideias de todos. 
Fartei-me de aturar ideias que andam por aí em muito mau estado...
E pronto. 

OE2016 é o melhor dos últimos 6 anos...

Isto, não tem nada que saber. 
Se dúvidas houvesse, os 4 anos de Passos/Portas aí estão para o provar. O programa da direita portuguesa é sempre o mesmo: fazer os pobres mais pobres para enriquecer os mais ricos.
E, no entanto, O PSD e CDS, os comentadores que durante os anos da tripla Passos,  Portas e Cavaco não se cansaram de elogiar a austeridade que empobreceu o país e os portugueses, desancaram o orçamento que foi aprovado com os votos do PS, BE, PCP e Verdes.
Ontem, ficou a saber-se pelo grupo de economistas que estuda estas coisas, que o orçamento 2016 é o melhor desde 2010!
Bem melhor, portanto, que qualquer dos orçamentos de merda que os incompetentes do PSD e do CDS impuseram ao país.

segunda-feira, 21 de março de 2016

O capitalismo é mesmo como o Fernando o define...

O que o capitalismo primário recentemente tentou fazer a Portugal, com a ajuda ideológica do neoliberalismo, foi o fim da macacada.
Agora, resta-lhes andarem a comer-se uns aos outros.
Para esta gente, autênticos abutres, não há humanismo nem humanidade. 
O objectivo deles é básico e transparente: regressar ao passado... 
Para eles, não há respeito por nada, nem por ninguém. 
A direita política borrifa-se para coisas dispensáveis como saúde, educação, cultura, informação, comunicação e pessoas. 
Essas coisas são empecilhos que atrapalham a economia. 
A política para eles não existe.
Os tempos que vivemos em Portugal são perigosos. 
Esperemos que não cheguem a ser mais dramáticos. 

Vou ali gritar: é assim, assado, cozido, frito...

Miguel Almeida, hoje no jornal AS BEIRAS:

"Volto a um tema que deveria preocupar os responsáveis autárquicos todos os dias dos seus mandatos.
O facto de termos a maior taxa de desemprego do distrito, do envelhecimento no concelho ser superior à média nacional e a circunstância do concelho vir a perder 13% da população até 2031, são temas que nunca podem sair da agenda política municipal.
Estes são os grandes problemas que o concelho têm hoje pela frente. Não há receitas mágicas e só um conjunto muito vasto de medidas, pode inverter esta tendência. Mas cruzar os braços e esperar que outros façam o que a nós diz respeito, não é solução.
É necessário provocar o debate, encontrar caminhos e ter a humildade de assumir o que correu mal no passado para ter a ambição de projectar o futuro. Podemos estar unidos, mesmo com divergências políticas e de opinião.
É preciso sermos responsáveis e reflectirmos sobre os temas cruciais para o nosso futuro coletivo.
Para além do debate e da intervenção cívica, é necessária uma nova atitude e novas competências para os desafios que temos pela frente.
É necessária uma dinâmica que eleve a autoestima dos figueirenses, que atraia investimento, e transforme o concelho numa terra moderna, inovadora, competitiva e alegre. O presidente da câmara tem que ser o rosto desse dinamismo e os problemas têm que ser resolvidos com celeridade e imaginação.
Não é aceitável perder mais tempo."

Miguel Almeida, recorde-se, faz parte de um dos partidos que mais contribuiu para que o desemprego atingisse números jamais tão elevados em Portugal.
Miguel Almeida, recorde-se, faz parte do partido cujo primeiro-ministro afirmou que o desemprego não é fatalidade mas sim oportunidade...
Pensa Miguel... Então o  que interessa não é que o país depois de 4 anos do governo do teu partido está melhor?..
Aliás, a acreditar no que diz Passos, muito melhor...
Ah, existe o pormenor das pessoas!..
Mas para que quer um país as pessoas?
Não te percebo Miguel Almeida...
O que foi bom para o país (um desemprego nunca visto. A emigração a imitar os tempos de Salazar.  A redução dos salários. A facilitação dos despedimentos), não serve para o concelho?..
Então o concelho, depois de 6 anos de João Ataíde, esquecendo o pormenor de existirem pessoas, não está como o país?
"Melhor"!..

A verdade é esta:

Angola e Brasil: dois pesos, duas medidas...
"Os motivos por trás deste sistema de dois pesos e duas medidas parecem-me muito claros. Por um lado porque significativa parte da imprensa nacional é controlada por capitais angolanos, o que se estende a alguns blogues onde destacados opinadores portugueses optam pelo silêncio ou pela crítica tímida e de ocasião, opinadores esses que partilham os seus escritos entre esses blogues e jornais controlados pela ditadura angolana, que paga pela sua opinião e que, como seria de esperar, a pouco mais está autorizada do que a beliscar o regime dos Santos. Por outro porque o regime não deu o “mau exemplo” que os governos do PT deram ao mundo ao aplicar políticas sociais progressistas que permitiram tirar milhões da miséria. Em Angola não existem petrodólares para Saúde ou Educação. Apenas para generais, filhos e enteados da ditadura"...

... a insuportável leveza de ser uma divina merda...

"Quando os tabloides substituíram, no seu comportamento e na interpretação que fazem da lei, “interesse público” por “interesse do público” mudaram as regras do jogo. Em vez da deontologia, que defende o interesse público, está a concorrência, que sacrifica todos os direitos civis ao “interesse do público”. Ao negócio, portanto. Começamos a permitir a jornalistas o que só foi “permitido” à PIDE/DGS: vasculharem na correspondência, desrespeitarem todos os momentos de intimidade sem qualquer limite de pudor ou compaixão, tornarem públicas escutas policiais, relevantes ou irrelevantes para um processo. A selvajaria tabloide é em tudo semelhante à selvajaria do sistema financeiro. É o mercado à solta sem obedecer a outra ética que não seja a mercantil. Dizer que basta não consumir o que agride os direitos de terceiros para a coisa desaparecer é acreditar que o mercado se regula a si mesmo. E isso não é verdade. Ou os jornalistas e empresas de comunicação social se organizam para se autorregularem, punindo exemplarmente quem viole os direitos dos cidadãos, ou terá de ser o Estado a proteger-nos, apertando muito mais os limites, com assustadores riscos de censura política. Em nome da liberdade de imprensa nunca permitirei que filmem um velório de um filho meu. Em nome dela nunca aceitarei que um jornalista faça o que não permito a um polícia ou a um juiz. Se a liberdade de imprensa põe em risco todas as outras deixa de fazer sentido defende-la."

Daniel Oliveira

domingo, 20 de março de 2016

Chegou a primavera...

Aproximam-sem radiosos dias de sol.
A passagem do tempo está a tornar cada vez mais difícil a vida ao primeiro-ministro sombra...

Amostra sem valor

António Gedeão
Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém. 
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível: 
com ele se entretém 
e se julga intangível. 

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu, 
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito, 
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu, 
não pesa num total que tende para infinito. 

Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida 
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo, 
nesta insignificância, gratuita e desvalida, 
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.