"A Direita "ideológica" (estou a ser injusto com as "ideias") - uma invenção recente trazida pela crise e pelo pseudo empreendedorismo "liberal", juntamente com duas ou três pessoas que nada, mas nada, acrescentam ao país que as ignora (como o sr. Matos Correia ou a sra. D. Leal Coelho, só para dar dois exemplos a pensar na saúde política do futuro próximo do dr. Passos) - não aprecia o estilo Marcelo. Basta ler o Observador onde algumas formas de vida inteligente desta Direita desovam. Ou alguns "amigos" do FB. Ora o Doutor Marcelo, que pela natureza e cabeça dele nunca será "silencioso e estático", é o único activo da Direita presentemente em bom estado de conservação e, ainda por cima, PR popular e prestigiado. Marcelo sozinho conseguiu o que uma coligação de dois partidos não conseguiu três meses antes. E de uma assentada suficientemente variada para ter alcançado mais de 12 pontos sobre a dita coligação. Não adianta tentar diminui-lo porque ele nunca disse que ia fazer o trabalho dos outros: o da Direita partidária traumatizada. Eu também não gosto do governo e da maioria. Mas se as pessoas, desde sempre, nunca comeram "ideologias" como tanta dessa gente convertida ao "liberalismo" aprendeu quando andava de socas e pochete, para quê esta estúpida martirização?"
João Gonçalves
Em tempo.
Como cidadão de esquerda com respeito pela política e pelas ideias dos outros, não esqueço a ofensiva política, sem precedentes e sem escrúpulos, levada a cabo, durante 4 anos por Passos e Portas.
A falta de respeito por todos nós, atingiu níveis salazarentos. Quem ousou contestar esse malfadado Governo foi logo atacado no seu carácter.
Pacheco Pereira, em devido tempo, alertou para isso. Esteve em risco a nossa liberdade individual.
No que diz respeito à governação que fizeram nesse período, Passos e Portas trataram-nos como totós.
Não há nada a fazer, este é o único caminho - esta era a cassete.
Os defensores que restam das medidas desse Governo, mostram-se agora personagens de uma credibilidade que raia o ridículo.
Há, todavia, uma coisa que não pode ser esquecida, para quem sabe o que acontece quando a direita ocupa o poder político. Os deputados do BE e do PCP deveriam saber melhor do que nós, que estamos longe dos corredores de S. Bento e que não pisamos as carpetes do poder, o que ia acontecer.
Tinham a obrigação de saber que Passos era mentiroso e farsolas.
Logo no imediato, penso que no dia seguinte à queda de Sócrates, Passos foi à sede da Europa defender o que antes tinha repudiado nas medidas apresentadas pelo Governo de Sócrates.
Passos Coelho fez cair esse governo, com a ajuda do BE, do PCP e dos Verdes.
Isto é factual e histórico.
Sócrates e o PS estavam no chão. As esquerdas a que então chamavam "fora do arco do poder", não lhe deram apoio.
Ninguém ficou bem na fotografia. Os políticos de esquerda têm a responsabilidade de nas atitudes políticas que tomam terem em atenção as pessoas.
Portanto, não poderiam deixar de saber o que viria a seguir, com um mentiroso e farsolas como Passos Coelho.
Nunca um Governo espezinhou tanto um Povo. As políticas realizadas nos 4 anos de Passos e Portas só ajudaram quem já era favorecido.
Ainda bem que as esquerdas aprenderam a lição e, finalmente, entenderam-se.
A crise, teve a ver com as políticas de Sócrates, mas também é internacional.
Portanto, antes do mais, tínhamos de nos entender em Portugal.
Ainda bem que PS, BE, PCP e Verdes, ultrapassaram alguns preconceitos e fizeram um acordo.
A direita sempre se entende no que é essencial para ela.
Não estamos em tempo de luxos estratégicos que já saíram caros a quem vive do seu trabalho ou das suas pensões. A direita não desiste e continua a tentar pressionar o PS por se colar à esquerda "não democrática"!..
O PS, de uma vez por todas, terá de definir-se e dizer alto e bom som que a esquerda parlamentar é tão democrática como a direita parlamentar.
Tem de mandar dar uma volta ao bilhar grande os direitolas manhosos que decidiram durante 4 anos o rumo das nossas vidas.
PS, BE, PCP e Verdes: a situação não está para hesitações e muito menos brincadeiras.
Vejam lá se não voltam a fazer merda...
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