Se Portugal vai de mal a pior, o comércio tradicional, nas cidades ou nas aldeias, está à beira da extinção.
A "catástrofe" está anunciada há muito. Fecham mercearias diariamente. O negócio para o pequeno comércio está péssimo.
Mais dia menos dia, vai acabar. Ainda sobrevivem alguns resistentes, mas os pequenos comerciantes estão a perder nitidamente terreno para as médias e grandes superfícies comerciais.
Os pequenos comerciantes, lamento dizê-lo, têm a batalha perdida. É um sector envelhecido, gasto, desmotivado, sem perspectivas de futuro.
Precisava de se modernizar, para sobreviver, pois o consumidor está cada vez exigente.
Existem problemas de fundo que têm a ver com o atendimento, a higiene e a apresentação dos produtos.
Mas, numa sociedade cada vez mais egoísta e desumanizada existem factores positivos, que têm de ser valorizados - simpatia, proximidade e atenção, para com o cliente.
Por motivos profissionais estou a morar numa pequena freguesia a poucas dezenas de quilómetros de Lisboa, por isso, neste momento sinto, por experiência própria, que se o pequeno comerciante desaparecer, nalgumas freguesias e pequenas vilas, é o consumidor que vai sofrer, porque tem de percorrer vários quilómetros para ir à cidade às superfícies comerciais.
Ao ver esta foto obtida pelo
Pedro Cruz, um dia destes, na minha aldeia natal, interroguei-me a mim próprio: por quanto tempo ainda, teremos oportunidade de ver toda esta tranquilidade?..
A dona da mercearia a conversar, tranquila e despreocupadamente, com uma cliente, ou simples transeunte, à porta do estabelecimento!..