Via Diário as Beiras
Nota de rodapé.A Figueira dos blogues não foi, nos primeiros anos deste século XXI, um retrato fiel do concelho fora internet: foi pior, muito pior.
Era um mundo onde havia nicknames, identidades inventadas, máscaras, maledicência, canalhice, perigo, impunidade, anonimato e covardia, muita covardia.
Era um mundo onde havia nicknames, identidades inventadas, máscaras, maledicência, canalhice, perigo, impunidade, anonimato e covardia, muita covardia.
Onde pessoas habitualmente controladas pelos travões sociais, resolveram esquecê-los.
Foi uma amostra, não da vida real com os seus travões sociais, mas do que se passa na parte mais profunda da consciência individual.
Como um meio de acesso fácil para alguns trogloditas darem vazão à sua tacanhez de raciocino - em vez de debaterem insultam - o anonimato foi uma praga que, pelos vistos, ressuscistou na blogoesferea figueirense.
Foi uma amostra, não da vida real com os seus travões sociais, mas do que se passa na parte mais profunda da consciência individual.
Como um meio de acesso fácil para alguns trogloditas darem vazão à sua tacanhez de raciocino - em vez de debaterem insultam - o anonimato foi uma praga que, pelos vistos, ressuscistou na blogoesferea figueirense.
Outra Margem, 13 de Janeiro de 2007. Passo a citar.
"Mesmo com compreensão por aqueles que temem represálias e, por isso, se escondem no anonimato para denunciarem situações que consideram injustas, não merecem o menor respeito aqueles que se refugiam no anonimato para tentar “minar”, “armadilhar”, insinuar ou difamar gratuitamente."
Fim de citação.
Nesta Figueira, qualquer cidadão, por mais impoluto que seja, está sujeito ao anonimato vil e cobarde. A mente perversa desta gente não tem limites.
Via Outra Margem, numa postagem de 10 de Junho de 2008, podem comprovar que até uma figura de referência como o falecido Doutor Luís Fernando Argel de Melo e Silva Biscaia, um figueirenses que, no século passado, levou uma vida de intenso labor, “desperdiçada” muita dela em favor dos outros, foi vítima...
Este OUTRA MARGEM, que já está a caminho de perfazer 18 anos de publicação, é aquilo que há de mais simples: não tem agendas escondidas - simplesmente é um testemunho pessoal e um manifesto de vida.
Sem querer ser pretensioso, talvez quem sabe, um testamento para o futuro para alguém que queira, um dia, ter uma visão do que foi a Figueira nos primeiros anos do século XXI, para recordar alguém que forjou um combate militante e resistente ao estado a que a Figueira chegou e aprendeu, com a resistência consubstanciada em actos, em palavras e no silêncio, a nunca se vergar.
Continuar a sonhar, ao fim destes anos todos, é bom. Contudo, nada substitui sonhar para continuar a viver, num tempo, recorde-se, em que, na Figueira, a independência, a irreverência e a cultura subvertiam e incomodavam.
Sem querer ser pretensioso, talvez quem sabe, um testamento para o futuro para alguém que queira, um dia, ter uma visão do que foi a Figueira nos primeiros anos do século XXI, para recordar alguém que forjou um combate militante e resistente ao estado a que a Figueira chegou e aprendeu, com a resistência consubstanciada em actos, em palavras e no silêncio, a nunca se vergar.
Continuar a sonhar, ao fim destes anos todos, é bom. Contudo, nada substitui sonhar para continuar a viver, num tempo, recorde-se, em que, na Figueira, a independência, a irreverência e a cultura subvertiam e incomodavam.
OUTRA MARGEM está como o seu autor sempre esteve e está na vida:"... não tentar, sequer, convencer ninguém. Tentar convencer alguém, é uma lacuna democrática, uma falta de respeito, e é uma tentativa de colonização do outro."
Cada um é como é.
Neste espaço, desde 25 de abril de 2006, já publiquei, com esta, 29 119 postagens.
Neste enorme caudal de mensagens, é óbvio que nem todas foram conseguidas e felizes...
Vistas à posteriori, posso mesmo confessar que nem todas me agradam, apesar de todas terem sido autênticas.
Por isso mesmo, estão todas assinadas. Toda a gente sabe quem é o autor.
Deste modo, simples e eficaz evitei, pelo menos, que fosse putativamente acusada outra pessoa.
Honestidade intelectual, é isto.
Neste enorme caudal de mensagens, é óbvio que nem todas foram conseguidas e felizes...
Vistas à posteriori, posso mesmo confessar que nem todas me agradam, apesar de todas terem sido autênticas.
Por isso mesmo, estão todas assinadas. Toda a gente sabe quem é o autor.
Deste modo, simples e eficaz evitei, pelo menos, que fosse putativamente acusada outra pessoa.
Honestidade intelectual, é isto.
Ponto final.
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O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
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