Diário as Beiras
segunda-feira, 31 de julho de 2023
Assistência aos veraneantes reforçada com a colaboração dos Bombeiros Voluntários
Via Diário as Beiras
"Foi apresentado ontem o dispositivo de vigilância das praias urbanas em bicicleta pelos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz (BVFF). As duas equipas, de dois elementos cada uma, num total de 25, circulando em sentidos opostos, trabalham por turnos em regime de voluntariado. Este serviço de apoio aos banhistas, entre a Praia do Forte e o Cabo Mondego, realiza-se há 20 anos, ao sábado e ao domingo, das 09H00 às 18H00. Este ano, é prestado até ao dia 3 de setembro. Esta ação de voluntariado apenas foi interrompida durante a pandemia. As bicicletas estão equipadas com material de primeiros-socorros e de trauma e um extintor. Em caso de necessidade, é acionado o serviço de ambulância ou de combate a fogos. Os bombeiros que se voluntariaram para este serviço trabalham por turnos, sem deixarem de cumprir os horários no quartel."
A russa Alina Korneeva vence a edição mais importante de sempre do Figueira da Foz Ladies
Via Município da Figueira da Foz
Na foto, Alina Korneeva, vencedora de singulares e e Pedro Santana Lopes, Presidente da Câmara Municipal |
"A russa Alina Korneeva sagrou-se, este domingo, campeã do Figueira da Foz Ladies Open, torneio de 100.000 dólares." Este foi "o troféu mais importante da carreira profissional da atleta e proporcionou-lhe uma subida de mais de 100 lugares no ranking."
Esta foi a sétima e mais importante edição da prova, que foi organizada pelo Tennis Club da Figueira da Foz com os apoios da Federação Portuguesa de Ténis e do Município da Figueira da Foz.
domingo, 30 de julho de 2023
Nesta Europa o Povo não conta: nem para o golpe de misericórdia somos ouvidos...
Ana Sá Lopes, hoje no Público:
A plebe tem que ser mais pobre, os bancos merecem os lucros
Chistine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu |
Uma réstea de esperança
"Poucos terão a grandeza de dobrar a própria história; mas cada um de nós pode trabalhar para mudar uma pequena porção dos acontecimentos, e no total de todos esses atos estará escrita a história desta geração” — Bobby / Robert F. Kennedy. Do discurso que ele fez pela primeira vez ao União Nacional dos Estudantes Sul-Africanos na Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul, em 6 de junho de 1966 antes do seu assassinato pelo FBI e CIA. Não há nenhum politico americano actual que tenha a integridade e a decência de Bobby.
Via With bubbles
Na Figueira, há leitores para os blogues
Alguns de nível, diga-se, em abono da verdade.
Esses blogues eram “clicados”, todos os dias, por milhares de figueirenses.
O peso da opinião da blogosfera figueirense, assinada e responsável, tinha peso na opinião pública.
Entretanto, alguns autores desses blogues morreram.
Sobraram poucos blogues figueirenses a publicar com alguma regularidade.
No caso do OUTRA MARGEM, apenas porque gosto de escrever e ter um arquivo para memória futura.
Como nunca tive agenda, por cá continuo.
Na Figueira, depois da moda dos blogues, que aconteceu nos primeiros anos do século XXI, seguiu-se a moda de ser contra os blogues.
OUTRA MARGEM, que apareceu em 25 de Abril de 2006, começou a ser atacado desde o primeiro dia. Sobre o seu autor, nestes quase 18 anos foi dito do pior.
Porém, traquejado pelo percurso da vida por cá ando.
Sempre me admirou e impressionou, o carácter e o temperamento do velho homem do mar da minha Aldeia, totalmente desfazado do tempo actual, composto de tanta ambição e ganância. É nesse velho homem do mar da minha Aldeia, que eu sei e sinto que tenho as minhas raízes. Foi dele que herdei o sistema nervoso equilibrado que tenho e me permite ver tudo o que se passa em meu redor, com grande tranquilidade, alguma bonomia e enormíssima fleuma.
As críticas, vindas de figuras institucionais, que o mesmo é dizer, instaladas confortavelmente no sistema e sem vontade de mudar, sempre me pareceram um muito bom sinal.
No entanto, nunca se devem afastar as críticas de ânimo leve, pois podem ser sinais de alerta.
Os blogues podem ser vistos de muita maneira.
Para ver melhor a imagem, clicar em cima |
Reduzir os blogues a isto era condená-los ao efémero. E há blogues que se assumiram como um suporte para experiências literárias que à partida os editores nunca publicariam.
Numa cidade que já teve seis semanários, hoje praticamente sem media local - o que existe é uma ou duas páginas em jornais sediados em Coimbra - o défice de liberdade de expressão poderia ser atenuado pelos blogues.
Mas, para isso os blogues teriam de assumir-se como uma fonte excepcional de cruzamento e concentração de informação, de exploração de factos menos conhecidos e refutação de notícias dúbias.
Mas, isso dá muito trabalho, chatices e incomódos vários, incompreensões da esquerda à direita e prejuízos de vária ordem - até a nível pessoal - a quem ainda se dedica à função.
Na Figueira, as críticas à escrita dos blogues, têm a mesma consitência que as críticas à boçalidade nos telejornais.
No fundo, querem apenas fundamentar ataques a algo que não pode ser controlado pelo poder, por ser um espaçao democratizado e acessível a todos, e não apenas a voz de alguns iluminados e poderosos.
O resto dos ataques aos blogues explica-se por questões de classe social, veículadas por grupos que têm uma noção de cultura que contribui para o efeito.
Só falta mesmo dizer o nome dos responsáveis
O jornal britânico The Guardian traz um texto cristalino sobre a crise de habitação em Portugal, que envergonha o país e, acima de tudo, os responsáveis políticos (que têm cara e têm nome, mesmo que o texto não os refira) que para ela contribuíram ao longo da última década.
Via Ladrões de Bicicletas, fica aqui um excerto, mas vale a pena ler o resto.“A recuperação económica de Portugal, alimentada pela desregulamentação e por uma série de esquemas destinados a atrair o investimento estrangeiro, distorceu o mercado imobiliário de forma irreconhecível, num país onde o salário mínimo mensal é de 760 euros e onde 50% das pessoas ganham menos de 1000 euros por mês.A liberalização do mercado de arrendamento, a emissão de "vistos dourados", que conferem autorizações de residência em troca da compra de imóveis de valor igual ou superior a 500 mil euros, a introdução de um "regime de residentes não habituais" para estrangeiros, que permite poupar impostos, e, mais recentemente, a criação de um visto de nómada digital, que permite aos estrangeiros abastados trabalhar à distância e pagar uma taxa de imposto de apenas 20%, contribuíram para isso. Também o é, talvez de forma mais óbvia, a compra de apartamentos para serem convertidos em alojamento local [o número de camas no centro de Lisboa é mais de duas vezes superior ao do centro de Barcelona, uma das cidades com maior pressão turística do mundo].
A crise que se vive atualmente em Lisboa, no Porto e noutras cidades portuguesas não era propriamente uma surpresa."
sábado, 29 de julho de 2023
«Claridade- Uma Viagem nas Origens», um documentário de Gonçalo Cadilhe
Trata-se de uma sessão inserida no programa de atividades da exposição “O mar é a nossa terra”, patente no Meeting Point da Esplanada Silva Guimarães. A banda sonora do filme inclui dois temas originais do pianista e compositor Júlio Resende, um dos quais uma adaptação da “Canção da Figueira”.
Por onde anda o Robin Hood?*
António Durão prolongou a suspensão do mandato por mais 275 dias
António Durão, em Outubro do ano passado, em declarações ao Diário as Beiras disse: “Aceitei assumir o lugar de vereador porque tenho, agora, a oportunidade de dar o meu contributo para o desenvolvimento do concelho”. Contudo, avançou que suspendia o mandato até ao final do ano, por razões empresariais.
"Isto não é grave. Tudo isto é uma brincadeira. Tem alguma graça. E como é uma graça, temos de levar com muita graça"...
"Walk of Shame" de Bordalo II.
Moedas diz que não houve nenhum problema de segurança.
Ao longo dos últimos meses, muito se falou dos custos que este evento acarretou. Não há uma estimativa oficial de quanto o evento vai custar em termos globais, mas rondará, pelo menos, os 160 milhões de euros. Este total tem por base os 36 milhões de euros avançados pelo Governo, cerca de 80 milhões de euros que o bispo auxiliar de Lisboa e coordenador da jornada, Américo Aguiar, admitiu que a Igreja iria gastar, e a despesa também avançada pelas Câmaras Municipais de Lisboa e Loures, 35 milhões e nove a 10 milhões de euros."
Associação Musical União Filarmónica Maiorquense abre BANDAS AO CORETO
sexta-feira, 28 de julho de 2023
Reunião de Câmara de hoje à tarde...
"O presidente da Câmara da Figueira da Foz garantiu, esta sexta-feira, que, dentro de dias, será resolvido o problema da falta de nadadores-salvadores nas quatro praias e duas piscinas do concelho que ainda estão em falta.
“Mais uns dias e vamos ter todo o lado coberto”, disse Pedro Santana Lopes, que falava na sessão de Câmara em resposta a um pedido de esclarecimento da oposição.
O autarca sublinhou que o problema da falta de nadadores-salvadores, “transversal a todo o país”, tem provocado “um sobressalto permanente” no Executivo, apesar de o concurso ter sido lançado mais cedo do que em outros anos.
Segundo o presidente da Câmara, encontrar nadadores-salvadores tem sido uma verdadeira “caça ao homem ou à mulher”.
“Quando sabemos de alguém desta área vamos logo lá. Tem sido caso a caso e nem imaginam o que fazemos todos os dias para encontrar nadadores-salvadores”, referiu Santana Lopes.
Salientando que a falta dos banheiros é um “fenómeno” que alastrou, o autarca adiantou que o vereador Manuel Domingues foi ao Algarve na tentativa de contratar aqueles profissionais e que foram efectuados contactos, sem sucesso, com países como o Brasil, Argentina e Cuba.
Pedro Santana Lopes considerou que, em alguns locais, a exigência de dois nadadores-salvadores parece “exagerado”, e defendeu a existência de mais cursos, “que deveriam ter sido feitos”, e a contratação anual para evitar situações como a que se tem verificado."
"A Câmara da Figueira da Foz realizou mais de 350 mil euros na venda, em hasta pública, de sete lotes na zona de expansão do parque industrial do concelho.
O presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, adiantou aos jornalistas no final da sessão de Câmara que quatro dos lotes, num total de 14 mil metros quadrados, foram adquiridos por uma jovem empresa portuguesa de moldes para revestimento de barcos e construções navais.
Na hasta pública, que decorreu há poucos dias, estavam disponíveis 34 lotes.
Santana Lopes não considerou que a procura tenha sido reduzida, porque “há várias empresas em negociações com o Governo à procura de melhores condições para os seus investimentos”.
O autarca revelou que estão na calha mais empresas para se fixarem na Figueira da Foz e que, a seguir ao Verão, dentro de dois meses, vai realizar-se outra hasta pública.
A zona de expansão do Parque Industrial da Figueira da Foz situa-se na margem sul do concelho."
Aguardadas há mais de meio século...
Tal como em Março foi explicado ao edil figueirense, há décadas que o Largo Silva Soares (Largo de Santo António/Misericórdia Obra da Figueira) aguarda por um arranjo urbanístico bem como substituir todo aquele muro que mais parece uma fortaleza e que regresse à beleza e simplicidade do que existiu até ao final dos anos 40.
Depois de analisado os projectos que mereceram a concordância do provedor, por configurarem com a dignidade de todo aquele espaço histórico que vem desde o século XVI (1536), Santana Lopes manifestou o seu regozijo por os mesmos serem do agrado de todos e explicou que vão prosseguir com a conclusão dos “detalhes do projecto” para que, a obra do arranjo do Largo de Santo António, arranque antes do final de ano em curso.
Joaquim de Sousa, acompanhado de alguns mesários da Instituição, aproveitou a oportunidade para uma conversa informal com os autarcas, trocando sugestões sobre coisas de interesse para a Figueira da Foz."
Causa Pública: vem aí um think tank para a esquerda que gostou da “geringonça”
Alexandra Leitão e Pedro Delgado Alves são deputados do PS e vão integrar a Causa Pública Foto NUNO FERREIRA SANTOS |
«O Mar é a Nossa Terra» vai ter 2 visitas guiadas
Nos próximos dias 29 de julho e 5 de agosto, pelas 19h00, os curadores Miguel Figueira e André Tavares realizam uma visita guiada à exposição «O Mar é a Nossa Terra».
As visitas livres realizam-se de quarta-feira a domingo, às 14H00 e às 19H00. A exposição exibe a perspetiva de arquitetos, tendo o mar como cenário.
Compareça. Verá que vale a pena.
quinta-feira, 27 de julho de 2023
"Parque situado junto às muralhas de Buarcos é pago, todos os dias, de 15 de junho a 15 de setembro. A concessão é de 2020 e a medida começou a ser aplicada este ano"... (continuação)
Há quem esteja a recusar-se a pagar estacionamento em Buarcos
Via Diário as Beiras
"Vários automobilistas “multados” no parque pago junto às muralhas de Buarcos estão a recusar-se a pagar a taxa, cujo valor máximo é de 16,80 euros. Sustentam que a cobrança do estacionamento e da “coima” é ilegal porque o respetivo regulamento ainda não foi publicado no Diário da República.A concessionária, afiançando que está a cumprir a lei, frisa que aquele procedimento é da responsabilidade do Município da Figueira da Foz. Entretanto, há dúvidas legais sobre se o regulamento ainda em vigor acomoda a exploração do referido parque de estacionamento, que foi iniciada em 15 de junho deste ano, embora o contrato tivesse sido assinado, em 2021, pelo anterior executivo camarário."
Raul Almeida é o novo presidente da RTC
O acto eleitoral, que determinou a composição da Comissão Executiva, da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho de Marketing, realizou-se em três mesas de voto, em Aveiro, Guarda e Leiria.
A lista liderada por Raul Almeida foi a única a apresentar-se a sufrágio. Votaram 115 associados, que representam 72,3% dos 159 elementos do colégio eleitoral. Entre estes, registaram-se 113 votos a favor, um voto branco e um voto nulo, o que totaliza 98,2% de votos a favor.
Pedro Machado e Jorge Almeida Loureiro foram eleitos presidentes da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho de Marketing, respectivamente.
Raul Almeida venceu as eleições para a Câmara de Mira em 2013, e 2017 e 2021. Encontra-se a meio do terceiro e último mandato e ainda não sabia o que iria fazer depois. "Provavelmente, regressaria à advocacia, que é a minha profissão. Exercia advocacia em Mira e em Lisboa".
quarta-feira, 26 de julho de 2023
terça-feira, 25 de julho de 2023
segunda-feira, 24 de julho de 2023
Mário Soares, na Figueira sempre uma vedeta política...
Via Diário as Beiras
Faleceu no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, às 15:28 do dia 7 de Janeiro de 2017.
Em 9 de Janeiro de 2017, dois dias depois da sua morte, Carlos Beja, candidato pelo PS, em 1997, ao cargo de presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, disse o seguinte sobre Mário Soares:
"Mário Soares partiu!
Foi com ele que muitos de nós apreendemos o significado da Democracia e Liberdade!
A sua ligação a Figueira da Foz era profunda e genuína!
Aqui passou férias enquanto adolescente atacado pela asma e com seu pai desterrado nos Açores!
Aqui, junto ao actual Teimoso, reuniu em 1949 com Álvaro Cunhal como nos confidenciou um dia ao almoço íntimo em Buarcos!
Aqui realizou alguns dos maiores comícios do PS!
Aqui realizou um sonho de gerações de figueirenses ao adjudicar a Ponte sobre o Mondego e as obras de regularização do mesmo rio!
Aqui veio inaugurar a primeira Fimar e aqui chegou na noite dos acontecimentos trágicos da Marinha Grande!
Aqui voltou na sua última campanha presidencial, no seu apoio a candidatos autárquicos e para receber a justíssima homenagem da Medalha de Ouro da cidade!
Tive a honra e o privilégio de o ter como amigo e de o ter acompanhado de perto em múltiplas eleições legislativas, presidenciais e em Viagens de Estado!
Hoje, como muitos Figueirenses, fui à sede concelhia do partido que fundou para assinar o livro de condolências!
Lamentavelmente estava fechado como se nada se tivesse passado, para além dum comunicado de circunstância!
Mas Soares é superior a tudo isso!
Viverá na nossa memória individual e coletiva como o Homem mais livre e mais jovem que conheci!
Obrigado Mário Soares!
Viva Mário Soares!!"
Lembro Mário Soares como uma grande vedeta política. No País e na Figueira.
Encheu a Fonte Luminosa em Lisboa. Mas, mais difícil ainda, também encheu a Fonte Luminosa na Figueira.
Mário Soares, consta, continua a ser uma referência. Foi o homem a quem Portugal deve não ter sido arrastado para o bloco comunista em 1975, tendo como expoente mais visível a manifestação da Fonte Luminosa, em Lisboa, no chamado Verão Quente.
Na altura, Portugal dirimiu. Portugal sentiu. Portugal decidiu.
Entretanto, Portugal deprimiu. Portugal ressacou. Resultado: Portugal recuou.
Em 1977 Mário Soares era Primeiro-Ministro e Henrique Medina Carreira ocupava o cargo de Ministro das Finanças.
Dizia o primeiro ministro de então, ao Diário de Notícias.
"Sou partidário de uma sociedade totalmente aberta e livre, em que se assegurem largamente os direitos humanos, mas não pode haver tolerância com a criminalidade, mesmo que esta se oculte sob o pretexto falacioso da razão política".
O povo andava entretido e, numa "alocução" ao País em 28/02/77, Mário Soares, o primeiro de então expressava a ideia do seu País.
"Nós não queremos, em Portugal, constituir ou criar uma sociedade de burocratas, uma sociedade de homens que vivem à mesa do Orçamento e à sombra do Estado. Queremos, em Portugal, criar uma sociedade de homens livres que tenham a capacidade de iniciativa própria, capazes de contribuir para a riqueza nacional".
Já nessa altura o problema era o "pilim". Portanto, nada melhor que uma crise para acordar os portugueses - mas isso foi em 1977.
"Não nego que exista uma crise em Portugal, crise que, no seu aspecto fundamental - o aspecto económico - poderá sintetizar-se em três tópicos: défice da balança de pagamentos, inflação, isto é aumento do custo de vida e do desemprego"(Comunicação ao País em 07/06/1977).
1977, tempo de dificuldades que, felizmente, agora foi ultrapassado.
E, "felizmente", foi ultrapassado através de uma reforma profunda das mentalidades, uma das principais causas para o nosso atraso e para a falta de produtividade...
Mas, isso são águas passadas...
Já muita coisa foi dita sobre Mário Soares. Muito estará por contar. Até hoje não faltaram elogios e críticas. Não é de agora. Soares nunca foi consensual. A história vai-se escrevendo.
Mário Soares, por talvez ter vivido em tempos em que a política era uma arte nobre reservada aos grandes homens, nunca foi dado ao politicamente correto.
Soares nunca se escondeu e afirmou-se como político. Tomou decisões e defendeu opções. Fez escolhas difíceis e assumiu-as. Escolheu lutar contra o fascismo e os saudosistas nunca lhe perdoaram. Escolheu a democracia liberal e a CEE e os comunistas nunca o suportaram. Escolheu a descolonização e os "retornados" sempre o odiaram.
Nota de rodapé.
Nos bastidores da política figueirense, elementos ligados ao PS/Figueira, acusam-me de várais coisas. Entre elas, de não gostar do PS.
E, se calhar, têm razão.
Previno, desde já, que a explicação é longa.