Na Figueira, houve um altura em que existiram dezenas de blogues.
Alguns de nível, diga-se, em abono da verdade.
Esses blogues eram “clicados”, todos os dias, por milhares de figueirenses.
O peso da opinião da blogosfera figueirense, assinada e responsável, tinha peso na opinião pública.
Alguns de nível, diga-se, em abono da verdade.
Esses blogues eram “clicados”, todos os dias, por milhares de figueirenses.
O peso da opinião da blogosfera figueirense, assinada e responsável, tinha peso na opinião pública.
Entretanto, alguns autores desses blogues morreram.
Lembro o Doutor Luís de Melo Biscaia e o Engenheiro Saraiva Santos.
Outros, como porventura criaram os blogues por alguma agenda conjuntural - política, pessoal ou outra - desmotivaram-se e desistiram.
Sobraram poucos blogues figueirenses a publicar com alguma regularidade.
No caso do OUTRA MARGEM, apenas porque gosto de escrever e ter um arquivo para memória futura.
Como nunca tive agenda, por cá continuo.
Na Figueira, depois da moda dos blogues, que aconteceu nos primeiros anos do século XXI, seguiu-se a moda de ser contra os blogues.
OUTRA MARGEM, que apareceu em 25 de Abril de 2006, começou a ser atacado desde o primeiro dia. Sobre o seu autor, nestes quase 18 anos foi dito do pior.
Porém, traquejado pelo percurso da vida por cá ando.
Sobraram poucos blogues figueirenses a publicar com alguma regularidade.
No caso do OUTRA MARGEM, apenas porque gosto de escrever e ter um arquivo para memória futura.
Como nunca tive agenda, por cá continuo.
Na Figueira, depois da moda dos blogues, que aconteceu nos primeiros anos do século XXI, seguiu-se a moda de ser contra os blogues.
OUTRA MARGEM, que apareceu em 25 de Abril de 2006, começou a ser atacado desde o primeiro dia. Sobre o seu autor, nestes quase 18 anos foi dito do pior.
Porém, traquejado pelo percurso da vida por cá ando.
Sempre me admirou e impressionou, o carácter e o temperamento do velho homem do mar da minha Aldeia, totalmente desfazado do tempo actual, composto de tanta ambição e ganância. É nesse velho homem do mar da minha Aldeia, que eu sei e sinto que tenho as minhas raízes. Foi dele que herdei o sistema nervoso equilibrado que tenho e me permite ver tudo o que se passa em meu redor, com grande tranquilidade, alguma bonomia e enormíssima fleuma.
As críticas, vindas de figuras institucionais, que o mesmo é dizer, instaladas confortavelmente no sistema e sem vontade de mudar, sempre me pareceram um muito bom sinal.
No entanto, nunca se devem afastar as críticas de ânimo leve, pois podem ser sinais de alerta.
Os blogues podem ser vistos de muita maneira.
Por exemplo, como um meio de mandar bitaites, um confessionário público ou uma tertúlia entre amigos e não há nada de mal nisso, nem isso quer dizer que estes blogues sejam maus.
Há blogues óptimos a mandar bocas, blogues excelentes a abordar pequenas histórias do quotidiano pessoal e blogues interessantes a conversar com outros blogues.
Para ver melhor a imagem, clicar em cima |
Creio, porém, que isto ficou resolvido com o aparecimento das novas redes sociais, principalmente o facebook que se tornou um esgoto a céu aberto, onde vale tudo, até perfis falsos e outras coisas bem piores.
Reduzir os blogues a isto era condená-los ao efémero. E há blogues que se assumiram como um suporte para experiências literárias que à partida os editores nunca publicariam.
Reduzir os blogues a isto era condená-los ao efémero. E há blogues que se assumiram como um suporte para experiências literárias que à partida os editores nunca publicariam.
Estou-me a recordar de um caso concreto na Figueira: o escritor Pedro Rodrigues.
Outros, como penso ser o caso deste OUTRA MARGEM, enveredaram por ser um arquivo de fácil consulta e uma nova forma de media.
Houve acusações várias aos blogues. No mundo do jornalismo, a página web pessoal ("blog") foi apontada como o "assassino" dos media tradicionais.
A meu ver, longe disso. Os blogues são algo de muito diferente. Longe de substituirem jornais e revistas, os melhores blogues - e há blogues muito bons - tornaram-se guias dos media, apontando fontes invulgares e comentando notícias conhecidas. Assumiram mesmo o papel de novos mediadores para o público informado.
Numa cidade que já teve seis semanários, hoje praticamente sem media local - o que existe é uma ou duas páginas em jornais sediados em Coimbra - o défice de liberdade de expressão poderia ser atenuado pelos blogues.
Mas, para isso os blogues teriam de assumir-se como uma fonte excepcional de cruzamento e concentração de informação, de exploração de factos menos conhecidos e refutação de notícias dúbias.
Mas, isso dá muito trabalho, chatices e incomódos vários, incompreensões da esquerda à direita e prejuízos de vária ordem - até a nível pessoal - a quem ainda se dedica à função.
Na Figueira, as críticas à escrita dos blogues, têm a mesma consitência que as críticas à boçalidade nos telejornais.
No fundo, querem apenas fundamentar ataques a algo que não pode ser controlado pelo poder, por ser um espaçao democratizado e acessível a todos, e não apenas a voz de alguns iluminados e poderosos.
O resto dos ataques aos blogues explica-se por questões de classe social, veículadas por grupos que têm uma noção de cultura que contribui para o efeito.
Vivemos numa cidade, onde para ganhar inimigos basta não ser hipócita e dizer o que pensa ser a verdade.
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