Em 25 de Outubro de 2021 teve lugar a primeira renião camarária do actual mandato.
Proposta de delegação de competências no presidente da Câmara, proposta de fixação do número de vereadores em regime de tempo inteiro e meio termo, distribuição de pelouros aos membros do executivo e designação dos adjuntos e secretários do Gabinete de Apoio à Presidência, foram apenas alguns dos temas abordados nessa reunião presidida por Pedro Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira A Primeira.
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A PRIMEIRA REUNIÃO DE CÂMARA DESTE MANDATO, AO CONTRÁRIO DO QUE ESPERAVAM INÚMEROS FIGUEIRENSES, NÃO FOI TRANSMITIDA EM DIRECTO.
CONFORME O QUE OUTRA MARGEM CONSEGUIU APURAR NA ALTURA, TAL FICOU A DEVER-SE AO FACTO DO MATERIAL PARA A TRANSMISSÃO, SER TECNOLOGIA OBSOLETA E AINDA DO SÉCULO XX.
A FIGUEIRA NÃO É UM AUTARQUIA DO SÉCULO XX, PELO QUE ESTAVA EM CURSO A AQUISIÇÃO DE TECNOLOGIA QUE PASSOU A PERMITIR QUE AS REUNIÕES SEJAM TRANSMITIDAS EM TECNOLOGIA 3 D, COMO É PRÓPRIO DE UMA CÂMARA MUNICIPAL DO SÉCULO XXI, PRESIDIDA PELO DR. SANTANA LOPES.
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Porém, via NOTÍCIAS DE COIMBRA, ficámos a saber que «o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, disse que estava disponível para entregar pelouros aos vereadores da oposição (PS e PSD), que estão em maioria no executivo municipal.
“Mantenho o que disse na noite da eleição: estou aberto a entregar pelouros a qualquer vereador da oposição”, referiu o autarca aos jornalistas, no final da primeira sessão de Câmara do novo mandato, em que foram aprovadas, por unanimidade, a distribuição de funções pelos eleitos do movimento “Figueira à Primeira”.»
Na altura, Santana Lopes adiantou que já tinham sido efetuados contactos com o único vereador do PSD e com o antigo presidente da Câmara, agora líder da bancada do PS, que, em declarações aos jornalistas disse não ter sido contactado formalmente nesse sentido e que não estava “politicamente disponível” para aceitar pelouros.
Para Carlos Monteiro, que retomou a sua actividade profissional de docente (entretanto, já foi para administrador do Porto da Figueira, por nomeação governamental), o PS “não iria obstacularizar a actual governação e terá sempre uma posição construtiva em prol do desenvolvimento da Figueira da Foz“.
O ex-presidente da Câmara, que esteve no cargo cerca de dois anos e meio, após a saída de João Ataíde para o Governo, "considerou que quem ganha deve governar”.
O vereador do PSD, Ricardo Silva, não quis prestar declarações aos jornalistas.
De acordo com a deliberação tomada em reunião realizada em 25 de Outubro de 2021, o presidente da Câmara da Figueira da Foz assumiu os pelouros do planeamento, ordenamento do território, urbanismo, projetos e obras estruturantes, ambiente, cultura, desporto, juventude, turismo e desenvolvimento económico, proteção civil e bombeiros, serviços de tecnologias de informação e comunicação e assuntos jurídicos e contencioso.
Além do presidente Santana Lopes, o município passou a funcionar com mais três vereadores a tempo inteiro – Anabela Tabaçó, Olga Brás e Manuel Domingues, não tendo, para já, definido quem fica na vice-presidência, o que aconteceu mais tarde sendo nomeada Anabela Tabaçó.
A reunião de Câmara de 2 de Junho pode ficar na "estória" deste mandato.
Foi aprovada, ontem, em sessão de câmara, a proposta de delegação de competências no presidente, Santana Lopes.
O vereador do PSD, Ricardo Silva, votou a favor, em sintonia com o executivo municipal da FAP. A posição do autarca socialdemocrata permitiu desbloquear uma questão que estava por resolver desde 25 de Outubro de 2021.
Perante este facto, a maioria relativa da FAP mais o vereador Ricardo Silva, tornaram irrelevante a posição dos socialistas, que se abstiveram.
Sublinhe-se que a proposta foi a mesma que Santana Lopes retirou da agenda na anterior reunião de câmara, na sequência da “ameaça” do PS de se declarar ausente da sessão caso fosse a votos, deixando a reunião sem quórum.
No entanto, o presidente teve em conta as observações dos socialistas, nomeadamente, a aquisição ou venda de imóveis até ao valor de 700 mil euros sem estarem sujeitas a aprovação prévia pela reunião de câmara.
Não tendo ficado claro se a proposta foi aprovada sem alterações, Santana Lopes, tal como disse no decorrer da reunião, garantiu aos jornalistas que, indo ao encontro das pretensões do PS, não faz questão de manter o valor de 700 mil euros, podendo descer até aos 70 mil.
“Tenho de ouvir a gravação da reunião, mas (esse assunto) está em aberto”, afirmou.
Ou estou muito enganado, ou houve ontem um virar de página na política figueirense.
Pelo que tive oportunidade de ver no decorrer da reunião de câmara, o clima entre o executivo e o vereador Ricardo Silva pareceu-me solto e desanuviado.
Perante o "arejamento político" que pressenti entre Santana Lopes e Ricardo Silva, não me admira nada que aconteçam desenvolvimentos futuros, nomeadamente ao nível da gestão política e executiva da autarquia figueirense.
Concretamente o quê? Não deve faltar muito para ficarmos a saber.
Recordo que em Junho de 2020, após ser reeleito presidente da Comissão Política Concelhia do PSD/Figueira, obtendo 184 votos, derrotando o candidato Carlos Rabadão, que obteve 141, o objectivo de Ricardo Silva era "conquistar a Câmara da Figueira, a Assembleia Municipal e as juntas de freguesia".
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