terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

O caso da A14: ainda bem que existe o factor sorte... (2)

 Abril de 2016:


"Aluimento na A14 não significa falta de segurança nas autoestradas"!..
A reflexão foi de Carlos Matias Ramos, na altura bastonário da Ordem dos Engenheiros, que considerou que não houve falhas e que o problema estava detectado. 

Passados quase 7 anos, parece que foi bem assim. O Ministério Público imputa infração de regras de construção em aluimento na A14.

"O Ministério Público (MP), através do Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra, deduziu acusação contra a concessionária e a gestora de infraestruturas da Autoestrada 14, por infração das regras de construção num aluimento ocorrido em 2016. Em comunicado, na sua página da Internet, o MP informa ainda que constituiu quatro arguidos com funções de administração e, num dos casos, de direção de estudos e projetos, “imputando-lhes a prática de um crime de infração de regras de construção”. Os factos reportam-se à atuação dos arguidos na gestão e manutenção de troço da Autoestrada 14 (A14), concretamente da passagem hidráulica PH015, localizada no sublanço Vila Verde/Santa Eulália, no concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, “contrariando regras técnicas de engenharia civil”. “Como resultado da degradação dos materiais, ocorreu, em 02 de abril de 2016, o colapso de um tubo de drenagem e cedência do piso, criando uma depressão no pavimento e levando ao despiste de várias viaturas que, no momento, ali circulavam”, refere o comunicado. Segundo a acusação, do aluimento do piso, que obrigou ao encerramento da A14 naquele sublanço durante sete semanas, resultaram danos materiais nos veículos e “perigo para a vida ou integridade física dos seus ocupantes”

A investigação esteve a cargo da Polícia Judiciária de Coimbra. 

Ana Sá Lopes e o futuro do Partido Comunista Português

Para ouvir o podcast, clicar na imagem abaixo

"É claro que duas décadas são muito tempo, e hoje tudo muda a mil à hora; todavia, sem ter qualquer simpatia por um dos últimos partidos comunistas europeus ortodoxos que ainda mantém algum peso social, tendo aqui a recorrer à ultracitada frase de Mark Twain sobre o exagero que tinham sido as notícias sobre a sua própria morte. A matriz, autoritária em política externa e conservadora nos costumes, que domina o partido, tenderá com toda a certeza – e sem estar aqui a fazer adivinhação – a ver-se transformada. Não de dentro para fora, pois boa parte dos seus mais rígidos militantes são precisamente muitos dos mais novos, mas antes de fora para dentro, em função da mudança social e, como dizia Cunhal, «da vida».
A verdade, porém, é que o PCP é muito mais que o partido centenário com as características políticas formais e ideológicas que se conhecem: funciona também como um forte espaço de memórias, de socialização e de expectativas, que reúne um grande número de homens e de mulheres, de diferentes gerações, através das afinidades de que precisam para construírem um necessário coletivo de esperança que dê sentido às suas existências. E este coletivo, por muito que eleitoralmente possa tender a diminuir, não se eclipsa por um efeito de evaporação ou por mero exercício de subjetiva vontade produzido por quem o observa a partir de fora. Pelo contrário, à medida que se for sentindo acossado ele tenderá a erguer trincheiras que lhe conferirão uma sobrevida. Pode ser que daqui por vinte anos, se tiver sorte, eu ainda cá esteja para confirmar se estava certo ou errado."

 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Reacção ao retardador...

Da aparência cuida-se. 
A inteligência é outro bico de obra: pode nascer-se, ou não, com ela...
Em 23 de Junho de 2022, publiquei este texto:

"O dia em que conheci pessoalmente Pedro Santana Lopes
Não estive no mesmo espaço físico com Pedro Santana Lopes, mais do que meia dúzia de vezes. 
Tenho inúmeros defeitos. Como, de resto, todos nós. Todavia, por enquanto, tenho memória.
Há 25 anos, Pedro Santana Lopes ganhou a presidência da câmara municipal da Figueira da Foz, com 60 por cento dos votos.
Há 25 anos, por esta altura do mês de Junho, andava Pedro Santana Lopes em pré-campanha eleitoral pela Figueira.
Há 25 anos, talvez a 28 ou 29 de Junho de 1997, estive com Pedro Santana Lopes, pela primeira vez, ao vivo. 
Foi no Largo da Capela, em S. Pedro, pouco antes da saída da procissão. 
Certamente que Pedro Santana Lopes não se deve recordar do episódio, mas a cena passou-se assim.
Estava um dia quente. Era domingo. A procissão em honra de S. Pedro estaria prestes a sair da Capela para ir percorrer as ruas da Cova e Gala. Eu, mais alguns amigos, seriam cerca de 4 da tarde, estávamos no largo frente à Capela, junto a uma roloute, a beber um fino. Pedro Santana Lopes passou por nós e cumprimentou-nos. Apertou a mão a todos. 
Também a mim. Notei um pormenor: Santana Lopes era humano como eu - estava nervoso e pouco à vontade. 
Tal como todos nós, Pedro Santana Lopes "tem os seus carmas, as suas contrariedades para ultrapassar, os seus pecados para descontar."
Tal como todos nós, Pedro Santana Lopes, "pode ter dado trambolhões, ter-se distraído e saído da estrada, mas, na essência, tem vindo pela estrada da sua vida."
Pedro Santana Lopes, no fundo, quer pouco: "quer ser feliz. Quer sentir-me realizado."
Estou em crer, que essa vitória de Pedro Santana Lopes em 1997, mudou o rumo da sua vida, mas mudou também  a nossa vida,  enquanto figueirenses e moradores no concelho da Figueira da Foz.
Esteve 4 anos como presidente da autarquia figueirense e, por aqui, nunca mais nada foi como anteriormente.
Os seus admiradores dizem que Santana Lopes, como autarca figueirense, deixou obra feita no concelho. Os mais entusiastas, consideram-no mesmo o melhor presidente de câmara que passou pela Figueira.
Não é essa a minha opinião: a meu ver o melhor presidente que passou pela autarquia da Figueira foi o eng. Coelho Jordão.
Mas também tem detratores.
Reconheço em Santana Lopes  virtudes. Como, presumo, tal como eu, não ter  suportado a ideia de ter tido Cavaco Silva como Presidente da República.
Volvidos 24 anos, Santana voltou a concorrer à Figueira da Foz e voltou a ganhar. 
Com um "resultado fantástico", mas sem maioria. Todavia, “ganhar naquela circunstâncias foi uma proeza sem igual”. 
Está no poder há pouco mais de 8 meses. As pessoas podem não gostar de Pedro Santana Lopes, porém, têm de reconhecer que é capaz de tomar opções mesmo quando elas o prejudicam. Só por acreditar e achar que é esse  o seu dever.
E é um ser humano, tal como nós: tem humores, nervos, sentimentos e dúvidas..."

Pelo que escrevi acima, que pode não ter interesse nenhum para ninguém, mas é uma vivência que faz parte da minha vida, fui crucificado... 
Chamaram-me de tudo.
Foi para o lado que me virei melhor.
Passados todos estes meses, politicamente falando, reconheço que  sou um completo, repleto e inepto desastre. 
Continuo a escrever com o meu estilo, que se resume, simplesmente, nisto: a verdade e  autenticidade do meu pensamento. 
A palavra correta, a frase autêntica, a frase escorreita, a frase perfeita estão sempre algures por aí.
O trabalho de quem escreve é localizá-las. 
Quem escreve recorre à sua vida para escrever os seus textos.
Tudo o que escrevemos, em maior ou menor grau, é autobiográfico. 
O  interessante, porém,  é o modo como o trabalho de imaginação se cruza com a realidade.
Portanto, existe a possibilidade de quem escreve se tornar excessivo, esmagando o leitor com tantos e tantos pormenores que o leitor deixa de ter ar para respirar.
Deve ter sido o que aconteceu para ter tido reacções tão violentas em 23 de Junho de 2022. 

Vergílio Ferreira, escritor português, escreveu um dia: “todo o escritor que é original é diferente. Mas nem todo o que é diferente é original. A originalidade vem de dentro para fora. A diferença é ao contrário. A diferença vê-se, a originalidade sente-se. Assim, uma é fácil e a outra é difícil.” 
A terminar: o que se passou em Junho do ano passado foi violento.
Contudo, não me afectou: triste era merecer o castigo.
Porém, sofrê-lo qualquer um está sujeito. 
"Ninguém está livre dos coices de várias bestas"...

No meu tempo, quem era burro ia para pedreiro...

"Empresário" e presidente vitalício do sindicato dos patrões, nada mais natural que tenha ficado contente com esta inesperada mais-valia e aumento da riqueza.
Este homem é uma ternura. 

Mariana Mortágua é o nome que se perfila para suceder, no final de maio, a Catarina Martins...

... avança esta 2.ª feira com candidatura à liderança do BE
"A deputada e dirigente bloquista Mariana Mortágua vai fazer logo mais, pelas 10h30, na sede do BE, em Lisboa, uma conferência de imprensa sobre a Convenção Nacional do BE, na qual deverá apresentar a sua candidatura à liderança do partido. 
Também para hoje, mas da parte da tarde, está marcada para a sede do partido uma conferência de imprensa para apresentação de uma outra moção, intitulada "Um Bloco plural para uma Alternativa de Esquerda -- um desafio que podemos vencer!", subscrita por nomes como o histórico da UDP Mário Tomé, o antigo deputado Carlos Matias ou Rui Cortes, do movimento Convergência.
Catarina Martins está na liderança bloquista desde novembro de 2012. Anunciou, a 14 de fevereiro, que iria deixar de ser coordenadora do partido."

domingo, 26 de fevereiro de 2023

"Lá vai o último pedaço de duna selvagem em Portugal"...

Não é nada de novo. Desta vez é em Tróia: "apesar de uma Associação ambiental tentar travar um complexo turístico de luxo", o turismo de luxo tem prioridade sobre a preservação ambiental.
"O projeto de 200 milhões de euros prevê a construção de um hotel e três aldeamentos, todos de 5 estrelas.
Os ambientalistas apresentaram uma providência cautelar no Tribunal Administrativo de Beja."

Como é que se diz PREC em finlandês?

«Helsínquia: rendas controladas e iniciativa pública fazem a diferença: “quase um quinto das habitações pertence ao município, que as disponibiliza em regime de arrendamento de longa duração com o objetivo de assegurar a o direito à habitação e a diversidade social no seu território.”»

Via Ladrões de Bicicletas

"Desta vez, o escritor figueirense optou pela poesia"...

 “… dos escritores, esperamos que nos façam rir ou chorar.”

Saul Bellow, escritor americano (1915-2005), in “Ravelstein",  Ed. Teorema, 2001

Via Diário as Beiras

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

OUTRA MARGEM, um blogue com rosto

Antes de ser "blogueiro", já era leitor de blogues, nomeadamente figueirenses.
Em 2005 e 2006, havia muitos.  Alguns interessantes. 
Entretanto, deixei de poder acompanhar a maior parte deles.
Alguns, por os seus autores já não estarem entre nós - recordo, com uma merecida vénia e enorme saudade, o Eng. Saraiva Santos e o Dr. Luís de Melo Biscaia; outros, porque acabaram pelas mais variadas razões.
Este OUTRA MARGEM foi resistindo e foi ficando. E por cá continua. 
E vai tendo leitores, apesar das campanhas que, desde o seu início, foram sendo consecutivamente endereçadas ao seu autor.
Um OUTRA MARGEM livre e autónomo será sempre um blogue incómodo.
A Figueira é, hoje, um concelho diferente do que era há 25 anos.
A realidade é conhecida.
A crise dos últimos anos, levou a que muitos pensassem que se abria uma oportunidade para a construção de um concelho mais estruturado e mais  justo para quem cá vive - seja na cidade ou nas freguesias rurais. 
Nada de mais errado. Nada foi feito para corrigir as injustiças: lembram-se da revisão do PDM ocorrida em 2017?
Passou por aí, em boa parte, a confirmação do concelho que temos em 2023.
A discussão do concelho que temos e o que deveríamos ter continua na ordem do dia e é uma temática cada vez mais pertinente.
Só que isso não interesse àqueles cuja fatia de riqueza aumenta, apesar do tamanho do bolo da Economia concelhia diminuir. 
Contudo, a culpa é de todos nós, a maioria dos figueirenses.
Vivemos num concelho onde a desigualdade não tem de ser  uma fatalidade. 

Recolha de equipamentos elétricos, lâmpadas e pilhas: «somos os primeiros dos últimos»...

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, pela segunda vez, é campeã regional na recolha de equipamentos elétricos, lâmpadas e pilhas.
A nível nacional, conseguiu o segundo lugar com 75,073 toneladas.
Este segundo prémio absoluto, vale cinco mil euros, convertível em equipamentos de proteção individual. Foi atribuído à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, por ter reunido 75 toneladas de equipamentos elétricos usados. Esta corporação acumula, ainda, mais 5.630 euros, tendo em conta cada tonelada recolhida, acrescenta o comunicado. 
Para Lídio Lopes, presidente da AHBVFF, este “é um prémio agridoce”, já que o objetivo era mesmo o primeiro lugar. “Ficamos com a sensação de que poderíamos ter feito algo mais, pois queríamos trazer a viatura de combate a incêndios (prémio no valor de 58 mil euros para o 1.º classificado) para a Figueira da Foz”. Para que isso possa acontecer no próximo ano, o dirigente apela desde já “aos figueirenses que nos ofereçam os seus equipamentos em fim de vida, para obter o 1.º lugar e trazer a viatura”.
O primeiro lugar no pódio da campanha Quartel Eletrão foi conquistado pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Amarante, no distrito do Porto.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Bypass

Foto António Agostinho
Texto: Diário as Beiras
«O tubo metálico, com cerca de mil metros de comprimento e 60 centímetros de diâmetro, que vai ligar à draga e injetar 100 mil metros cúbico de areia na Praia da Cova já se encontra a Sul do 5.º molhe. Foi soldado no areal urbano. A estrutura utilizada na primeira operação desapareceu na zona de descarga de areia, obrigando à instalação de um novo “bypass”.»

Obras nas instalações da PSP... Será desta?

Imagens via Diário as Beiras


Há muitos anos que as instalações da PSP na Figueira da Foz estão a necessitar de obras: em Agosto de 2013, por exemplo, numa visita enquadrada nu­ma «actividade rotineira», o então director nacional da PSO, Paulo Valente Gomes, que já havia estado no edifício depois da intempérie de Janeiro desse ano, era da opinião que o imóvel «precisa de uma intervenção mais estrutural». «Quer no exterior, quer no interior do edifício, há áreas a carecer de uma intervenção de fundo», estando a estudar «a melhor modalidade de financiamento»O então director nacional da PSP, Paulo Valente Gomes, deslocou-se à Divisão Policial da Figueira da Foz, para uma reunião com o presidente da Câmara da Figueira da Foz na altura, João Ataíde. Em declarações aos jornalistas, Paulo Valente Gomes manifestou interesse em que seja realizada uma intervenção profunda na esquadra local. “Estamos a estudar qual será a melhor modalidade em termos de financiamento. Sabemos que é uma intervenção que maioritariamente compete à Administração Central, mas analisaremos a modalidade mais adequada para financiar a obra”, explicou o director nacional.


Meses depois, em Maio de 2014,  Paulo Rodrigues presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) visitou a Divisão da Figueira da Foz e ficou abismado com o que viu: instalações da PSP “envergonham a polícia e o país”.
Se um estrangeiro tiver de se deslocar ao edifício, fica com uma imagem negativa da força de segurança e de Portugal. Além da degradação das instalações, que se faz notar, por exemplo, nas casas de banho e na falta de acessibilidades para deficientes, Paulo Rodrigues denunciou a falta de material informático. O presidente da ASPP afirmou que as fotocopiadoras e as impressoras estão avariadas, o mesmo acontecendo com alguns computadores. A falta de condições de trabalho, frisou ainda, põe em causa a saúde dos polícias.
As oficinas da PSP locais têm amianto, passando a integrar a lista que o sindicato está a elaborar sobre equipamentos policiais com fibrocimento.

Entretanto, passaram 10 e as obras ainda não avançaram. Será desta?
"As condições de trabalho para os polícias continuam a degradar-se na Figueira ao ritmo do envelhecimento das instalações."

Na próxima época o GDCG vai disputar a Divisão de Honra


Na série da 1ª. Divisão Distrital da AFC, as equipas do Poiares, Pedrulhense, Brasfemes, Esperança, já garantiram a subida.
Na série B, São Silvestre e Grupo Desportivo Cova-Gala já têm o seu lugar definido: garantiram igualmente o seu lugar na Divisão de Honra na temporada 2023/2024.
Todas estas formações, por enquanto, ficam agora a aguardar por companhia. Duas ficarão definidas na última jornada da Série B da 1.ª Divisão. 
As outras três vagas vão ficar definidas na próxima fase da 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Coimbra.

A MORAL É POLIÉDRICA. UMA GREVE EM CONTRAMÃO

Por CARLOS MATOS GOMES

Imagem sacada daqui

"... pensando bem, os sindicatos europeus, incluindo os portugueses, que hoje se aprontam para o combate em Lisboa, como já aconteceu noutras capitais, estão no caminho certo. Estão no caminho certo porque ao exigirem aumentos aos seus governos obrigam-nos a desviar fundos que iriam para os oligarcas ucranianos, para as empresas de armamento e para os militares e funcionários do Zelenski. Tudo o que os sindicatos europeus conseguirem sacar aos seus governos são menos Leopardos, Baterias, helicópteros, misseis, salários de ucranianos que alimentam a guerra, são menos fundos para comprar o caríssimo gás dos EUA e para o complexo militar americano. É menos dinheiro para a dona Ursula levar para Kiev! Nas primeiras eleições para a assembleia Constituinte um partido m-l, a AOC (Aliança Operário Camponesa), apresentou como argumento para lhe comprarem o voto o slogan: Um espinho cravado na garganta de Cunhal! As greves do funcionalismo europeu, e dos trabalhadores em geral bem podiam aproveitar o slogan: Espinhos na garganta do Biden, do Zelenski, da Úrsula, do Borrel!

Na comédia Lisístrata, de Aristófanes, as mulheres recusaram o sexo aos homens enquanto durasse a guerra. Os sindicatos europeus de hoje, com as suas greves, são as mulheres da antiga Atenas. Ou há dinheiro para eles, ou não há dinheiro para o Zelenski.

Parece-me um excelente programa de paz. Há muitas maneiras de matar pulgas, ou de dar a volta aos problemas. Que cada greve seja um Leopardo a menos, um sermão a menos do Zelenski, um morto a menos!"

Na Figueira, Carnaval de 2023 "despediu-se em cheio". Mas vão continuar dias de carnaval...

Na Figueira, acabou o Carnaval 2023. 
Porém, na Figueira é sempre carnaval. 
Normal, portanto, que no que resta de 2023, os figueirenses continuem a ter dias de carnaval.
Na Figueira, há sempre dias de carnaval.
Mesmo quando não se está no Carnaval. 
E ninguém costuma levar a mal... 

O que sobrou do Cabedelo depois da "requalificação" socialista...

O que foi feito nos últimos 6 anos ao Cabedelo está contado no OUTRA MARGEM.
"Este processo começou pelo telhado. Não devia ter sido feito sem o município ser detentor do espaço, e não era” (vereador FAP Manuel Domingues)
“O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita. Foram gastos mais de sete milhões de euros em obras. Toda aquela área devia pertencer ao município, incluindo os edifícios abandonados [pavilhões e outros imóveis da administração portuária]” (vereador do PSD, Ricardo Silva). 
O Cabedelo, apesar dos cuidados continuados que agora lhe querem prestar, depois de um  chamado processo de requalificação não isento de controvérsia, está a passar muito mal. 
As vozes contestatárias continuam a fazer-se ouvir...

Está cada vez mais próxima a ida de Costa para um cargo internacional?...


Contudo, 
a notícia foi avançada ontem, segunda-feira, pela TVI / CNN Portugal, "que adianta ainda estar o governante suspeito de abuso de poder e de participação económica em negócio, Fernando Medina vai ser constituído arguido."
"Alegações, a existirem, são totalmente falsas", diz Fernando Medina.

Ainda segundo esta estação de televisão, foi o próprio Joaquim Mourão quem denunciou Fernando Medina.
Neste imaginário cenário, o que irá fazer o Presidente da República?
O ministro das Finanças, que não quis comentar o caso quando foi contactado pela TVI/CNN, emitiu agora um comunicado a garantir que não tem conhecimento de quaisquer alegações, considerando-as falsas.
"Não tenho conhecimento de quaisquer alegações que, a existirem, são totalmente falsas", afirmou.
O cerco a Medina (que o mesmo é dizer a Costa e ao seu governo) tem vindo  a ser apertado. 
O governo anda a ser "frito em lume brando" há meses.
O objectivo é fazer cair Medina para o governo de Costa renunciar...
Nesse putativo cenário, o que fará o Presidente da República?
Dará mais uma oportunidade a Costa? Ou convocará eleições?
Recorde-se: "na última sondagem publicada no passado dia 25 de Janeiro o PSD aparecia à frente do PS pela primeira vez desde 2017. Os sociais-democratas chegavam aos 30,6% contra os 26,9% dos socialistas."
Nos últimos anos, "para o Partido Socialista, o Chega tem sido o Euromilhões", mas isso chegará para as ambições de Medina, depois de Nuno Santos, por enquanto, ter deixado de ser uma ameaça, chegar a primeiro-ministro?

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

«Figueira Champions Classic», "a tradição continua a ser o que era"...

Via Campeão das Províncias, de 16/02/2023:

«Tirando os habituais resmungões devido aos condicionamentos de trânsito, a Figueira da Foz, com todas as muitas entidades e empresas que colaboraram, foi “rainha” no ciclismo, fazendo jus ao título de “Rainha das Praias de Portugal”

Figueira da Foz usa excedente do saldo de gerência para despesas correntes

Via Diário as Beiras

"O município da Figueira da Foz obteve um saldo de gerência de 16,47 milhões de euros no exercício de 2022, mais 4,8 milhões do que tinha sido previsto no Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2023.

O valor remanescente vai ser aplicado “quase na totalidade” nas despesas correntes municipais, que, segundo a vice-presidente Anabela Tabaçó, só com as atualizações salariais dos funcionários do quadro decorrentes do Orçamento de Estado aumentaram cerca de 1,1 milhões de euros.

A autarca salientou ainda “o aumento de praticamente todos os custos intermédios” na aquisição de bens e serviços, devido essencialmente à inflação e a necessidade de reforçar dotações para enquadrar pagamentos à ERSUC-Resíduos Sólidos do Centro de 2022 que não foram realizados, entre outras.

“Estamos perante um exercício de difícil elaboração, com várias condicionantes, mas que não ignora as repercussões da conjuntura atual, que defende as famílias, o setor social e as empresas figueirenses”, sublinhou.

O aumento do saldo de gerência relativamente ao previsto deve-se, de acordo com Anabela Tabaçó, ao facto do município ter registado entradas de dinheiro após a elaboração do Orçamento, nomeadamente de uma subvenção adicional do Fundo Social Municipal, da renda do quarto trimestre da renda do contrato de concessão de distribuição de energia, do Turismo Centro de Portugal e da Agência de Desenvolvimento e Coesão.

A primeira revisão das Grandes Opções do Plano e Orçamento de 2023 foram hoje aprovadas, por maioria, em sessão extraordinária de Câmara, com a abstenção dos quatro vereadores do PS e do único eleito do PSD.

“O Orçamento que se apresentou e esta primeira proposta de revisão orçamental, que se apresenta, visam assegurar a estabilidade e sustentabilidade das finanças municipais, assegurando o equilíbrio entre os recursos obtidos e a sua aplicação”, sublinhou a vice-presidente da autarquia figueirense.

Com a revisão aprovada hoje, áreas como a educação e a saúde foram reforçadas, com mais 892 mil euros e 197 mil euros, respetivamente.

O PS, que tinha viabilizado a aprovação do Orçamento em novembro, após um processo negocial que lhe permitiu também incluir algumas propostas, no montante de cerca de 100 mil euros, e o reforço de 15% nas transferências para as Juntas de Freguesia suportarem despesas correntes, absteve-se na votação, lembrando que está por cumprir esta última condição.

O presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, comprometeu-se a assinar um protocolo com as Juntas de Freguesias para reforço de 15% das suas despesas correntes até à reunião da Assembleia Municipal de abril.

Com a incorporação do saldo orçamental de gerência de 2022, o Orçamento municipal de 2023 passa a totalizar 83,5 milhões de euros, ao invés dos 78,6 milhões de euros aprovados em novembro, na discussão das Grandes Opções do Plano e Orçamento."

Santana em jeito de "confissão pessoal"

 Via Diário as Beiras

“É muito pesado, isto, porque eu posso fazer de conta que posso ser presidente da câmara de outra maneira, mas não consigo. Não estou a dizer que sou melhor ou pior do que os outros, estou a dizer que a minha maneira de trabalhar é outra”.

O autarca acrescentou que herdou “uma data de dossiês embrulhados”. Perante a pergunta se foram perdidas oportunidades, disse que sim. “Estamos a trabalhar para tentar recuperar”, ressalvou. “O que me importa é resolver, por exemplo, o problema do porto, com desassoreamento total, incluindo até ao rio. Importa-me resolver a questão do aeródromo, das zonas industriais. Quando digo que quero financiamento, é para estes projetos e para o novo edifício da Universidade de Coimbra. Tudo isto pode custar milhões de euros”.

Exuberância local: "em Carnaval que ganha, não se mexe".

Via Diário as Beiras

Pelo segundo ano consecutivo, os reis do Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz são locais. Os deste ano são Sónia Sargento e “Tomané”. 
Santana Lopes em declarações aos jornalistas: “Não vejo razões [para mudar]. A minha intenção é para o ano fazer o mesmo. Com toda a franqueza, prefiro assim. Estiveram para vir hoje [ontem] artistas brasileiros que visitaram uns primos [na cidade], mas disse não. Há quem diga que [artistas de fora] atraem mais gente; mas, mais gente?! Onde é que cabem mais pessoas?! Acho que assim é mais genuíno”.

A Perda de Poder e de Influência da Religião Católica na nossa Sociedade

Via Largo da Memória

"Não tenho grandes dúvidas de que a escolha de uma Comissão Independente para investigar os casos de abusos sexuais perpetuados por elementos do igreja durante séculos, perante os seus seguidores, só foi possível, porque nos últimos anos tem sido notória a perda de poder e de influência da religião católica na nossa sociedade."

domingo, 19 de fevereiro de 2023

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Habitação e delírio neoliberal

"Imagine que é um proprietário. Tem uma casa devoluta. A casa está devoluta porque: 1) não quer saber, tem tanto património que não lhe faz diferença; 2) está conscientemente a especular, esperando que os preços subam; 3) tem restrições de capital e liquidez e não a pode recuperar.

O Estado toma usufruto do imóvel, recupera-o e coloca-o a arrendar em regime acessível, pagando a renda diretamente ao proprietário. Isto é, o Estado adianta o capital para valorizar um ativo de um privado e ainda lhe oferece uma renda sem risco.

A direita e os proprietários falam de PREC. Montenegro chama a António Costa comunista. Está tudo louco! O debate público português ensandeceu. Isto é uma medida bastante neoliberal. Contempla a transferência de risco do privado para o público enquanto garante o direito de propriedade deste último e valorização de um ativo privado com investimento público. É uma PPP sem risco para os proprietários. Há mais neoliberal do que isto? Mas são tão alienados que ainda contestam."

Diogo Martins, via Ladrões de Bicicletas

Chegou a estar prometida para 2020...


Atrasou-se tudo. Agora, "o
 município da Figueira da Foz vai poder candidatar a construção da ponte ciclável sobre o rio Mondego, no âmbito do percurso Eurovelo 1, com o apoio do Fundo Ambiental, anunciou ontem o presidente da Câmara.
No final, em declarações aos jornalistas, o autarca disse que a estrutura será candidatada a uma linha de financiamento diferente, que seja compatível com o Fundo Ambiental, tendo esperança de que o esforço financeiro do município seja residual ou inexistente.
A nova travessia, a leste da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, entre as freguesias de Vila Verde, na margem direita, e Alqueidão, na margem esquerda, prevê uma faixa de rodagem para automóveis e via ciclável e pedonal, num investimento de cerca de cinco milhões de euros.
A candidatura anterior tinha sido chumbada pelo facto de a ponte incluir também uma faixa de rodagem para automóveis e o montante não “caber nos tetos disponíveis, tendo em conta as candidaturas existentes”.
“O projeto que existe permite o financiamento pelo Fundo Ambiental, porque a ponte é essencialmente pedonal e contribui para o caminho de sustentabilidade que está traçado”, sublinhou Santana Lopes.
A Eurovelo 1 integra a rota europeia da Costa Atlântica, com uma extensão de 83 quilómetros, entre o sul do concelho da Figueira da Foz e o norte do município de Mira, atravessando, pelo litoral, o município contíguo de Cantanhede e passando por locais como o Museu Etnográfico da Praia de Mira, as Matas Nacionais e as lagoas aí existentes, o Cabo Mondego, estuário do Mondego ou o Mosteiro de Seiça, entre outros.
A construção da ponte sobre o rio Mondego, cujo prazo de construção previsto era de 18 meses, é importante para a ciclovia cumprir os 83 quilómetros com que foi idealizada."
Actualização via Diário as Beiras

No mínimo, isto é "estranho"...

Em 2010 "o empresário Aprígio Santos, presidente da Naval 1.º de Maio, detinha, em nome próprio, 950 mil acções (76 por cento) da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do clube da Figueira da Foz, que então militava na Liga de futebol.
De acordo com a escritura de constituição da Naval - Futebol SAD, a empresa da qual Aprígio Santos era sócio único subscreveu a larga maioria do capital, no valor de 950 mil euros, um euro por acção.
Já a accionista Associação Naval 1.º de Maio, presidida há 19 anos pelo empresário, detinha 20 por cento do capital social – cujo total ascende a 1,25 milhões de euros – possuindo 250 mil acções.
Quase quatro por cento (49 998 acções) estavam na posse da empresa Naval Capital SGPS – sociedade criada em 2001 para gerir as participações sociais do clube – gerida por Aprígio Santos e por Rui Trafaria, então tesoureiro da Naval 1.º de Maio.
Havia ainda duas participações simbólicas, de uma acção cada, subscritas pelo vice-presidente e director geral do futebol do clube, José Ferreira, e pelo presidente do Conselho Fiscal, André Rodrigues, que perfazem o mínimo de cinco sócios necessários por lei à constituição de uma sociedade anónima.
Ainda de acordo com o mesmo documento, o Conselho de Administração da Naval - Futebol SAD, com mandato até 2014, era presidido por Aprígio Santos, assumindo Rui Trafaria e José Ferreira os cargos de vogais.
Nuno Mateus, jurista da Naval 1.º de Maio, presidia à Assembleia Geral da SAD e António Gravato, vice-presidente da agremiação desportiva, assumiu o lugar de secretário."
Na edição de hoje do Diário de Coimbra, podemos ler isto: