Estamos a viver um dos momentos mais complicados da governação de António Costa.
Muitos de nós, mesmo aqueles que não votaram no PS, sentimos tristeza com o rumo da governação socialista, depois da obtenção desta maioria absoluta.
Quem lê jornais, ouve rádio e vê televisão, é bombardeado com notícias sobre corrupção, falta de ética, casos e casinhos no governo.
Há quem considere, como Pedro Santana Lopes, antigo primeiro-ministro e actual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, que o país vive um ambiente de degradação das instituições, com os sucessivos casos e suspeitas no Governo.
Na sua opinião, o presidente da República devia "ter uma conversa profunda com o primeiro-ministro" e ver se ele está em condições de continuar à frente do Executivo e "formar um novo Governo".
"Isto assim não pode continuar. É preciso dizer um basta porque temos a degradação das instituições quase todos os dias", disse o antigo primeiro-ministro este sábado à noite na SIC Notícias, sugerindo a Marcelo Rebelo de Sousa que, em vez de fazer reparos "caso a caso", tenha uma conversa com António Costa e o convide a "fazer um exame de consciência" e a avaliar se não se deve demitir e formar novo Governo.
"Este episódio tem de se fechar, ele tem que se livrar disto, tem que haver um basta e partir para outra", disse Pedro Santana Lopes, admitindo que António Costa possa estar a acusar "cansaço" ou "saturação" após sete anos de governação e de uma pandemia.
Entretanto, a oposição não é (ainda) alternativa. O maior partido da oposição, este PSD liderado por Luís Montenegro continua sem descolar dos 25% das intenções de voto.
E este também é um problema, pois o Chega e o IL têm condições para continuar a "inchar".
Entretanto, "o País vai de carrinho".
Os portugueses têm de saber que País querem no futuro. E vão ter de escolher.
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